segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

Liberação



As cargas mentais negativas possuem a nefasta força de desorganizar as engrenagens psicológicas e físicas do ser.

 Acostumando-se-lhes, será necessário ingente esforço para destrinçá-las nos sutis emaranhados dos campos de energia geradora da vida. 

Recordações desagradáveis, pensamentos perturbadores, idéias viciosas, frases deprimentes do ontem, ressumam como necessidades de queixas, ressentimentos guardados, iras conservadas, depreciação de si mesmo, desamor, num conjunto de ingredientes destrutivos, que terminam por desorganizar o ser que se lhes permite vitimar. 

Não se pode evitar o haver nascido em um lar agressivo, entre pessoas hostis, sob injunções sóciomorais e econômicas penosas.

 Tal acontecimento faz parte do passado e a lamentação somente complica-o, ao invés de eliminá-lo. 

Submeter-se às reminiscências deploráveis torna-se uma forma de infeliz masoquismo, que vitaliza o que não se tem como eliminar, embora os recursos de que se dispõe para sobrepô-las e esquecê-las. 

Toda vez que alguém se apóia à autocompaixão diante do insucesso da existência planetária, acomoda-se ao sucedido e preserva-o por conformismo.

 Faz-se, então, inadiável, a decisão para ser feliz, revertendo o ocorrido.

 A reencarnação conduziu-te a um lar que consideras inadequado para o teu progresso, e que te faz sofrer. 

Talvez, tu mesmo o hajas elegido para adaptar-te desde cedo ao processo reparador. 

Cada um se vincula aos seres de que necessita para a evolução. 

Permanecer, porém, ergastulado a esses eventos afligentes é atitude acomodatícia com o negativo e perturbador, quando dispões de valiosos meios para a libertação.

 Problemas existem, para serem solucionados. 

Dificuldades são testes para desafiar os valores latentes do conhecimento, da capacidade de luta de cada um. 

Se preferes a autopiedade, ninguém te poderá ajudar.

 O ressentimento, o medo, a queixa, a reclamação do passado, mais te farão dependente do acontecido, no qual inconscientemente te apóias a fim de não lutares pela restauração da paz, e o logro da alegria. 

Não podes, nem deves incorporar à existência os vaticínios danosos que te fizeram, as expressões chulas que te dirigiram, as frases deprimentes que te endereçaram, as agressões verbais, morais e físicas de que foste vítima.

 Isso já passou e não tens como fazer, para que não houvessem sucedido.

 Desviar-lhes, porém, os efeitos daninhos, sim, cabe-te realizá-lo. 

Sabes que não és o que te acusaram.

 Mas, se por infortúnio da tua fragilidade psicológica, incorporaste à personalidade as investidas aleivosas e te crês conforme te definiram, rompe as algemas e ensaia a tua libertação. 

És uma gema bruta por lapidar.

 Se, exteriormente, a ganga é impura, tens no íntimo o brilho das estrelas, que te cumpre liberar. 

Começa agora o novo processo da tua vida. Dá-te a oportunidade de provar a ti mesmo quanto possuis, e conseguirás produzir.

 Experimenta o prazer de construir o teu futuro e, de pronto, começarás a ser uma pessoa ditosa.

🌹🌿🌹
Joanna de Ângelis
Divaldo Franco
Obra: Momentos de saúde
🌹🌿🌹

27 de janeiro

Você percebe que, através do que você faz e da maneira como você vive e pensa, você pode ajudar ou atrapalhar o estado do mundo?

Não se deixe mais atrair pelo rodamoinho de caos e confusão, de destruição e devastação, e comece agora a se concentrar na maravilha e na beleza do mundo à sua volta.

Agradeça por tudo.

Abençoe todas as almas que você contatar.

Recuse-se a ver o que existe de ruim nas pessoas, coisas e acontecimentos, e procure sempre pelo que há de melhor.

Não seja como o avestruz, escondendo a cabeça na areia e se recusando a encarar a realidade do mundo.

Simplesmente procure e concentre-se no que há de melhor em tudo e em todos. Você é um pequeno mundo dentro de você mesmo.

Existindo paz, harmonia, amor e compreensão, bem dentro do seu pequeno mundo, você refletirá tudo isso para o mundo à sua volta.

E quando você conseguir isto, estará começando a ajudar toda a condição atual do mundo.

🌹🌿🌹
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🌹🌿🌹





🌹🌿🌹

MENSAGEM DO ESE:

Felicidade que a prece proporciona

23. Vinde, vós que desejais crer. Os Espíritos celestes acorrem a vos anunciar grandes coisas.

Deus, meus filhos, abre os seus tesouros, para vos outorgar todos os beneficios. Homens incrédulos! Se soubésseis quão grande bem faz a fé ao coração e como induz a alma ao arrependimento e à prece! A prece! ah! como são tocantes as palavras que saem da boca daquele que ora! A prece é o orvalho divino que aplaca o calor excessivo das paixões.

Filha primogênita da fé, ela nos encaminha para a senda que conduz a Deus. No recolhimento e na solidão, estais com Deus. Para vós, já não há mistérios; eles se vos desvendam. Apóstolos do pensamento, é para vós a vida. Vossa alma se desprende da matéria e rola por esses mundos infinitos e etéreos, que os pobres humanos desconhecem.

Avançai, avançai pelas veredas da prece e ouvireis as vozes dos anjos. Que harmonia!

Já não são o ruído confuso e os sons estrídulos da Terra; são as liras dos arcanjos; são as vozes brandas e suaves dos serafins, mais delicadas do que as brisas matinais, quando brincam na folhagem dos vossos bosques. Por entre que delícias não caminhareis! A vossa linguagem não poderá exprimir essa ventura, tão rápida entra ela por todos os vossos poros, tão vivo e refrigerante é o manancial em que, orando, se bebe.

Dulçurosas vozes, inebriantes perfumes, que a alma ouve e aspira, quando se lança a essas esferas desconhecidas e habitadas pela prece! Sem mescla de desejos carnais, são divinas todas as aspirações. Também vós, orai como o Cristo, levando a sua cruz ao Gólgota, ao Calvário. Carregai a vossa cruz e sentireis as doces emoções que lhe perpassavam nalma, se bem que vergado ao peso de um madeiro infamante. Ele ia morrer, mas para viver a vida celestial na morada de seu Pai.

🌹🌿🌹
- Santo Agostinho. (Paris, 1861.)
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
🌹🌿🌹

RAIOU A LUZ


“O povo que estava assentado em trevas viu uma grande luz; e aos que estavam assentados na região e sombra da morte a luz raiou.” –Mateus:-4-16

Referindo-se ao inicio da Sublime Missão de Jesus, o apóstolo Mateus classifica o Mestre como a Grande Luz que começava a brilhar para os que permaneciam estacionados nas trevas e para os que se conservavam na região de sombras da morte.
Essa imagem fornece uma ideia geral da interpretação de planos em todos os centros da vida humana.

Na superfície do mundo desenvolvem-se os que se encontram na sombria noite de ignorância e esforçam-se os espíritos caídos nos resvaladouros do crime, mortos pelos erros cometidos, aspirando o dia sublime da redenção.

Semelhante paisagem, todavia, não abrange tão-somente os círculos das criaturas

que se revestem de envoltório material, porque é extensiva à grande quantidade de seres terrestres que militam nos labores do orbe, sem a indumentária dos homens encarnados.

O Mestre, pois, é o Orientador Supremo de todas as almas que permanecem ou transitam no mundo terreno.
Sua Luz Imortal é o tesouro imperecível da criaturas.

Os que aprendem ou resgatam, os que se curam ou que expiam encontram em Seu coração a claridade dos Caminhos Eternos.

A multidão que estaciona nas trevas da ignorância e as fileiras numerosas dos que foram detidos na região da morte pelo próprio erro devem compreender essa Luz que está brilhando aos seus olhos, desde vinte séculos.

Antes do Evangelho podia haver grande sombra, mas com o Cristo vibra a claridade resplandecente de novo dia.

Que saibamos compreender a missão dessa Luz, pois sabemos que toda manhã é um novo apelo ao
esforço da vida.

🌹🌿🌹
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Levantar e seguir
🌹🌿🌹

domingo, 26 de janeiro de 2025

Vendaval e brisa leve



É um fenômeno que ocorre, vez ou outra.

Chamamos vendaval e a própria palavra, ao ser pronunciada, recorda destruição.

Sua passagem determina queda de árvores e postes de energia; destelhamento de casas e edifícios; destruição de pontes e outras estruturas; danos em linhas de transmissão de energia e comunicação; arrasa vastas semeaduras.

Em sua violência, arremessa objetos como telhas, galhos de árvores, atingindo quem esteja em seu caminho.

Ele é assim.

Surge violento e se vai, deixando um rastro de desolação e dor: patrimônios danificados, natureza tombada, searas arrasadas, pessoas feridas ou mortas.

* * *
Por vezes, alguns de nós somos como o vendaval.

Por coisa alguma, explodimos em desequilíbrio, elevamos o tom de voz.

Ou investimos contra as coisas inanimadas, em agressões tolas, como se fossem culpadas por qualquer desacerto que nos ocorra.

Semelhantes ao vendaval, deixamos que a irritação nos domine e despejamos a fúria do nosso verbo, em palavreado grosseiro, atingindo os ouvidos alheios.

Em outros momentos, pelo cansaço do trabalho, pelas dificuldades que nos cabe enfrentar, nos permitimos responder agressivamente a qualquer coisa que nos indaguem.

Nem percebemos que amedrontamos nossos filhos, assustamos os que estão próximos, afastamos os que nos amam.

Como o vendaval, arrasamos as paisagens doces do afeto e semeamos tristeza nos corações dos que convivem conosco no lar, no trabalho, na vida social.

Será que desejamos ser esse promotor de coisas tristes?

Será mesmo que desejamos impor pavor, com nossa simples presença, desde que todos ficam à espera de que, de rompante, tornemos a explodir?

Desejamos permanecer vendaval?

Que tal renovarmos nossa maneira de agir, deixando de reagir?

Comecemos a reter o verbo impensado e louco.

A palavra nos é dada para a comunicação, para o entendimento.

Adocemos as palavras, a entonação da voz.

Tornemo-nos a brisa leve que areja o ambiente.

Sejamos o vento calmo que beneficia o nosso entorno, refrigerando o ar, transmitindo tranquilidade.

Formulemos, de imediato, a nova resolução.

Amanhã, quando despertar o dia, ergamo-nos do leito dispostos a nos tornarmos a brisa amena, solta e leve.

Essa que chega mansa e abraça, com delicadeza, os que encontra em sua passagem.

Nosso tempo neste Planeta é tão breve, tão passageiro.

Cultivemos afeto, boas lembranças, para deixar como nosso legado.

Que todos os que conviverem conosco ou nos encontrarem em seu caminho, possam dizer: Que brisa suave, delicada, como faz bem à alma.

Quem sabe quantos, à nossa passagem, possam se beneficiar dessa nossa vibração amena, de quem deseja paz para si e para todos.

E sejamos saudados, onde quer que nos apresentemos, com sorrisos de boas-vindas e alegria, que nos dirão que todos se sentem muito felizes com nossa presença.

Sejamos brisa leve e amena, arejando delicadamente os caminhos dos que nos seguem, dos que compartilham esse mesmo tempo de renovação.

🌼🌱🌼
Redação do Momento Espírita, com base no texto
Vendaval e brisa leve, do Espírito Marina, psicografia de
Maria Helena Marcon, no Centro Espírita Ildefonso Correia,
em Curitiba/PR, em 16.9.2024.
🌼🌱🌼

26 de janeiro

Você não poderá criar algo novo mantendo-se imerso no que é velho.

Um recém-nascido não pode se manter ligado à mãe; o cordão umbilical tem que ser cortado para que ele se torne um ser independente.

O mesmo acontece com esta vida espiritual.

A partir do momento em que você decide trilhar o caminho espiritual e viver de acordo com o Espírito, você tem que se desligar totalmente da sua antiga maneira de viver.

Você não pode ficar com um pé em cada mundo.

A escolha é sua.

Que não haja retorno nesta decisão.

Siga sempre em frente.

Quando a caminhada ficar difícil, talvez você deseje voltar aos "bons velhos tempos".

Mas não há volta nesta vida.

O bebê não pode voltar para dentro de sua mãe quando a vida fica dura demais.

Um pintinho não pode voltar para sua casca e uma borboleta não volta para sua crisálida.

A vida não pode andar para trás.

Tem que andar para a frente, sempre para a frente.

🌼🌱🌼
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🌼🌱🌼



🌼🌱🌼

MENSAGEM DO ESE:

Os tormentos voluntários

Vive o homem incessantemente em busca da felicidade, que também incessantemente lhe foge, porque felicidade sem mescla não se encontra na Terra. Entretanto, mau grado às vicissitudes que formam o cortejo inevitável da vida terrena, poderia ele, pelo menos, gozar de relativa felicidade, se não a procurasse nas coisas perecíveis e sujeitas às mesmas vicissitudes, isto é, nos gozos materiais em vez de a procurar nos gozos da alma, que são um prelibar dos gozos celestes, imperecíveis; em vez de procurar a paz do coração, única felicidade real neste mundo, ele se mostra ávido de tudo que o agitará e turbará, e, coisa singular! o homem, como que de intento, cria para si tormentos que está nas suas mãos evitar.

Haverá maiores do que os que derivam da inveja e do ciúme? Para o invejoso e o ciumento, não há repouso; estão perpetuamente febricitantes. O que não têm e os outros possuem lhes causa insônias.

Dão-lhes vertigem os êxitos de seus rivais; toda a emulação, para eles, se resume em eclipsar os que lhes estão próximos, toda a alegria em excitar, nos que se lhes assemelham pela insensatez, a raiva do ciúme que os devora. Pobres insensatos, com efeito, que não imaginam sequer que, amanhã talvez, terão de largar todas essas frioleiras cuja cobiça lhes envenena a vida!

Não é a eles, decerto, que se aplicam estas palavras: “Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados”, visto que as suas preocupações não são aquelas que têm no céu as compensações merecidas.

Que de tormentos, ao contrário, se poupa aquele que sabe contentar-se com o que tem, que nota sem inveja o que não possui, que não procura parecer mais do que é. Esse é sempre rico, porquanto, se olha para baixo de si e não para, cima, vê sempre criaturas que têm menos do que ele. É calmo, porque não cria para si necessidades quiméricas. E não será uma felicidade a calma, em meio das tempestades da vida?

🌼🌱🌼
— Fénelon. (Lião, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 23.)
🌼🌱🌼