sábado, 28 de junho de 2025

Encargos pequeninos


“Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? se todo ele fosse ouvido, onde o olfato?” — PAULO (1 Coríntios, 12.17)

 Se não acreditas no valor dos instrumentos e encargos diminutos, pensa num carro sem rodas, num piano sem teclas, num grande sistema de serviço elétrico sem o fio de condução da força…

Não fossem as gotas d’água e a fonte não existiria.

 Recusasse a semente a própria segregação no solo e a Terra se converteria em deserto.

 Não se resignasse a pedra com o próprio anonimato nos alicerces e um edifício seguro jamais se colocaria de pé.

 Lembra-te da poção medicamentosa que te suprime a dor, do copo d’água pura que te dessedenta, do livro simples que baseia a cultura complexa e jamais te digas inútil.

 Somente aquele que se dispõe a fazer as coisas pequeninas, que sabe e pode, virá a saber e a poder realizar grandes coisas.

 Qualquer subida exige passos e degraus. Assim também nas ascensões do espírito a que se refere o Evangelho do Senhor.

Chegarás futuramente às culminâncias do serviço e da luz, na esfera de ação direta do Cristo de Deus, mas para isso é imprescindível que faças agora tão bem quanto te seja possível, todo o bem que és capaz de fazer.

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Emmanuel
Chico Xavier 
Obra: Bênção de paz
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28 de junho

Quando um armário está cheio demais e suas portas são abertas, o que está dentro começa a cair para fora e é impossível segurar tudo.

Quando as comportas de uma represa são abertas, a água sai com violência e arrasta tudo que encontra pela frente.

O mesmo acontece com o poder espiritual contido em você: uma vez descoberto e solto, nada consegue interromper seu fluxo.

Ele se derrama varrendo toda negatividade e desarmonia, trazendo com ele amor, harmonia e compreensão.

O amor tomará conta do mundo e unirá toda a humanidade. Portanto, o quanto antes você liberar esse tremendo potencial de amor contido em você e permitir que ele flua livremente, mais depressa você conquistará paz e harmonia para o mundo e unidade para a humanidade.

Com amor em seu coração você é capaz de atrair o melhor para todos, porque o amor só enxerga o melhor e só atrai o melhor.

Não tenha medo.

Abra-se, não esconda nada e deixe o amor fluir livremente.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Causas atuais das aflições (II)

A lei humana atinge certas faltas e as pune. Pode, então, o condenado reconhecer que sofre a conseqüência do que fez. Mas a lei não atinge, nem pode atingir todas as faltas; incide especialmente sobre as que trazem prejuízo à sociedade e não sobre as que só prejudicam os que as cometem, Deus, porém, quer que todas as suas criaturas progridam e, portanto, não deixa impune qualquer desvio do caminho reto. Não há falta alguma, por mais leve que seja, nenhuma infração da sua lei, que não acarrete forçosas e inevitáveis conseqüências, mais ou menos deploráveis. Daí se segue que, nas pequenas coisas, como nas grandes, o homem é sempre punido por aquilo em que pecou. Os sofrimentos que decorrem do pecado são-lhe uma advertência de que procedeu mal. Dão-lhe experiência, fazem-lhe sentir a diferença existente entre o bem e o mal e a necessidade de se melhorar para, de futuro, evitar o que lhe originou uma fonte de amarguras; sem o que, motivo não haveria para que se emendasse. Confiante na impunidade, retardaria seu avanço e, conseqüentemente, a sua felicidade futura.

Entretanto, a experiência, algumas vezes, chega um pouco tarde: quando a vida já foi desperdiçada e turbada; quando as forças já estão gastas e sem remédio o mal. Põe-se então o homem a dizer: “Se no começo dos meus dias eu soubera o que sei hoje, quantos passos em falso teria evitado! Se houvesse de recomeçar, conduzir-me-ia de outra maneira. No entanto, já não há mais tempo!” Como o obreiro preguiçoso, que diz: “Perdi o meu dia”, também ele diz: “Perdi a minha vida”. Contudo, assim como para o obreiro o Sol se levanta no dia seguinte, permitindo-lhe neste reparar o tempo perdido, também para o homem, após a noite do túmulo, brilhará o Sol de uma nova vida, em que lhe será possível aproveitar a experiência do passado e suas boas resoluções para o futuro.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 5.)
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Oração da Caridade


Amigo!

Em meu manto, constelado de amor, guardo todas as criaturas.

Tenho estado contigo, desde a hora primeira.

Embalei-te o berço frágil.

Acalentei-te nos beijos de tua mãe.

Segui-te os passos na escola, orientei-te as mãos no trabalho.

Venho ao teu encontro, por inspiração de Jesus, a quem obedeço, em nome do Pai Excelso.

Com Ele estive, em todos os instantes de apostolado.

Fui eu quem lavou as chagas dos leprosos tocados pelas Divinas Mãos, em sublime retorno à Luz.

Reuni os pobres e os fracos, os desesperados e os oprimidos, para que Lhe ouvissem, na Terra, o Sermão da Montanha.

Conversei com Zaqueu iludido pela vaidade da posse e abracei a Madalena, que os homens desprezavam…

Fui ainda eu quem Lhe escutou a solicitação, nos tormentos da cruz, pedindo socorro e compreensão para Judas, o apóstolo desditoso!

Procuro-te agora, suplicando asilo e cooperação.

Alivia comigo as chagas dos que padecem e dar-te-ei o esquecimento das próprias dores.

Cede-me tua palavra, para que o fel se extinga no mundo e entrega-me teus braços, para que o bem se espalhe vitorioso…

Ouve-me e perceberás as revelações de Deus. Acompanha-me e conhecerás a felicidade.

Não te detenhas. Ainda hoje necessito de ti, para que gemidos emudeçam e lágrimas se estanquem.
Não importa o que tenhas sido. Importa que te rendas ao Cristo, para que a Terra te abençoe a passagem.

Vem e socorre-me!

Levanta-te e ajuda-me!

Amando e servindo, chegaremos juntos à Glória Celestial.

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Emmanuel
Chico Xavier
Oba: Á luz da oração
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sexta-feira, 27 de junho de 2025

Adversários da luz


 Em se tratando de adversários, não nos será lícito esquecer que os opositores da luz se esforçam, por todos os meios que se lhes fazem possíveis, para não ser desalojados das sombras em que se acomodam.

 Isso, porém, não quer dizer que devamos estar enclausurados na torre das aquisições espirituais que, porventura, já tenhamos alcançado.

Decerto que o Senhor não exige nos convertamos em transformadores mágicos que arranquem os inimigos da luz dos esconderijos em que se disfarçam nas trevas, mas espera sejamos nós, onde estivermos, em favor deles, alguma réstia de luz, através de algum gesto de tolerância e de amor.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Agora é o tempo
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27 de junho

Esteja disposto a seguir em frente sem medo, e ser pioneiro das aparentemente novas maneiras, dos novos conceitos, das novas ideias.

Esteja disposto a derrubar velhas barreiras e a revelar a luz da verdade.

Eu digo "aparentemente novas" porque nada, na verdade, é novo.

É só uma questão de completar um círculo; de mais uma vez encontrar sua unidade coMigo; mais uma vez aprender a andar e falar coMigo como no começo; é uma questão de renascer no Espírito e na verdade.

Sinta-se crescer e expandir.

Sinta-se largando o velho e adotando o novo com alegria e agradecimento.

Como é glorioso o novo, como são maravilhosos os Meus caminhos.

Torne-se constantemente consciente de Mim e da Minha divina presença e regozije-se, porque o Meu reino agora é realidade.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Aquele que se eleva será rebaixado

Por essa ocasião, os discípulos se aproximaram de Jesus e lhe perguntaram: “Quem é o maior no reino dos céus?” — Jesus, chamando a si um menino, o colocou no meio deles e respondeu: “Digo-vos, em verdade, que, se não vos converterdes e tornardes quais crianças, não entrareis no reino dos céus. — Aquele, portanto, que se humilhar e se tornar pequeno como esta criança será o maior no reino dos céus — e aquele que recebe em meu nome a uma criança, tal como acabo de dizer, é a mim mesmo que recebe.” (S. MATEUS, cap. XVIII, vv. 1 a 5.)

Estas máximas decorrem do princípio de humildade que Jesus não cessa de apresentar como condição essencial da felicidade prometida aos eleitos do Senhor e que ele formulou assim: “Bem-aventurados os pobres de espírito, pois que o reino dos céus lhes pertence.” Ele toma uma criança como tipo da simplicidade de coração e diz: “Será o maior no reino dos céus aquele que se humilhar e se fizer pequeno como uma criança, isto é, que nenhuma pretensão alimentar à superioridade ou à infalibilidade.

A mesma idéia fundamental se nos depara nesta outra máxima: Seja vosso servidor aquele que quiser tornar-se o maior, e nesta outra: Aquele que se humilhar será exalçado e aquele que se elevar será rebaixado.

Espiritismo sanciona pelo exemplo a teoria, mostrando-nos na posição de grandes no mundo dos Espíritos os que eram pequenos na Terra; e bem pequenos, muitas vezes, os que na Terra eram os maiores e os mais poderosos. E que os primeiros, ao morrerem, levaram consigo aquilo que faz a verdadeira grandeza no céu e que não se perde nunca: as virtudes, ao passo que os outros tiveram de deixar aqui o que lhes constituía a grandeza terrena e que se não leva para a outra vida: a riqueza, os títulos, a glória, a nobreza do nascimento. Nada mais possuindo senão isso, chegam ao outro mundo privados de tudo, como náufragos que tudo perderam, até as próprias roupas. Conservaram apenas o orgulho que mais humilhante lhes torna a nova posição, porquanto vêem colocados acima de si e resplandecentes de glória os que eles na Terra espezinharam.

O Espiritismo aponta-nos outra aplicação do mesmo princípio nas encarnações sucessivas, mediante as quais os que, numa existência, ocuparam as mais elevadas posições, descem, em existência seguinte, às mais ínfimas condições, desde que os tenham dominado o orgulho e a ambição. Não procureis, pois, na Terra, os primeiros lugares, nem vos colocar acima dos outros, se não quiserdes ser obrigados a descer. Buscai, ao contrário, o lugar mais humilde e mais modesto, porquanto Deus saberá dar-vos um mais elevado no céu, se o merecerdes.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VII, itens 3 e 6.)
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O Carneiro Revoltado


Certo carneiro muito inteligente, mas indis­ciplinado, reparou os benefícios que a lã espa­lhava em toda parte, e, desde então, julgou-se melhor que os outros seres da Criação, passando a revoltar-se contra a tosquia.

- Se era tão precioso - pensava -, por­que aceitar a humilhação daquela tesoura enorme? Experimentava intenso frio, de tempos a tempos, e, despreocupado das ricas rações que recebia no redil, detinha-se apenas no exame dos prejuízos que supunha sofrer.

Muito amargurado, dirigiu-se ao Criador, exclamando:

- Meu Pai, não estou satisfeito com a minha pelagem. A tosquia é um tormento... Modifica-me, Senhor!...

O Todo-Poderoso indagou, com bondade:

- Que desejas que eu faça?

Vaidosamente, o carneiro respondeu:

- Quero que a minha lã seja toda de ouro.

A rogativa foi satisfeita. Contudo, assim que o orgulhoso ovino se mostrou cheio de pêlos preciosos, várias pessoas ambiciosas atacaram-no sem piedade. Arrancaram-lhe, violentamente, to­dos os fios, deixando-o em chagas.

O infeliz, a lastimar-se, correu para o Altís­simo e implorou:

- Meu Pai, muda-me novamente! não posso exibir lã dourada.., encontraria sempre salteadores sem compaixão.

O Sábio dos Sábios perguntou:

- Que queres que eu faça?

O animal, tocado pela mania de grandeza, suplicou:

- Quero que a minha lã seja lavrada em porcelana primorosa.

Assim foi feito. Entretanto, logo que tornou ao vale, apareceu no céu enorme ventania, que lhe quebrou todos os fios, dilacerando-lhe a carne.

Regressou, aflito, ao Todo-Misericordioso e queixou-se:

- Pai, renova-me!... A porcelana não re­siste ao vento... estou exausto...

Disse-lhe o Senhor:

- Que desejas que eu faça?

- A fim de não provocar os ladrões e nem ferir-me com porcelana quebrada, quero que a minha lã seja feita de mel.

O Criador satisfez o pedido. Todavia, logo que o pobre se achou no redil, bandos de moscas asquerosas cobriram-no em cheio e, por mais corresse campo afora, não evitou que elas lhe sugassem os fios adocicados.

O mísero voltou ao Altíssimo e implorou:

- Pai, modifica-me... as moscas deixa­ram-me em sangue!

O Senhor indagou, de novo, com inexaurível paciência:

- Que queres que eu faça?

Dessa vez, o carneiro pensou mais tempo e considerou:

- Suponho que seria mais feliz se tivesse minha lã semelhante às folhas de alface.

O Todo-Bondoso atendeu-lhe mais uma vez a vontade e o carneiro voltou à planície, na caprichosa alegria de parecer diferente. No entan­to, quando alguns cavalos lhe puseram os olhos, não conseguiu melhor sorte, Os equinos prende­ram-no com os dentes e, depois de lhe comerem a lã, abocanharam-lhe o corpo.

O carneiro correu na direção do Juiz Su­premo, gotejando sangue das chagas profundas, e, em lágrimas, gemeu, humilde:

- Meu Pai, não suporto mais!...

Como soluçasse longamente, o Todo-Com­passivo, vendo que ele se arrependera com sin­ceridade, observou:

- Reanima-te, meu filho! que pedes agora?

O infeliz replicou, em pranto:

- Pai, quero voltar a ser um carneiro co­mum, como sempre fui. Não pretendo a supe­rioridade sobre meus irmãos. Hoje sei que os meus tosquiadores de outro tempo são meus verdadeiros amigos. Nunca me deixaram em fe­ridas e sempre me deram de comer e beber, carinhosamente... Quero ser simples e útil, qual me fizeste, Senhor!...

O Pai sorriu, bondoso, abençoou-o com ter­nura e falou:

- Volta e segue teu caminho em paz. Com­preendeste, enfim, que meus desígnios são justos. Cada criatura está colocada, por minha Lei, no lugar que lhe compete e, se pretendes receber, aprende a dar.

Então o carneiro, envergonhado, mas satis­feito, voltou para o vale, misturou-se com os outros e daí por diante foi muito feliz.

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XAVIER, Francisco Cândido.
Pelo Espírito Neio Lúcio.
Obra: A vida fala
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quinta-feira, 26 de junho de 2025

Os benefícios da humildade


A humildade é uma virtude relacionada ao reconhecimento de nossas limitações.

Embora poucos saibamos, não se trata de virtude estudada apenas nos campos da religiosidade e da filosofia.

Estudos existem a seu respeito, no campo científico.

Pesquisas, no âmbito da educação, demonstram que a humildade promove bem-estar físico, psicológico, social e espiritual para aquele que a desenvolve.

Isso porque ela proporciona alívio nas preocupações e no sentimento de vulnerabilidade.

Também gera uma diminuição da ansiedade, da depressão e das fobias sociais.

Afirmam esses estudos que essa virtude está relacionada à sabedoria que temos de que não possuímos todo o conhecimento.

Esse reconhecimento nos possibilita a compreensão das nossas limitações.

Não se trata, no entanto, de uma virtude passiva. Ao contrário, é ativa, pois ao reconhecermos que não sabemos tudo, nos colocamos em uma postura de querer e buscar novos conhecimentos.

Segundo os pesquisadores, no campo educacional, a humildade, quando estimulada nos alunos, permite que eles queiram sempre aprender mais, posto que são sabedores das limitações de seus conhecimentos.

Ao reconhecer suas debilidades, se posicionam desejando a própria melhoria e desenvolvimento.

Igualmente há reflexo na relação com seus professores, desde que se dispõem a uma maior aceitação dos ensinos que lhes são transmitidos.

Identificando nos professores aqueles que podem repassar novos conhecimentos, gera uma relação de maior respeito e reciprocidade.

Por sua vez, pesquisas no campo da psicologia demonstram que a prática da humildade facilita o desenvolvimento da compaixão, do perdão, do respeito e da autoestima.

E, por possibilitar o surgimento desses bons sentimentos, ela inibe o desenvolvimento da arrogância, do narcisismo e do orgulho.

* * *
Façamos um breve intervalo e nos questionemos se já desenvolvemos em nós a humildade. Ou se precisamos investir nisso.

Iniciemos revendo nossos comportamentos e atitudes.

Temos consciência de que não somos os que sabemos tudo a respeito de tudo?

Em síntese: Sabemos reconhecer nossas limitações nas diversas áreas do saber, do conhecimento?

Somos daqueles que nos colocamos como os que criticam os demais pelo uso incorreto da fala, da escrita, do que apresentam como suas conquistas pessoais?

Ou somos os que nos apresentamos dispostos a querer saber mais, a aprofundar nossos estudos, a aprender com o outro?

O nosso exercício para o desenvolvimento da humildade deve iniciar, no campo mais propício e, ao mesmo tempo, promissor: nosso lar.

Podemos nos dispor a aprender a cozinhar, arrumar uma mesa, passar a nossa roupa.

Podemos aprender um pouco de jardinagem, desde como plantar de forma adequada a semente, aos cuidados com a rega, com a poda.

Quanto bem-estar podemos promover em nossa família a partir de um comportamento mais humilde.

Depois, podemos ampliar o exercício dessa virtude para nossas relações sociais e de trabalho.

Que tal iniciarmos esses exercícios neste dia?

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Redação do Momento Espírita, com base no artigo A humildade e a esperança: fatores de resiliência na práxis humana?, de Joana Freitas e Maria Helena Martins, da Revista Omnia, abril 2015.
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26 de junho

Uma vez que o pintinho sai de sua casca ou a borboleta deixa a sua crisálida, não há mais caminho de volta, mas permanece um sentimento de continuidade em direção ao novo.

O desdobrar-se deve ser para você um processo diário, vivido hora a hora, minuto a minuto. Sinta excitação e expectativa em relação ao que está acontecendo.

Não haverá um momento sem graça na vida se você se mantiver sempre alerta.

Deixe que o progresso aconteça sem colocar obstáculos, mas sim progredindo com ele.

Eu lhe digo que tudo que acontecer será para melhor, pelo crescimento e benefício do todo.

Encontre o perfeito ritmo da vida e dê o melhor de si.

Flua com ele, não contra ele, pois só assim você encontrará paz de coração e de mente; e quando você conquistar a paz interior, você estará aberto e preparado para presenciar o novo se desdobrar.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Dever-se-á pôr termo às provas do próximo?

– Deve alguém pôr termo às provas do seu próximo quando o possa, ou deve, para respeitar os desígnios de Deus, deixar que sigam seu curso?

Já vos temos dito e repetido muitíssimas vezes que estais nessa Terra de expiação para concluirdes as vossas provas e que tudo que vos sucede é conseqüência das vossas existências anteriores, são os juros da dívida que tendes de pagar. Esse pensamento, porém, provoca em certas pessoas reflexões que devem ser combatidas, devido aos funestos efeitos que poderiam determinar.

Pensam alguns que, estando-se na Terra para expiar, cumpre que as provas sigam seu curso. Outros há, mesmo, que vão até ao ponto de julgar que, não só nada devem fazer para as atenuar, mas que, ao contrário, devem contribuir para que elas sejam mais proveitosas, tornando-as mais vivas. Grande erro. É certo que as vossas provas têm de seguir o curso que lhes traçou Deus; dar-se-á, porém, conheçais esse curso? Sabeis até onde têm elas de ir e se o vosso Pai misericordioso não terá dito ao sofrimento de tal ou tal dos vossos irmãos: “Não irás mais longe?” Sabeis se a Providência não vos escolheu, não como instrumento de suplício para agravar os sofrimentos do culpado, mas como o bálsamo da consolação para fazer cicatrizar as chagas que a sua justiça abrira? Não digais, pois, quando virdes atingido um dos vossos irmãos: “É a justiça de Deus, importa que siga o seu curso.” Dizei antes: “Vejamos que meios o Pai misericordioso me pôs ao alcance para suavizar o sofrimento do meu irmão. Vejamos se as minhas consolações morais, o meu amparo material ou meus conselhos poderão ajudá-lo a vencer essa prova com mais energia, paciência e resignação. Vejamos mesmo se Deus não me pôs nas mãos os meios de fazer que cesse esse sofrimento; se não me deu a mim, também como prova, como expiação talvez, deter o mal e substituí-lo pela paz.”

Ajudai-vos, pois, sempre, mutuamente, nas vossas respectivas provações e nunca vos considereis instrumentos de tortura. Contra essa idéia deve revoltar-se todo homem de coração, principalmente todo espírita, porquanto este, melhor do que qualquer outro, deve compreender a extensão infinita da bondade de Deus. Deve o espírita estar compenetrado de que a sua vida toda tem de ser um ato de amor e de devotamento; que faça ele o que fizer para se opor às decisões do Senhor, estas se cumprirão. Pode, portanto, sem receio, empregar todos os esforços por atenuar o amargor da expiação, certo, porém, de que só a Deus cabe detê-la ou prolongá-la, conforme julgar conveniente.

Não haveria imenso orgulho, da parte do homem, em se considerar no direito de, por assim dizer, revirar a arma dentro da ferida? De aumentar a dose do veneno nas vísceras daquele que está sofrendo, sob o pretexto de que tal é a sua expiação? Oh! considerai-vos sempre como instrumento para fazê-la cessar. Resumindo: todos estais na Terra para expiar; mas, todos, sem exceção, deveis esforçar-vos por abrandar a expiação dos vossos semelhantes, de acordo com a lei de amor e caridade.

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— Bernardino, Espírito protetor. (Bordéus, 1863.) (Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 27.)
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quarta-feira, 25 de junho de 2025

Exaltemos a vida



Não matarás — determina a Lei.

Não basta, porém, te prives de furtar o corpo aos semelhantes.

Aprendamos a cultivar a vida, engrandecendo-a, aqui e além, hoje e sempre.

Não mates o tempo com o veneno da inutilidade, porque pela sombra das horas que aniquilas em vão, serás visitado pelas trevas tentadoras da maldade e do crime, compelindo-te talvez, a investir muitos séculos do futuro em pesados compromissos.

Não aniquiles a confiança do próximo com a lâmina da aspereza ou da ingratidão, de vez que pela dor do vizinho que menosprezas, podes ser constrangido a inquietantes padecimentos de reajuste.

Não apagues o entusiasmo de teu irmão nas boas obras, nas quais nas sentimos atraídos pelo ideal superior, porquanto, o fel de teu pessimismo pode induzi-lo ao desânimo, estabelecendo aflitivos débitos em teu própria desfavor.

Não extingas a fé que brilha no coração dos companheiros, manejando a lança do desapontamento ou da incompreensão, porque o frio em que envolveres a tarefa dos outros, será, mais tarde, neve de angústia e desencanto ao redor de teus passos.

Não extermines a luz, a alegria, a paz, a esperança, o trabalho ou o otimismo dos que marcham contigo, lado a lado, na mesma senda de luta, na convicção de que a morte por tuas mãos será sempre morte a ti mesmo.

Entronizemos a vida em nossa alma e adubemo-la com a nossa boa vontade na extensão do progresso e do serviço, da harmonia e do amor, e, ainda mesmo a pretexto de legítima defesa, abstenhamo-nos do mal, recordando, com o Divino Mestre que a cruz do supremo sacrifício será sempre brilhante ressurreição.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Alvorada do Reino
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25 de junho

Procure e encontre a liberdade do Espírito, porque onde existe liberdade verdadeira, existe paz; e onde existe paz, existe amor, e o amor destranca todas as portas.

Onde existe amor não existe crítica, nem condenação, nem julgamento, porque você sabe e entende que tudo está em Mim e no Meu amor.

Você enxerga a família humana que foi criada à Minha imagem e semelhança.

Você vai além da aparência, direto ao âmago da questão, onde não existe separação e tudo se funde em completa unidade.

Você enxerga o melhor em tudo e em todos.

Quando você conquista a perfeita paz interior você não perde mais tempo tentando mudar os outros.

Você simplesmente aprende a ser e, sendo, você cria um sentido de unidade na vida, e a paz e o amor reinarão sobre nós.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🌷🌱🌷 




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Mensagem do ESE:

O que se deve entender por pobres de espírito

Bem-aventurados os pobres de espírito, pois que deles é o reino dos céus. (S. MATEUS, cap. V, v. 3.)

A incredulidade zombou desta máxima:

Bem-aventurados os pobres de espírito, como tem zombado de muitas outras coisas que não compreende. Por pobres de espírito Jesus não entende os baldos de inteligência, mas os humildes, tanto que diz ser para estes o reino dos céus e não para os orgulhosos.

Os homens de saber e de espírito, no entender do mundo, formam geralmente tão alto conceito de si próprios e da sua superioridade, que consideram as coisas divinas como indignas de lhes merecer a atenção.

Concentrando sobre si mesmos os seus olhares, eles não os podem elevar até Deus. Essa tendência, de se acreditarem superiores a tudo, muito amiúde os leva a negar aquilo que, estando-lhes acima, os depreciaria, a negar até mesmo a Divindade. Ou, se condescendem em admiti-la, contestam-lhe um dos mais belos atributos: a ação providencial sobre as coisas deste mundo, persuadidos de que eles são suficientes para bem governá-lo. Tomando a inteligência que possuem para medida da inteligência universal, e julgando-se aptos a tudo compreender, não podem crer na possibilidade do que não compreendem. Consideram sem apelação as sentenças que proferem.

Se se recusam a admitir o mundo invisível e uma potência extra-humana, não é que isso lhes esteja fora do alcance; é que o orgulho se lhes revolta à idéia de uma coisa acima da qual não possam colocar-se e que os faria descer do pedestal onde se contemplam. Daí o só terem sorrisos de mofa para tudo o que não pertence ao mundo visível e tangível. Eles se atribuem espírito e saber em tão grande cópia, que não podem crer em coisas, segundo pensam, boas apenas para gente simples, tendo por pobres de espírito os que as tomam a sério.

Entretanto, digam o que disserem, forçoso lhes será entrar, como os outros, nesse mundo invisível de que escarnecem. É lá que os olhos se lhes abrirão e eles reconhecerão o erro em que caíram. Deus, porém, que é justo, não pode receber da mesma forma aquele que lhe desconheceu a majestade e outro que humildemente se lhe submeteu às leis, nem os aquinhoar em partes iguais.

Dizendo que o reino dos céus é dos simples, quis Jesus significar que a ninguém é concedida entrada nesse reino, sem a simplicidade de coração e humildade de espírito; que o ignorante possuidor dessas qualidades será preferido ao sábio que mais crê em si do que em Deus. Em todas as circunstâncias, Jesus põe a humildade na categoria das virtudes que aproximam de Deus e o orgulho entre os vícios que dele afastam a criatura, e isso por uma razão muito natural: a de ser a humildade um ato de submissão a Deus, ao passo que o orgulho é a revolta contra ele. Mais vale, pois, que o homem, para felicidade do seu futuro, seja pobre em espírito, conforme o entende o mundo, e rico em qualidades morais.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VII, itens 1 e 2.)
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terça-feira, 24 de junho de 2025

Agora e sempre


Senhor,

dá-nos forças para que não venhamos a esmorecer na jornada que empreendemos ao Teu lado.

Ampara-nos a fim de que não desertemos dos nossos deveres de cada dia, mormente das tarefas que abraçamos na Doutrina que Te revive os ensinamentos para o mundo.

Inclina-nos à paciência, ensinando-nos a compreender e a perdoar os que ombreiam conosco nos diferentes caminhos da vida.

Disciplina-nos a palavra, para que não nos convertamos em instrumentos de pessimismo e desalento às almas invigilantes.

Guia-nos ao bem, de forma que as nossas mãos cultivem, em Teu nome, as sementes da esperança e da paz em todos os corações.

 Senhor,

faze-nos conhecer qual seja a Tua Vontade a nosso respeito e que possamos servir-Te com alegria, onde e como queiras, agora e sempre!…

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Irmão José
Carlos A. Baccelli
Obra: Confia e serve
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24 de junho

Dedique-se a Mim neste dia, ao Meu serviço e ao serviço da humanidade.

O servir é um curador maravilhoso porque, à medida que você se esquece de si mesmo, você cresce e se expande maravilhosamente.

Você será capaz de voar a grandes alturas e mergulhar em grandes profundidades, e seu amor e compreensão da vida começarão a ter significado para você.

Este dia lhe trará incontáveis oportunidades de crescimento.

Aceite cada uma com o coração pleno de amor e gratidão e sinta sua consciência e sua sabedoria se expandindo.

Espere somente o melhor de tudo e de todos e observe o melhor acontecer.

Enxergue o melhor em cada um e trabalhe a partir deste elevado estado de consciência.

Encoraje seus semelhantes de todas as maneiras possíveis: todas as almas precisam de encorajamento.

E você descobrirá que, ajudando os outros, estará ajudando a si próprio.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

A nova era (II)

Um dia, Deus, em sua inesgotável caridade, permitiu que o homem visse a verdade varar as trevas. Esse dia foi o do advento do Cristo. Depois da luz viva, voltaram as trevas. Após alternativas de verdade e obscuridade, o mundo novamente se perdia. Então, semelhantemente aos profetas do Antigo Testamento, os Espíritos se puseram a falar e a vos advertir. O mundo está abalado em seus fundamentos; reboará o trovão.

Sede firmes!

O Espiritismo é de ordem divina, pois que se assenta nas próprias leis da Natureza, e estai certos de que tudo o que é de ordem divina tem grande e útil objetivo. O vosso mundo se perdia; a Ciência, desenvolvida à custa do que é de ordem moral, mas conduzindo-vos ao bem-estar material, redundava em proveito do espírito das trevas. Como sabeis, cristãos, o coração e o amor têm de caminhar unidos à Ciência. O reino do Cristo, ah! passados que são dezoito séculos e apesar do sangue de tantos mártires, ainda não veio.

Cristãos, voltai para o Mestre, que vos quer salvar. Tudo é fácil àquele que crê e ama; o amor o enche de inefável alegria. Sim, meus filhos, o mundo está abalado; os bons Espíritos vo-lo dizem sobejamente; dobrai-vos à rajada que anuncia a tempestade, a fim de não serdes derribados, isto é, preparai-vos e não imiteis as virgens loucas, que foram apanhadas desprevenidas à chegada do esposo.

A revolução que se apresta é antes moral do que material. Os grandes Espíritos, mensageiros divinos, sopram a fé, para que todos vós, obreiros esclarecidos e ardorosos, façais ouvir a vossa voz humilde, porquanto sois o grão de areia; mas, sem grãos de areia, não existiriam as montanhas.

Assim, pois, que estas palavras — “Somos pequenos” — careçam para vós de significação. A cada um a sua missão, a cada um o seu trabalho. Não constrói a formiga o edifício de sua república e imperceptíveis animálculos não elevam continentes? Começou a nova cruzada. Apóstolos da paz universal, que não de uma guerra, modernos São Bernardos, olhai e marchai para frente; a lei dos mundos é a do progresso.

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– Fénelon. (Poitiers, 1861.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. I, item 10.)
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Pequena história


Um dia, a Gota d’Água, o Raio de Luz, a Abelha e o Homem Preguiçoso chegaram ao Trono de Deus.

O Todo-Poderoso recebeu-os, com bondade, e perguntou pelo que faziam.

A Gota d’Água avançou e disse:

— Senhor, eu estive num terreno quase deserto, auxiliando uma raiz de laranjeira. Vi muitas árvores sofrendo sede e diversos animais que passavam, aflitos, procurando mananciais. Fiz o que pude, mas venho pedir-te outras Gotas d’Água que me ajudem a socorrer quantos necessitam de nós.

O Pai sorriu, satisfeito, e exclamou:

— Bem-aventurada sejas pelo entendimento de minhas obras. Dar-te-ei os recursos das chuvas e das fontes.

Logo após, o Raio de Luz adiantou-se e falou:

— Senhor, eu desci… desci… e encontrei o fundo de um abismo. Nesse antro, combati a sombra, quanto me foi possível, mas notei a presença de muitas criaturas suplicando claridade. Venho ao Céu rogar-te outros Raios de Luz que comigo cooperem na libertação de todos aqueles que, no mundo, ainda sofrem a pressão das trevas.

O Pai, contente, respondeu:

— Bem-aventurado sejas pelo serviço à Criação. Dar-te-ei o concurso do Sol, das lâmpadas, dos livros iluminados e das boas palavras que se encontram na Terra.

Depois disso, a Abelha explicou-se:

— Senhor, tenho fabricado todo o mel, ao alcance de minhas possibilidades. Mas vejo tantas crianças fracas e doentes que te venho implorar mais flores e mais Abelhas, a fim de aumentar a produção…

O Pai, muito feliz, abençoou-a e replicou:

— Bem-aventurada sejas pelos benefícios que prestaste. Conceder-te-ei novos jardins e novas companheiras.

Em seguida, o Homem Preguiçoso foi chamado a falar.

Fez uma cara desagradável e informou:

— Senhor, nada consegui fazer. Por todos os lados, encontrei a inveja e a perseguição, o ódio e a maldade. Tive os braços atados pela ingratidão dos meus semelhantes. Tanta gente má permanecia em meu caminho que, em verdade, nada pude fazer.

O Pai bondoso, com expressão de descontentamento, exclamou:

— Infeliz de ti, que desprezaste os dons que te dei. Adormeceste na preguiça e nada fizeste. Os seres pequeninos e humildes alegraram meu Trono com o relatório de seus trabalhos, mas tua boca sabe apenas queixar, como se a inteligência e as mãos que te confiei para nada valessem. Retira-te! os filhos inúteis e ingratos não devem buscar-me a presença. Regressa ao mundo e não voltes a procurar-me enquanto não aprenderes a servir.

A Gota d’Água regressou, cristalina e bela.

O Raio de Luz tornou aos abismos, brilhando cada vez mais.

A Abelha desceu zumbindo, feliz.

O Homem Preguiçoso, porém, retirou-se muito triste.

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Neio Lúcio
Chico Xavier
Obra: Alvorada cristã
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segunda-feira, 23 de junho de 2025

A influência do pensamento



Palestrávamos com o Chico a respeito de enfermidades graves e da
influência que tem o Pensamento sobre elas. E citou-nos o Médium um caso:

uma sua conhecida era portadora de um câncer no útero e de nada sabia. A
medicina da Terra sentiu-se impotente para curá-la. Emmanuel, colocado a par
da situação, alvitrou: vamos, com a ajuda de Deus, medicá-la. É preciso,
todavia, que ela continue ignorando sua enfermidade. Se souber, seu mal
agravar-se-á e neutralizará todo o nosso esforço.

O tratamento foi feito e, por misericórdia de Deus, a doente, que sempre ignorou seu padecimento, melhorou e, hoje, está completamente curada.

Lembramo-nos de um doente, vítima do câncer, que se localizara na uretra, que vivia regularmente bem e sob tratamento médico, enquanto ignorava a causa da sua enfermidade. Mas, de repente, por descuido de um parente, veio a saber de sua moléstia. Alarmou-se. O Pensamento refletiu seu pavor na doença e influiu na sua piora. E desencarnou dias depois.

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Ramiro Gama
Obra: Lindos casos de Chico Xavier
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23 de junho

Como é que você espera crescer sem ser esticado, sem ser testado?

Onde é que você coloca sua fé e sua segurança?

De que fonte você se abastece de força e poder?

Você está tentando viver sua vida confiando na sua própria força e energia para conseguir isso?

Se este é o caso, você não aguentará por muito tempo as pressões e tensões à sua volta.

Mas quando você colocar tudo em Minhas mãos e Me permitir guiá-lo e dirigi lo, você conseguirá tudo, porque para Mim tudo é possível.

Você sente que o fardo que carrega é pesado demais e que a tarefa está além de suas forças?

Por que não colocar sobre Mim suas cargas e preocupações e Me deixar pilotá-lo através das águas turbulentas?

Eu o levarei para águas calmas e o livrarei de todas as pressões quando você tiver fé e confiar totalmente em Mim.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

A fé: mãe da esperança e da caridade

Para ser proveitosa, a fé tem de ser ativa; não deve entorpecer-se. Mãe de todas as virtudes que conduzem a Deus, cumpre-lhe velar atentamente pelo desenvolvimento dos filhos que gerou.

A esperança e a caridade são corolários da fé e formam com esta uma trindade inseparável. Não é a fé que faculta a esperança na realização das promessas do Senhor? Se não tiverdes fé, que esperareis? Não é a fé que dá o amor? Se não tendes fé, qual será o vosso reconhecimento e, portanto, o vosso amor?

Inspiração divina, a fé desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o bem. É a base da regeneração. Preciso é, pois, que essa base seja forte e durável, porquanto, se a mais ligeira dúvida a abalar que será do edifício que sobre ela construirdes? Levantai, conseguintemente, esse edifício sobre alicerces inamovíveis. Seja mais forte a vossa fé do que os sofismas e as zombarias dos incrédulos, visto que a fé que não afronta o ridículo dos homens não é fé verdadeira.

A fé sincera é empolgante e contagiosa; comunica-se aos que não na tinham, ou, mesmo, não desejariam tê-la. Encontra palavras persuasivas que vão à alma, ao passo que a fé aparente usa de palavras sonoras que deixam frio e indiferente quem as escuta. Pregai pelo exemplo da vossa fé, para a incutirdes nos homens. Pregai pelo exemplo das vossas obras para lhes demonstrardes o merecimento da fé. Pregai pela vossa esperança firme, para lhes dardes a ver a confiança que fortifica e põe a criatura em condições de enfrentar todas as vicissitudes da vida.

Tende, pois, a fé, com o que ela contém de belo e de bom, com a sua pureza, com a sua racionalidade. Não admitais a fé sem comprovação, cega filha da cegueira. Amai a Deus, mas sabendo porque o amais; crede nas suas promessas, mas sabendo porque acreditais nelas; segui os nossos conselhos, mas compenetrados do um que vos apontamos e dos meios que vos trazemos para o atingirdes. Crede e esperai sem desfalecimento: os milagres são obras da fé.

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— José, Espírito protetor. (Bordéus, 1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIX, item 11.)
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O juiz reto


Ao tribunal de Eliaquim ben Jefté, juiz respeitável e sábio, compareceu o negociante Jonatan ben Cafar arrastando Zorobabel, miserável mendigo.

— Este homem — clamou o comerciante, furioso — impingiu-me um logro de vastas proporções! Vendeu-me um colar de pérolas falsas, por cinco peças de ouro, asseverando que valiam cinco mil. Comprei as joias, crendo haver realizado excelente negócio, descobrindo, afinal; que o preço delas é inferior a dois ovos cozidos. Reclamei diretamente contra o mistificador, mas este vagabundo já me gastou o rico dinheiro. Exijo para ele as penas da justiça! É ladrão reles e condenável!…

O magistrado, porém, que cultuava a Justiça Suprema, recomendou que o acusado se pronunciasse por sua vez:

— Grande juiz — disse ele, timidamente, — reconheço haver transgredido os regulamentos que nos regem. Entretanto, tenho meus dois filhos estirados na cama e debalde procuro trabalho digno, pois mo recusam sempre, a pretexto de minha idade e de minha pobre apresentação. Realmente, enganei o meu próximo e sou criminoso, mas prometo resgatar meu débito logo que puder.

O juiz meditou longamente e sentenciou:

— Para Zorobabel, o mendigo, cinco bastonadas entre quatro paredes, a fim de que aprenda a sofrer honestamente, sem assalto à bolsa dos semelhantes, e, para Jonatan, o mercador, vinte bastonadas, na praça pública, de modo a não mais abusar dos humildes.

O negociante protestou, revoltado:

— Que ouço?! Sou vítima de um ladrão e devo pagar por faltas que não cometi? Iniquidade! iniquidade!…

O magistrado, todavia, bateu forte com um martelo sobre a mesa, chamando a atenção dos presentes, e esclareceu, em voz alta:

— Jonatan ben Cafar, a justiça verdadeira não reside na Terra para examinar as aparências. Zorobabel, o vagabundo, chefe de uma família infeliz, furtou-te cinco peças de ouro, no propósito de socorrer os filhos desventurados, porém, tu, por tua vez, tentaste roubar dele, valendo-te do infortúnio que o persegue, apoderando-te de um objeto que acreditaste valer cinco mil peças de ouro ao preço irrisório de cinco. Quem é mais nocivo à sociedade, perante Deus: o mísero esfomeado que rouba um pão, a fim de matar a fome dos filhos, ou o homem já atendido pela Bondade do Eterno, com os dons da fortuna e da habilidade, que absorve para si uma padaria inteira, a fim de abusar, calculadamente, da alheia indigência? Quem furta por necessidade pode ser um louco, mas quem acumula riquezas, indefinidamente, sem movimentá-las no trabalho construtivo ou na prática do bem, com absoluta despreocupação pelas angústias dos pobres, muita vez passará por inteligente e sagaz, aos olhos daqueles que, no mundo, adormeceram no egoísmo e na ambição desmedida, mas é malfeitor diante do Todo-Poderoso que nos julgará a todos, no momento oportuno.

E, sob a vigilância de guardas robustos, Zorobabel tomou cinco bastonadas em sala de portas lacradas, para aprender a sofrer sem roubar, e Jonatan apanhou vinte, na via pública, de modo a não mais explorar, sem escrúpulos, a miséria, a simplicidade e a confiança do povo.

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Neio Lúcio
Chico Xavier
Obra: Alvorada cristã
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