sábado, 14 de janeiro de 2023

Nossa casa


 A mente é a casa viva onde cada um de nós reside, segundo as nossas próprias concepções.

 A imaginação é o arquiteto de nosso verdadeiro domicílio.

 Se julgarmos que o ouro precisa erigir-se em material único adequado à nossa construção, cedo sofremos a ventania destruidora ou enregelante da ambição e da inveja, do remorso e do tédio, que costuma envolver a fortuna, em seu castelo de imprevidência.

 Se supomos que o poder humano deve ser o agasalho exclusivo de nosso Espírito, somos apressadamente defrontados pela desilusão que habitualmente assinala a fonte das criaturas enganadas pelos desvarios da autoridade.

 Se encontramos alegria na crítica ou na leviandade, naturalmente nos demoramos em cárceres de perturbação e maledicência.

 Moramos, em espírito, onde projetamos o pensamento.

 Respiramos o bem ou o mal, de acordo com as nossas preferências na vida.

 Na Terra, muitas vezes temos a máscara física emoldurada em honrarias e esplendores, conservando-nos intimamente em deploráveis cubículos de padecimentos e trevas.

 Só o trabalho incessante no bem pode oferecer-nos a milagrosa química do amor para a sublimação do lar interno.
Por isso mesmo, disse Jesus: — “meu Pai trabalha até hoje e eu trabalho também.” 

 Idealizemos mais luz para o caminho.

 Abracemos o serviço infatigável aos semelhantes e a nossa experiência, de alicerces na Terra, culminará, feliz e vitoriosa, nos esplendores do Céu.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Coragem
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14 de janeiro

Existem tantas coisas maravilhosas para se fazer na vida, mas qual é a que você faz melhor?

Descubra e vá em frente: faça com entusiasmo.

Não perca tempo e energia pensando em fazer alguma outra coisa, ou desejando estar em outro lugar, com outras oportunidades.

Entenda que você está exatamente onde deveria estar e na hora certa, e que você está aí por um motivo específico, para cumprir uma tarefa específica.

Portanto, dê o máximo de si para essa tarefa e cumpra-a com amor e alegria.

Sinta como a vida pode ser divertida, não só para você, mas para todos à sua volta.

A não ser que você doe o melhor de si mesmo para o todo, você não pode ter esperança de se tornar parte desse todo.

Você se desliga dele e não haverá plenitude em você.

Você sentirá uma profunda satisfação quando fizer o que tem que fazer com perfeição e para o benefício do todo!

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Fora da caridade não há salvação

Meus filhos, na máxima: Fora da caridade não há salvação, estão encerrados os destinos dos homens, na Terra e no céu; na Terra, porque à sombra desse estandarte eles viverão em paz; no céu, porque os que a houverem praticado acharão graças diante do Senhor. Essa divisa é o facho celeste, a luminosa coluna que guia o homem no deserto da vida, encaminhando-o para a Terra da Promissão. Ela brilha no céu, como auréola santa, na fronte dos eleitos, e, na Terra, se acha gravada no coração daqueles a quem Jesus dirá: Passai à direita, benditos de meu Pai.

Reconhecê-los-eis pelo perfume de caridade que espalham em torno de si. Nada exprime com mais exatidão o pensamento de Jesus, nada resume tão bem os deveres do homem, como essa máxima de ordem divina. Não poderia o Espiritismo provar melhor a sua origem, do que apresentando-a como regra, por isso que é um reflexo do mais puro Cristianismo.

Levando-a por guia, nunca o homem se transviará. Dedicai-vos, assim, meus amigos, a perscrutar-lhe o sentido profundo e as conseqüências, a descobrir-lhe, por vós mesmos, todas as aplicações. Submetei todas as vossas ações ao governo da caridade e a consciência vos responderá. Não só ela evitará que pratiqueis o mal, como também fará que pratiqueis o bem, porquanto uma virtude negativa não basta: é necessária uma virtude ativa. Para fazer-se o bem, mister sempre se torna a ação da vontade; para se não praticar o mal, basta as mais das vezes a inércia e a despreocupação.

Meus amigos, agradecei a Deus o haver permitido que pudésseis gozar a luz do Espiritismo. Não é que somente os que a possuem hajam de ser salvos; é que, ajudando-vos a compreender os ensinos do Cristo, ela vos faz melhores cristãos.

Esforçai-vos, pois, para que os vossos irmãos, observando-vos, sejam induzidos a reconhecer que verdadeiro espírita e verdadeiro cristão são uma só e a mesma coisa, dado que todos quantos praticam a caridade são discípulos de Jesus, sem embargo da seita a que pertençam.

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— Paulo, o apóstolo. (Paris, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XV, item 10.)
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Renovação física


Não aguardes novo corpo físico, a fim de atender à obra do vosso aperfeiçoamento espiritual.

Há criaturas que, a pretexto de encontrarem o infinito do tempo, eternizam erros infindáveis, mergulhando-se na ociosidade mental que é sempre a detenção no purgatório reparador.

Dai, antes de tudo, nova forma aos pensamentos.

Ponde a simpatia onde surpreendes a aversão.

Criai as flores do amor sobre os charcos do ódio.

Sustentai o lume da esperança, além do gelo do desalento.

Guardai-vos no trabalho digno e edificante contra as sugestões do cansaço ou da preguiça.

Fixai o sol da verdade, acima dos nevoeiros da mentira.

Acomodemo-nos com o ensinamento da realidade, esquecendo a fantasia.

A renovação de nosso Espírito para a Vida Mais Alta depende de nós mesmos, da nossa capacidade de assimilação do Bem.

Adaptemo-nos hoje aos padrões do Cristo, impondo à nossa alma os característicos do Divino Modelo e, amanhã, encontraremos mais elevado degrau nas experiências de acesso à Comunhão com o Senhor.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Moradias de luz
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Aprendamos a agradecer


“Em tudo dai graças.”
— PAULO (1 Tessalonicenses, 5.18)

Saibamos agradecer as dádivas que o Senhor nos concede cada dia:

A largueza da vida;

o ar abundante;

a graça da locomoção;

a faculdade do raciocínio;

a fulguração da ideia;

a alegria de ver;

o prazer de ouvir;

o tesouro da palavra;

o privilégio do trabalho;

o dom de aprender;

a mesa que nos serve;

o pão que nos alimenta;

o pano que nos veste;

as mãos desconhecidas que se entrelaçam no esforço de suprir-nos a refeição e o agasalho;

os benfeitores anônimos que nos transmitem a riqueza do conhecimento;

a conversação do amigo;

o aconchego do lar;

o doce dever da família;

o contentamento de construir para o futuro; a renovação das próprias forças…

Muita gente está esperando lances espetaculares da “boa sorte mundana”, a fim de exprimir gratidão ao Céu.

O cristão, contudo, sabe que as bênçãos da Providência Divina nos enriquecem os ângulos mais simples de cada hora, no espaço de nossas experiências.

Nada existe insignificante na estrada que percorremos.

Todas as concessões do Pai Celeste são preciosas no campo de nossa vida.

Utilizando, pois, o patrimônio que o Senhor nos empresta, no serviço incessante ao bem, aprendamos a agradecer.

🌹🌿🌹
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Fonte viva
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sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

Paz e luz


“Dias difíceis, atravessamos na Terra”… — Ouves dizer.

 E revisas o que sabes.

O noticiário relaciona o antagonismo crescente entre os povos.  Desentendimentos dominam as classes sociais, reclamando tato e compreensão das lideranças, a fim de que não se façam conflitos destruidores.  Dramas passionais, nas versões da imprensa, traumatizam milhares de pessoas.

As desvinculações familiares, em regime de precipitação, os assaltos, as reclamações em massa, os distúrbios de opinião, os acidentes que constituem a preocupação da vida comunitária, em quase todos os lugares do mundo, as calamidades que emergem da Natureza.

 Todos esses elementos sombrios, somados aos problemas individuais, criam a dilapidação psicológica com que milhões de criaturas comparecem no trabalho ou nas vias públicas, estabelecendo o clima de tensão que deforma a personalidade e lhe consome grande contingente de forças.

 É nesse quadro de trabalho que as Leis do Senhor nos engajaram para servir no mundo de hoje.

 Muitas pessoas, inconscientemente, se mostram prevenidas para a revolta por bagatelas, prontas a transfigurar cólera ou azedume em forças estranhas de agressão.

 Escora-te na paciência e caminha.

 Haja o que houver, faze o melhor que puderes, abençoa e passa.

 Cala-te e auxilia.

 Onde estiveres, espalha a beneficência das boas palavras e oferece a bênção do teu sorriso de paz e fraternidade.

Todos os acontecimentos de ordem negativa são subprodutos das trevas de espírito.

 No torvelinho das sombras, o Céu não nos pede para que sejamos estrelas. Basta a cada um de nós o compromisso de acender, em nome de Deus, um raio de luz.

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Meimei
Chico Xavier
Obra:Deus aguarda
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13 de Janeiro

Sem fé você não pode trilhar este caminho espiritual.

Sem confiança não existe amor, e sem amor a vida é vazia.

Abra seu coração e mantenha o amor fluindo, sem se importar se a vida parece difícil na superfície.

Erga-se acima de suas condições e circunstâncias externas, adentre as regiões onde tudo é luz, tudo é paz, tudo é perfeição e não há cisão.

Você deve fazer sua escolha e agir.

Não permita que nenhum fator externo o demova.

Lembre-se que depois da tempestade, vem a bonança.

Aprenda a voar como um pássaro. sempre, sempre para cima, cantando cânticos de louvor e gratidão.

Não permaneça ancorado às maneiras tradicionais do mundo, ao materialismo da vida.

Somente o caminho do Espírito tem importância.

Comece agora a viver pelo Espirito e caminhe nos caminhos do Espirito.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Simplicidade e pureza de coração

Bem-aventurados os que têm puro o coração, porquanto verão a Deus. (S. Mateus, cap. V, v. 8.)

Apresentaram-lhe então algumas crianças, a fim de que ele as tocasse, e, como seus discípulos afastassem com palavras ásperas os que lhas apresentavam, Jesus, vendo isso, zangou-se e lhes disse:

“Deixai que venham a mim as criancinhas e não as impeçais, porquanto o reino dos céus é para os que se lhes assemelham. — Digo-vos, em verdade, que aquele que não receber o reino de Deus como uma criança, nele não entrará.” — E, depois de as abraçar, abençoou-as, impondo-lhes as mãos. (S. MARCOS, cap. X, vv. 13 a 16.)

A pureza do coração é inseparável da simplicidade e da humildade. Exclui toda idéia de egoísmo e de orgulho. Por isso é que Jesus toma a infância como emblema dessa pureza, do mesmo modo que a tomou como o da humildade.

Poderia parecer menos justa essa comparação, considerando-se que o Espírito da criança pode ser muito antigo e que traz, renascendo para a vida corporal, as imperfeições de que se não tenha despojado em suas precedentes existências. Só um Espírito que houvesse chegado à perfeição nos poderia oferecer o tipo da verdadeira pureza. É exata a comparação, porém, do ponto de vista da vida presente, porquanto a criancinha, não havendo podido ainda manifestar nenhuma tendência perversa, nos apresenta a imagem da inocência e da candura. Daí o não dizer Jesus, de modo absoluto, que o reino dos céus é para elas, mas para os que se lhes assemelhem.

Pois que o Espírito da criança já viveu, por que não se mostra, desde o nascimento, tal qual é? Tudo é sábio nas obras de Deus. A criança necessita de cuidados especiais, que somente a ternura materna lhe pode dispensar, ternura que se acresce da fraqueza e da ingenuidade da criança. Para uma mãe, seu filho é sempre um anjo e assim era preciso que fosse, para lhe cativar a solicitude. Ela não houvera podido ter-lhe o mesmo devotamento, se, em vez da graça ingênua, deparasse nele, sob os traços infantis, um caráter viril e as idéias de um adulto e, ainda menos, se lhe viesse a conhecer o passado.

Aliás, faz-se necessário que a atividade do princípio inteligente seja proporcionada à fraqueza do corpo, que não poderia resistir a uma atividade muito grande do Espírito, como se verifica nos indivíduos grandemente precoces. Essa a razão por que, ao aproximar-se-lhe a encarnação, o Espírito entra em perturbação e perde pouco a pouco a consciência de si mesmo, ficando, por certo tempo, numa espécie de sono, durante o qual todas as suas faculdades permanecem em estado latente. É necessário esse estado de transição para que o Espírito tenha um novo ponto de partida e para que esqueça, em sua nova existência, tudo aquilo que a possa entravar. Sobre ele, no entanto, reage o passado. Renasce para a vida maior, mais forte, moral e intelectualmente, sustentado e secundado pela intuição que conserva da experiência adquirida.

A partir do nascimento, suas idéias tomam gradualmente impulso, à medida que os órgãos se desenvolvem, pelo que se pode dizer que, no curso dos primeiros anos, o Espírito é verdadeiramente criança, por se acharem ainda adormecidas as idéias que lhe formam o fundo do caráter. Durante o tempo em que seus instintos se conservam amodorrados, ele é mais maleável e, por isso mesmo, mais acessível às impressões capazes de lhe modificarem a natureza e de fazê-lo progredir, o que torna mais fácil a tarefa que incumbe aos pais.

O Espírito, pois, enverga temporariamente a túnica da inocência e, assim, Jesus está com a verdade, quando, sem embargo da anterioridade da alma, toma a criança por símbolo da pureza e da simplicidade.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VIII, itens 1 a 4.)
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Este teu cansaço contínuo


Este teu cansaço contínuo, acompanhado de insatisfação e de mau humor, é um sinal vermelho de perigo em tua vida.

Resulta da maneira irregular de como vens aplicando os teus recursos e energias, sem o competente refazimento.

Não te bastará dormir, dar descanso ao corpo, se permaneceres emocionalmente inquieto, ansioso.

Assim, dá um balanço dos teus atos, medita em profundidade e perceberás que te está faltando o "pão do espírito", que nutre e reconforta.

Reorganiza a vida e busca o equilíbrio, enquanto é tempo.

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Joanna de Ângelis
Divaldo Franco
Obra: Vida Feliz
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Não nós esqueçamos


Lembra-te de que tudo na vida é propriedade de Deus, a fim de que o egoísmo não te faça ver a ingratidão onde apenas se expressa a lei natural na marcha evolutiva.

Recorda que o lar é um empréstimo precioso que nos cabe prestigiar com serviço e renúncia para que se transforme em templo de paz e luz;

que o esposo e a esposa, o filho e o irmão, os pais e os companheiros, constituem depósitos do Senhor que nos compete valorizar sem prender e amar sem escravidão, de modo a restituí-los, um dia, à Infinita Bondade, enriquecidos por nosso amor;

que as posses humanas são meros compromissos com o Céu que devemos mobilizar na extensão do bem, a fim de que o remorso não nos fira quando chamados a exame na Contabilidade Divina, e que os dons da inteligência ou do equilíbrio físico, do verbo fácil ou do raciocínio brilhante são concessões do Todo Misericordioso que nos cabe empregar na aquisição das riquezas incorruptíveis do Espírito, através do exemplo edificante e do serviço invariável ao próximo.

A rigor, se alguém existe com direito de queixar-se de ingratidão, esse alguém seria o Criador, à cuja Misericórdia e Justiça tudo se nos tributa, entretanto, o Pai Celeste jamais racionou o Sol que nos ilumina ou o ar que nos sustenta, porque tenhamos abraçado atitudes infelizes à frente de Suas Leis.

Aceita a luta que a Sabedoria da Vida te confere, sem exasperação e sem inveja, sem ciúme e sem mágoa, porque tudo o que te encanta os olhos e alimenta o coração, tudo o que te angaria o apreço dos outros e te consolida a própria dignidade vem de Deus que, através do tempo e da experiência, nos pedirá contas em momento oportuno.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Tocando o barco
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A REENCARNAÇÃO DOS SUICIDAS


Nair Bello – Chico, um filho excepcional é um carma, uma prova para os pais?

Chico Xavier – Nair, a criança excepcional sempre me impressionou pelo sofrimento de que ela é portadora, não somente em se tratando dela mesma, mas, também, dos pais e isso tem sido o tema de várias conversações minhas com nosso Emmanuel, que é o guia espiritual de nossas tarefas, e ele, então, diz que, regra geral, a criança excepcional é o suicida reencarnado, reencarnado depois de um suicídio recente, porque a pessoa quando pensa que se aniquila, está apenas estragando ou perdendo a roupa que a Providência Divina permite de que ela se sirva durante a existência, que é o corpo físico.

A verdade é que ela em si é um corpo espiritual; então, os remanescentes do suicídio acompanham a criatura que praticou a autodestruição para a vida do Mais Além.

Lá ela se demora algum tempo amparada por amigos que toda criatura tem, afeições por toda parte, mas volta à Terra com os remanescentes que ela levou daqui mesmo, após o suicídio.

Se uma pessoa espatifou o crânio e se o projétil atingiu o centro da fala, ela volta com a mudez. Se atingiu apenas o centro da visão, ela volta cega, mas se atingiu determinadas regiões mais complexas do cérebro, ela vem em plena idiotia e aí os centros fisiológicos não funcionam.

A Endocrinologia teria de fazer um capítulo especial para estudar uma criança surda, muda, cega, paralítica, porque aí a criatura feriu a vida no santuário da vida que é a parte mais delicada do cérebro.

Se ela suicidou-se, mergulhando-se em águas profundas, ela vem com a disposição para o enfisema, um enfisema infantil ou da mocidade, ou dos primeiros dias da vida.

Se ela, por exemplo, se enforcou, ela vem com a paraplegia, depois de uma simples queda que toda criança cai do colo da ama, do colo da mãezinha; então, quando o processo é de enforcamento, a vértebra que foi deslocada, no enforcamento, vem mais fraca e, numa simples queda, a criança é acometida pela paraplegia.
E nós vamos por aí.

Outras crianças que vêm completamente perturbadas; a esquizofrenia, por exemplo, diz-se que é o suicídio, depois do homicídio. O complexo de culpa adquire dimensões tamanhas que o quimismo do cérebro se modifica e vem a esquizofrenia como uma doença verificável, porque através dos líquidos expelidos pelo corpo é possível detectar os princípios da esquizofrenia.

Mas a esquizofrenia é o homicida que se fez suicida, porque o complexo de culpa é tão grande, o remorso é tão terrível que aquilo se reflete na própria vida física da criatura durante algum tempo ou muito tempo.

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Entrevista ao Programa de Hebe Camargo, com a participação de Nair Bello - TV Bandeirantes, 20 de dezembro de 1985
Emmanuel
Francisco Cândido Xavier
Obra: Jesus em nós
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quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Conclusão espírita


 Ante o serviço da seara espírita cristã, há quem recue, alegando carregar consigo excessiva carga de defeitos e imperfeições.

Entretanto, ponderemos:

 Se tivéssemos resolvido todos os nossos problemas da vida externa…

 Se todos os nossos conflitos interiores quedassem extintos…

Se fôssemos Espíritos tão elevados que só atraíssemos criaturas enobrecidas…

 Se houvéssemos pago todos os débitos de nossas existências passadas, a ponto de conservarmos em nosso grupo afetivo ou doméstico apenas amigos de eleição…

Se vivêssemos inatingíveis a desejos inferiores…

Se guardássemos conosco todos os valores da educação…

 Se estivéssemos tão intimamente unidos ao poder do bem, que não considerássemos, de modo algum, a existência do mal, ainda mesmo quando o mal nos fustigue…

Se possuíssemos uma fé absoluta…

Se amássemos a todos os nossos irmãos, quaisquer que sejam, como Jesus nos amou…

Se já fôssemos tão humildes, que conseguíssemos atribuir unicamente a Deus a autoria e a posse dos bens de que sejamos depositários e instrumentos na vida, reservando para nós simplesmente o privilégio do dever retamente cumprido…

 Decerto que o esforço espiritual cristão, em nosso caminho, careceria de significado, porquanto a nossa presença em serviço não seria no clima da Terra, mas sim na cúpula da Direção Divina do Mundo, em plena glória celestial.

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Albino Teixeira
Chico Xavier
Obra: Paz e renovação
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12 de janeiro

Quando uma criancinha que está aprendendo a andar cai, ela não se desencoraja, mas levanta e tenta vezes seguidas até dominar a arte de andar.

O mesmo acontece com a vida espiritual.

Não permita, em nenhum momento, que aparentes derrotas desencorajem seu progresso no caminho espiritual. Se você cair, simplesmente levante-se e tente outra vez.

Não se contente em ficar mergulhado em autopiedade, dizendo que não dá para continuar e que a vida é muito difícil.

Sua atitude deve ser sempre de absoluta certeza interior que, depois que seus pés estiverem firmes no caminho espiritual, você atingirá sua meta no final, não importando os obstáculos que você encontrar no percurso.

Você descobrirá que o tempo que você passar sozinho em silêncio vai recarregá-lo espiritualmente e ajudá-lo a encarar o que aparecer à sua frente sem hesitação ou temor.

É por isso que o tempo que você passa coMigo cada manhã fortifica-o para o que quer que seja que o dia possa trazer.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Injúrias e violências

Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra. (S. MATEUS, cap. V, v. 4.)

Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. (Id., v. 9.)
Sabeis que foi dito aos antigos: Não matareis e quem quer que mate merecerá condenação pelo juízo. — Eu, porém, vos digo que quem quer que se puser em cólera contra seu irmão merecerá condenado no juízo; que aquele que disser a seu irmão: Raca, merecerá condenado pelo conselho; e que aquele que lhe disser: És louco, merecerá condenado ao fogo do inferno. (Id., vv. 21 e 22.)

Por estas máximas, Jesus faz da brandura, da moderação, da mansuetude, da afabilidade e da paciência, uma lei. Condena, por conseguinte, a violência, a cólera e até toda expressão descortês de que alguém possa usar para com seus semelhantes. Raca, entre os hebreus, era um termo desdenhoso que significava homem que não vale nada, e se pronunciava cuspindo e virando para o lado a cabeça. Vai mesmo mais longe, pois que ameaça com o fogo do inferno aquele que disser a seu irmão: És louco.

Evidente se torna que aqui, como em todas as circunstâncias, a intenção agrava ou atenua a falta; mas, em que pode uma simples palavra revestir-se de tanta gravidade que mereça tão severa reprovação? É que toda palavra ofensiva exprime um sentimento contrário à lei do amor e da caridade que deve presidir às relações entre os homens e manter entre eles a concórdia e a união; é que constitui um golpe desferido na benevolência recíproca e na fraternidade que entretém o ódio e a animosidade; é, enfim, que, depois da humildade para com Deus, a caridade para com o próximo é a lei primeira de todo cristão.

Mas, que queria Jesus dizer por estas palavras: “Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra”, tendo recomendado aos homens que renunciassem aos bens deste mundo e havendo-lhes prometido os do céu?
Enquanto aguarda os bens do céu, tem o homem necessidade dos da Terra para viver. Apenas, o que ele lhe recomenda é que não ligue a estes últimos mais importância do que aos primeiros.

Por aquelas palavras quis dizer que até agora os bens da Terra são açambarcados pelos violentos, em prejuízo dos que são brandos e pacíficos; que a estes falta muitas vezes o necessário, ao passo que outros têm o supérfluo. Promete que justiça lhes será feita, assim na Terra como no céu, porque serão chamados filhos de Deus. Quando a Humanidade se submeter à lei de amor e de caridade, deixará de haver egoísmo; o fraco e o pacífico já não serão explorados, nem esmagados pelo forte e pelo violento. Tal a condição da Terra, quando, de acordo com a lei do progresso e a promessa de Jesus, se houver tornado mundo ditoso, por efeito do afastamento dos maus.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IX, itens 1 a 5.)
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NÃO TE ENGANES


A cólera complica.

O desespero agrava.

A revolta perturba.

O ódio fragiliza.

A descrença entorpece.

A intolerância agride.

É na força do mal que o próprio mal se espalha.

Ante o incêndio que lavra, traze o teu balde d'água.

A treva se combate acendendo uma luz.

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Irmão José
Carlos Baccelli
Obra: Pão da Alma
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Rejubila-te sempre


Mesmo em provas difíceis,
Rejubila-te e serve.

A natureza em tudo
É um cântico de amor.

Cada flor é um poema,
Toda fonte é bondade.

O Sol, cada manhã,
É uma explosão de luz.

Dor é apenas estrada
Para as horas felizes.

A alegria na vida
É presença de Deus.

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Emmanuel
Chico Xavier
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Relações afetivas


1- Pergunta: Minha irmã conheceu meu companheiro primeiro do que eu. Falavam sempre a meu respeito. Nós nos conhecemos e estamos juntos até hoje; só que ela não se conforma com isso e vive a me agredir. Existe alguma explicação para isto, sob o ponto de vista espírita?

Resposta: Os relacionamentos entre as pessoas são marcados pela existência ou não da afinidade entre elas, o que pode ser uma decorrência das vidas pretéritas.

Entretanto, é imprescindível que vejamos o nosso próprio posicionamento na situação. Os outros agem quanto a nós, muitas vezes, devido à forma que agimos para com eles. Desse modo, para modificarmos o comportamento dos outros, é preciso que nos modifiquemos interiormente. A paciência, o perdão, a palavra amiga, o auxílio sincero, a humildade e o amor são modificadores excelentes do relacionamento humano.

Devemos lembrar, ainda, que nosso destino é construído e transformado a cada minuto, de acordo com o que pensamos e agimos.

2- Pergunta: Gostaria de saber por que me sinto ao mesmo tempo feliz e infeliz ao lado de uma mesma pessoa? Gostaria de livrar-me desse tormento.

Resposta: Existe uma série de fatores que influenciam positiva ou negativamente no relacionamento humano. Assim como também são vários os motivos que nos fazem sentir atração por outras pessoas, e muitas vezes não se encontra reciprocidade da outra parte.

É certo que somente com muito amor é que conseguimos vencer as barreiras que se nos apresentam na maioria dos relacionamentos. Equilíbrio, força de vontade e, principalmente, muita oração são os melhores remédios, pois a prece nos fortalece os propósitos e nos dá forças para vencer os obstáculos.

3- Pergunta: Não concordo com a resposta que se casamos errado devemos permanecer nesta relação; sou a favor do divórcio, no caso do sentimento acabar. O que me diz?

Resposta: No Evangelho Segundo o Espiritismo encontramos o seguinte: “O divórcio separa legalmente o que já, de fato, está separado. Não havendo afeição mútua, a única determinante do casamento, a separação tornar-se-á necessária.”

Não devemos, entretanto, tomar decisão precipitada quando houver desavença no casamento. E necessário que busquemos resolver todas as diferenças, a fim de tornar a convivência harmoniosa. Se simplesmente considerar-se que a união foi um erro, talvez estejamos incorrendo num erro ainda maior em efetivando-se a separação.

4- Pergunta: Se uma pessoa é ameaçada de morte pelo cônjuge por saber de atos ilícitos, deve ela se divorciar? E caso não se divorcie, na Espiritualidade, será considerada suicida?

Resposta: Quem sofre a violência de alguém não é considerado um suicida, porque não atenta deliberadamente contra si mesmo.

Quando convivemos com alguém violento e doente das emoções, devemos ter cuidado com nossas palavras e atitudes, que podem desencadear processos graves de perturbação e até mesmo crimes.

Seria importante que ambos (ou somente o lado ameaçado) buscassem ajuda psicológica e espiritual, para uma conversa franca, que resultasse em consenso das necessidades e opções de cada um.

Com certeza, as forças do Bem operam em favor de uma solução de paz.

5- Pergunta: Sabemos que o casamento é uma provação, um caminho para a evolução, um contrato realizado no Plano Espiritual. E quanto ao namoro?

Resposta: Namoro é tempo de conhecer nosso próprio coração, testar nossas emoções e anseios em contato com outra alma, que pode ou não ser aquela com quem caminharemos mais tempo.

Namoro implica em confiança, afeto, alegre companheirismo e responsabilidade com o sentimento alheio.

6- Pergunta: Já foi dito que não existe o casal perfeito por ser desperdício de encarnação. No entanto, na fase de namoro, tem-se a impressão de que o outro é a pessoa perfeita. Por que não conseguimos manter na vida de casado a harmonia existente no namoro?

Resposta: Enquanto o namoro constitui-se numa fase de “êxtase” de uma relação afetiva, o casamento consagra um processo de conhecimento e respeito recíproco das individualidades, culminando com a construção do “nós”.

As responsabilidades do dia a dia do casal muitas vezes trazem distúrbios à relação; mas aqueles que vigiam na prática evangélica do lar, encontram sempre o corretivo certo para suas desavenças.

Com Jesus no lar, sempre existirá harmonia.

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Emmanuel
Francisco Cândido Xavier
Obra: Plantão de respostas
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quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

Ensaio de compaixão


 E fiquei a pensar, indagando de mim própria quanto ao motivo de analisar, com tanta volúpia, os defeitos alheios…

 Se notícias de um delito espetacular me alcançassem os ouvidos, fixava-me na busca de pormenores da ocorrência, a fim de desenhar na memória a figura do agressor;

 se algum problema de sovinice me viesse ao conhecimento, procurava as causas do desajuste para reprovar intimamente quem estivesse cultivando a cobiça;

 se algum desequilíbrio emotivo aparecesse, alterando negativamente essa ou aquela pessoa, empenhava-me a conhecer o portador de semelhante irregularidade, de modo a evitar-lhe a presença;

 se algum distúrbio, surgisse, complicando grupos sociais, mentalizava-lhe as origens, para censurar aqueles que o provocassem prejudicando o caminho de muita gente.

 — Por que — perguntava a mim mesma — essa inclinação para condenar instintivamente os outros, sem a menor consideração? Por que me arraigar no mal se conhecia a estrada do bem?

 Foi quando um mentor amigo acorreu em meu socorro e observou:

— Filha, o aperfeiçoamento é a obra de muito esforço em longo tempo. Já passei pelo hábito das indagações inúteis e só consegui a superação desejada, colocando-me no lugar dos irmãos que supomos errados.

 E prosseguiu, depois de pequeno intervalo:

— Qual seria o seu comportamento, se visse o assassinato de um filho, sob os seus próprios olhos?

 Como reagiria você perante uma filha que trocasse a tranquilidade do lar pelas aventuras infelizes?

Como procederia você, a fim de proteger vários filhos pequeninos com o esposo em penúria, dentro de longo período de hospitalização?

 E se um obsessor com larga força de afinidade sobre o seu psiquismo, a induzisse, através de hipnoses reiteradas à degradação de si própria, o que faria?

 Ante o meu silêncio, o amigo aditou:

— Pensemos por nós mesmos. Certamente as Leis de Deus nos concedem facilidades para julgar as nódoas alheias, a fim de observarmos as nossas próprias fraquezas, aprendendo compreensão e misericórdia, de maneira a nos corrigir sem exercícios difíceis de suportar…

O instrutor despediu-se, sorrindo, e concluí que, pela Bondade do Senhor, ali tivera, no chamado “Mais Além”, o meu primeiro ensaio de compaixão.

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Meimei
Chico Xavier
Obra: Esperança e vida
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11 de janeiro

São muitos os caminhos, mas a meta é uma só.

Para atingir essa meta existem caminhos fáceis e caminhos difíceis.

Existe a estrada reta e a estrada sinuosa que passa por muitos atalhos antes de chegar lá.

A escolha é sempre do indivíduo.

Você é absolutamente livre para escolher seu próprio caminho.

Portanto, procure e siga o seu, mesmo que no fim você perceba que desperdiçou tempo seguindo pela estrada sinuosa quando poderia facilmente ter tomado a estrada reta.

Você sabe para onde está indo e o que está fazendo?

Você sabe que está no lugar certo e em paz consigo mesmo?

É importante que você questione o seu coração e descubra, porque você não pode dar o melhor de si mesmo se você não estiver no seu lugar certo, fazendo com alegria e amor o que você sabe que deveria estar fazendo.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

A ingratidão dos filhos e os laços de família (II)

Ó espíritas! compreendei agora o grande papel da Humanidade; compreendei que, quando produzis um corpo, a alma que nele encarna vem do espaço para progredir; inteirai-vos dos vossos deveres e ponde todo o vosso amor em aproximar de Deus essa alma; tal a missão que vos está confiada e cuja recompensa recebereis, se fielmente a cumprirdes. Os vossos cuidados e a educação que lhe dareis auxiliarão o seu aperfeiçoamento e o seu bem-estar futuro.

Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe perguntará Deus: Que fizestes do filho confiado à vossa guarda? Se por culpa vossa ele se conservou atrasado, tereis como castigo vê-lo entre os Espíritos sofredores, quando de vós dependia que fosse ditoso. Então, vós mesmos, assediados de remorsos, pedireis vos seja concedido reparar a vossa falta; solicitareis, para vós e para ele, outra encarnação em que o cerqueis de melhores cuidados e em que ele, cheio de reconhecimento, vos retribuirá com o seu amor.

Não escorraceis, pois, a criancinha que repele sua mãe, nem a que vos paga com a ingratidão; não foi o acaso que a fez assim e que vo-la deu. Imperfeita intuição do passado se revela, do qual podeis deduzir que um ou outro já odiou muito, ou foi muito ofendido; que um ou outro veio para perdoar ou para expiar. Mães! abraçai o filho que vos dá desgostos e dizei convosco mesmas: Um de nós dois é culpado. Fazei-vos merecedoras dos gozos divinos que Deus conjugou à maternidade, ensinando aos vossos filhos que eles estão na Terra para se aperfeiçoar, amar e bendizer. Mas oh! muitas dentre vós, em vez de eliminar por meio da educação os maus princípios inatos de existências anteriores, entretêm e desenvolvem esses princípios, por uma culposa fraqueza, ou por descuido, e, mais tarde, o vosso coração, ulcerado pela ingratidão dos vossos filhos, será para vós, já nesta vida, um começo de expiação.

A tarefa não é tão difícil quanto vos possa parecer. Não exige o saber do mundo. Podem desempenhá-la assim o ignorante como o sábio, e o Espiritismo lhe facilita o desempenho, dando a conhecer a causa das imperfeições da alma humana.

Desde pequenina, a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz da sua existência anterior. A estudá-los devem os pais aplicar-se. Todos os males se originam do egoísmo e do orgulho. Espreitem, pois, os pais os menores indícios reveladores do gérmen de tais vícios e cuidem de combatê-los, sem esperar que lancem raízes profundas. Façam como o bom jardineiro, que corta os rebentos defeituosos à medida que os vê apontar na árvore. Se deixarem se desenvolvam o egoísmo e o orgulho, não se espantem de serem mais tarde pagos com a ingratidão. Quando os pais hão feito tudo o que devem pelo adiantamento moral de seus filhos, se não alcançam êxito, não têm de que se inculpar a si mesmos e podem conservar tranqüila a consciência. À amargura muito natural que então lhes advém da improdutividade de seus esforços, Deus reserva grande e imensa consolação, na certeza de que se trata apenas de um retardamento, que concedido lhes será concluir noutra existência a obra agora começada e que um dia o filho ingrato os recompensará com seu amor.

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(Cap. XIII, nº 19.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIV, item 9.)
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NÃO TE EXPONHAS



Evita compromissos que te induzam à ruptura com os princípios que te norteiam os passos na vida.

Não empenhes a tua palavra no que não possas ou não devas cumprir.

Se já possuis o hábito de pensar antes de tomar uma decisão, pensa de novo no que pretendes fazer.

Nem sempre poderás voltar atrás de imediato, no caminho em que te embrenhas.

Diminutas concessões à invigilância são mais que suficientes para que a mente se vincule à sugestão sistemática das trevas.

Não te suponhas forte o bastante para desafiar o perigo que te espreita os menores movimentos.

Resiste à tentação como quem sabe que a ela poderá sucumbir, atraiçoado por si mesmo.

Os que avançam com cuidado e prudência são os que menos tropeçam e caem.

Em qualquer situação delicada, considera, pois, a hipótese de tua fragilidade e não te exponhas a ela sem o concurso da prece.

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Irmão José
Carlos Baccelli
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Os benefícios da humildade


A humildade é uma virtude relacionada ao reconhecimento de nossas limitações.

Embora poucos saibamos, não se trata de virtude estudada apenas nos campos da religiosidade e da filosofia.

Estudos existem a seu respeito, no campo científico.

Pesquisas, no âmbito da educação, demonstram que a humildade promove bem-estar físico, psicológico, social e espiritual para aquele que a desenvolve.

Isso porque ela proporciona alívio nas preocupações e no sentimento de vulnerabilidade.

Também gera uma diminuição da ansiedade, da depressão e das fobias sociais.

Afirmam esses estudos que essa virtude está relacionada à sabedoria que temos de que não possuímos todo o conhecimento.

Esse reconhecimento nos possibilita a compreensão das nossas limitações.

Não se trata, no entanto, de uma virtude passiva. Ao contrário, é ativa, pois ao reconhecermos que não sabemos tudo, nos colocamos em uma postura de querer e buscar novos conhecimentos.

Segundo os pesquisadores, no campo educacional, a humildade, quando estimulada nos alunos, permite que eles queiram sempre aprender mais, posto que são sabedores das limitações de seus conhecimentos.

Ao reconhecer suas debilidades, se posicionam desejando a própria melhoria e desenvolvimento.

Igualmente há reflexo na relação com seus professores, desde que se dispõem a uma maior aceitação dos ensinos que lhes são transmitidos.

Identificando nos professores aqueles que podem repassar novos conhecimentos, gera uma relação de maior respeito e reciprocidade.

Por sua vez, pesquisas no campo da psicologia demonstram que a prática da humildade facilita o desenvolvimento da compaixão, do perdão, do respeito e da autoestima.

E, por possibilitar o surgimento desses bons sentimentos, ela inibe o desenvolvimento da arrogância, do narcisismo e do orgulho.

Façamos um breve intervalo e nos questionemos se já desenvolvemos em nós a humildade. Ou se precisamos investir nisso.

Iniciemos revendo nossos comportamentos e atitudes.

Temos consciência de que não somos os que sabemos tudo a respeito de tudo?

Em síntese: Sabemos reconhecer nossas limitações nas diversas áreas do saber, do conhecimento?

Somos daqueles que nos colocamos como os que criticam os demais pelo uso incorreto da fala, da escrita, do que apresentam como suas conquistas pessoais?

Ou somos os que nos apresentamos dispostos a querer saber mais, a aprofundar nossos estudos, a aprender com o outro?

O nosso exercício para o desenvolvimento da humildade deve iniciar, no campo mais propício e, ao mesmo tempo, promissor: nosso lar.

Podemos nos dispor a aprender a cozinhar, arrumar uma mesa, passar a nossa roupa.

Podemos aprender um pouco de jardinagem, desde como plantar de forma adequada a semente, aos cuidados com a rega, com a poda.

Quanto bem-estar podemos promover em nossa família a partir de um comportamento mais humilde.

Depois, podemos ampliar o exercício dessa virtude para nossas relações sociais e de trabalho.

Que tal iniciarmos esses exercícios neste dia?

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por Momento Espírita
Redação do Momento Espírita, com base no artigo A humildade e a esperança: fatores de resiliência na práxis humana?, de Joana Freitas e Maria Helena Martins, da Revista Omnia, abril 2015.
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