sábado, 3 de agosto de 2013

Supérfluo


Por toda parte na Terra, vemos o fantasma do Supérfluo enterrando a alma do homem no sepulcro da provação.

Supérfluo de posses estendendo a ambição...

Supérfluo de dinheiro gerando intranquilidade...

Supérfluo de preocupações imaginárias abafando a harmonia...

Supérfluo de indagações empanando a fé...

Supérfluo de convenções expulsando a caridade...

Supérfluo de palavras destruindo o tempo...

Supérfluo de conflitos mentais determinando o desequilíbrio...

Supérfluo de alimentação aniquilando a saúde...

Supérfluo de reclamações arrasando o trabalho...

No entanto, se o homem vivesse de acordo com as próprias necessidades, sem exigir o que ainda não merece, sem esperar o que não lhe cabe, sem perguntar fora do propósito e sem reprovar nos outros aquilo que ainda não retificou em si mesmo, decerto a existência na Terra estaria exonerada da grande maioria dos tributos que aí se pagam quase diariamente à perturbação.

Se procuras no Cristo o mentor de cada dia, soma as tuas possibilidades no bem, subtrai as próprias deficiências, multiplica os valores do próprio serviço e divide o amor para com todos, a fim de que os que te cercam aprendam com a vida o que convém realmente à própria segurança.

O problema da felicidade não está em sermos possuídos pelas posses humanas, quaisquer que elas sejam, mas em possuí-las, com prudência e serenidade, usando-as no bem para os semelhantes, que resultará sempre em nosso próprio benefício.

Alija o supérfluo de teu caminho e acomoda-te com o necessário à tua paz.

Somente assim encontrarás em ti mesmo o espaço mental indispensável à comunhão clara e simples com o nosso Divino Mestre e Senhor.
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Emmanuel
 Chico Xavier






sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Senhor, ensina-nos


Senhor!

Sabemos o que nos dizes.
Ensina-nos a escutar-te.

Conhecemos o caminho.
Ensina-nos a percorrê-lo.

Procuramos a paz.
Ensina-nos a descobri-la.

Possuímos o amor.
Ensina-nos a sublimá-lo.

Temos o trabalho.
Ensino-nos a servir.

Concedeste-nos a fé.
Ensina-nos a mantê-la.

Assimilamos a cultura.
Ensino-nos a iluminá-la.

Colhemos o beneficio.
Ensina-nos a plantá-lo.

Admiramos a humildade.
Ensina-nos a adquirí-la.

Medimos o tempo.
Ensina-nos a aproveitá-lo.

Retemos recursos.
Ensina-nos a distribuí-los.

Necessitamos da ordem.
Ensina-nos a guardá-la.

Ansiamos por mais luz.
Ensina-nos a estendê-la.

Senhor!
Onde estivermos, e com quem estivermos;
 sejam quais forem as nossas dificuldades e problemas;
 faze-nos reconhecer que somos Teus aprendizes!
Por acréscimo de misericórdia, não nos entregues a nós mesmos!

Renova-nos no que somos para que sejamos o que devemos ser, de acordo com os Teus Desígnios!

E seja qual for a tarefa em que a Tua Infinita Bondade nos situe, ensina-nos, Senhor, a compreender e amar, abençoar e servir contigo hoje e sempre.
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Emmanuel
 Francisco Cândido Xavier 
Obra: 
Recanto de paz




quinta-feira, 1 de agosto de 2013

A Diferença



A reunião alcançava a parte final.
 E, na organização mediúnica, Bezerra de Menezes retinha a palavra.
O benfeitor desencarnado distribuía consolações, quando um companheiro o alvejou com azedume:
 
—Bezerra, não concordo com tanta máscara no ambiente espírita. 
Estou cansado de tartufismo. 
Falo contra mim mesmo. 
Posso, acaso, dizer que sou espírita-cristão? 
Vejo-me fustigado por egoísmo e intolerância, avareza e ciúme; cometo desatenções e disparates; reconheço-me frequentemente caído em maledicência e cobiça; ainda não venci a desconfiança,nem a propensão para ressentir-me; quando menos espero, chafurdo-me nos erros da vaidade e do orgulho; involuntariamente, articulo ofensas contra o próximo; a ambição mora comigo e, por isso, agrido os meus semelhantes com toda a força de minha brutalidade; a crítica, o despeito, a maldade e a imperfeição me seguem constantemente. 
Posso declarar-me espírita com tantos defeitos?
 
O venerável orientador espiritual respondeu, sereno:
 
—Eu também, meu amigo, ainda estou em meio de todas essas mazelas e sou espírita-cristão...
 
—Como assim?—revidou o consulente agitado.
 
—Perfeitamente—concluiu Bezerra, sem alterar-se.
 
—Todas essas qualidades negativas ainda me acompanham... 
Só existe, porém, um ponto, meu caro, que não posso esquecer.
É que, antes de ser espírita-cristão, eu fazia força para correr atrás de todas elas e agora, que sou cristão e espírita, faço força para fugir delas todas...
 
E, sorrindo:
 
—Como vê, há muita diferença.
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Irmão X
Chico Xavier
Obra: Momentos de ouro

quarta-feira, 31 de julho de 2013

De retorno


Quando volvas ao lar, deixa, à distância, os resíduos das dificuldades e problemas enfrentados durante o dia.

A família não pode arcar com o ônus do teu cansaço, das mágoas, das frustrações e do mau humor que reuniste, por contingências, às vezes inevitáveis, do teu trabalho.

O ninho doméstico deve ser preservado das tempestades exteriores, a fim de que encontres nele forças e estímulos para os deveres a desempenhar no dia imediato.

Mesmo que te sintas deprimido ou fatigado, busca renovar-te com disposição otimista, mediante a qual tornarás ali a tua presença sempre desejada e querida.

Torna o teu lar uma permanente fonte de inspiração, de modo que, ao te recordares dele, em qualquer lugar, experimentes motivação para um feliz desempenho dos compromissos abraçados.

São inúmeros os desafios que o homem probo experimenta durante um dia.

Nem sempre triunfará em todos eles. No entanto, cada vez que se sinta defraudado por si mesmo, na luta, cabe-lhe o dever de preservar a confiança e programar a recuperação.

Quem não tropeça, nem cai, certamente não sai do lugar onde se encontra imobilizado.

Ação é, também, sinônimo de movimento, de experiências com erros e acertos.

Desse modo, não conduzas contigo a amargura dos insucessos, nem o ressaibo da insatisfação.

Terminado o teu compromisso fora da família, volve ao lar com disposição positiva, entusiasmado com os valores alcançados e confiante nos futuros resultados dos esforços a desprender mais tarde.

O teu lar deve ser o santuário-escola, a oficina-recreio onde o amor predomine e a felicidade, em qualquer situação ou circunstância, sempre se faça presente.
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Joanna de Ângelis









terça-feira, 30 de julho de 2013

Esta é a Mensagem




"Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros." - (I João, 3:11.)


Em todo o mundo sentimos a enorme inquietação por novas mensagens do Céu. 
Forças dinâmicas do pensamento insistem em receber expressões de velhas verdades, ensaiando-se criações mentais diferentes.
 Notamos, porém, que a arte procura novas experimentações e se povoa de imagens negativas, que a política inventa ideologias e processos inéditos de governar e dilata o curso da guerra destruidora, que a ciência busca desferir voos mais altos e institui teorias dissolventes da concórdia e do bem estar.
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Grandes facções religiosas efetuam trabalho heroico na demonstração da eternidade da vida suplicando sinais espetaculares do reino invisível ao homem comum.
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Convenhamos que haverá sempre benefício nas aspirações elevadas do espírito humano, quando sinceramente procura as vibrações de natureza divina; todavia, necessitamos reconhecer que se há inúmeras mensagens substanciosas, edificantes e iluminadas na Terra, a maior e mais preciosa de todas, desde o princípio da organização planetária, é aquela da solidariedade fraternal, no "amemo-nos uns aos outros".
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Esta é a recomendação primordial. 
Sentindo-a, cada discípulo pode examinar, nos círculos da luta diária, o índice de compreensão que já possui, acerca dos Desígnios Divinos.
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Mesmo que esse ou aquele irmão ainda não a tenha entendido, inicia a execução do paternal conselho em ti mesmo.
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Ama sempre.
 Faze todo o bem. 
Começa estimando os que te não compreendem, convicto de que esses, mais depressa, te farão melhor.
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 Emmanuel
Chico Xavier





segunda-feira, 29 de julho de 2013

Pingos da Verdade



Como fonte que foi turvada e manancial corrupto, assim é o justo que cede ao perverso. (Pv. 25:26)

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O que trabalha para aquisição da justiça, está sujeito a ser tentado com mais frequência pela perversidade.
Não interessa às trevas a harmonia.
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Se o mundo é de provas e expiações, os que nele se encontram estagiando, notam bem quais são as suas lutas para a frequência do Bem.
Parar de lutar significa morrer.
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Quem principiou nas mudanças é interceptado pela própria natureza animal. Eis a guerra interna travada, em que não devemos esmorecer.
A verdade liberta; indispensável conhecê-la.
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Os que começam a ser iluminados e cedem às insinuações das trevas, sofrem adiante a corrigenda da consciência e do arrependimento. Faça nascer novas forças para recomeçar. 
Ganhe tempo não precisando arrepender-se.
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Não passe um dia sem lembrar-se de Jesus; Ele é a nossa segurança.
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O perverso é ignorante. 
Oremos por ele, esperando que Deus o abençoe com o entendimento.
Quem se encontra seguro na justiça, o amor faz do seu coração um ninho permanente.
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Os nossos pensamentos são mananciais formados pelo que somos e em torno de nós vibra o que escolhemos na vida.
Se conhece Jesus, mude de vida, rompendo barreiras e seguindo Seus passos, que a luz não se fará esperar.
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Cumpre entender o que fomos chamados a realizar pelos benfeitores espirituais, que a misericórdia é muito maior do que pensamos.
Vamos investir no amor, que ele é semente de luz, saída das mãos de Deus.
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Pelo que chega de pensamentos em sua mente, notará de onde eles procedem.
A sua vigilância deve ser constante, para a sua própria paz.
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A perversidade somente prejudica o perverso, pois é lei de Deus que recebamos o que damos.
Conserve o seu manancial de pensamentos com vibrações de amor, para que a caridade seja vida permanente em seu coração.
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 Espírito Carlos
 João Nunes Maia






domingo, 28 de julho de 2013

Pontos Essenciais Para os Cônjuges


Reconhecer que o outro é um espírito por si, com ideais e tendências diversas.
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Em tempo algum abandonar o outro aos próprios deveres e lutas, sob o pretexto de que possui tarefas diferentes.
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Socorrer o outro em suas esperanças, empenhando esforço e carinho para que as realize.
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Afastar do outro quaisquer assuntos tendentes a turvar-lhes a confiança recíproca.
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Abolir o ciúme.
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Aceitar a importância do problema sexual de um para o outro.
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Entender que o amor inclui o respeito, a cortesia, a afabilidade e a discrição.
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Fugir do relaxamento e do desperdício.
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Adaptar-se ao nível econômico e social em que se encontram, embora cientes de que melhoria, através da existência correta, é obrigação.
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Evitar rixas e discussões.
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Nunca selar compromissos fora de casa sem ouvir a opinião do outro.
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Tratar os filhos com equilíbrio, sem reduzi-los à condição de bonecas.
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Não obrigar os filhos a estudos, linhas determinadas de trabalho, distrações ou hábitos, para os quais não sintam vocação.
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Observar que os filhos precisam de educação, disciplina e bons exemplos e não de castigo ou caprichos satisfeitos.
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Não enganar os filhos dando respostas ociosas às indagações que façam.
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Manter entendimento e cooperação na solução das dificuldades que surjam nas famílias um do outro.
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Jamais sacrificar a harmonia e a segurança do lar sob a desculpa de exigências religiosas ou sociais.
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Amparar e respeitar as amizades do outro.
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Não perder tempo com futilidades.
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Compreender que o matrimônio é uma escola e que os cônjuges tudo precisam fazer nos domínios do possível para que não seja modificado o programa trazido à Terra por eles mesmos, na lei da reencarnação, alterando o plano de serviço com separações reconhecidamente desnecessárias.
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André Luiz

Waldo Vieira