Aflição perante desastres iminentes?
Talvez não aconteça.
Contrariedades e contratempos?
Quase sempre são medidas da Espiritualidade Superior livrando-lhe o coração de males maiores.
Desgostos de longo alcance?
Oportunidade de revisão de nosso próprio comportamento.
Injúrias e perseguições?
Os que agravam o próximo são doentes necessitados de inter-nação na clínica do silêncio e da prece.
Preterições?
Compadeça-se dos que se dispõe a tomar o direito dos outros, porque ignoram os problemas que serão compelidos a enfrentar.
Erros nossos?
Ensejo bendito de corrigenda em nós por nós mesmos.
Faltas ou quedas de entes queridos?
Respeitemos as experiências deles, reconhecendo que esta-mos à frente de nossas próprias lições.
Dificuldades?
A provação é o metro de avaliação de nossa própria fé.
Moléstias físicas?
Pausas para iluminação e refazimento da vida Espiritual.
Profecias inquietantes?
Reflitamos: O Sol que se levantou ontem pela misericórdia de Deus, pela misericórdia de Deus brilhará para nós também hoje.
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Emmanuel
Chico Xavier
Emmanuel
Chico Xavier
MENSAGEM DO ESE:
A afabilidade e a doçura
A benevolência para com os seus semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que lhe são as formas de manifestar-se. Entretanto, nem sempre há que fiar nas aparências. A educação e a freqüentação do mundo podem dar ao homem o verniz dessas qualidades. Quantos há cuja fingida bonomia não passa de máscara para o exterior, de uma roupagem cujo talhe primoroso dissimula as deformidades interiores! O mundo está cheio dessas criaturas que têm nos lábios o sorriso e no coração o veneno; que são brandas, desde que nada as agaste, mas que mordem à menor contrariedade; cuja língua, de ouro quando falam pela frente, se muda em dardo peçonhento, quando estão por detrás.
A essa classe também pertencem esses homens, de exterior benigno, que, tiranos domésticos, fazem que suas famílias e seus subordinados lhes sofram o peso do orgulho e do despotismo, como a quererem desforrar-se do constrangimento que, fora de casa, se impõem a si mesmos. Não se atrevendo a usar de autoridade para com os estranhos, que os chamariam à ordem, acham que pelo menos devem fazer-se temidos daqueles que lhes não podem resistir. Envaidecem-se de poderem dizer: “Aqui mando e sou obedecido”, sem lhes ocorrer que poderiam acrescentar: “E sou detestado.”
Não basta que dos lábios manem leite e mel. Se o coração de modo algum lhes está associado, só há hipocrisia. Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas nunca se desmente: é o mesmo, tanto em sociedade, como na intimidade. Esse, ao demais, sabe que se, pelas aparências, se consegue enganar os homens, a Deus ninguém engana. — Lázaro. (Paris, 1861.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IX, item 6.)
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