sábado, 8 de outubro de 2022

O socorro



Talvez que não tenhas percebido ainda como age o Socorro Divino, em benefício de todos os homens…

Antes que enveredasses pelo atalho da invigilância, comprometendo a própria paz, uma voz amiga, parecendo emergir da consciência, te aconselhou a revisar as decisões tomadas…

Antes que optasses pela reação violenta, em face desse ou daquele problema inesperado em família, ouvistes dos lábios de alguém palavras que te concitaram ao perdão e à calma…

Antes que o desespero se avolumasse em tua alma, induzindo-te a atitudes insensatas, veio ter às tuas mãos, sem que possas precisar como, significativa página de luz conclamando-te à sintonia com as Esferas Mais Altas pela oração…

 Assim como existe na Terra a chamada medicina profilática, evitando danos mais graves para o corpo, há igualmente nos Céus remédio e proteção para todos os males, antes mesmo que eles possam se instalar em definitivo sobre os teus passos.

 Quando te sentires ameaçado em tua tranquilidade, não desesperes nem te precipites, porquanto o socorro de Deus, para quem crê e confia, chega sempre em primeiro lugar.

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Irmão José
Carlos Baccelli
Obra: Juntos venceremos
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08 de outubro

Focalize seu olhar e visualize-se por inteiro, perfeito e criado à Minha imagem e semelhança. 

Nunca se deprecie ou pense o pior de você mesmo. 

Eleve seu pensamento e seja muito positivo sobre si mesmo. 

Se você cometer erros, aprenda a perdoar e então siga em frente e para o alto. 

Eu não vejo necessidade de você se martirizar e ficar andando por aí cheio de preocupação e autopiedade. 

Você não percebe que quando age assim está se desligando de Mim e Eu não posso usá-lo? 

Mantenha-se aberto: aprenda com seus erros. 

Esqueça o ego completamente através do amor e do serviço prestado ao seu próximo. 

Assim que você começar a pensar nos outros, o ego será esquecido. 

O serviço é um grande curador, um grande renovador de equilíbrio e estabilidade. 

Portanto, descubra o que você tem de melhor, no que você é bom, e quando você souber, vá em frente com todo o seu coração. Vá sempre em frente, nunca retroceda.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

O orgulho e a humildade (II)

Ó rico! Enquanto dormes sob dourados tetos, ao abrigo do frio, ignoras que jazem sobre a palha milhares de irmãos teus, que valem tanto quanto tu? Não é teu igual o infeliz que passa fome? Ao ouvires isso, bem o sei, revolta-se o teu orgulho. 

Concordarás em dar-lhe uma esmola, mas em lhe apertar fraternalmente a mão, nunca. “Pois quê! dirás, eu, de sangue nobre, grande da Terra, igual a este miserável coberto de andrajos! Vã utopia de pseudofilósofos! Se fôssemos iguais, por que o teria Deus colocado tão baixo e a mim tão alto?” É exato que as vossas vestes não se assemelham; mas, despi-vos ambos: que diferença haverá entre vós? A nobreza do sangue, dirás; a química, porém, ainda nenhuma diferença descobriu entre o sangue de um grão-senhor e o de um plebeu; entre o do senhor e o do escravo. Quem te garante que também tu já não tenhas sido miserável e desgraçado como ele? Que também não hajas pedido esmola? Que não a pedirás um dia a esse mesmo a quem hoje desprezas? São eternas as riquezas? Não desaparecem quando se extingue o corpo, envoltório perecível do teu Espírito? Ah! lança sobre ti um pouco de humildade! Põe os olhos, afinal, na realidade das coisas deste mundo, sobre o que dá lugar ao engrandecimento e ao rebaixamento no outro; lembra-te de que a morte não te poupará, como a nenhum homem; que os teus títulos não te preservarão do seu golpe; que ela te poderá ferir amanhã, hoje, a qualquer hora. Se te enterras no teu orgulho, oh! quanto então te lamento, pois bem digno de compaixão serás.

Orgulhosos! Que éreis antes de serdes nobres e poderosos? Talvez estivésseis abaixo do último dos vossos criados. Curvai, portanto, as vossas frontes altaneiras, que Deus pode fazer se abaixem, justo no momento em que mais as elevardes. Na balança divina, são iguais todos os homens; só as virtudes os distinguem aos olhos de Deus. São da mesma essência todos os Espíritos e formados de igual massa todos os corpos. Em nada os modificam os vossos títulos e os vossos nomes. Eles permanecerão no túmulo e de modo nenhum contribuirão para que gozeis da ventura dos eleitos. Estes, na caridade e na humildade é que tem seus títulos de nobreza.

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– Lacordaire. (Constantina, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VII, item 11.)
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MAS DEUS ....


Há muita gente que te ignora.

Entretanto, Deus te conhece.

Há quem te veja doente.

Deus, porém, te guarda a saúde.

Companheiros existem que te reprovam.

Mas Deus te abençoa.

Surge quem te apedreje.

Deus, no entanto, te abraça.

Há quem te enxergue caindo em tentação.

Deus, porém, sabe quanto resistes.

Aparece quem te abandona.

Entretanto, Deus te recolhe.

Há quem te prejudique.

Mas Deus te aumenta os recursos.

Surge quem te faça chorar.

Deus, porém, te consola.

Há quem te fira.

No entanto, Deus te restaura.

Há quem te considere no erro.

Mas Deus te vê de outro modo.

Seja qual for a dificuldade.

Faze o bem e entrega-te a Deus.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Companheiro
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Caridade essencial


“E a caridade é esta: que andemos segundo os seus mandamentos. Este é o mandamento, como já desde o principio ouvistes; que andeis nele.” – João. (II João, 6.)

Em todos os lugares e situações da vida, a caridade será sempre a fonte divina das bênçãos do Senhor.

Quem dá o pão ao faminto e água ao sedento, remédio ao enfermo e luz ao ignorante, está colaborando na edificação do Reino Divino, em qualquer setor da existência ou da fé religiosa a que foi chamado.

A voz compassiva e fraternal que ilumina o espírito é irmã das mãos que alimentam o corpo.

Assistência, medicação e ensinamento constituem modalidades santas da caridade generosa que executa os programas do bem. São vestiduras diferentes de uma virtude única. Conjugam-se e completam-se num todo nobre e digno.

Ninguém pode assistir a outrem, com eficiência, se não procurou a edificação de si mesmo; ninguém medicará, com proveito, se não adquiriu o espírito de boa-vontade para com os que necessitam, e ninguém ensinará, com segurança, se não possui a seu favor os atos de amor ao próximo, no que se refira à compreensão e ao auxílio fraternais.

Em razão disso, as menores manifestações de caridade, nascidas da sincera disposição de servir com Jesus, são atividades sagradas e indiscutíveis. Em todos os lugares, serão sempre sublimes luzes da fraternidade, disseminando alegria, esperança, gratidão, conforto e intercessões benditas.

Antes, porém, da caridade que se manifesta exteriormente nos variados setores da vida, pratiquemos a caridade essencial, sem o que não poderemos efetuar a edificação e a redenção de nós mesmos. Trata-se da caridade de pensarmos, falarmos e agirmos, segundo os ensinamentos do Divino Mestre, no Evangelho. É a caridade de vivermos verdadeiramente nEle para que Ele viva em nós. Sem esta, poderemos levar a efeito grandes serviços externos, alcançar intercessões valiosas em nosso benefício, espalhar notáveis obras de pedra, mas, dentro de nós mesmos, nos instantes de supremo testemunho na fé, estaremos vazios e desolados, na condição de mendigos de luz.

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EMMANUEL
(do livro “Vinha de Luz” – psic. Chico Xavier)
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sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Versão moderna



E, respondendo ao companheiro que lhe havia solicitado a tradução do Sermão do Monte, em linguagem moderna, o velhinho amigo deteve-se no capítulo cinco do Apóstolo Mateus e falou, com voz cheia e vibrante:

 — Bem-aventurados os pobres de ambições escuras, de sonhos vãos, de projetos vazios e de ilusões desvairadas, que vivem construindo o bem com o pouco que possuem, ajudando em silêncio, sem a mania da glorificação pessoal, atentos à vontade do Senhor e distraídos das exigências da personalidade, porque viverão sem novos débitos, no rumo do Céu que lhes abrirá as portas de ouro, segundo os ditames sublimes da evolução.

Bem-aventurados os que sabem esperar e chorar sem reclamação e sem gritaria, suportando a maledicência e o sarcasmo, sem ódio, compreendendo nos adversários e nas circunstâncias que os ferem, abençoados aguilhões do socorro divino, a impeli-los para diante, na jornada redentora, porque realmente serão consolados.

 Bem-aventurados os mansos, os delicados e os gentis que sabem viver sem provocar antipatias e descontentamentos, mantendo os pontos de vista que lhes são peculiares, conferindo, porém, ao próximo, o mesmo direito de pensar, opinar e experimentar de que se sentem detentores, porque, respeitando cada pessoa e cada coisa em seu lugar, tempo e condição, equilibram o corpo e a alma, no seio da harmonia, herdando longa permanência e valiosas lições na Terra.

 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, aguardando o pronunciamento do Senhor, através dos acontecimentos inelutáveis da vida, sem querelas nos tribunais e sem papelórios perturbadores que somente aprofundam as chagas da aflição e aniquilam o tempo, trabalhando e aprendendo sempre com os ensinamentos vivos do mundo, porque, efetivamente, um dia, serão fartos.

 Bem-aventurados os misericordiosos, que se compadecem dos justos e dos injustos, dos ricos e dos pobres, dos bons e dos maus, entendendo que não existem criaturas sem problemas, sempre dispostos à obra de auxílio fraterno a todos, porque no dia de visitação da luta e da dificuldade receberão o apoio e a colaboração de que necessitem.

 Bem-aventurados os limpos de coração que projetam a claridade de seus intentos puros sobre todas as situações e sobre todas as coisas, porque encontrarão a “parte melhor” da vida, em todos os lugares, conseguindo penetrar a grandeza dos propósitos divinos.

 Bem-aventurados os pacificadores que toleram sem mágoa os pequenos sacrifícios de cada dia, em favor da felicidade de todos, que nunca atiçam o incêndio da discórdia com a lenha da injúria ou da rebelião, porque serão considerados filhos obedientes de Deus.

Bem-aventurados os que sofrem a perseguição ou a incompreensão, por amor à solidariedade, à ordem, ao progresso e à paz, reconhecendo, acima da epiderme sensível, os sagrados interesses da Humanidade, servindo sem cessar ao engrandecimento do espírito comum, porque, assim, se habilitam à transferência justa para as atividades do Plano Superior.

Bem-aventurados todos os que forem dilacerados e contundidos pela mentira e pela calúnia, por amor ao ministério santificante do Cristo, fustigados diariamente pela reação das trevas, mas agindo valorosos com paciência, firmeza e bondade pela vitória do Senhor, porque se candidatam, desse modo, à coroa triunfante dos profetas celestiais e do próprio Mestre que não encontrou, entre os homens, senão a cruz pesada, antes da gloriosa ressurreição.

 A essa altura, o iluminado pregador passeou o olhar percuciente e límpido sobre o nosso grupo e, finda a ligeira pausa, fixou nos lábios amplo e belo sorriso, rematando serenamente:

— Rejubilem-se, cada vez mais, quantos estiverem nessas condições, porque, hoje e amanhã, são bem-aventurados na Terra e nos Céus…

 Em seguida, retomou o passo leve para a frente, deixando-nos na estranha quietude e na indagação imanifesta de quem se dispõe a pensar.

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Irmão X
(Humberto de Campos)
Chico Xavier
Obra: Relicário de luz
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07 de outubro

Você anseia por cumprir a Minha vontade ou você ainda está com medo que o custo seja alto demais?

 Lembre-se: Eu realmente exijo tudo; portanto, não há como reter algo.

 Somente quando tudo é dado — e dado livremente e com amor — é que tudo lhe será devolvido. 

O sacrifício parece grande demais para você? 

Quando se dá alguma coisa por amor, não se pensa que é um sacrifício, mas sim um grande prazer e alegria. 

Por que hesitar? 

Quando tudo é dado livremente e você não possui nada, então tudo é seu. Você não tem nada a perder, nem a ganhar, e o mundo todo está a seus pés. 

Você sabe que tudo que você tem vem de Mim a fonte de tudo, e que tudo está à disposição para você se servir à medida que a necessidade surge. 

Assim você pode se servir do Meu propósito de abundantes e infindáveis riquezas e que estão à disposição de todas as almas que Me amam e Me colocam sempre em primeiro lugar.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Desprendimento dos bens terrenos (III)

O desapego aos bens terrenos consiste em apreciá-los no seu justo valor, em saber servir-se deles em benefício dos outros e não apenas em benefício próprio, em não sacrificar por eles os interesses da vida futura, em perdê-los sem murmurar, caso apraza a Deus retirá-los. Se, por efeito de imprevistos reveses, vos tornardes qual Job, dizei, como ele: “Senhor, tu mos havias dado e mos tiraste. Faça-se a tua vontade.” Eis aí o verdadeiro desprendimento. Sede, antes de tudo, submissos; confiai nAquele que, tendo-vos dado e tirado, pode novamente restituir-vos o que vos tirou. Resisti animosos ao abatimento, ao desespero, que vos paralisam as forças. Quando Deus vos desferir um golpe, não esqueçais nunca que, ao lado da mais rude prova, coloca sempre uma consolação. Ponderai, sobretudo, que há bens infinitamente mais preciosos do que os da Terra e essa idéia vos ajudará a desprender-vos destes últimos. O pouco apreço que se ligue a uma coisa faz que menos sensível seja a sua perda. O homem que se aferra aos bens terrenos é como a criança que somente vê o momento que passa. O que deles se desprende é como o adulto que vê as coisas mais importantes, por compreender estas proféticas palavras do Salvador: “O meu reino não é deste mundo.”

A ninguém ordena o Senhor que se despoje do que possua, condenando-se a uma voluntária mendicidade, porquanto o que tal fizesse tornar-se-ia em carga para a sociedade. Proceder assim fora compreender mal o desprendimento dos bens terrenos. Fora egoísmo de outro gênero, porque seria o indivíduo eximir-se da responsabilidade que a riqueza faz pesar sobre aquele que a possui. Deus a concede a quem bem lhe parece, a fim de que a administre em proveito de todos. O rico tem, pois, uma missão, que ele pode embelezar e tornar proveitosa a si mesmo. Rejeitar a riqueza, quando Deus a outorga, é renunciar aos benefícios do bem que se pode fazer, gerindo-a com critério. Sabendo prescindir dela quando não a tem, sabendo empregá-la utilmente quando a possui, sabendo sacrificá-la quando necessário, procede a criatura de acordo com os desígnios do Senhor. Diga, pois, aquele a cujas mãos venha o que no mundo se chama uma boa fortuna: Meu Deus, tu me destinaste um novo encargo; dá-me a força de desempenhá-lo segundo a tua santa vontade.

Aí tendes, meus amigos, o que eu vos queria ensinar acerca do desprendimento dos bens terrenos. Resumirei o que expus, dizendo: Sabei contentar-vos com pouco. Se sois pobres, não invejeis os ricos, porquanto a riqueza não é necessária à felicidade. Se sois ricos, não esqueçais que os bens de que dispondes apenas vos estão confiados e que tendes de justificar o emprego que lhes derdes, como se prestásseis contas de uma tutela. Não sejais depositário infiel, utilizando-os unicamente em satisfação do vosso orgulho e da vossa sensualidade. Não vos julgueis com o direito de dispor em vosso exclusivo proveito daquilo que recebestes, não por doação, mas simplesmente como empréstimo. Se não sabeis restituir, não tendes o direito de pedir, e lembrai-vos de que aquele que dá aos pobres, salda a dívida que contraiu com Deus.

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— Lacordaire. (Constantina, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 14.)
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OPEREMOS EM CRISTO


“E quanto fizerdes, por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por Ele graças a Deus e Pai.” – Paulo. (Colossenses, 3:17.)

A espera de resultados, depois de expressões e ações reconhecidamente elevadas, pode provocar enormes prejuízos em nossa romagem para a Suprema Luz.

Enquanto aguardamos manifestações alheias de gratidão ou melhoria, somos suscetíveis de paralisar nossas próprias obrigações, desviando-nos para o terreno escuro da maledicência ou do julgamento precipitado.

Quanto seja possível, distribuamos o bem, entregando nossas atividades ao Cristo, divino doador dos benefícios terrestres.

É perigoso estabelecer padrões de reconhecimento para corações alheios, ainda mesmo quando sejam preciosas joias do nosso escrínio espiritual. Em nossa expectação ansiosa por enxergar a soma de nossos gestos nobres, podemos parecer egoístas, ingratos e maldizentes.

Copiemos o pomicultor sensato.

Preparemos a terra, auxiliando-a e adubando-a. Em seguida, lancemos ao solo sementes e mudas valiosas.

O serviço mais importante caberá ao Senhor da Vida. Ele cuidará das circunstâncias favoráveis no espaço e no tempo, desenvolvendo-nos a sementeira, ou anular-nos-á o serviço, através de processos naturais, adiando a realização de nossos desejos, em virtude de razões que desconhecemos.

O pomicultor equilibrado trabalha com títulos de sincera confiança no Céu, ignorando, de maneira absoluta, se colherá flores ou frutos de suas obras, no quadro do imediatismo humano.

Ampara-se, todavia, na Providência Divina e trabalha sempre, a benefício de todos.

Cumpramos, assim, nossa tarefa, por mais alta ou mais humilde, operando invariavelmente em nome de Jesus.

Junto dEle, sejam para nós a glória de amar e o prazer de servir.

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EMMANUEL
(do livro “Vinha de Luz” – psic. Chico Xavier)
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A senda estreita


“Porfiai por entrar pela porta estreita...” — JESUS. (Lucas, 13:24)

Não te aconselhes com a facilidade humana para a solução dos problemas que te inquietam a alma.

Realização pede trabalho.

Vitória exige luta.
*
Muitos jornadeiam no mundo na larga avenida dos prazeres efêmeros e esbarram no cipoal do tédio ou da intemperança, quando não sucumbem sob as farpas do crime.
*
Muitos preferem a estrada agradável dos caprichos pessoais atendidos e caem, desavisados, nos fojos de tenebrosos enganos, quando não se despenham nos precipícios de tardio arrependimento.
*
Seja qual for a experiência em que te situas, na Terra, lembra-te de que ninguém recebe um berço entre os homens para acomodar-se com a inércia, no desprezo deliberado às leis que regem a vida.
*
Nosso dever é a nossa escola.

Por isso mesmo, a senda estreita a que se refere Jesus é a fidelidade que nos cabe manter limpa e constante, no culto às obrigações assumidas diante do Bem Eterno.

Para sustentá-la, é imprescindível sacrificar no santuário do coração tudo aquilo que constitua bagagem de sombra no campo de nossas aspirações e desejos.

Adaptarmo-nos à disciplina do próprio espírito na garantia da felicidade geral é estabelecer em nós próprios o caminho para o Céu que almejamos.
*
Não te detenhas no círculo das vantagens que se apagam em fulguração passageira, de vez que a ociosidade compra, em desfavor de si mesma, as chagas da penúria e as trevas da ignorância.
*
Porfia na renúncia que eleva e edifica, enobrece e ilumina.
*
Não desdenhes a provação e o trabalho, a abnegação e o suor.
*
E, em todas as circunstâncias, recorda sempre que a “porta larga” é a paixão desregrada do “eu” e a “porta estreita” é sempre o amor intraduzível e incomensurável de Deus.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Ceifa de luz
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quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Assistência particular


 Serás uma coluna sólida para a sustentação do instituto de fraternidade a que pertenças; no entanto, terás também a tua obra de assistência particular.

Não te limitarás, contudo, a desfazer os obstáculos de natureza estritamente material. 

Transportarás contigo os tesouros do coração em disponibilidade constante, de tal maneira que os outros possam sacar de tua alma as quotas de amparo moral de que precisam para o desempenho das tarefas que a vida lhes assinala.

 Começarás no ambiente doméstico.

 Ouvirás com paciência as opiniões contraditórias do parente difícil e prestarás o serviço que as circunstâncias te exijam, incluindo os encargos humildes, considerados de servidão.

Na oficina de trabalho ou no templo de tua fé, não esperarás que o chefe, o diretor, o colega, o companheiro ou o subordinado pronunciem reclamações para resolver os problemas, cuja presença reconheces, e sim desenvolverás esforço máximo para que a harmonia e a segurança permaneçam resguardadas na equipe, evitando qualquer ruptura nos mecanismos da ação.  E, no giro dos passos cotidianos, seja na rua ou no ônibus, não te recusarás a estender o braço amigo ao doente ou à criança, sob o pretexto da falta de tempo;

 abster-te-ás de tomar a atenção dos balconistas, quando o horário de trabalho esteja findo, ponderando que eles, possivelmente, estarão presos a compromissos familiares que nunca te pesaram nos ombros;

 pagarás tuas dívidas com o senso da exatidão, sem desprezar as contas singelas, reconhecendo que alguns cruzeiros constituem subida importância entre muitos daqueles que te honraram com pequeninos serviços;

 dirás “muito obrigado” à telefonista ou à costureira que te atenderam as solicitações;

 agradecerás com uma boa palavra ao transeunte a quem pediste um esclarecimento e que te ajudou com gentileza, sem o dever de te auxiliar;

 não censurarás o moço do armazém, quando traga uma encomenda em regime de atraso, lembrando-te de que ele estará atravessando provas ocultas, que talvez não suportarias, chorando no íntimo e satisfazendo, ao mesmo tempo, os imperativos da profissão.

 Diariamente, todos somos chamados às realizações de essência social. Atende à tua empresa particular, nesse sentido. Age, porém, de tal modo que o mal não venha a surgir provocando contenção. Seja onde for, tanto quanto possível, faze o bem antes dele.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Encontro marcado
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06 de outubro

Você pode fazer deste dia aquilo que você quiser. 

No exato momento em que você acorda de manhã, você pode decidir que tipo de dia você quer ter. 

Pode ser o dia mais maravilhoso e inspirado possível, mas depende de você. 

Você é livre para escolher. 

Então, por que não começar agradecendo, para abrir seu coração? 

Quanto mais agradecido você é, tanto mais aberto você estará para os maravilhosos acontecimentos que este dia trará. 

Amor, elogios e gratidão escancaram as portas e permitem que a luz entre e revele o que há de melhor na vida.

 Esteja determinado a ser ultrapositivo hoje, a esperar o melhor e atrair o melhor para você.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

A indulgência (II)

Sede indulgentes com as faltas alheias, quaisquer que elas sejam; não julgueis com severidade senão as vossas próprias ações e o Senhor usará de indulgência para convosco, como de indulgência houverdes usado para com os outros.

Sustentai os fortes: animai-os à perseverança. Fortalecei os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que leva em conta o menor arrependimento; mostrai a todos o anjo da penitência estendendo suas brancas asas sobre as faltas dos humanos e velando-as assim aos olhares daquele que não pode tolerar o que é impuro. Compreendei todos a misericórdia infinita de vosso Pai e não esqueçais nunca de lhe dizer, pelos pensamentos, mas, sobretudo, pelos atos: “Perdoai as nossas ofensas, como perdoamos aos que nos hão ofendido.” Compreendei bem o valor destas sublimes palavras, nas quais não somente a letra é admirável, mas principalmente o ensino que ela veste.

Que é o que pedis ao Senhor, quando implorais para vós o seu perdão? Será unicamente o olvido das vossas ofensas? Olvido que vos deixaria no nada, porquanto, se Deus se limitasse a esquecer as vossas faltas, Ele não puniria, é exato, mas tampouco recompensaria. A recompensa não pode constituir prêmio do bem que não foi feito, nem, ainda menos, do mal que se haja praticado, embora esse mal fosse esquecido. Pedindo-lhe que perdoe os vossos desvios, o que lhe pedis é o favor de suas graças, para não reincidirdes neles, é a força de que necessitais para enveredar por outras sendas, as da submissão e do amor, nas quais podereis juntar ao arrependimento a reparação.

Quando perdoardes aos vossos irmãos, não vos contenteis com o estender o véu do esquecimento sobre suas faltas, porquanto, as mais das vezes, muito transparente é esse véu para os olhares vossos. Levai-lhes simultaneamente, com o perdão, o amor; fazei por eles o que pediríeis fizesse o vosso Pai celestial por vós. Substitui a cólera que conspurca, pelo amor que purifica. 

Pregai, exemplificando, essa caridade ativa, infatigável, que Jesus vos ensinou; pregai-a, como ele o fez durante todo o tempo em que esteve na Terra, visível aos olhos corporais e como ainda a prega incessantemente, desde que se tornou visível tão-somente aos olhos do Espírito. Segui esse modelo divino; caminhai em suas pegadas; elas vos conduzirão ao refúgio onde encontrareis o repouso após a luta. 

Como ele, carregai todos vós as vossas cruzes e subi penosamente, mas com coragem, o vosso calvário, em cujo cimo está a glorificação.

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— João, bispo de Bordéus. (1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 17.)
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NISTO CONHECEREMOS


Nisto conhecemos o espírito da verdade e o espírito do erro.” (I João, 4:6.)

Quando sabemos conservar a ligação com a Paz Divina, apesar de todas as perturbações humanas:

• perdoando quantas vezes forem necessárias ao companheiro que nos magoa;

• esquecendo o mal para construir o bem;

• amparando com sinceridade aos que nos aborrecem;

• cooperando espiritualmente, através da ação e da oração, a benefício dos que nos perseguem e caluniam;

• olvidando nossos desejos particulares para servirmos em favor de todos;

• guardando a fé no Supremo Poder como luz inapagável no coração;

• perseverando na bondade construtiva, embora mil golpes da maldade nos assediem;

• negando a nós mesmos para que a bênção divina resplandeça em torno de nossos passos;

• carregando nossas dificuldades como dádivas celestes;

• recebendo adversários por instrutores;

• bendizendo as lutas que nos aperfeiçoam a alma, à frente da Esfera Maior;

• convertendo a experiência terrena em celeiros de alegrias para a Eternidade;

• descortinando ensejos de servir em toda parte;

• compreendendo e auxiliando sempre, sem a preocupação de sermos entendidos e ajudados;

• amando os nossos semelhantes qual temos sido amados pelo Senhor, sem expectativa de recompensa;

então, conheceremos o espírito da verdade em nós, iluminando-nos a estrada para a redenção divina.
 
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EMMANUEL
(do livro “Vinha de Luz” – psic. Chico Xavier)
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FILOSOFIA DE COMPREENSÃO


No transcurso de um dia, não faltam motivos para revides, agressões, quedas morais.

Uma pessoa desatenta choca-se contigo e não se desculpa.

Outra, irreverente, diz-te um doesto e segue, sorrindo.

Mais alguém, em desequilíbrio, não oculta a animosidade que lhe inspiras.

Outrem mais, de quem sabes que te censura, e, mentindo contra ti, acusa-te, levianamente...

Tens vontade de reagir.

"Também sou humano" — costumas pensar.

Somente que reações semelhantes àquelas não resolvem o problema.

Deves nivelar-te às pessoas, pelas suas conquistas e títulos de enobrecimento, numa linha superior, e não pela sua mesquinhez.

Ninguém passa, na Terra, sem provar a taça da incompreensão.

Cada qual julga os outros pelos próprios critérios, mediante a sua forma de ser, como é natural.

O que se não possui, é desconhecido; portanto, difícil de identificado noutrem.

Não é necessário que se te despersonalizes evitando apresentar-te conforme és.

Faz-se mister que te superes vencendo a parte negativa do teu caráter, aquela que censuras nos outros.

Lapidando as tuas arestas, tornar-te-ás melhor e mais feliz.

Aqueles que são exigentes, que gostam de aclarar tudo, resolver as situações que lhes surgem, padecem de distúrbios emocionais, sofrem ulcerações gástricas e duodenais, vivem indispostos.

Será que esses perturbadores e insolentes do caminho merecem que te desarmonizes?

Segue em paz, durante todo o teu dia, e arrima-te na filosofia da compreensão e da solidariedade, ajudando-os, sem reagires contra eles.

Isto será melhor para ti e para todos.

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JOANNA DE ÂNGELIS
Divaldo Franco
Episódios diários
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quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Comparação



Quando tiveres de arrancar algum espinho que o contato da terra te haverá imposto à epiderme da alma, reflete nas colheitas incessantes das flores de alegria que a vida te oferta.

Quando tiveres de arredar alguma pedra da estrada a percorrer, detém-te a contar os quilômetros de caminho seguro em que transitas.

Quando tiveres de sanar algum momento de tristeza, medita nas horas de contentamento e esperança que te alimentam os dias.

Quando tiveres de perguntar porque teria Deus criado as sombras da noite, pensa nos milhões de estrelas que as trevas te descortinam.

Quando tiveres de atravessar alguma dificuldade no mundo, soma as bênçãos que já possuis e sentirás o coração mergulhado no oceano sem fim da bondade de Deus.

🌹🍃🌹
Meimei
Chico Xavier
Obra: Amizade
🌹🍃🌹 

05 de outubro

O que você está fazendo com a sua vida? 

Você está satisfeito só se deixando levar pela correnteza, fazendo só o que você quer, vivendo do jeito que você quer, sem sequer um pensamento pelos outros? 

Você é livre para isso. 

Muitas almas vivem assim e depois se perguntam por que são infelizes e insatisfeitas. 

Somente quando você aprender a esquecer o ego e a viver pelos outros é que você vai encontrar a verdadeira satisfação e paz no coração. 

EU ESTOU aqui para lhe mostrar o caminho, mas é você quem tem que seguir em frente. 

Ninguém mais pode fazer isto por você; ninguém mais pode viver a sua vida por você. 

Aprenda a doar e não só a receber o tempo todo. Por que não doar num nível e receber no outro? 

A vida é um caminho de duas direções, um constante doar e receber. 

Você não pode viver só para si mesmo e encontrar verdadeira alegria e satisfação na vida. 

Viva para o todo, doe para o todo e seja inteiro.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Necessidade da encarnação

É um castigo a encarnação e somente os Espíritos culpados estão sujeitos a sofrê-la?

A passagem dos Espíritos pela vida corporal é necessária para que eles possam cumprir, por meio de uma ação material, os desígnios cuja execução Deus lhes confia. É-lhes necessária, a bem deles, visto que a atividade que são obrigados a exercer lhes auxilia o desenvolvimento da inteligência. Sendo soberanamente justo, Deus tem de distribuir tudo igualmente por todos os seus filhos; assim é que estabeleceu para todos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir e a mesma liberdade de proceder. Qualquer privilégio seria uma preferência, uma injustiça. Mas, a encarnação para todos os Espíritos, é apenas um estado transitório. É uma tarefa que Deus lhes impõe, quando iniciam a vida, como primeira experiência do uso que farão do livre-arbítrio. Os que desempenham com zelo essa tarefa transpõem rapidamente e menos penosamente os primeiros graus da iniciação e mais cedo gozam do fruto de seus labores. Os que, ao contrário, usam mal da liberdade que Deus lhes concede retardam a sua marcha e, tal seja a obstinação que demonstrem, podem prolongar indefinidamente a necessidade da reencarnação e é quando se torna um castigo. — São Luís. (Paris, 1859.)

NOTA. — Uma comparação vulgar fará se compreenda melhor essa diferença. O escolar não chega aos estudos superiores da Ciência, senão depois de haver percorrido a série das classes que até lá o conduzirão. Essas classes, qualquer que seja o trabalho que exijam, são um meio de o estudante alcançar o fim e não um castigo que se lhe inflige. Se ele é esforçado, abrevia o caminho, no qual, então, menos espinhos encontra. Outro tanto não sucede àquele a quem a negligência e a preguiça obrigam a passar duplamente por certas classes. Não é o trabalho da classe que constitui a punição; esta se acha na obrigação de recomeçar o mesmo trabalho.

Assim acontece com o homem na Terra. Para o Espírito do selvagem, que está apenas no início da vida espiritual, a encarnação é um meio de ele desenvolver a sua inteligência; contudo, para o homem esclarecido, em quem o senso moral se acha largamente desenvolvido e que é obrigado a percorrer de novo as etapas de uma vida corpórea cheia de angústias, quando já poderia ter chegado ao fim, é um castigo, pela necessidade em que se vê de prolongar sua permanência em mundos inferiores e desgraçados. Aquele que, ao contrário, trabalha ativamente pelo seu progresso moral, além de abreviar o tempo da encarnação material, pode também transpor de uma só vez os degraus intermédios que o separam dos mundos superiores.

Não poderiam os Espíritos encarnar uma única vez em determinado globo e preencher em esferas diferentes suas diferentes existências? Semelhante modo de ver só seria admissível se, na Terra, todos os homens estivessem exatamente no mesmo nível intelectual e moral. As diferenças que há entre eles, desde o selvagem ao homem civilizado, mostram quais os degraus que têm de subir. A encarnação, aliás, precisa ter um fim útil. Ora, qual seria o das encarnações efêmeras das crianças que morrem em tenra idade? Teriam sofrido sem proveito para si, nem para outrem. Deus, cujas leis todas são soberanamente sábias, nada faz de inútil. Pela reencarnação no mesmo globo, quis ele que os mesmos Espíritos, pondo-se novamente em contacto, tivessem ensejo de reparar seus danos recíprocos. Por meio das suas relações anteriores, quis, além disso, estabelecer sobre base espiritual os laços de família e apoiar numa lei natural os princípios da solidariedade, da fraternidade e da igualdade. – Allan Kardec.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IV, itens 25 e 26.)
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Alterações na Fé

“Não te deixes vencer pelo mal, mas vence o mal com o bem”. – Paulo. (Romanos, 12:21).

Ante as questões de vivência no cotidiano, se consegues manter a fé em Deus e na imortalidade da alma, acima dos obstáculos em que se nos apuram as faculdades no campo da vida, pensa compadecidamente nos irmãos alterados, em matéria de fé. Especialmente naqueles que não puderam suportar o clima de trabalho e burilamento, em que te encontras e que se bandearam não só para a indiferença, mas também para a negação.

Provavelmente, alguns deles se fazem passíveis dessa ou daquela observação, tendente a interromper-lhes, por algum tempo, a capacidade de influência no ânimo alheio, entretanto, em maioria, são companheiros em graves transformações na vida íntima.

Esse terá visto crises e tribulações no instituto doméstico e se vê traumatizado com quem se vê à beira do colapso nervoso.

Aquele terá concordado com sugestões deprimentes e haverá caído nos labirintos da obsessão.

Outro sofreu a deserção de pessoas queridas e não conseguiu furtar-se a profundo ressentimento.

Outro ainda varou desafios e testemunhos que lhe impuseram enfermidade e cansaço, estirando-se em desânimo.

E outros muitos terão aguardado compensações materiais e remunerações afetivas que o intercâmbio espiritual não lhes poderia oferecer e arrojaram-se à rebeldia ou ao desalento.

Diante dos irmãos alterados na fé por essa ou aquela circunstância, usa discrição e caridade em qualquer pronunciamento.

Não lhes agraves as inquietações, propondo-lhes problemas novos e nem lhes agites as feridas da alma com apontamentos infelizes.

Quando possível, entrega-lhes o pão do otimismo e a luz da esperança, sem reproches desnecessários, ao reerguer-lhes a confiança, reconhecendo que a Divina Providência, com justiça e misericórdia, vela por nós todos e que os companheiros de Jesus são por ele chamados para construir e reconstruir.

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Emmanuel
Francisco Cândido Xavier
Obra: Ceifa de luz
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Joio


“Deixai crescer ambos juntos até à ceifa e, por ocasião da ceifa, direi aos ceifeiros: Colhei primeiro o joio e atai-o em molhos para o queimar.” – Jesus. (Mateus, 13:30.)

Quando Jesus recomendou o crescimento simultâneo do joio e do trigo, não quis senão demonstrar a sublime tolerância celeste, no quadro das experiências da vida.

O Mestre nunca subtraiu as oportunidades de crescimento e santificação do homem e, nesse sentido, o próprio mal, oriundo das paixões menos dignas, é pacientemente examinado por seu infinito amor, sem ser destruído de pronto.

Importa considerar, portanto, que o joio não cresce por relaxamento do Lavrador Divino, mas sim porque o otimismo do Celeste Semeador nunca perde a esperança na vitória final do bem.

O campo do Cristo é região de atividade incessante e intensa. Tarefas espantosas mobilizam falanges heroicas; contudo, apesar da dedicação e da vigilância dos trabalhadores, o joio surge, ameaçando o serviço.

Jesus, porém, manda aplicar processos defensivos com base na iluminação e na misericórdia. O tempo e a bênção do Senhor agem devagarinho e os propósitos inferiores se transubstanciam.

O homem comum ainda não dispõe de visão adequada para identificar a obra renovadora. Muitas plantas espinhosas ou estéreis são modificadas em sua natureza essencial pelos filtros amorosos do Administrador da Seara, que usa afeições novas, situações diferentes, estímulos inesperados ou responsabilidades ternas que falem ao coração; entretanto, se chega a época da ceifa, depois do tempo de expectativa e observação, faz-se então necessária a eliminação do joio em molhos.

A colheita não é igual para todas as sementes da terra. Cada espécie tem o seu dia, a sua estação.

Eis por que, aparecendo o tempo justo, de cada homem e de cada coletividade exige-se a extinção do joio, quando os processos transformadores de Jesus foram recebidos em vão. Nesse instante, vemos a individualidade ou o povo a se agitarem através de aflições e hecatombes diversas, em gritos de alarme e socorro, como se estivessem nas sombras de naufrágio inexorável. 

No entanto, verifica-se apenas a destruição de nossas aquisições ruinosas ou inúteis. E, em vista do joio ser atado, aos molhos, uma dor nunca vem sozinha.

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EMMANUEL
(do livro “Vinha de Luz” – psic. Chico Xavier)
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terça-feira, 4 de outubro de 2022

Chamados e escolhidos


Estejamos convencidos de que ainda nos achamos a longa distância do convívio com os eleitos da Vida Celeste; entretanto, pelo chamamento da fé viva que hoje nos traz ao conhecimento superior, guardemos a certeza de que já somos os escolhidos:

para a regeneração de nós mesmos;

para o cultivo sistemático [diário] e intensivo do bem;

para o esquecimento de todas as faltas do próximo, de modo a recapitular com rigor as nossas próprias imperfeições, redimindo-as;

para o perdão incondicional, em todas as circunstâncias da vida;

para a atividade infatigável na confraternização verdadeira;

para auxiliar aos que erram;

para ensinar aos mais ignorantes que nós [mesmos];

para suportar o sacrifício, no amparo aos que sofrem, sem a graça da fé renovadora que já nos robustece o espírito;

para servir, além de nossas próprias obrigações, sem direito à recompensa;

para compreender os nossos irmãos de jornada evolutiva, sem exigir que nos entendam;

para apagar as fogueiras da maledicência e do ódio, da discórdia e da incompreensão, ao preço de nossa própria renúncia;

para estender a caridade sem ruído, como quem sabe que ajudar aos outros é enriquecer a própria existência;

para persistir nas boas obras sem reclamações e sem desfalecimentos, em todos os ângulos do caminho;

para negar a nossa antiga vaidade e tomar, sobre os próprios ombros, cada dia, a cruz abençoada e redentora de nossos deveres, marchando, com humildade e alegria, ao encontro da vida sublime…

A indicação honrosa nos felicita.

Nossa presença nos estudos do Evangelho expressa o apelo que flui do Céu no rumo de nossas consciências.

Chamados para a luz e escolhidos para o trabalho. Eis a nossa posição real nas bênçãos do “hoje”. E se quisermos aceitar a escolha com que fomos distinguidos, estejamos certos igualmente de que em breve “amanhã” comungaremos felizes com o nosso Mestre e Senhor.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Instrumentos do tempo
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04 de outubro

Como é que você quer viver uma profunda vida espiritual sem fazer qualquer esforço? 

Você não pode viver das experiências, glórias e triunfos de outras pessoas, da unidade delas coMigo. 

Isto é algo que você mesmo tem que procurar e encontrar.

 Comece agora, pensando por si próprio, sustentando-se nas suas próprias pernas; pare de se apoiar nos outros. 

Depois de usar muletas por algum tempo uma pessoa tem que se decidir a abandoná-las de vez ou ficará dependente delas e perderá totalmente o uso das próprias pernas. 

E por isso que é vitalmente importante você ter sua própria experiência espiritual e receber inspiração de dentro e não de fora. 

Cada alma receberá inspiração de maneira diferente.

 Não existe um padrão.

 Encontre seu próprio caminho e comece a vê-lo agora.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará (II)

Se Deus houvesse isentado do trabalho do corpo o homem, seus membros se teriam atrofiado; se o houvesse isentado do trabalho da inteligência, seu espírito teria permanecido na infância, no estado de instinto animal. Por isso é que lhe fez do trabalho uma necessidade e lhe disse: Procura e acharás; trabalha e produzirás. Dessa maneira serás filho das tuas obras, terás delas o mérito e serás recompensado de acordo com o que hajas feito.
Em virtude desse princípio é que os Espíritos não acorrem a poupar o homem ao trabalho das pesquisas, trazendo-lhe, já feitas e prontas a ser utilizadas, descobertas e invenções, de modo a não ter ele mais do que tomar o que lhe ponham nas mãos, sem o incômodo, sequer, de abaixar-se para apanhar, nem mesmo o de pensar. Se assim fosse, o mais preguiçoso poderia enriquecer-se e o mais ignorante tornar-se sábio à custa de nada e ambos se atribuírem o mérito do que não fizeram. Não, os Espíritos não vêm isentar o homem da lei do trabalho: vêm unicamente mostrar-lhe a meta que lhe cumpre atingir e o caminho que a ela conduz, dizendo-lhe: Anda e chegarás. Toparás com pedras; olha e afasta-as tu mesmo. Nós te daremos a força necessária, se a quiseres empregar. (O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXVI, nº 291 e seguintes.)

Do ponto de vista moral, essas palavras de Jesus significam: Pedi a luz que vos clareie o caminho e ela vos será dada; pedi forças para resistirdes ao mal e as tereis; pedi a assistência dos bons Espíritos e eles virão acompanhar-vos e, como o anjo de Tobias, vos guiarão; pedi bons conselhos e eles não vos serão jamais recusados; batei à nossa porta e ela se vos abrirá; mas, pedi sinceramente, com fé, confiança e fervor; apresentai-vos com humildade e não com arrogância, sem o que sereis abandonados às vossas próprias forças e as quedas que derdes serão o castigo do vosso orgulho. Tal o sentido das palavras: buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXV, itens 3 a 5.)
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Área perigosa


O problema do julgamento das aparências, das atitudes do próximo e da pessoa em si mesma é sempre um cometimento ingrato, para quem se coloca na condição de juiz.

Exceção feita aos nobres togados pelas leis de cada país, encarregados da delicada quão difícil tarefa de exercerem a Justiça entre os homens, a fim de preservarem a ordem, a moral e a dignidade humana, pois a ninguém mais compete à insensata posição de julgador.

As ocorrências observadas são sempre resultado de acontecimentos desconhecidos.

Julgar um sucesso, quando este eclode, tomando uma posição apriorística, não deixa de ser precipitação em área perigosa.

Quem julga naturalmente se crê em condição de absolver, quanto de condenar.

Para tal cometimento ser-lhe-iam necessárias estrutura moral e autoridade, decorrentes de uma vivência exemplar.

Os dados de que se dispõem nos julgamentos das atitudes alheias são sempre deficientes, e a alta carga emocional da simpatia ou antipatia pessoal responde pela apreciação do que se examina com benignidade ou rudeza.

O erro é sempre desvio de rota.

Dependendo da pessoa que nele incide, há que se considerar fatores que escapam, de natureza sócio psicológica, econômica, moral, espiritual.

Quando explode uma situação ou alguém delinque, justo que se tenham em mente as raízes do problema que estruge, lamentável.

Atitude ideal será sempre a do amor.

A mulher adúltera, apresentada a Jesus pelo farisaísmo hipócrita, antes que uma pecadora era vítima em si mesma, que derrapara na insensatez por vários motivos que a infelicitavam…

A traição de Judas resultou de ser ele um Espírito débil e obsesso que, inobstante o carinho do Mestre, não conseguiu vencer a própria pusilanimidade.

A dúvida contumaz de Tomé decorria da fragilidade dos seus valores espirituais em torno da reflexão e da fé.

Não foram julgados pelo Senhor, antes amados e ajudados com carinho, a fim de que não voltassem a reincidir, sendo outras vezes infelizes infelicitadores.

Os julgamentos sobre o comportamento do próximo, antes de pretenderem ajudar, degeneram na maledicência que pretendem denegrir.

Não há lugar para essa situação perniciosa no coração do discípulo do Cristo.

O que vês suceder nem sempre é conforme se te ocorre.
Não precipites, portanto, apontamentos.

Melhor será que concedas um crédito de confiança e tenhas em bom conceito quem não os merece, pois que, se te defraudar a si mesmo se engana, do que negando oportunidade e ajuda a quem te parece sem valor, no entanto, é credor de confiança e respeito.

Quanto possas, evita que o julgamento dos pérfidos te apresente uma imagem negativa do teu irmão, desconhecido, armando-te contra ele.

Acautela-te daqueles cuja boca vã somente te envenena o coração e te perturba a mente, técnicos em acusações, pessimismos e acrimônias, muitas vezes disfarçados, habilmente sutis, mas, de qualquer forma, cruéis, perniciosos.

Não julgues e sê generosos com todos, embora a recíproca não te seja outorgada.

Área perigosa, a do julgamento.

Unge-te de amor pelos ingratos, os fracos, os caídos, os delinquentes, os desditosos, os perversos, nossos irmãos necessitados de fraternidade, pois que com a medida com que os julgares, assim também serás julgado e como os receberes também Nosso Pai de misericórdia te receberá.

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Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis
Obra: Oferenda
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Sintonia


"Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto". (Mateus, 7:7.)

Todas as coisas que existem no Universo vivem em regime de afinidade. Desde o átomo até os arcanjos tudo é atração e sintonia. Nada que te alcança a existência é ocasional ou fruto de uma reação sem nexo.

Teu livre-arbítrio indica com precisão a posição que ocupas no Cosmo, uma vez que cada indivíduo deve a si mesmo a conjuntura favorável ou adversa em que se situa no momento atual.

Vieste da inconsciência - simples e ignorante - e, pela lei da evolução, caminhas para a consciência escolhendo a estrada a ser percorrida.

* Encontrarás o que buscas.
* Tens a posse daquilo que deste.
* Convives com quem sintonizas.
* Conhecerás o que aprendeste, mas somente incorporarás na memória o que vivenciaste.
* Avanças ou retrocedes de acordo com a tua casa mental.
* Felicidade e infelicidade são subprodutos de teu estado íntimo.
* Amigos são escolhas de longo tempo.
* Teu círculo doméstico é a materialização de teus anseios e de tuas necessidades
de aprendizagem.
* Pelo teu jeito de ser, conquistarás admiração ou desconsideração.
* O que fizeres contigo hoje refletirá no teu amanhã, visto que o teu ontem decidiu o teu hoje.

Com teus pensamentos, atrais, absorves, impulsionas ou rechaças. Com tua vontade, conferes orientação e rumo, apontando para as mais variadas direções. Disse Jesus: "Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto".
Sintonia é a base da existência de toda alma imortal. Seja na vida física seja na vida astral, a lei de afinidade é princípio divino regendo a ti, a todos os outros e a tudo.

Observa: viver no drama ou na realidade, na aflição ou na serenidade, na sombra ou na luz, é postura que está estritamente relacionada com teu modo de sentir, pensar e agir.

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Hammed
Obra: Um Modo de Entender, Uma Nova Forma de Viver.
Francisco do Espírito Santo Neto
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