quinta-feira, 26 de junho de 2025

Os benefícios da humildade


A humildade é uma virtude relacionada ao reconhecimento de nossas limitações.

Embora poucos saibamos, não se trata de virtude estudada apenas nos campos da religiosidade e da filosofia.

Estudos existem a seu respeito, no campo científico.

Pesquisas, no âmbito da educação, demonstram que a humildade promove bem-estar físico, psicológico, social e espiritual para aquele que a desenvolve.

Isso porque ela proporciona alívio nas preocupações e no sentimento de vulnerabilidade.

Também gera uma diminuição da ansiedade, da depressão e das fobias sociais.

Afirmam esses estudos que essa virtude está relacionada à sabedoria que temos de que não possuímos todo o conhecimento.

Esse reconhecimento nos possibilita a compreensão das nossas limitações.

Não se trata, no entanto, de uma virtude passiva. Ao contrário, é ativa, pois ao reconhecermos que não sabemos tudo, nos colocamos em uma postura de querer e buscar novos conhecimentos.

Segundo os pesquisadores, no campo educacional, a humildade, quando estimulada nos alunos, permite que eles queiram sempre aprender mais, posto que são sabedores das limitações de seus conhecimentos.

Ao reconhecer suas debilidades, se posicionam desejando a própria melhoria e desenvolvimento.

Igualmente há reflexo na relação com seus professores, desde que se dispõem a uma maior aceitação dos ensinos que lhes são transmitidos.

Identificando nos professores aqueles que podem repassar novos conhecimentos, gera uma relação de maior respeito e reciprocidade.

Por sua vez, pesquisas no campo da psicologia demonstram que a prática da humildade facilita o desenvolvimento da compaixão, do perdão, do respeito e da autoestima.

E, por possibilitar o surgimento desses bons sentimentos, ela inibe o desenvolvimento da arrogância, do narcisismo e do orgulho.

* * *
Façamos um breve intervalo e nos questionemos se já desenvolvemos em nós a humildade. Ou se precisamos investir nisso.

Iniciemos revendo nossos comportamentos e atitudes.

Temos consciência de que não somos os que sabemos tudo a respeito de tudo?

Em síntese: Sabemos reconhecer nossas limitações nas diversas áreas do saber, do conhecimento?

Somos daqueles que nos colocamos como os que criticam os demais pelo uso incorreto da fala, da escrita, do que apresentam como suas conquistas pessoais?

Ou somos os que nos apresentamos dispostos a querer saber mais, a aprofundar nossos estudos, a aprender com o outro?

O nosso exercício para o desenvolvimento da humildade deve iniciar, no campo mais propício e, ao mesmo tempo, promissor: nosso lar.

Podemos nos dispor a aprender a cozinhar, arrumar uma mesa, passar a nossa roupa.

Podemos aprender um pouco de jardinagem, desde como plantar de forma adequada a semente, aos cuidados com a rega, com a poda.

Quanto bem-estar podemos promover em nossa família a partir de um comportamento mais humilde.

Depois, podemos ampliar o exercício dessa virtude para nossas relações sociais e de trabalho.

Que tal iniciarmos esses exercícios neste dia?

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Redação do Momento Espírita, com base no artigo A humildade e a esperança: fatores de resiliência na práxis humana?, de Joana Freitas e Maria Helena Martins, da Revista Omnia, abril 2015.
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26 de junho

Uma vez que o pintinho sai de sua casca ou a borboleta deixa a sua crisálida, não há mais caminho de volta, mas permanece um sentimento de continuidade em direção ao novo.

O desdobrar-se deve ser para você um processo diário, vivido hora a hora, minuto a minuto. Sinta excitação e expectativa em relação ao que está acontecendo.

Não haverá um momento sem graça na vida se você se mantiver sempre alerta.

Deixe que o progresso aconteça sem colocar obstáculos, mas sim progredindo com ele.

Eu lhe digo que tudo que acontecer será para melhor, pelo crescimento e benefício do todo.

Encontre o perfeito ritmo da vida e dê o melhor de si.

Flua com ele, não contra ele, pois só assim você encontrará paz de coração e de mente; e quando você conquistar a paz interior, você estará aberto e preparado para presenciar o novo se desdobrar.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Dever-se-á pôr termo às provas do próximo?

– Deve alguém pôr termo às provas do seu próximo quando o possa, ou deve, para respeitar os desígnios de Deus, deixar que sigam seu curso?

Já vos temos dito e repetido muitíssimas vezes que estais nessa Terra de expiação para concluirdes as vossas provas e que tudo que vos sucede é conseqüência das vossas existências anteriores, são os juros da dívida que tendes de pagar. Esse pensamento, porém, provoca em certas pessoas reflexões que devem ser combatidas, devido aos funestos efeitos que poderiam determinar.

Pensam alguns que, estando-se na Terra para expiar, cumpre que as provas sigam seu curso. Outros há, mesmo, que vão até ao ponto de julgar que, não só nada devem fazer para as atenuar, mas que, ao contrário, devem contribuir para que elas sejam mais proveitosas, tornando-as mais vivas. Grande erro. É certo que as vossas provas têm de seguir o curso que lhes traçou Deus; dar-se-á, porém, conheçais esse curso? Sabeis até onde têm elas de ir e se o vosso Pai misericordioso não terá dito ao sofrimento de tal ou tal dos vossos irmãos: “Não irás mais longe?” Sabeis se a Providência não vos escolheu, não como instrumento de suplício para agravar os sofrimentos do culpado, mas como o bálsamo da consolação para fazer cicatrizar as chagas que a sua justiça abrira? Não digais, pois, quando virdes atingido um dos vossos irmãos: “É a justiça de Deus, importa que siga o seu curso.” Dizei antes: “Vejamos que meios o Pai misericordioso me pôs ao alcance para suavizar o sofrimento do meu irmão. Vejamos se as minhas consolações morais, o meu amparo material ou meus conselhos poderão ajudá-lo a vencer essa prova com mais energia, paciência e resignação. Vejamos mesmo se Deus não me pôs nas mãos os meios de fazer que cesse esse sofrimento; se não me deu a mim, também como prova, como expiação talvez, deter o mal e substituí-lo pela paz.”

Ajudai-vos, pois, sempre, mutuamente, nas vossas respectivas provações e nunca vos considereis instrumentos de tortura. Contra essa idéia deve revoltar-se todo homem de coração, principalmente todo espírita, porquanto este, melhor do que qualquer outro, deve compreender a extensão infinita da bondade de Deus. Deve o espírita estar compenetrado de que a sua vida toda tem de ser um ato de amor e de devotamento; que faça ele o que fizer para se opor às decisões do Senhor, estas se cumprirão. Pode, portanto, sem receio, empregar todos os esforços por atenuar o amargor da expiação, certo, porém, de que só a Deus cabe detê-la ou prolongá-la, conforme julgar conveniente.

Não haveria imenso orgulho, da parte do homem, em se considerar no direito de, por assim dizer, revirar a arma dentro da ferida? De aumentar a dose do veneno nas vísceras daquele que está sofrendo, sob o pretexto de que tal é a sua expiação? Oh! considerai-vos sempre como instrumento para fazê-la cessar. Resumindo: todos estais na Terra para expiar; mas, todos, sem exceção, deveis esforçar-vos por abrandar a expiação dos vossos semelhantes, de acordo com a lei de amor e caridade.

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— Bernardino, Espírito protetor. (Bordéus, 1863.) (Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 27.)
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