segunda-feira, 23 de junho de 2025

A influência do pensamento



Palestrávamos com o Chico a respeito de enfermidades graves e da
influência que tem o Pensamento sobre elas. E citou-nos o Médium um caso:

uma sua conhecida era portadora de um câncer no útero e de nada sabia. A
medicina da Terra sentiu-se impotente para curá-la. Emmanuel, colocado a par
da situação, alvitrou: vamos, com a ajuda de Deus, medicá-la. É preciso,
todavia, que ela continue ignorando sua enfermidade. Se souber, seu mal
agravar-se-á e neutralizará todo o nosso esforço.

O tratamento foi feito e, por misericórdia de Deus, a doente, que sempre ignorou seu padecimento, melhorou e, hoje, está completamente curada.

Lembramo-nos de um doente, vítima do câncer, que se localizara na uretra, que vivia regularmente bem e sob tratamento médico, enquanto ignorava a causa da sua enfermidade. Mas, de repente, por descuido de um parente, veio a saber de sua moléstia. Alarmou-se. O Pensamento refletiu seu pavor na doença e influiu na sua piora. E desencarnou dias depois.

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Ramiro Gama
Obra: Lindos casos de Chico Xavier
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23 de junho

Como é que você espera crescer sem ser esticado, sem ser testado?

Onde é que você coloca sua fé e sua segurança?

De que fonte você se abastece de força e poder?

Você está tentando viver sua vida confiando na sua própria força e energia para conseguir isso?

Se este é o caso, você não aguentará por muito tempo as pressões e tensões à sua volta.

Mas quando você colocar tudo em Minhas mãos e Me permitir guiá-lo e dirigi lo, você conseguirá tudo, porque para Mim tudo é possível.

Você sente que o fardo que carrega é pesado demais e que a tarefa está além de suas forças?

Por que não colocar sobre Mim suas cargas e preocupações e Me deixar pilotá-lo através das águas turbulentas?

Eu o levarei para águas calmas e o livrarei de todas as pressões quando você tiver fé e confiar totalmente em Mim.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

A fé: mãe da esperança e da caridade

Para ser proveitosa, a fé tem de ser ativa; não deve entorpecer-se. Mãe de todas as virtudes que conduzem a Deus, cumpre-lhe velar atentamente pelo desenvolvimento dos filhos que gerou.

A esperança e a caridade são corolários da fé e formam com esta uma trindade inseparável. Não é a fé que faculta a esperança na realização das promessas do Senhor? Se não tiverdes fé, que esperareis? Não é a fé que dá o amor? Se não tendes fé, qual será o vosso reconhecimento e, portanto, o vosso amor?

Inspiração divina, a fé desperta todos os instintos nobres que encaminham o homem para o bem. É a base da regeneração. Preciso é, pois, que essa base seja forte e durável, porquanto, se a mais ligeira dúvida a abalar que será do edifício que sobre ela construirdes? Levantai, conseguintemente, esse edifício sobre alicerces inamovíveis. Seja mais forte a vossa fé do que os sofismas e as zombarias dos incrédulos, visto que a fé que não afronta o ridículo dos homens não é fé verdadeira.

A fé sincera é empolgante e contagiosa; comunica-se aos que não na tinham, ou, mesmo, não desejariam tê-la. Encontra palavras persuasivas que vão à alma, ao passo que a fé aparente usa de palavras sonoras que deixam frio e indiferente quem as escuta. Pregai pelo exemplo da vossa fé, para a incutirdes nos homens. Pregai pelo exemplo das vossas obras para lhes demonstrardes o merecimento da fé. Pregai pela vossa esperança firme, para lhes dardes a ver a confiança que fortifica e põe a criatura em condições de enfrentar todas as vicissitudes da vida.

Tende, pois, a fé, com o que ela contém de belo e de bom, com a sua pureza, com a sua racionalidade. Não admitais a fé sem comprovação, cega filha da cegueira. Amai a Deus, mas sabendo porque o amais; crede nas suas promessas, mas sabendo porque acreditais nelas; segui os nossos conselhos, mas compenetrados do um que vos apontamos e dos meios que vos trazemos para o atingirdes. Crede e esperai sem desfalecimento: os milagres são obras da fé.

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— José, Espírito protetor. (Bordéus, 1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIX, item 11.)
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O juiz reto


Ao tribunal de Eliaquim ben Jefté, juiz respeitável e sábio, compareceu o negociante Jonatan ben Cafar arrastando Zorobabel, miserável mendigo.

— Este homem — clamou o comerciante, furioso — impingiu-me um logro de vastas proporções! Vendeu-me um colar de pérolas falsas, por cinco peças de ouro, asseverando que valiam cinco mil. Comprei as joias, crendo haver realizado excelente negócio, descobrindo, afinal; que o preço delas é inferior a dois ovos cozidos. Reclamei diretamente contra o mistificador, mas este vagabundo já me gastou o rico dinheiro. Exijo para ele as penas da justiça! É ladrão reles e condenável!…

O magistrado, porém, que cultuava a Justiça Suprema, recomendou que o acusado se pronunciasse por sua vez:

— Grande juiz — disse ele, timidamente, — reconheço haver transgredido os regulamentos que nos regem. Entretanto, tenho meus dois filhos estirados na cama e debalde procuro trabalho digno, pois mo recusam sempre, a pretexto de minha idade e de minha pobre apresentação. Realmente, enganei o meu próximo e sou criminoso, mas prometo resgatar meu débito logo que puder.

O juiz meditou longamente e sentenciou:

— Para Zorobabel, o mendigo, cinco bastonadas entre quatro paredes, a fim de que aprenda a sofrer honestamente, sem assalto à bolsa dos semelhantes, e, para Jonatan, o mercador, vinte bastonadas, na praça pública, de modo a não mais abusar dos humildes.

O negociante protestou, revoltado:

— Que ouço?! Sou vítima de um ladrão e devo pagar por faltas que não cometi? Iniquidade! iniquidade!…

O magistrado, todavia, bateu forte com um martelo sobre a mesa, chamando a atenção dos presentes, e esclareceu, em voz alta:

— Jonatan ben Cafar, a justiça verdadeira não reside na Terra para examinar as aparências. Zorobabel, o vagabundo, chefe de uma família infeliz, furtou-te cinco peças de ouro, no propósito de socorrer os filhos desventurados, porém, tu, por tua vez, tentaste roubar dele, valendo-te do infortúnio que o persegue, apoderando-te de um objeto que acreditaste valer cinco mil peças de ouro ao preço irrisório de cinco. Quem é mais nocivo à sociedade, perante Deus: o mísero esfomeado que rouba um pão, a fim de matar a fome dos filhos, ou o homem já atendido pela Bondade do Eterno, com os dons da fortuna e da habilidade, que absorve para si uma padaria inteira, a fim de abusar, calculadamente, da alheia indigência? Quem furta por necessidade pode ser um louco, mas quem acumula riquezas, indefinidamente, sem movimentá-las no trabalho construtivo ou na prática do bem, com absoluta despreocupação pelas angústias dos pobres, muita vez passará por inteligente e sagaz, aos olhos daqueles que, no mundo, adormeceram no egoísmo e na ambição desmedida, mas é malfeitor diante do Todo-Poderoso que nos julgará a todos, no momento oportuno.

E, sob a vigilância de guardas robustos, Zorobabel tomou cinco bastonadas em sala de portas lacradas, para aprender a sofrer sem roubar, e Jonatan apanhou vinte, na via pública, de modo a não mais explorar, sem escrúpulos, a miséria, a simplicidade e a confiança do povo.

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Neio Lúcio
Chico Xavier
Obra: Alvorada cristã
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