Não há experiência sem preço.
Tudo na vida corresponde a certo resultado.
Por isso mesmo, conhecemos no mundo o verbo aprender e o verbo retificar.
A escolha determina o trabalho.
O trabalho mede as qualidades do espírito.
Um homem demandará um diploma universitário que lhe confira direito ao exercício nessa ou naquela profissão liberal.
Com semelhante desígnio, porém, não atinge a meta à custa de expectação e votos ardentes.
O programa a concretizar-se requer estudo, com larga despesa de atividade e atenção.
Anos a fio são gastos naturalmente em disciplina, até que a láurea lhe consagre a tarefa.
É isso verdadeiramente aprender. Mas se o profissional abusa do título conquistado para ferir os outros, é justo assuma compromissos perante a vida que somente no labor da expiação conseguirá redimir.
Temos aqui o reajuste em ação, compelindo a criatura em genuíno retificar.
Diante do sofrimento, é imperioso esquecer a antiga noção do crime e castigo, porquanto a evolução não aparece na calha da gratuidade.
Refazimento é reequilíbrio.
Toda educação pede renúncia e todo aprimoramento pede serviço.
A paz verdadeira nunca foi prêmio à ociosidade.
Todas as grandes realizações clamam por grandes lutas.
Em razão disso, se é certo que ressarciremos com mais trabalho os benefícios da vida de que estejamos abusando, é preciso saibamos escolher, com determinação e firmeza, o caminho do esforço máximo na exaltação do bem, a fim de que sejamos considerados, perante a Lei, na condição de operários fiéis ao salário da Eterna Luz
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Do Livro: Nascer e Renascer – Psicografia de Francisco C. Xavier – pelo Espírito Emmanuel.
MENSAGEM DO ESE:
Se fosse um homem de bem, teria morrido
Falando de um homem mau, que escapa de um perigo, costumais dizer: “Se fosse um homem bom, teria morrido.” Pois bem, assim falando, dizeis uma verdade, pois, com efeito, muito amiúde sucede dar Deus a um Espírito de progresso ainda incipiente prova mais longa, do que a um bom que, por prêmio do seu mérito, receberá a graça de ter tão curta quanto possível a sua provação. Por conseguinte, quando vos utilizais daquele axioma, não suspeitais de que proferis uma blasfêmia.
Se morre um homem de bem, cujo vizinho é mau homem, logo observais: “Antes fosse este.” Enunciais uma enormidade, porquanto aquele que parte concluiu a sua tarefa e o que fica talvez não haja principiado a sua. Por que, então, haveríeis de querer que ao mau faltasse tempo para terminá-la e que o outro permanecesse preso à gleba terrestre? Que diríeis se um prisioneiro, que cumpriu a sentença contra ele pronunciada, fosse conservado no cárcere, ao mesmo tempo que restituíssem à liberdade um que a esta não tivesse direito? Ficai sabendo que a verdadeira liberdade, para o Espírito, consiste no rompimento dos laços que o prendem ao corpo e que, enquanto vos achardes na Terra, estareis em cativeiro.
Habituai-vos a não censurar o que não podeis compreender e crede que Deus é justo em todas as coisas. Muitas vezes, o que vos parece um mal é um bem. Tão limitadas, no entanto, são as vossas faculdades, que o conjunto do grande todo não o apreendem os vossos sentidos obtusos. Esforçai-vos por sair, pelo pensamento, da vossa acanhada esfera e, à medida que vos elevardes, diminuirá para vós a importância da vida material que, nesse caso, se vos apresentará como simples incidente, no curso infinito da vossa existência espiritual, única existência verdadeira.
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— Fénelon. (Sens, 1861.)
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 22.)
Muito obrigado por atualizar essa pagina
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