sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

DECEPÇÕES OU LIVRAMENTOS?


Há dois mil anos, o mais sublime dos Mestres nos ensinou que, uma boa árvore não pode dar maus frutos. Será que nós conseguimos entender tal ensinamento?

Quando qualquer fato, seja de que natureza for, nos decepciona, nos ferindo a alma, a dor desse momento nos obriga a reflexão, para que na condição de observadores despidos do julgar, nós possamos ver que, ninguém pode dar o que não possui e que o tempo acaba trazendo à tona quem cada um de nós realmente é.

Muitos fatos são como vetor educativo para o espírito que se encontra em eterno aprendizado, o obrigando a sair da posição de conforto que inconscientemente se encontrava, para retomar a trilha da evolução que nos pede a aquisição do desapego deixando que se vá aquilo que na verdade é livramento nos libertando de algo que víamos, mas não queríamos enxergar.

Não lamentemos pelas decepções que a vida nos obriga, pois muitos desses fatos são verdadeiros livramentos, vindos de algo que nos protege quando estamos revestidos da pureza de coração e da sinceridade de propósitos.
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Renato Moura
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17 de dezembro

Quando você está em contato comigo e seu maior desejo é cumprir a Minha vontade, você percebe que cada uma de suas ações deve ser pelo bem do todo e não só de si mesmo.

 Esta vida é só para aquelas almas completamente dedicadas e dispostas a se desapegar do ego e se tornar parte do todo. 

Não é fácil para a maioria da humanidade agir assim, pois muitas almas não querem desistir de sua individualidade.

 Elas se agarram ao que chamam de seus "direitos" e fazem somente o que querem, sem qualquer consideração pelos outros.

 Portanto, se você sentir que a vida não está indo bem como você quer, e que você está em desarmonia com o todo, recolha-se e procure dentro de você as causas, sem querer culpar ninguém.

 Quando você perceber que é algo dentro de você que está desarmonizado, corrija o erro sem demora.
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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Obediência e resignação

A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura e muito ativas, se bem os homens erradamente as confundam com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração, forças ativas ambas, porquanto carregam o fardo das provações que a revolta insensata deixa cair. O pusilânime não pode ser resignado, do mesmo modo que o orgulhoso e o egoísta não podem ser obedientes. Jesus foi a encarnação dessas virtudes que a antigüidade material desprezava. Ele veio no momento em que a sociedade romana perecia nos desfalecimentos da corrupção. Veio fazer que, no seio da Humanidade deprimida, brilhassem os triunfos do sacrifico e da renúncia carnal.

Cada época é marcada, assim, com o cunho da virtude ou do vício que a tem de salvar ou perder. A virtude da vossa geração é a atividade intelectual; seu vicio é a indiferença moral. Digo, apenas, atividade, porque o gênio se eleva de repente e descobre, por si só, horizontes que a multidão somente mais tarde verá, enquanto que a atividade é a reunião dos esforços de todos para atingir um fim menos brilhante, mas que prova a elevação intelectual de uma época. 

Submetei-vos à impulsão que vimos dar aos vossos espíritos; obedecei à grande lei do progresso, que é a palavra da vossa geração. Ai do espírito preguiçoso, ai daquele que cerra o seu entendimento! Ai dele! porquanto nós, que somos os guias da Humanidade em marcha, lhe aplicaremos o látego e lhe submeteremos a vontade rebelde, por meio da dupla ação do freio e da espora. Toda resistência orgulhosa terá de, cedo ou tarde, ser vencida. Bem-aventurados, no entanto, os que são brandos, pois prestarão dócil ouvido aos ensinos.

— Lázaro. (Paris, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IX, item 8.)

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A paciência 


Não há problema que não possa ser solucionado pela paciência.

A paciência desarticula os mecanismos do mal…

Aquele que não se altera diante da prova, não reagindo às provocações, ignora o mal…

A impaciência é a reação que quem nos provoca está esperando.

A melhor maneira de frustrar o mal é colocar em prática as sugestões do bem.

Não me considero um homem de paciência, mas, se acaso não tivesse aprendido com os Bons Espíritos algo do valor dessa virtude, eu teria criado mais sérios embaraços para a minha própria vida…

Os obstáculos no exercício da mediunidade sempre me foram um desafio constante.

Não me lembro de um só dia que tivesse atravessado sem problemas…
🌹🌿🌹
Chico Xavier
Obra: 
O Evangelho de Chico Xavier — O próprio (Encarnado)
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PARTIR O PÃO


No ato de partir o pão é que revelas quem realmente és.

As tuas mãos em movimento são o teu retrato.

As mãos do egoísta não sabem dividir...

As do avaro estão sempre retraídas...

As do agressor cerram-se no punho...

Em contrapartida, as do homem benevolente estendem-se incondicionalmente...

Espalmam-se, dadivosas...

Não receiam os cravos da ingratidão...

Jamais se exaurem no esforço do auxílio.

Se queres saber quem és, observa como partes o teu pão.
🌿🌹🌿
Irmão José 
Carlos Baccelli 
Obra: "Ao Alcance das Mãos"
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quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Perante os parentes


Desempenhar todos os justos deveres para com aqueles que lhe comungam as teias da consanguinidade.
Os parentes são os marcos vivos das primeiras grandes responsabilidades do Espírito encarnado.
*
Intensificar os recursos de afeto, compreensão e boa-vontade para os afins mais próximos que não lhe compreendam os ideais.
O lar constitui cadinho redentor das almas endividadas.
*
Dilatar os laços da estima além do círculo da parentela.
A Humanidade é a nossa grande família.
*
Acima de todas as injunções e contingências de cada dia, conservar a fidelidade aos preceitos espíritas cristãos, sendo cônjuge generoso e melhor pai, filho dedicado e companheiro
benevolente.
Cada semelhante nosso é degrau de acesso à Vida Superior, se soubermos recebê-lo por verdadeiro irmão.
*
Melhorar, sem desânimo, os contactos diretos e indiretos com os pais, irmãos, tios, primos e demais parentes, nas lides do mundo, para que a Lei não venha a cobrar-lhe novas e mais enérgicas experiências em encarnações próximas.
O cumprimento do dever, criado por nós mesmos, é lei do mundo interior a que não poderemos fugir.
*
Imprimir em cada tarefa diária os sinais indeléveis da fé que nutre a vida, iniciando todas as boas obras no âmbito estreito da parentela corpórea.
Temos, na família consanguínea, o teste permanente de nossas relações com a Humanidade.
*
“Mas se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel.”
Paulo. (Timóteo, capítulo 5, versículo 8.)
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André Luiz
Waldo Vieira
Obra: Conduta Espírita
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16 de dezembro

"Transforme-se pela renovação da sua mente!" Que palavras importantes!
 
Você já deve tê-las ouvido muitas vezes, mas o que é que fez a respeito?

 Elas têm significado para você? 

Pense nelas até que elas tenham adquirido vida, vibrando em sua mente e fazendo você se renovar e se transformar. 

Você fala de paz e harmonia, do novo céu e da nova terra, de cumprir a Minha vontade, de amor e luz que se irradiam pelo mundo e de se arriscar no desconhecido, mas, efetivamente, o que é que você está fazendo a respeito? 

Você está vivendo de maneira a ajudar tudo isto acontecer? 

Não seja como um papagaio, só repetindo coisas sem significado para você. 

Reze sem cessar por uma profunda e clara compreensão, agradeça e siga em frente e para o alto.

 Acima de tudo, viva a vida e permita que as mudanças tumen a sua vida.
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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

A ingratidão dos filhos e os laços de família

A ingratidão é um dos frutos mais diretos do egoísmo. Revolta sempre os corações honestos. Mas, a dos filhos para com os pais apresenta caráter ainda mais odioso. É, em particular, desse ponto de vista que a vamos considerar, para lhe analisar as causas e os efeitos. Também nesse caso, como em todos os outros, o Espiritismo projeta luz sobre um dos grandes problemas do coração humano.

Quando deixa a Terra, o Espírito leva consigo as paixões ou as virtudes inerentes à sua natureza e se aperfeiçoa no espaço, ou permanece estacionário, até que deseje receber a luz.

 Muitos, portanto, se vão cheios de ódios violentos e de insaciados desejos de vingança; a alguns dentre eles, porém, mais adiantados do que os outros, é dado entrevejam uma partícula da verdade; apreciam então as funestas conseqüências de suas paixões e são induzidos a tomar resoluções boas. Compreendem que, para chegarem a Deus, lima só é a senha: caridade. Ora, não há caridade sem esquecimento dos ultrajes e das injúrias; não há caridade sem perdão, nem com o coração tomado de ódio.

Então, mediante inaudito esforço, conseguem tais Espíritos observar os a quem eles odiaram na Terra. Ao vê-los, porém, a animosidade se lhes desperta no íntimo; revoltam-se à idéia de perdoar, e, ainda mais, à de abdicarem de si mesmos, sobretudo à de amarem os que lhes destruíram, quiçá, os haveres, a honra, a família. Entretanto, abalado fica o coração desses infelizes. Eles hesitam, vacilam, agitados por sentimentos contrários. Se predomina a boa resolução, oram a Deus, imploram aos bons Espíritos que lhes dêem forças, no momento mais decisivo da prova.

Por fim, após anos de meditações e preces, o Espírito se aproveita de um corpo em preparo na família daquele a quem detestou, e pede aos Espíritos incumbidos de transmitir as ordens superiores permissão para ir preencher na Terra os destinos daquele corpo que acaba de formar-se. Qual será o seu procedimento na família escolhida? Dependerá da sua maior ou menor persistência nas boas resoluções que tomou. O incessante contacto com seres a quem odiou constitui prova terrível, sob a qual não raro sucumbe, se não tem ainda bastante forte a vontade. Assim, conforme prevaleça ou não a resolução boa, ele será o amigo ou inimigo daqueles entre os quais foi chamado a viver. É como se explicam esses ódios, essas repulsões instintivas que se notam da parte de certas crianças e que parecem injustificáveis. Nada, com efeito, naquela existência há podido provocar semelhante antipatia; para se lhe apreender a causa, necessário se torna volver o olhar ao passado.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIV, item 9.)
Nas leis do destino

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Espírito da maledicência


Existem pessoas que se aproximam de nós com o espírito da maledicência;

querem saber da nossa vida, não para nos auxiliar, mas para tornarem públicas as nossas feridas…

Devemos tomar cuidado com esses nossos irmãos que adquiriram uma estranha viciação:
querem crescer às custas da indigência alheia…
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Chico Xavier 
O Evangelho de Chico Xavier 
— O próprio (Encarnado)
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Nas Leis do Destino


Há quem pense que o Criador, por vezes, sentencia Suas criaturas a sofrimentos eternos.

Contudo, tanto quanto se pode perceber, o Pai Celestial se manifesta através de leis que expressam ser Seu objetivo o bem supremo.

Essas leis podem ser observadas mesmo nos processos rudimentares do campo físico.

O fogo é agente precioso da evolução, nos limites em que deve ser conservado.
Entretanto, se colocamos a mão no braseiro, é natural que venhamos a sofrer dolorosas consequências.

A máquina é parte acessória do progresso.
Mas em mãos que não a saibam manusear, pode se converter em instrumento de destruição.

Negligência, imperícia ou indisciplina na sua utilização causam resultados desastrosos.

Ocorre o mesmo nos planos da consciência.

Na matemática do Universo, o destino sempre dá para a criatura o que ela lhe der.

É inútil que autoridades de um ou outro princípio religioso pintem o Todo Poderoso com as tintas das paixões humanas.

Com frequência, ouvimos interpretações que assemelham Deus a um soberano rodeado de púrpura e riquezas.

A alguém que fica simplesmente governando Seus súditos à distância.

Segundo esses relatos, Ele se enraivece por falta de louvores ou pela desobediência dos Seus filhos.

Também se envaidece com adulações.

Os que assim apresentam a Divindade podem estar movidos de santos propósitos.

Talvez raciocinem sob o influxo de lendas e tradições respeitáveis do passado longínquo.

Mas se esquecem de que, mesmo perante as leis dos homens, pessoa alguma consegue furtar, moralmente, o merecimento ou a culpa de outra.

Deus é amor.

Amor que se expande do átomo aos astros.

Mas é justiça também.

Justiça que atribui a cada Espírito segundo o que ele próprio escolheu.

Nosso Mestre Jesus disse que a cada um seria dado segundo as suas obras.

Sendo amor, Deus concede à consciência transviada tantas experiências quantas necessite, a fim de retificar o próprio caminho.

Sendo justiça, ignora privilégios de qualquer ordem. Para Ele, todos são iguais, filhos do Seu amor.

Jamais afirmemos, portanto, que Deus privilegia a uns e condena a outros.

Recordemos que não podemos raciocinar pelo cérebro alheio.

Também não podemos nos alimentar pela boca do próximo. Cada um é o responsável pelas suas próprias ações.

Deus nos criou a todos para que nos engrandeçamos, para que realizemos o progresso, de ordem intelectual e de ordem moral.

Em uma palavra, para que alcancemos a felicidade no mais amplo sentido.

Para isso, sendo amor, nos proporciona um caminho de bênçãos e de luzes.

Sendo justiça, determinou que cada Espírito possuísse vontade e razão.

Assim, nenhum de nós é vítima senão de si mesmo.

Cada qual nos adiantamos ou nos atrasamos, conforme queiramos, no decorrer de incontáveis existências.

O livre-arbítrio vigora amplamente no Universo.

Apenas é necessário arcar com as consequências das próprias opções.

Dessa forma, nossa vida, aqui ou no Além, será sempre o que quisermos, ou seja, o que dela fizermos
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Redação do Momento Espírita, com base no cap. LI, do livro Justiça Divina, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de
Francisco Cândido Xavier, ed. FEB.
Formatação e pesquisa: MILTER -15-12-2019 
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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

O dia mais feliz


Quando o bilionário nigeriano Femi Otedola, em uma entrevista por telefone, foi questionado pelo apresentador de rádio:

 "Senhor, o que você se lembra que o tornou o homem mais feliz da vida?" 
Femi disse:

"Passei por quatro estágios de felicidade na vida e finalmente entendi o significado da verdadeira felicidade.

A primeira etapa foi acumular riquezas e meios. Mas nesta fase não consegui a felicidade que queria. 

Em seguida, veio a segunda etapa de coleta de objetos de valores. Mas percebi que o efeito dessa coisa também é temporário e o brilho das coisas valiosas não dura muito.

Então veio a terceira fase de obtenção de grandes projetos. Foi quando eu tinha 95% do fornecimento de diesel na Nigéria e na África. Também fui o maior proprietário de navios da África e da Ásia. Mas mesmo aqui não obtive a felicidade que tinha imaginado.

A quarta etapa foi quando um amigo meu me pediu para comprar cadeiras de rodas para algumas crianças com deficiência. Quase 200 crianças. A pedido do amigo, comprei imediatamente as cadeiras de rodas.

Mas o amigo insistiu que eu fosse com ele e entregasse as cadeiras de rodas às crianças. Eu me preparei e fui com ele.

Lá eu dei essas cadeiras de rodas para essas crianças com minhas próprias mãos. Eu vi o estranho brilho de felicidade nos rostos dessas crianças. Eu os vi todos sentados nas cadeiras de rodas, se movendo e se divertindo.

Era como se eles tivessem chegado a um local de piquenique onde estão compartilhando um prêmio acumulado.

Eu senti uma alegria REAL dentro de mim. Quando decidi ir embora, uma das crianças agarrou minhas pernas. Tentei libertar minhas pernas suavemente, mas a criança olhou para meu rosto e segurou minhas pernas com força.

Abaixei-me e perguntei à criança: Precisa de mais alguma coisa?

A resposta que essa criança me deu não só me deixou feliz, mas também mudou completamente minha atitude em relação à vida. Esta criança disse: 

'Quero me lembrar do seu rosto para que, quando me encontrar com você no céu, eu possa reconhecê-lo e agradecê-lo mais uma vez.'

Esse foi o momento mais feliz da minha vida."
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Texto sem autoria
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15 de dezembro

A faísca divina está no interior de cada indivíduo mas, em muitas almas, precisa ser trazida à tona e abanada para que possa se transformar em chama.

 Desperte de sua preguiça, reconheça a divindade dentro de você, alimente-a e permita que ela cresça e floresça. 

A semente deve ser plantada na terra antes que possa desabrochar; ela tem dentro de si um potencial adormecido que precisa de condições favoráveis para crescer e se desenvolver. 

Você tem dentro de si o reino dos céus, mas ele não será revelado se você não acordar e começar a procurar por ele. 

Existem muitas almas nesta vida que não acordam para esta realidade e elas são como sementes guardadas num pacote. 

Você precisa querer soltar as amarras para ser livre. 

E quando este desejo surgir, você será ajudado de todas as maneiras possíveis. 

Mas o desejo deve primeiro surgir em você.
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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Reconciliação com os adversários

Reconciliai-vos o mais depressa possível com o vosso adversário, enquanto estais com ele a caminho, para que ele não vos entregue ao juiz, o juiz não vos entregue ao ministro da justiça e não sejais metido em prisão. — Digo-vos, em verdade, que daí não saireis, enquanto não houverdes pago o último ceitil. (S. MATEUS, cap. V, vv. 25 e 26.)

Na prática do perdão, como, em geral, na do bem, não há somente um efeito moral: há também um efeito material. A morte, como sabemos, não nos livra dos nossos inimigos; os Espíritos vingativos perseguem, muitas vezes, com seu ódio, no além-túmulo, aqueles contra os quais guardam rancor; donde decorre a falsidade do provérbio que diz: “Morto o animal, morto o veneno”, quando aplicado ao homem. O Espírito mau espera que o outro, a quem ele quer mal, esteja preso ao seu corpo e, assim, menos livre, para mais facilmente o atormentar, ferir nos seus interesses, ou nas suas mais caras afeições. Nesse fato reside a causa da maioria dos casos de obsessão, sobretudo dos que apresentam certa gravidade, quais os de subjugação e possessão.

O obsidiado e o possesso são, pois, quase sempre vítimas de uma vingança, cujo motivo se encontra em existência anterior, e à qual o que a sofre deu lugar pelo seu proceder. Deus o permite, para os punir do mal que a seu turno praticaram, ou, se tal não ocorreu, por haverem faltado com a indulgência e a caridade, não perdoando. 

Importa, conseguintemente, do ponto de vista da tranqüilidade futura, que cada um repare, quanto antes, os agravos que haja causado ao seu próximo, que perdoe aos seus inimigos, a fim de que, antes que a morte lhe chegue, esteja apagado qualquer motivo de dissensão, toda causa fundada de ulterior animosidade. Por essa forma, de um inimigo encarniçado neste mundo se pode fazer um amigo no outro; pelo menos, o que assim procede põe de seu lado o bom direito e Deus não consente que aquele que perdoou sofra qualquer vingança. Quando Jesus recomenda que nos reconciliemos o mais cedo possível com o nosso adversário, não é somente objetivando apaziguar as discórdias no curso da nossa atual existência; é, principalmente, para que elas se não perpetuem nas existências futuras. 

Não saireis de lá, da prisão, enquanto não houverdes pago até o último centavo, isto é, enquanto não houverdes satisfeito completamente a justiça de Deus.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, itens 5 e 6.)

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LEI DA FÍSICA


Toda ação é semelhante a um elástico que alguém se põe a esticar com as próprias mãos.

O elástico, após distender-se quanto pode, encolhendo-se, volta ao seu ponto de origem.

Porém, ao voltar, traz consigo a consequência da força tensional em que se alongou.

Tanto o bem quanto o mal, por mais se distanciem de seus autores, sempre retornam a eles com o resultado de seus benefícios ou prejuízos.

Portanto, em essência, o bem ou o mal que fazes pertencem a ti e não aos outros.

O chamado "choque de retorno", regendo o mundo moral das criaturas, é uma lei da Física.

Foi por isto que Jesus, em sua sabedoria, nos recomendou que aos outros fizéssemos o que gostaríamos nos fosse feito.
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Irmão José (psic. Carlos Baccelli - do livro "Ajuda-te e o Céu te Ajudará") 
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Pacifica


Torna-te pacificador.

Onde te encontres, estimula a paz e vive em paz.

Os tumultos que aturdem os homens e as lutas que se travam em toda parte poderiam ser evitados, ou pelo menos contornados, se os homens mantivessem o espírito de boa vontade, uns para com os outros.

Uma ofensa silenciada, uma agressão desculpada, um golpe desviado, evitam conflitos que ardem em chamas de ódio.

Confia na forma da não-violência e a paz enflorescerá o teu e o coração de quantos se acerquem de ti.
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Joanna de Ângelis
Divaldo Franco 
Obra: Vida Feliz
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terça-feira, 14 de dezembro de 2021

LIBERTAR-SE


Muitos sofrem, por fingir o que não são.

Liberte o bom sentimento de sua alma.

Se o Evangelho o convidou à renovação e se, na intimidade, você sente a necessidade do amor fraternal, sublimado, reconstrua a sua vida, comportando-se com equilíbrio.

Não freie o impulso afetivo.

Se ama, não encene os dramas do ímpio.

O nosso mundo, hoje mais que ontem, sofre a inflação de comportamentos exóticos e de um esmagador aumento de rancor. As criaturas, por vezes, primam por apresentar-se quais gladiadores dum circo romano, precipitando dolorosos quadros que chamam de autodefesa.

Não se envergonhe do gesto afável.

Não adie expressões de ternura.

Se fingir uma virtude que não temos é prejudicial para o nosso mundo de relações e para nós mesmos, lembremo-nos de que escamotear uma qualidade que desabrocha no íntimo é mais prejudicial ainda, por ser um falso atestado de nossas convicções e por retardar a marcha do Bem.
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Livro: Intimidade
Roque Jacintho 
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14 de dezembro

Tenha sempre em mente que só o bem resulta de tudo e que cada experiência ajuda você a crescer e se expandir. Perceba que sem experiência, de primeira mão, você não seria capaz de entender e abrir seu coração para os seus semelhantes, mas se manteria à distância julgando e condenando.

 Experiências, não importa quão estranhas ou difíceis, foram impostas a você com um propósito; portanto, tente entender qual é esse propósito. Tente ver Minha mão em tudo, tente entender que nada acontece por acaso e que sorte não existe. Perceba que é você que atrai para si o melhor ou o pior da vida. Pode ser paz, serenidade e tranquilidade, ou pode ser caos e confusão. 

Essa atração vem de seu interior, de seu estado de consciência; portanto, não culpe o ambiente que o cerca. Um caracol carrega tudo consigo, até sua casa. Você contém tudo no seu interior e reflete para o exterior.
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Obra: Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Observai os pássaros do céu (II)

A Terra produzirá o suficiente para alimentar a todos os seus habitantes, quando os homens souberem administrar, segundo as leis de justiça, de caridade e de amor ao próximo, os bens que ela dá. Quando a fraternidade reinar entre os povos, como entre as províncias de um mesmo império, o momentâneo supérfluo de um suprirá a momentânea insuficiência do outro; e cada um terá o necessário. O rico, então, considerar-se-á como um que possui grande quantidade de sementes; se as espalhar, elas produzirão pelo cêntuplo para si e para os outros; se, entretanto, comer sozinho as sementes, se as desperdiçar e deixar se perca o excedente do que haja comido, nada produzirão, e não haverá o bastante para todos.

Se as amontoar no seu celeiro, os vermes as devorarão. Daí o haver Jesus dito: “Não acumuleis tesouros na Terra, pois que são perecíveis; acumulai-os no céu, onde são eternos.” Em outros termos: não ligueis aos bens materiais mais importância do que aos espirituais e sabei sacrificar os primeiros aos segundos. (Cap. XVI, nº 7 e seguintes.)

A caridade e a fraternidade não se decretam em leis. Se uma e outra não estiverem no coração, o egoísmo aí sempre imperará. Cabe ao Espiritismo fazê-las penetrar nele.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXV, item 8.)

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Todo o poder


Todo o poder da alma resume-se em três palavras: Querer, Saber, Amar!

Querer, isto é, fazer convergir toda a atividade, toda a energia, para o alvo que se tem de atingir, desenvolver a vontade e aprender a dirigi-la.

Saber, porque sem o estudo profundo, sem o conhecimento das coisas e das leis, o pensamento e a vontade podem transviar-se no meio das forças que procuram conquistar e dos elementos a quem aspiram governar.

Acima, porém, de tudo, é preciso amar, porque, sem o amor, a vontade e a ciência seriam incompletas e muitas vezes estéreis. O amor ilumina-as, fecunda-as, centuplica-lhes os recursos. Não se trata aqui do amor que contempla sem agir, mas do que se aplica a espalhar o bem e a verdade pelo mundo. A vida terrestre é um conflito entre as forças do mal e as do bem. O dever de toda alma viril é tomar parte no combate, trazer-lhe todos os seus impulsos, todos os meios de ação, lutar pelos outros, por todos aqueles que se agitam ainda na via escura.

O uso mais nobre que se pode fazer das faculdades é trabalhar por engrandecer, desenvolver, no sentido do belo e do bem, a Civilização, a sociedade humana, que tem as suas chagas e fealdades, sem dúvida, mas que é rica de esperanças e magníficas promessas; essas promessas transformar-se-ão em realidade vivaz no dia em que a Humanidade tiver aprendido a comungar, pelo pensamento e pelo coração, com o foco de amor, que é o esplendor de Deus.

Amemos, pois, com todo o poder do nosso coração; amemos até o sacrifício, como Joana d'Arc amou a França, como o Cristo amou a Humanidade, e todos aqueles que nos rodeiam receberão nossa influência, sentir-se-ão nascer para nova vida.

Ó homem, procura em volta de ti as chagas a pensar, os males a curar, as aflições a consolar. Alarga as inteligências, guia os corações transviados, associa as forças e as almas, trabalha para ser edificada a alta cidade de paz e de harmonia que será a cidade de amor, a cidade de Deus! Ilumina, levanta, purifica! Que importa que se riam de ti! Que importa que a ingratidão e a maldade se levantem na tua frente! Aquele que ama não recua por tão pouca coisa; ainda que colha espinhos e silvas, continua sua obra, porque esse é seu dever, sabe que a abnegação o engrandece.

O próprio sacrifício também tem suas alegrias; feito com amor, transforma as lágrimas em sorrisos, faz nascer em nós alegrias desconhecidas do egoísta e do mau. Para aquele que sabe amar, as coisas mais vulgares são de interesse; tudo parece iluminar-se; mil sensações novas despertam nele.

São necessários à sabedoria e à Ciência longos esforços, lenta e penosa ascensão para conduzir-nos às altas regiões do pensamento. O amor e o sacrifício lá chegam de um só pulo, com um único bater de asas. Na sua impulsão conquistam a paciência, a coragem, a benevolência, todas as virtudes fortes e suaves. O amor depura a inteligência, põe à larga o coração e é pela soma de amor acumulada em nós que podemos avaliar o caminho que temos andado para Deus.
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Livro: O Problema do Ser, 
do Destino e da Dor
- Léon Denis -
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HUMILDADE CELESTIAL


Ninguém mais humilde que Ele, o Divino
Governador da Terra.

Podia eleger um palácio para a glória do nascimento, mas preferiu sem mágoa a
manjedoura simples.

Podia reclamar os princípios da cultura para o seu ministério de paz e redenção;
contudo, preferiu pescadores singelos para instrumentos sublimes do seu verbo de luz.

Podia articular defesa irresistível a fim de dominar a governança política; no entanto, preferiu render-se à autoridade, presente em sua época, ensinando que o homem deve entregar ao mundo o que ao mundo pertence, e a Deus o que é de Deus.

Podia banir de pronto do colégio apostólico o amigo invigilante, mas preferiu que Judas conseguisse os seus fins, lamentáveis e excusos, descerrando-lhe aos pés caminho melhor.

Podia erguer-se ao Sol da plena vida eterna, sem voltar-se jamais ao convívio
humilhante daqueles que o feriram nos tormentos da cruz; no entanto, preferiu
regressar para o mundo, estendendo de novo as mãos alvas e puras aos ingratos da véspera.

Podia constranger o espírito de Saulo a receber-lhe as ordens, mas preferiu surgir-lhe qual companheiro anônimo, rogando-lhe acordar, meditar e servir, em favor de si mesmo.

Em Cristo, fulge sempre a humildade celeste, pela qual aprendemos que,
quanto mais poder, mais amplo o trilho augusto aberto às nossas almas para que nos façamos, não apenas humildes pelos padrões da Terra, mas humildes enfim pelos padrões de Deus.
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FONTE: LIVRO ANTOLOGIA MEDIÚNICA DO NATAL
Psicografia: Francisco Cândido Xavier
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segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

Itens de auxílio



Respeite os problemas alheios sem interferir neles, a menos que a sua cooperação seja solicitada.

Não pronuncie palavras que ofendam e depreciem.

Quanto possível, dê sempre alguma frase de consolo e esperança a quem sofre.

Não se faça estação de pessimismo ou desânimo.

Esqueça o mal que receba e nunca faça a cobrança do Bem que tenha podido distribuir.

Não impulsione para frente qualquer questão desagradável.

O trabalho no desempenho do seu dever é o capital que lhe valoriza as orações.

Lembre-se da parcela de socorro que sempre devemos aos companheiros mais necessitados que nós mesmos.

Quando possível faça algo ou algo aprenda de útil para que o seu dia de hoje seja melhor que o dia de ontem.

Nunca se esqueça de que todas as vantagens ou benefícios que desfrutamos da vida são empréstimos de Deus.
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André Luiz 
Chico Xavier 
Obra: Momentos de ouro 
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MENSAGEM DO ESE:

Destino da Terra e causas das misérias humanas

6. Admira-se de encontrar sobre a Terra tanta maldade e más paixões, tantas misérias e enfermidades de toda a sorte, concluindo-se quão deplorável é a espécie humana. Esse julgamento provém de um ponto de vista limitado, e que dá uma falsa ideia do conjunto. É preciso considerar
que, na Terra, não se encontra toda a Humanidade, mas apenas uma
pequena fração dela. Na verdade, a espécie humana compreende todos os
seres dotados de razão que povoam os inumeráveis mundos do Universo.

Ora, o que é a população da Terra diante da população total desses mundos?
Bem menos que a de um vilarejo em relação à de um grande império. A condição material e moral da Humanidade terrena nada tem de espantosa, se pensarmos nos destinos da Terra e na natureza de sua população.

7. Faríamos uma ideia bem falsa dos habitantes de uma grande cidade, se a julgássemos pela população dos bairros mais pobres e sórdidos. Num hospital, só vemos doentes e estropiados. Numa prisão, vemos todas as torpezas, todos os vícios reunidos; nas regiões insalubres, a maior parte dos habitantes são pálidos, fracos e doentes. Do mesmo modo, se considerarmos a Terra como um arrabalde, um hospital, uma penitenciária, um pantanal – pois ela é, muitas vezes, tudo isso a um só tempo – compreenderemos porque as aflições sobrepujam os prazeres, pois não se enviam aos hospitais as pessoas sadias, nem às casas de correção aqueles que não cometeram crimes, porque nem os hospitais nem as casas de correção são lugares prazerosos. 

Assim como, numa cidade, toda a população não está nos hospitais ou nas prisões, assim toda a Humanidade não se encontra na Terra. Da mesma forma como saímos do hospital quando estamos curados, e da prisão quando a pena é cumprida, o homem deixa a Terra para mundos mais felizes, quando se cura de suas enfermidades morais.

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

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O investimento na infelicidade


Quanto mais você se torna confinado em seu eu, mais a vida se torna sem sentido. Então você fica infeliz. Então a infelicidade tem algumas outras compensações.

Quando você está feliz você se torna comum, porque ser feliz é simplesmente ser natural. Ser infeliz é se tornar extraordinário. Não há nada especial em ser feliz – as árvores são felizes, os pássaros são felizes, os animais são felizes, as crianças são felizes.

O que há de especial nisso? É apenas a coisa usual na existência. A existência é feita de uma coisa chamada felicidade. Olhe só essas árvores! ...tão felizes! Veja os pássaros cantando ...de um jeito tão feliz! A felicidade não tem em si nada de especial. Felicidade é uma coisa muito comum.

Estar jubiloso é ser absolutamente comum.

O eu, o ego, não permite isso.

Por isso as pessoas falam muito sobre suas infelicidades. Elas se tornam especiais só pelo fato de falarem sobre suas infelicidades. As pessoas continuam falando sobre suas doenças, suas dores de cabeça, seus estômagos, seus issos e aquilos. Todas as pessoas são de uma maneira ou de outra hipocondríacas. E se alguém não acredita na sua infelicidade, você fica magoado.

Se alguém se solidariza com você e acredita na sua infelicidade – até mesmo em sua exagerada versão dela – você se sente muito feliz. Isto é uma coisa estúpida, mas tem de ser entendida.

A infelicidade torna você especial. A infelicidade torna você mais egoísta. Um homem infeliz pode ter um ego mais concentrado do que um homem feliz. Um homem feliz na verdade não pode ter o ego, porque uma pessoa só se torna feliz quando não existe ego. Quanto mais desprovido de ego, mais feliz; quanto mais feliz, mais desprovido de ego. Você se dissolve na felicidade.
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- Osho, em "A jornada de ser humano" -
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O Espiritismo e os cônjuges


Sem entendimento e respeito, conciliação e afinidade espiritual, torna-se difícil o êxito no casamento.

Todos os pretendentes à união conjugal carecem de estudar as circunstâncias do ajuste esponsalício antes do consórcio, para isso existindo o período natural do noivado. Aspecto deveras importante para ser analisado será sempre o da crença religiosa.

Efetivamente, se a religião idêntica no casal contribui bastante para a estabilidade do matrimônio, a diversidade dos pontos de vista não é um fator proibitivo da paz em família. Mas se aparecem rixas no lar, oriundas do choque de opiniões religiosas diferentes, a responsabilidade é claramente debitada aos esposos que se escolheram um ao outro.

A tendência comum de um cônjuge é a de levar o outro a pensar e a agir como ele próprio, o que nem sempre é viável e nem pode ocorrer. Eis por que não lhes cabe violentar situações e sentimentos, manejando imposições recíprocas, mormente no sentido de se arrastarem a determinada crença religiosa.

Deve partir do cônjuge de fé sincera a iniciativa de patentear a qualidade das suas convicções, em casa, pelo convite silencioso a elas, através do exemplo.

Não será por meio de discussões, censuras ou pilhérias em torno de assuntos religiosos que se evidenciará algum dia a excelência de uma doutrina.

Ao invés de murmurações estéreis, urge dar provas de espiritualidade superior, repetidas no dia a dia. Em lugar de conceitos extremados nas prédicas fatigantes, vale mais a exposição da crença pela melhoria da conduta, positivando-se quão pior seria qualquer criatura sem o apoio da religião.

Para os espíritas jamais será construtivo constranger alguém a ler certas obras, frequentar determinadas reuniões ou aceitar critérios especiais em matéria doutrinária.

Quem deseje modificar a crença do companheiro ou da companheira, comece a modificar a si mesmo, na vivência da abnegação pura, do serviço, da compreensão, do bom-senso prático, salientando aos olhos do outro ou da outra a capacidade de renovação dos princípios que abraça.

O cônjuge é a pessoa mais indicada para revelar as virtudes de uma crença ao outro cônjuge. Um simples ato de bondade, no recinto do lar, tem mais força persuasiva que uma dezena de pregações num templo onde a criatura comparece contrariada.

Uma única prova de sacrifício entre duas pessoas que se defrontam, no convívio diário, surge mais eficaz como agente de ensino que uma vintena de livros impostos para leituras forçadas.

Em resumo, depende do cônjuge fazer a sua religião atrativa e estimulante para o outro, ao contrário de mostrá-la fastidiosa ou incômoda.

Nos testemunhos de cada instante, no culto vivo do Evangelho em casa e na lealdade à própria fé, persista cada qual nas boas obras, porque, ante demonstrações vivas de amor, cessam quaisquer azedumes da discórdia e todas as resistências da incompreensão.
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André Luiz
(Psicografia de Waldo Vieira) 
Obra: Estude e viva
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domingo, 12 de dezembro de 2021

Chão de Rosas



O mundo em que vives assemelha-se a um chão de Rosas, a receber todo o carinho de Jesus e o amor de Deus.

Devemos interromper, de vez em quando, as nossas cogitações comuns, e meditar sobre as oportunidades valiosas que recebemos, como prêmio da vida, ao ingressarmos nos fluidos da carne.

Tudo para nós é ação benfeitora. Tudo que nos cerca são bênçãos do Criador a nos despertar para mais vida.

Começa no mundo espiritual, o carinho com que os benfeitores nos gratificam, ao nos anunciarem a nossa volta.

E, quando queremos e aceitamos essa viagem de aprendizado, somente encontramos afabilidade, atenção e amparo, no arrumo das nossas bagagens.

Todas as estradas são floridas, mesmo que os nossos olhos a vejam em formas de espinhos. Na profundidade, são flores que educam e instruem. É por isso que chamamos o ingresso na carne Chão de Rosas.

Pessoalmente, passamos por situações dolorosas quando na Terra, animando um corpo. Mas, depois, compreendemos que as trilhas pelas quais andamos foram as mais produtivas para a nossa experiência terrena, por tirar delas as mais ricas lições de amor e de vida, para com o coração torturado. Hoje, colhemos os frutos do que pudemos fazer em favor dos desesperados, face às lutas.

Dentro de nós nada falta. Existem todos os recursos apreciáveis, de modo a ajudar-nos, com eficiência, em todas as dificuldades que surgirem em nossos caminhos. Estamos, pois, preparados para a luta, e o dever é lutar contra as nossas imperfeições, transformando-as em atividades do Bem, que vibra, sempre, na consciência, e se nos faz visível em toda parte da vida.

Onde estiveres, meu irmão, encontrar-te-ás num Chão de Rosas, desfrutando do perfume do Amor, fragrância que reacende os corações carentes. Compartilha da caravana da fraternidade, cujo ambiente é o universo. Sê cidadão do mundo sem limites.

Vamos materializar o Bem, em todos os ângulos da existência, e fazer com que o Amor não perca a luminosa estrada dos nossos corações, onde deve nascer o Cristo de Deus a nos mostrar a felicidade.

Tornamos a afirmar que a Terra é, pois, um Chão de Rosas, com as bênçãos de Deus a se mostrarem nas mínimas coisas: desde o pingo d’água, até os oceanos, dos elementos periódicos, aos mundos que circulam na criação do Grande Soberano, dos primeiros movimentos das células isoladas, à maravilhosa harmonia do corpo humano, a manifestar a inteligência racional e iluminada de Evangelho.

Se quiseres, poderás sentir e ver tudo florido, por onde andas, a convidar-te para o banquete celestial, pelas palavras inarticuladas dos ventos, das águas, das árvores, dos pássaros, das estrelas, de tudo que puderes observar, desde que tenhas carinho em teus gestos e amor no coração.

Não percas a oportunidade, tu que estás animando um corpo. Abraça esse Chão de Rosas, como sendo oferta do progresso, e serás abençoado pelos frutos que deverás colher, assinalando a tua vida na correspondência da sementeira que lançaste no seio do solo.

Que Deus e Jesus nos abençoem a todos, onde estivermos, dando início, se ainda não começamos, à prática do Bem, pelo Amor, e da Caridade, por Dever.
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Autor Scheila
 – Médium João Nunes Maia
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MENSAGEM DO ESE: 

Haverá casos em que convenha se desvende o mal de outrem?

É muito delicada esta questão e, para resolvê-la, necessário se torna apelar para a caridade bem compreendida. Se as imperfeições de uma pessoa só a ela prejudicam, nenhuma utilidade haverá nunca em divulgá-la. Se, porém, podem acarretar prejuízo a terceiros, deve-se atender de preferência ao interesse do maior número. Segundo as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a mentira pode constituir um dever, pois mais vale caia um homem, do que virem muitos a ser suas vítimas. Em tal caso, deve-se pesar a soma das vantagens e dos inconvenientes.

— São Luís. (Paris, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 21.)

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Tons da Paz


Muita gente deseja viver em paz convivendo, paradoxalmente, com situações que a tornam impossível.

Ninguém consegue viver em paz, desrespeitando os direitos alheios.

Não se vive em paz cultivando na alma os corrosivos da mágoa, da inveja, da prepotência, da ingratidão, do desrespeito.

A paz consciente é incompatível com a ignorância e com o descaso.

Não se pode construir a paz nas bases da indiferença moral, nem nos alicerces da violência íntima disfarçada de autenticidade.

Muita gente deseja viver em paz convivendo, no entanto, com situações que a tornam impossível.

A paz que não está sedimentada na razão e no mais profundo sentimento de amor ao próximo, não é paz, é ilusão.

Quem observa a superfície calma das águas de um charco, por exemplo, pode ter a ilusão de vislumbrar a mansuetude, mas se sondar as profundezas, encontrará miasmas pestilentos e odor fétido de podridão.

Para que a nossa paz não passe de mera ilusão, nossas atitudes precisam ser iluminadas pela luz da razão e aquecidas pelo sol do sentimento.

Certa vez alguém escreveu:

Paz é suave melodia, extraída da alma pelos dedos invisíveis da consciência tranquila.

É canção que cala a voz da violência, que desperta consciências e dulcifica quem a possui.

A paz tem a singeleza e o perfume de flores silvestres, cultivadas no solo fértil da lucidez, pelas mãos habilidosas da razão e do sentimento.

E é nesse jardim da alma que brotam as sementes da ternura e da compaixão, do afeto e da mansuetude.

Um coração sem paz é como uma orquestra sem tons nem sons, sem flores nem perfumes, sem leveza e sem harmonia.

A vida sem paz é como embarcação que navega sem luz, que desconhece o caminho e se perde na imensidão de breu.

A paz, ao contrário, enobrece os dons da alma e acarinha a vida.

Tem a suavidade da brisa, ao amanhecer.

E os vários tons multicores que despertam a aurora.

Possui o vigor da mais pujante sinfonia e a sutileza entre tons e semitons.

Paz: a sinfonia perfeita cuja maior nota é o amor.

Quando essa sinfonia ecoa nos corações, produz tons e sons na mais perfeita harmonia.

Para extrair da alma a melodia da paz é preciso afinar os acordes da razão e do sentimento, as duas asas que nos guindarão para a luz inapagável, que a todos nos aguarda no limiar do Infinito.

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A paz em nós nasce da compreensão e é mantida pela tolerância para com os erros alheios.

Também pela auto-aceitação dos nossos próprios erros, de modo a sabermos corrigi-los sem tumulto e sem perda de tempo.

Em síntese, é fácil a conquista da paz!

Basta que não tenhamos ambição em demasia.
Que corrijamos os ângulos da observação da vida.
Que amemos e que perdoemos.
Que nos entreguemos às mãos de Deus que cuida das “aves do céu” e dos “lírios do campo” e que, por fim, cumpramos fielmente com nossos deveres.

Falemos de paz.
Cultivemos a paz em nós.
Ofertemos paz aos que nos rodeiam, nos servem, nos amam, nos desejam o bem.

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Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais do verbete Paz, do livro Repositório de sabedoria, v. II, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. LEAL e do cap. Paz em nós, do livro Calma, pelo Espírito Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ed. GEEM.
Disponível no livro Momento Espírita, v. 5, ed. FEP.
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Resguarda-te na prece


Quando a tristeza chegar, deixando os teus dias mais escuros e o teu coração pesado, resguarda-te na prece.

Quando as dificuldades te parecerem grandes demais e te sentires a ponto de sucumbir, resguarda-te na prece.
Quando a saudade apertar o teu coração, fazendo-o sangrar de dor, resguarda-te na prece.

Quando o dia te parecer difícil de vencer, quando as horas demorarem a passar, resguarda-te na prece.

Quando tudo te parecer contrário à time o pensamento de que Deus te esqueceu vier, resguarda-te na prece.

Quando tudo for luz, a alegria tomar conta do teu coração e te achares o mais venturoso dos Homens, busca a prece.

Resguarda-te na prece em todos os momentos de tua vida.

Faz dela uma companheira diária e fiel.

Lembra-te da conexão com Deus, com a Divindade, que se inicia dentro de cada um.

Não se pode prescrever fé. Não se pode doar a outrem uma conquista
que é intransferível, pessoal e única.

Cada um, no seu momento, passará pelo despertamento. Geralmente através da dor. Não porque o Pai seja punitivo. Mas porque ainda estamos na infância espiritual, onde precisamos, necessitamos mesmo das ferramentas dolorosas para avançarmos e não estagnarmos na nossa própria prepotência de supor saber o que é melhor para nós mesmos.

O que hoje te parece um desafio difícil, mais tarde servirá de escudo valoroso a te livrar de dores maiores ou até proteger da tempestade que por ventura chegará.

Quando todos te virarem as costas e não acreditarem em ti, resguarda-te na prece.

Quando os teus familiares, os teus mais caros amores te incompreenderem na escolha da fé, resguarda-te na prece.

Através da prece sentirás a doce presença do teu espírito-guia a te emanar consolações, inspirações, ânimo.

Através da prece alcançarás o caminho seguro que te levará ao mundo venturoso que Deus promete aos seus escolhidos.

E os escolhidos são aqueles que perseveram na fé, apesar de todas as contrariedades, apesar do mundo te parecer duro e ingrato, apesar de toda dor e desamor que faceias todos os dias, se persistires na fé terás forças para renovar a tua morada. Para conhecer um mundo novo, venturoso, cheio de esperanças, de fraternidade e de harmonia.

Por isso, resguarda-te na prece seja qual for a situação que te encontres.

Se conseguires alcançar esse hábito salutar, te perceberás mais forte, poupado de dissabores inúteis, de inimigos oportunistas e com uma força interior que nada poderá abalar.

Lembra-te, resguarda-te na prece.

Que Nosso Senhor Jesus Cristo abençoe os teus propósitos de renovação e de evolução.
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Irmã Scheilla
Mensagem recebida na reunião mediúnica da Fraternidade Espírita Irmã
Scheilla em 05 de março de 2015
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