sábado, 20 de março de 2021

Convite à coragem




“... O Senhor pondo-se ao lado dele (Paulo), disse: Tem bom ânimo.
(Atos: capítulo 23º, versículo 11.)


“Sorte madrasta!” — Desabafaste, após a dificuldade que te chegou de surpresa.
“Tudo de ruim me acontece!” — Proferiste, em desalinho mental, após o problema intrincado que tomou corpo sem que o esperasses.
“Não poderia ser pior!” — Reclamaste em pleno clima do desespero que te absorveu.


Todavia, relegas a plano de olvido todas as coisas boas que vens fruindo, que possuis.


Faze um giro pelos hospitais onde estão os rebotalhos do sofrimento.


Além daqueles ali albergados, há outros sofredores que experimentam maior soma de inquietações...


Multidões de mutilados estão lutando para se readaptarem à vida; cegos exercitam a memória e surdos-mudos aprendem leitura labial para saírem do isolamento em que se demoram; crianças retardadas se submetem a tratamentos técnicos, penosos; gagos corrigem a fala a duros penates; operados de intrincados problemas orgânicos deixam-se conduzir sob limitações coercitivas em difíceis processos para a sobrevivência física..


E as mães desassossegadas ante filhos inditosos, esposos traídos, irmãos malsinados, cujas dores passam ignoradas?


Sai da noite a que te recolhes em pessimismo, e tem coragem.


Insucesso é ocorrência perfeitamente natural, que acontece a toda e qualquer criatura.


Problemas são desafios à luta e dificuldades são testes de promoção espiritual.


Indispensável manter o bom ânimo em qualquer lugar e posição, recordando a necessidade de nobre aplicação dos valores de que dispões: visão, palavra, audição, movimento, lucidez e tantos outros, distribuindo bênçãos entre os que conduzem mais pesado fardo.


... E seja qual for a provação que te surpreenda, tem coragem!


O pior que pode acontecer a alguém é entregar-se à descrença, apagando a chama íntima da fé e caminhar em plena escuridão da estrada, sem arrimo.


Assim, confia em Deus, e, corajoso, prossegue de espírito tranquilo.
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Joanna de Ângelis
Divaldo Franco
Convites da Vida
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MENSAGEM DO ESE:

Sacrifício da própria vida

– Aquele que se acha desgostoso da vida mas que não quer extingui-la por suas próprias mãos, será culpado se procurar a morte num campo de batalha, com o propósito de tornar útil sua morte?

Que o homem se mate ele próprio, ou faça que outrem o mate, seu propósito é sempre cortar o fio da existência: há, por conseguinte, suicídio intencional, se não de fato. É ilusória a idéia de que sua morte servirá para alguma coisa; isso não passa de pretexto para colorir o ato e escusá-lo aos seus próprios olhos. Se ele desejasse seriamente servir ao seu país, cuidaria de viver para defendê-lo; não procuraria morrer, pois que, morto, de nada mais lhe serviria. O verdadeiro devotamento consiste em não temer a morte, quando se trate de ser útil, em afrontar o perigo, em fazer, de antemão e sem pesar, o sacrifício da vida, se for necessário. Mas, buscar a morte com premeditada intenção, expondo-se a um perigo, ainda que para prestar serviço, anula o mérito da ação. 

— São Luís. (Paris, 1860)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 29.)

sexta-feira, 19 de março de 2021

Tópicos da ansiedade



Filhos, confiemos na proteção do Senhor em nossas dificuldades.

Atendamos à saúde, através da serenidade, e esperaremos a bênção de Jesus que nunca nos desampara. A postos, dedicados Benfeitores Espirituais cooperam em favor dos amigos encarnados, rogando ao Senhor nos guarde e ampare, hoje e sempre.
II
Quanto mais possamos acrescentar serenidade e paciência em nossas sólidas bases de fé, mais amplas se nos farão as melhoras gerais quanto ao necessário equilíbrio emocional.

Confiemos no amparo de Jesus, entregando a Ele, Nosso Senhor e Mestre, os problemas que nos pareçam sem solução acessível imediata ante o nosso esforço e confiemo-nos à Divina Providência que a todos nos protegerá, hoje como sempre.
III
Reergamos o ânimo abatido.

Reajustemo-nos, para corresponder à proteção que o Senhor nos tem dispensado.

A dificuldade é nosso degrau de ascensão.

Não nos faltará o amparo Divino.
IV
Guardemos a serenidade !

Nossa fé viva, nosso valor!
🌺🌱🌺
Por: Bezerra de Menezes, 
Médium: Francisco Cândido Xavier 
Obra: Apelos Cristãos
🌺🌱🌺





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MENSAGEM DO ESE:

É permitido repreender os outros, notar as imperfeições de outrem, divulgar o mal de outrem?

Ninguém sendo perfeito, seguir-se-á que ninguém tem o direito de repreender o seu próximo?

Certamente que não é essa a conclusão a tirar-se, porquanto cada um de vós deve trabalhar pelo progresso de todos e, sobretudo, daqueles cuja tutela vos foi confiada. Mas, por isso mesmo, deveis fazê-lo com moderação, para um fim útil, e não, como as mais das vezes, pelo prazer de denegrir. Neste último caso, a repreensão é uma maldade; no primeiro, é um dever que a caridade manda seja cumprido com todo o cuidado possível. Ao demais, a censura que alguém faça a outrem deve ao mesmo tempo dirigi-la a si próprio, procurando saber se não a terá merecido. 

— S. Luís. (Paris, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 19.)

quinta-feira, 18 de março de 2021

NÃO DESFALECER



... “Orar sempre e nunca desfalecer.” 
– Lucas, 18:1.

Não permitas que o serviço do próprio corpo te inabilite para a solução dos problemas externos, inclusive os da tua própria iluminação espiritual.

Enquanto te encontras no plano de exercício, qual a Crosta da Terra, sempre serás defrontado pela dificuldade e pela dor.

A lição dada é caminho para novas lições.

Atrás do enigma resolvido, outros enigmas aparecem.

Outra não pode ser a função da escola, senão ensinar, exercitar e aperfeiçoar.

Enche-te, pois, de calma e bom ânimo, em todas as situações.

Foste colocado entre obstáculos mil de natureza estranha para que, vencendo inibições fora de ti, aprendas a superar as próprias limitações.

Enquanto a comunidade terrestre não se adaptar à nova luz, respirarás
cercado de lágrimas inquietantes, de gestos impensados e de sentimentos escuros.

Dispõe-te a desculpar e auxiliar sempre, a fim de que não percas a gloriosa oportunidade de crescimento espiritual.

Lembra-te de todas as aflições que rodearam o espírito cristão, no mundo, desde a vinda do Senhor.

Onde está o Sinédrio que condenou o Amigo Celeste à morte?

Onde os romanos vaidosos e dominadores?

Onde os verdugos da Boa Nova nascente?

Onde os guerreiros que desabotoaram, em torno do Evangelho, rios escuros de sangue e suor?

Onde os príncipes astutos que combateram e negociaram em nome do Renovador Crucificado?

Onde as trevas da Idade Média?

Onde os políticos e inquisidores de todos os matizes que feriram, em nome do Excelso Benfeitor?

Arrojados pelo tempo aos despenhadeiros de cinza, fortaleceram e consolidaram o pedestal de luz, em que a figura do Cristo resplandece, cada vez mais gloriosa, no governo dos séculos.

Centraliza-te no esforço de auxiliar no bem comum, seguindo com a tua cruz, ao encontro da ressurreição divina.

Nas surpresas constrangedoras da marcha, recorda que antes de tudo, importa orar sempre, trabalhando, servindo, aprendendo, amando e nunca desfalecer.

Ao longo de teus passos, aparece no mundo a sementeira do bem, que te pede renúncia e boa vontade, sacrifício e compreensão.

O mensageiro do Cristo é o braço do Evangelho.
💐🌿💐
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Alvorada do Reino 
💐🌿💐  





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MENSAGEM DO ESE:

Convidar os pobres e os estropiados. Dar sem esperar retribuição

Disse também àquele que o convidara: Quando derdes um jantar ou uma ceia, não convideis nem os vossos amigos, nem os vossos irmãos, nem os vossos parentes, nem os vossos vizinhos que forem ricos, para que em seguida não vos convidem a seu turno e assim retribuam o que de vós receberam. — Quando derdes um festim, convidai para ele os pobres, os estropiados, os coxos e os cegos. — E sereis ditosos por não terem eles meios de vo-lo retribuir, pois isso será retribuído na ressurreição dos justos.

Um dos que se achavam à mesa, ouvindo essas palavras, disse-lhe: Feliz do que comer do pão no reino de Deus! (S. LUCAS, cap. XIV, vv. 12 a 15.)

“Quando derdes um festim, disse Jesus, não convideis para ele os vossos amigos, mas os pobres e os estropiados.” Estas palavras, absurdas, se tomadas ao pé da letra, são sublimes, se lhes buscarmos o espírito. Não é possível que Jesus haja pretendido que, em vez de seus amigos, alguém reúna à sua mesa os mendigos da rua. Sua linguagem era quase sempre figurada e, para os homens incapazes de apanhar os delicados matizes do pensamento, precisava servir-se de imagens fortes, que produzissem o efeito de um colorido vivo. O âmago do seu pensamento se revela nesta proposição: “E sereis ditosos por não terem eles meios de vo-lo retribuir.” Quer dizer que não se deve fazer o bem tendo em vista uma retribuição, mas tão-só pelo prazer de o praticar. Usando de uma comparação vibrante, disse: Convidai para os vossos festins os pobres, pois sabeis que eles nada vos podem retribuir. Por festins deveis entender, não os repastos propriamente ditos, mas a participação na abundância de que desfrutais.

Todavia, aquela advertência também pode ser aplicada em sentido mais literal. Quantos não convidam para suas mesas apenas os que podem, como eles dizem, fazer-lhes honra, ou, a seu turno, convidá-los! Outros, ao contrário, encontram satisfação em receber os parentes e amigos menos felizes. Ora, quem não os conta entre os seus? Dessa forma, grande serviço, às vezes, se lhes presta, sem que o pareça. 

Aqueles, sem irem recrutar os cegos e os estropiados, praticam a máxima de Jesus, se o fazem por benevolência, sem ostentação, e sabem dissimular o benefício, por meio de uma sincera cordialidade.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, itens 7 e 8.)

quarta-feira, 17 de março de 2021

Alguém dirá




Alguém dirá que estás em erro.

A Lei de Deus, porém, considera que te encontras na experiência que se te faz necessária.


Alguém dirá que segues, no mundo, de fracasso em fracasso.

A Lei de Deus, no entanto, sabe que caminhas, de estrada em estrada, à procura do êxito.


Alguém dirá que os teus planos de felicidade se reduzem a enganos e ilusões.

A Lei de Deus, contudo, assevera que se prosseguires trabalhando e servindo, muito em breve, os teus sonhos se farão realidade.


Alguém dirá que perdeste oportunidades e vantagens nos empreendimentos a que te dedicas.

A Lei de Deus, entretanto, observa que te aconteceu o melhor.


Alguém dirá que não tens saúde e nem forças para a execução das tarefas a que te propões.

Mas, a Lei de Deus te assegura energias renovadas, sempre que te movimentas para o bem do próximo.


Alguém dirá que te enlameaste, através das existências passadas e que, por isso, te afundas agora no charco do sofrimento.

A Lei de Deus, porém, te garante a própria renovação, através do tempo, e que, um dia, te erguerás do pântano para a imensidão dos Céus, na condição de filho da Luz.
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Emmanuel
Chico Xavier 
Obra: Palavras da Coragem
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MENSAGEM DO ESE:

Destinação da Terra. Causas das misérias humanas

Muitos se admiram de que na Terra haja tanta maldade e tantas paixões grosseiras, tantas misérias e enfermidades de toda natureza, e daí concluem que a espécie humana bem triste coisa é. Provém esse juízo do acanhado ponto de vista em que se colocam os que o emitem e que lhes dá uma falsa idéia do conjunto. Deve-se considerar que na Terra não está a Humanidade toda, mas apenas uma pequena fração da Humanidade. Com efeito, a espécie humana abrange todos os seres dotados de razão que povoam os inúmeros orbes do Universo. Ora, que é a população da Terra, em face da população total desses mundos? Muito menos que a de uma aldeia, em confronto com a de um grande império. A situação material e moral da Humanidade terrena nada tem que espante, desde que se leve em conta a destinação da Terra e a natureza dos que a habitam.

Faria dos habitantes de uma grande cidade falsíssima idéia quem os julgasse pela população dos seus quarteirões mais íntimos e sórdidos. Num hospital, ninguém vê senão doentes e estropiados; numa penitenciária, vêem-se reunidas todas as torpezas, todos os vícios; nas regiões insalubres, os habitantes, em sua maioria são pálidos, franzinos e enfermiços. Pois bem: figure-se a Terra como um subúrbio, um hospital, uma penitenciaria, um sítio malsão, e ela é simultaneamente tudo isso, e compreender-se-á por que as aflições sobrelevam aos gozos, porquanto não se mandam para o hospital os que se acham com saúde, nem para as casas de correção os que nenhum mal praticaram; nem os hospitais e as casas de correção se podem ter por lugares de deleite.

Ora, assim como, numa cidade, a população não se encontra toda nos hospitais ou nas prisões, também na Terra não está a Humanidade inteira. E, do mesmo modo que do hospital saem os que se curaram e da prisão os que cumpriram suas penas, o homem deixa a Terra, quando está curado de suas enfermidades morais.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. III, itens 6 e 7.)

terça-feira, 16 de março de 2021

Não reclame


 Não reclame de ninguém.

Cada pessoa é o que é, e não será acusando que você conseguirá auxiliar.


 Não reclame da vida.

Cada um colhe exatamente o que planta.


 Não reclame do clima.

A Natureza é sábia e age buscando o equilíbrio das próprias forças.


 Não reclame da falta de tempo.

Se não desperdiçar os minutos, você terá sempre as horas de que necessita para desempenhar todos os seus deveres.


 Não reclame do que você faz.

Amor e alegria são ingredientes indispensáveis ao êxito de qualquer atividade no bem.


 Não reclame excessivamente de você mesmo.

Autocondenar-se pode ser tão pernicioso quanto autoelogiar-se.


 Sempre que observarmos em nós qualquer tendência à reclamação que ultrapasse os limites do bom senso e da caridade cristã, oremos suplicando a Deus nos esclareça quanto às próprias deficiências e para que nos ajude a reconhecer na humildade o nosso próprio lugar.
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André Luiz
Psicografia de Carlos. A. Baccelli
Obra: Palavras da Coragem
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MENSAGEM DO ESE:

Fora da caridade não há salvação


Meus filhos, na máxima: Fora da caridade não há salvação, estão encerrados os destinos dos homens, na Terra e no céu; na Terra, porque à sombra desse estandarte eles viverão em paz; no céu, porque os que a houverem praticado acharão graças diante do Senhor. Essa divisa é o facho celeste, a luminosa coluna que guia o homem no deserto da vida, encaminhando-o para a Terra da Promissão. Ela brilha no céu, como auréola santa, na fronte dos eleitos, e, na Terra, se acha gravada no coração daqueles a quem Jesus dirá: Passai à direita, benditos de meu Pai. Reconhecê-los-eis pelo perfume de caridade que espalham em torno de si. 

Nada exprime com mais exatidão o pensamento de Jesus, nada resume tão bem os deveres do homem, como essa máxima de ordem divina. Não poderia o Espiritismo provar melhor a sua origem, do que apresentando-a como regra, por isso que é um reflexo do mais puro Cristianismo. 

Levando-a por guia, nunca o homem se transviará. Dedicai-vos, assim, meus amigos, a perscrutar-lhe o sentido profundo e as conseqüências, a descobrir-lhe, por vós mesmos, todas as aplicações. Submetei todas as vossas ações ao governo da caridade e a consciência vos responderá. Não só ela evitará que pratiqueis o mal, como também fará que pratiqueis o bem, porquanto uma virtude negativa não basta: é necessária uma virtude ativa. Para fazer-se o bem, mister sempre se torna a ação da vontade; para se não praticar o mal, basta as mais das vezes a inércia e a despreocupação.

Meus amigos, agradecei a Deus o haver permitido que pudésseis gozar a luz do Espiritismo. Não é que somente os que a possuem hajam de ser salvos; é que, ajudando-vos a compreender os ensinos do Cristo, ela vos faz melhores cristãos. 

Esforçai-vos, pois, para que os vossos irmãos, observando-vos, sejam induzidos a reconhecer que verdadeiro espírita e verdadeiro cristão são uma só e a mesma coisa, dado que todos quantos praticam a caridade são discípulos de Jesus, sem embargo da seita a que pertençam. 

— Paulo, o apóstolo. (Paris, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XV, item 10.

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LÓGICA


Não admitas por impossível o que foge à tua compreensão.


As lentes do microscópio enxergam o que os teus olhos não veem.


Não creias que a Verdade se limite à tua capacidade de assimilá-la.


O que aos teus ouvidos parece absurdo pode ser lógico para outros.


Não suponhas que as coisas devem ser conforme pensas.


Um dos maiores erros que o homem comete é tentar medir a inteligência de Deus pela sua.
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Livro: Com Cinco Pães e Dois Peixes
Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Irmão José
Casa Editora Espírita Pierre-Paul Didier

segunda-feira, 15 de março de 2021

Retalhos do pensamento




Apreciando os outros, sintetize amando para ajudar, mas, no exame de você mesmo analise tudo julgando sempre.

Sem o adubo da caridade não haverá fruto na fronde da fé.

Jamais incline o livre arbítrio dos outros a favor de seus desejos, porque em semelhante delito de consciência a vida cobra inelutável imposto.

Alije a poeira da própria veste, sem tisnar o leito da estrada.

Busque sempre o melhor para que o melhor esteja em seu trabalho.

Se você deseja originalidade e beleza na própria senda, viva cada dia na condição de intimorato desbravador dos trilhos anônimos da fraternidade.

Quem se submete com humildade aos exames e avisos da consciência própria, prescinde da aferição nos tribunais da Justiça.

Quase sempre realiza mais quem planifica menos.

Se você é cultor da solidão sistemática prepare-se para a dolorosa frustração do "nada fazer", embora a sua cabeça seja uma enciclopédia de luz.

O deserto absoluto pode refletir a luz solar, mas, não auxilia a ninguém.
💐🍃💐
André Luiz
Chico Xavier
Obra: Palavras de Coragem 
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MENSAGEM DO ESE:
Limites da encarnação

Quais os limites da encarnação?


A bem dizer, a encarnação carece de limites precisamente traçados, se tivermos em vista apenas o envoltório que constitui o corpo do Espírito, dado que a materialidade desse envoltório diminui à proporção que o Espírito se purifica. Em certos mundos mais adiantados do que a Terra, já ele é menos compacto, menos pesado e menos grosseiro e, por conseguinte, menos sujeito a vicissitudes. Em grau mais elevado, é diáfano e quase fluídico. Vai desmaterializando-se de grau em grau e acaba por se confundir com o perispírito. 

Conforme o mundo em que é levado a viver, o Espírito reveste o invólucro apropriado à natureza desse mundo.

O próprio perispírito passa por transformações sucessivas. Torna-se cada vez mais etéreo, até à depuração completa, que é a condição dos puros Espíritos. Se mundos especiais são destinados a Espíritos de grande adiantamento, estes últimos não lhes ficam presos, como nos mundos inferiores. O estado de desprendimento em que se encontram lhes permite ir a toda parte onde os chamem as missões que lhes estejam confiadas.

Se se considerar do ponto de vista material a encarnação, tal como se verifica na Terra, poder-se-á dizer que ela se limita aos mundos inferiores. Depende, portanto, de o Espírito libertar-se dela mais ou menos rapidamente, trabalhando pela sua purificação.

Deve também considerar-se que no estado de desencarnado, isto é, no intervalo das existências corporais, a situação do Espírito guarda relação com a natureza do mundo a que o liga o grau do seu adiantamento. Assim, na erraticidade, é ele mais ou menos ditoso, livre e esclarecido, conforme está mais ou menos desmaterializado. 

– São Luís. (Paris, 1859.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IV, item 24.)

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Decisão e Vontade


Incerteza parece coisa de pouca monta, mas é assunto de importância fundamental no caminho de cada um.
*
As criaturas entram na instabilidade moral, habituam-se a ela, e passam ao domínio das forças negativas sem perceber.
Dizem-se confiantes pela manhã e acabam indecisas à noite.

Freqientemente rogam em prece:
- Senhor! Eis-me diante de tua vontade!...
Mostra-me o que devo fazer!...

E quando o Senhor lhes revela, através das circunstâncias, o quadro de serviço a expressar-se, conforme as necessidades a que se ajustam, exclamam em desconsolo:
- Quem sou eu para realizar semelhante tarefa?
Não tenho forças.
Ai de mim que sou inútil!...

Sabem que é preciso servir para se renovarem, mas paradoxalmente esperam renovar-se sem servir.

Dispõem de verbo fácil e muitas vezes se proclamam inabilitadas para falar auxiliando a alguém nas construções do Espírito.

Possuem dedos ágeis, quais filtros inteligentes engastados nas mãos; entretanto, costumam asseverar-se inseguras na execução das boas obras.

Ouvem preleções edificantes ou mergulham-se na assimilação de livros nobres, prometendo heroísmo para o dia seguinte, mas, passada a emoção, volvem à estaca zero, à maneira de viajante que desiste de avançar nos primeiros passos de qualquer jornada.

Louvam na rua o equilíbrio e a serenidade e, às vezes, dentro de casa, disputam campeonatos de irritação.

O dever jaz à frente, a oportunidade de elevação surge brilhando, os recursos enfileiram-se para o êxito e realizações chamam urgentes, mas preferem a fuga da obrigação sob o pretexto de que é preciso cautela para evitar o mal, quando o bem francamente lhes bate à porta.
*
Trabalho, ação, aprendizado, melhoria!...
Não te ponhas à espera deles sob a imaginária incapacidade de procurá-los, à vista de imperfeições e defeitos que te marcaram ontem.
Realização pede apoio da fé.
Mãos à obra.
Tudo o que serve para corrigir, elevar, educar e construir, nasce primeiramente no esforço da vontade unida à decisão.
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XAVIER, Francisco Cândido. Rumo Certo. Pelo Espírito Emmanuel. FEB.

domingo, 14 de março de 2021

Gentilezas salvadoras




"Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas nunca se desmente: é o mesmo, tanto em sociedade, como na intimidade".
ESE


Quando você afasta do piso uma casca de fruta deixada pela negligência de alguém, não pratica apenas um ato de gentileza. Evita que algum desavisado escorregue, sofrendo tombo violento.

Ao ceder o lugar no transporte coletivo a um ancião, você não realiza um gesto de cortesia somente. Atende a um corpo cansado, poupando as energias de quem poderia ser seu genitor.

Se você oferece braço moço à condução de um volume, poupando aquele que o carrega, não pratica unicamente uma delicadeza. Contribui fraternalmente para o júbilo de alguém que, raras vezes, encontra ajuda.

Portando a boa palavra em qualquer situação, você não atende exclusivamente à finura do trato. Realiza entre os ouvintes o culto do verbo são, donde fluem proveitosos e salutares ensinamentos.

Silenciando uma afronta em público, você não atesta apenas o refinamento social. Poupa-se à dialogação violenta, que dá margem a ódios irremediáveis.

Se você oferece agasalho a algum desnudo, não só atende à delicadeza humana, por filantropia. Amplia a cultura da caridade pura e simples.

Ao sorrir, discretamente, dando ensejo a um desafeto de refazer a amizade, você não age tão-somente em tributo à educação. Apaga mágoas e ressentimentos, enquanto "está no caminho com ele".

Procurando ajudar um enfermo cansado a galgar e vencer dificuldades, você não procede imbuído apenas de gentileza. Coopera para que a vida se dilate no debilitado, propiciando-lhe ensejos evolutivos.

Atendendo impertinente criança que o molesta, num grupo de amigos, você não se situa só na formosura da conduta externa. Liberta um homem futuro de uma decepção presente.

No exercício da gentileza, a alma dilata recursos evangélicos e vive o precioso ensino do Mestre ao enfático doutor da lei, com afabilidade e doçura, quando Ele afirmou: "Vai e faze o mesmo!".
🌷🍂🌷
Marco Prisco
Divaldo Franco
Glossário Espírita-Cristão








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MENSAGEM DO ESE:

O orgulho e a humildade (II)

Ó rico! Enquanto dormes sob dourados tetos, ao abrigo do frio, ignoras que jazem sobre a palha milhares de irmãos teus, que valem tanto quanto tu? Não é teu igual o infeliz que passa fome? Ao ouvires isso, bem o sei, revolta-se o teu orgulho. Concordarás em dar-lhe uma esmola, mas em lhe apertar fraternalmente a mão, nunca. “Pois quê! dirás, eu, de sangue nobre, grande da Terra, igual a este miserável coberto de andrajos! 

Vã utopia de pseudofilósofos! Se fôssemos iguais, por que o teria Deus colocado tão baixo e a mim tão alto?” É exato que as vossas vestes não se assemelham; mas, despi-vos ambos: que diferença haverá entre vós? A nobreza do sangue, dirás; a química, porém, ainda nenhuma diferença descobriu entre o sangue de um grão-senhor e o de um plebeu; entre o do senhor e o do escravo. 

Quem te garante que também tu já não tenhas sido miserável e desgraçado como ele? Que também não hajas pedido esmola? 

Que não a pedirás um dia a esse mesmo a quem hoje desprezas? São eternas as riquezas? Não desaparecem quando se extingue o corpo, envoltório perecível do teu Espírito? Ah! lança sobre ti um pouco de humildade! Põe os olhos, afinal, na realidade das coisas deste mundo, sobre o que dá lugar ao engrandecimento e ao rebaixamento no outro; lembra-te de que a morte não te poupará, como a nenhum homem; que os teus títulos não te preservarão do seu golpe; que ela te poderá ferir amanhã, hoje, a qualquer hora. Se te enterras no teu orgulho, oh! quanto então te lamento, pois bem digno de compaixão serás.

Orgulhosos! Que éreis antes de serdes nobres e poderosos? Talvez estivésseis abaixo do último dos vossos criados. Curvai, portanto, as vossas frontes altaneiras, que Deus pode fazer se abaixem, justo no momento em que mais as elevardes. Na balança divina, são iguais todos os homens; só as virtudes os distinguem aos olhos de Deus. São da mesma essência todos os Espíritos e formados de igual massa todos os corpos. Em nada os modificam os vossos títulos e os vossos nomes. Eles permanecerão no túmulo e de modo nenhum contribuirão para que gozeis da ventura dos eleitos. Estes, na caridade e na humildade é que tem seus títulos de nobreza.

 – Lacordaire. (Constantina, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VII, item 11.)

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TEMPOS DIFÍCEIS



No curso da jornada terrena, eis que se agudizam os problemas humanos: conflitos, embates, guerras, doenças incuráveis, epidemias, catástrofes ocupam o notíciário do dia-a-dia.


A angústia generaliza-se, contaminando a todos. Questiona-se o porvir. A insegurança conduz muitos para a descrença e a desesperança.


Tempos difíceis para o equacionamento da paz entre os homens.


No entanto, alhueres, há gente construindo o Bem, na prática da solidariedade sem limites.


Há obras de recomposição da família, preservação da criança, amparo ao jovem.


Levantam-se cidades. A ciência agiganta-se, modificando a face do planeta.


A Medicina assegura mais longevidade. A Eletrônica auxilia o cérebro. O homem traça rotas para o infinito.


Contudo, sublinha o pessimismo: tempos difíceis.


Embora reconheçamos os entraves que pontificam o mundo em crise, não nos arrefeça o desânimo. Sigamos à frente. Só vence quem persiste.
💐💐💐💐💐💐💐💐
por Pedro de Oliveira Mundim
Campo Grande (MS), 12 de março de 1980
Livro: Eurípedes Comunica
Francisco Cândido Xavier, Pedro de Oliveira Mundim,
Manoel Soares, Corina Novelino, pelo Espírito Eurípedes Barsanulfo
Editora Grupo Espírita Esperança e Caridade