sábado, 31 de agosto de 2019

VACINAS DA ALMA E NO REINO DAS PALAVRAS



- Não grite.
Não permita que o seu modo de falar se transforme em agressão.

- Conserve a calma.
Ao falar, evite comentários ou imagens contrárias ao bem.

- Evite a maledicência.
Trazer assuntos infelizes à conversação, lamentando ocorrências que já se foram, é requisitar a poeira de caminhos já superados, complicando paisagens alheias.

- Abstenha-se de todo adjetivo desagradável para pessoas, coisas e circunstâncias.
Atacar alguém será destruir hoje o nosso provável benfeitor de amanhã.

- Use a imaginação sem excesso.
Não exageres sintomas ou deficiências com os fracos ou doentes, porque isso viria fazê-los mais doentes e mais fracos.

- Responda serenamente em toda questão difícil.
Na base da esperança e bondade, não existe quem não possa ajudar conversando.

- Guarde uma frase sorridente e amiga para toda situação inevitável.
Da mente aos lábios, temos um trajeto controlável para as nossas manifestações.

- Fuja a comparações, a fim de que seu verbo não venha a ferir.
Por isso, tão logo a idéia negativa nos alcance a cabeça, arredemo-la, porque um pensamento pode ser substituído, de imediato, no silêncio do espírito, mas a palavra solta é sempre um instrumento ativo em circulação.

Recorde que Jesus legou o Evangelho, exemplificando, 
mas conversando também.
*************************
ANDRÉ LUIZ
União das mensagens:
"Vacinas da Alma" e "No Reino da Palavra"
Dos livros "Busca e Acharás" e “Aulas da Vida” 



MENSAGEM DO ESE:

O suicídio e a loucura (II)

A incredulidade, a simples dúvida sobre o futuro, as idéias materialistas, numa palavra, são os maiores incitantes ao suicídio; ocasionam a covardia moral. Quando homens de ciência, apoiados na autoridade do seu saber, se esforçam por provar aos que os ouvem ou lêem que estes nada têm a esperar depois da morte, não estão de fato levando-os a deduzir que, se são desgraçados, coisa melhor não lhes resta senão se matarem? Que lhes poderiam dizer para desviá-los dessa conseqüência? Que compensação lhes podem oferecer? Que esperança lhes podem dar? Nenhuma, a não ser o nada. Daí se deve concluir que, se o nada é o único remédio heróico, a única perspectiva, mais vale buscá-lo imediatamente e não mais tarde, para sofrer por menos tempo.

A propagação das doutrinas materialistas é, pois, o veneno que inocula a idéia do suicídio na maioria dos que se suicidam, e os que se constituem apóstolos de semelhantes doutrinas assumem tremenda responsabilidade. Com o Espiritismo, tornada impossível a dúvida, muda o aspecto da vida. O crente sabe que a existência se prolonga indefinidamente para lá do túmulo, mas em condições muito diversas; donde a paciência e a resignação que o afastam muito naturalmente de pensar no suicídio; donde, em suma, a coragem moral.
********************************
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 16.)



sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Teu tijolo de amor


És uma parcela do Infinito Amor, no rumo da Perfeição Infinita; e o primeiro sinal de que reconheces a excelsitude do teu destino é o esquecimento de ti mesmo, a benefício dos outros.

 Por mais áspero seja o caminho, segue, pois, amando e servindo.

  Não enumeres sacrifícios, nem contes dificuldades. A glória da vida é doação permanente.

  A estrela te envia luz, varando os empeços da sombra, e a raiz da planta que te estende a bênção do fruto é constrangida a morar no limo do solo, a fim de sobreviver.

  Não faltes ao amor que nunca te falta.

  O objetivo fundamental de nossa presença, em qualquer estância do Universo, é o serviço que possamos prestar.

  Paixões e ilusões que nos conturbem as horas, e mágoas ou provas que nos calcinem os sentimentos, afiguram-se convulsões necessárias no mundo de nossa alma em transformação e burilamento. 8 Pairando muito além de semelhantes calamidades, permanece imperecível o bem que distribuíste, como sendo a tua riqueza eterna.

  Raciocina e enternece-te. Pensa e auxilia.

 Registrarás o verbo equívoco dos que se transviam temporariamente, asseverando que o mundo pertence aos que se façam bastante fortes na astúcia ou na opressão, que a bondade é um conceito perdido no trabalho da moderna civilização, mas seguirás adiante, compreendendo que ninguém confunde a justiça, ainda que se creia sob o manto ilusório da impunidade, e que o progresso material, sem amor que lhe garanta o equilíbrio, mais não é que uma exibição de poder, endereçada ao campo de cinza.

  Vive em tua época. Esforça-te e realiza, alegra-te e sofre com os teus contemporâneos; todavia, de quando em quando, recolhe-te ao abrigo da consciência e escuta as antigas verdades sempre novas que te anunciam o Reino de Deus!…   Para reformulá-las, os Espíritos do Senhor se espalham presentemente no planeta, constituindo legiões…   Eles nos ensinam — a nós, os tarefeiros encarnados e desencarnados da seara enorme — que o ódio será banido das nações, que o egoísmo desaparecerá da Terra, que a ciência instruirá a ignorância, que a compaixão converterá todos os cárceres em sanatórios e que a educação espiritual extinguirá todos os focos de delinquência!…    Para isso, no entanto, eles te rogam o tijolo de trabalho e de amor que possas oferecer à sublime edificação.

 Ama e serve sempre.

 Tudo o que te aflige ou te espanta, nas conquistas da inteligência de hoje, representa ensaio da supercultura de que o mundo amanhã aproveitará o que seja melhor, e, acima de todas as legendas que gritam ainda agora por fraternidade e reivindicação, ouviremos como proclamação mais alta a palavra de Jesus, no apelo inesquecível: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.”  
*****************************
Emmanuel
Chico Xavier





MENSAGEM DO ESE:

Ninguém poderá ver o Reino de Deus se não nascer de novo

Jesus, tendo vindo às cercanias de Cesaréia de Filipe, interrogou assim seus discípulos: “Que dizem os homens, com relação ao Filho do Homem? Quem dizem que eu sou?” — Eles lhe responderam: “Dizem uns que és João Batista; outros, que Elias; outros, que Jeremias, ou algum dos profetas.” — Perguntou-lhes Jesus: “E vós, quem dizeis que eu sou?” — Simão Pedro, tomando a palavra, respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” — Replicou-lhe Jesus: “Bem-aventurado és, Simão, filho de Jonas, porque não foram a carne nem o sangue que isso te revelaram, mas meu Pai, que está nos céus.” (S. Mateus, cap. XVI, vv. 13 a 17; S. Marcos, cap. VIII, vv. 27 a 30.)

Nesse ínterim, Herodes, o Tetrarca, ouvira falar de tudo o que fazia Jesus e seu espírito se achava em suspenso — porque uns diziam que João Batista ressuscitara dentre os mortos; outros que aparecera Elias; e outros que uns dos antigos profetas ressuscitara. — Disse então Herodes: “Mandei cortar a cabeça a João Batista; quem é então esse de quem ouço dizer tão grandes coisas?” E ardia por vê-lo. (S. Marcos, cap. VI, vv. 14 a 16; S. Lucas, cap. IX, vv. 7 a 9.)

(Após a transfiguração.) Seus discípulos então o interrogam desta forma: “Por que dizem os escribas ser preciso que antes volte Elias?” — Jesus lhes respondeu: “É verdade que Elias há de vir e restabelecer todas as coisas: — mas, eu vos declaro que Elias já veio e eles não o conheceram e o trataram como lhes aprouve. É assim que farão sofrer o Filho do Homem.” — Então, seus discípulos compreenderam que fora de João Batista que ele falara. (S. Mateus, cap. XVII, vv. 10 a 13; — S. Marcos, cap. IX, vv. 11 a 13.)
A reencarnação fazia parte dos dogmas dos judeus, sob o nome de ressurreição. Só os saduceus, cuja crença era a de que tudo acaba com a morte, não acreditavam nisso. As idéias dos judeus sobre esse ponto, como sobre muitos outros, não eram claramente definidas, porque apenas tinham vagas e incompletas noções acerca da alma e da sua ligação com o corpo. Criam eles que um homem que vivera podia reviver, sem saberem precisamente de que maneira o fato poderia dar-se. Designavam pelo termo ressurreição o que o Espiritismo, mais judiciosamente, chama reencarnação. Com efeito, a ressurreição dá idéia de voltar à vida o corpo que já está morto, o que a Ciência demonstra ser materialmente impossível, sobretudo quando os elementos desse corpo já se acham desde muito tempo dispersos e absorvidos.

A reencarnação é a volta da alma ou Espírito à vida corpórea, mas em outro corpo especialmente formado para ele e que nada tem de comum com o antigo. A palavra ressurreição podia assim aplicar-se a Lázaro, mas não a Elias, nem aos outros profetas. Se, portanto, segundo a crença deles, João Batista era Elias, o corpo de João não podia ser o de Elias, pois que João fora visto criança e seus pais eram conhecidos. João, pois, podia ser Elias reencarnado, porém, não ressuscitado.
*******************************
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IV, itens 1 a 4.)



quinta-feira, 29 de agosto de 2019

O FLAGELO SOCIAL DO SUICÍDIO



O suicídio é um grande flagelo social. Já são conhecidos seus efeitos sociais, na família que fica e nos desdobramentos sofridos pelos que a ele se entregam.

As descrições mediúnicas, pela psicografia ou pela psicofonia, notadamente após o lançamento do grande livro Memórias de Um Suicida(1), trazido pela mediunidade de Yvonne do Amaral Pereira, que se traduz num verdadeiro tratado sobre o tema, o suicídio é uma grande preocupação e motivo de aflição, com necessidade de que busquemos estudá-lo e compreendê-lo – até para poder ajudar em sua prevenção.

Pela quantidade diária de ocorrências no Planeta, deve merecer nossa atenção para providências que atenuem essa tendência, despertando a mentalidade humana para o valor da vida, de sua preservação.

Estudiosos espíritas, escritores e palestrantes, médiuns e grupos de estudo estão sempre às voltas com o tema, trazendo explicações bem estruturadas e argumentos sólidos que projetem mais reflexão junto às variadas classes sociais, para que esse mal seja banido da sociedade.

E Chico [Xavier], em diferentes ocasiões, respondeu sobre o tema. Tanto a pergunta quanto a resposta selecionadas do livro Encontros no Tempo(2) para o presente trabalho são bem compactas, mas merecem ser trazidas para ampliar essa reflexão. O médium foi indagado desta forma:

— Se você dispusesse de alguns breves instantes para falar a uma pessoa prestes a suicidar-se, que diria a essa pessoa?

A própria pergunta está muito bem elaborada e desperta atenção pela objetividade de uma situação a que todos podemos enfrentar: estar diante de alguém que ameaça suicidar-se. Imagine o leitor dispor de alguns breves instantes para tentar ajudar alguém nessa situação.

E Chico respondeu com sabedoria. Note o leitor a conclusão da resposta:

— Diria imediatamente, qual já tenho feito em diversas ocasiões, que a morte não existe como extinção da vida e que convém a essa pessoa uma pausa para pensar nas próprias intenções, e revisá-las.

Note a sabedoria do final: “que convém a essa pessoa uma pausa para pensar nas próprias intenções, e revisá-las.”

Essa é uma necessidade geral, de todos nós, nas diferentes situações da vida.

Todos nós precisamos de uma pausa para pensar e revisar as próprias intenções. A recomendação amplia-se para diferentes situações e não se restringe a alguém prestes a suicidar-se. Mas, é claro, que o peso diante de uma pessoa com essa intenção é muito maior.

Farto material de estudo está disponível em O Livro dos Espíritos(3), questões 943 a 957. Busque-se, contudo, O Evangelho Segundo o Espiritismo(4), capítulo V, item 16, e encontrará: “(...) A propagação das ideias materialistas é, pois, o veneno que inocula, em um grande número de pessoas, o pensamento do suicídio (...)”, razão pela qual todos nós estamos conclamados a divulgar a noção geral da imortalidade da alma e da responsabilidade que trazemos perante a vida.
**********************************
Livro: Diante da Vida Com Chico Xavier
Orson Peter Carrara
IDE – Instituto de Difusão Espírita


Notas de Fernando Peron (junho de 2019):

(1) Memórias de Um Suicida. Yvonne A. Pereira (obra mediúnica). FEB – Federação Espírita Brasileira. Riquíssima de conteúdo sobre o Plano Espiritual e as Leis de Ação e Reação, é considerada uma das dez melhores obras espíritas do século XX.

(2) Encontros no Tempo. Francisco Cândido Xavier, por Espíritos Diversos, Hércio Marcos Cintra Arantes. IDE – Instituto de Difusão Espírita.

(3) O Livro dos Espíritos. Allan Kardec. Várias editoras.

(4) O Evangelho Segundo o Espiritismo. Allan Kardec. Várias editoras. 
*************************************************** 




MENSAGEM DO ESE:

Ação da prece. Transmissão do pensamento

A prece é uma invocação, mediante a qual o homem entra, pelo pensamento, em comunicação com o ser a quem se dirige. Pode ter por objeto um pedido, um agradecimento, ou uma glorificação. Podemos orar por nós mesmos ou por outrem, pelos vivos ou pelos mortos. As preces feitas a Deus escutam-nas os Espíritos incumbidos da execução de suas vontades; as que se dirigem aos bons Espíritos são reportadas a Deus. Quando alguém ora a outros seres que não a Deus, fá-lo recorrendo a intermediários, a intercessores, porquanto nada sucede sem a vontade de Deus.

O Espiritismo torna compreensível a ação da prece, explicando o modo de transmissão do pensamento, quer no caso em que o ser a quem oramos acuda ao nosso apelo, quer no em que apenas lhe chegue o nosso pensamento. Para apreendermos o que ocorre em tal circunstância, precisamos conceber mergulhados no fluido universal, que ocupa o espaço, todos os seres, encarnados e desencarnados, tal qual nos achamos, neste mundo, dentro da atmosfera. Esse fluido recebe da vontade uma impulsão; ele é o veículo do pensamento, como o ar o é do som, com a diferença de que as vibrações do ar são circunscritas, ao passo que as do fluido universal se estendem ao infinito. Dirigido, pois, o pensamento para um ser qualquer, na Terra ou no espaço, de encarnado para desencarnado, ou vice-versa, uma corrente fluídica se estabelece entre um e outro, transmitindo de um ao outro o pensamento, como o ar transmite o som.
A energia da corrente guarda proporção com a do pensamento e da vontade. É assim que os Espíritos ouvem a prece que lhes é dirigida, qualquer que seja o lugar onde se encontrem; é assim que os Espíritos se comunicam entre si, que nos transmitem suas inspirações, que relações se estabelecem a distância entre encarnados.

Essa explicação vai, sobretudo, com vistas aos que não compreendem a utilidade da prece puramente mística. Não tem por fim materializar a prece, mas tornar-lhe inteligíveis os efeitos, mostrando que pode exercer ação direta e efetiva. Nem por isso deixa essa ação de estar subordinada à vontade de Deus, juiz supremo em todas as coisas, único apto a torná-la eficaz.

Pela prece, obtém o homem o concurso dos bons Espíritos que acorrem a sustentá-lo em suas boas resoluções e a inspirar-lhe idéias sãs. Ele adquire, desse modo, a força moral necessária a vencer as dificuldades e a volver ao caminho reto, se deste se afastou. Por esse meio, pode também desviar de si os males que atrairia pelas suas próprias faltas. Um homem, por exemplo, vê arruinada a sua saúde, em conseqüência de excessos a que se entregou, e arrasta, até o termo de seus dias, uma vida de sofrimento: terá ele o direito de queixar-se, se não obtiver a cura que deseja? Não, pois que houvera podido encontrar na prece a força de resistir às tentações.
*****************************
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, itens 9 a 11.)





quarta-feira, 28 de agosto de 2019

CAPACIDADE DE DESAPEGO



O que verdadeiramente revela a tua capacidade de desprendimento não é doação material que faças aos mais necessitados…

Tampouco o que fores capaz de deixar em testamento a obras de benemerência social…

Nem a generosidade espontânea em auxiliar a quem te estender a mão na via pública…

Ou, ainda, o montante de tuas doações ao longo de toda a existência…

Além de todas as tuas importantes demonstrações de renúncia aos bens transitórios da vida, o que haverá de mostrar a tua real inclinação à difícil virtude do desapego sobre o que tens e o que és será a tua capacidade de perdoar.
************************************
Irmão José (psic. Carlos Baccelli – do livro “Pai, Perdoa-lhes!”)


 


MENSAGEM DO ESE:

Advento do Espírito de Verdade (IV)

Deus consola os humildes e dá força aos aflitos que lha pedem. Seu poder cobre a Terra e, por toda a parte, junto de cada lágrima colocou ele um bálsamo que consola. A abnegação e o devotamento são uma prece continua e encerram um ensinamento profundo. A sabedoria humana reside nessas duas palavras. Possam todos os Espíritos sofredores compreender essa verdade, em vez de clamarem contra suas dores, contra os sofrimentos morais que neste mundo vos cabem em partilha. Tomai, pois, por divisa estas duas palavras: devotamento e abnegação, e sereis fortes, porque elas resumem todos os deveres que a caridade e a humildade vos impõe. O sentimento do dever cumprido vos dará repouso ao espírito e resignação. O coração bate então melhor, a alma se asserena e o corpo se forra aos desfalecimentos, por isso que o corpo tanto menos forte se sente, quanto mais profundamente golpeado é o espírito. 

— O Espírito de Verdade. (Havre, 1863.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VI, item 8.)



terça-feira, 27 de agosto de 2019

PRECE DO ESFORÇO PRÓPRIO


É da lei do Senhor que a prece do esforço próprio obtenha resposta imediata da vida.

Educa a argila e a argila dar-te-á o vaso.

Guarda o vaso contra o lodo e o vaso ser-te-á prestimoso servidor.

Trabalha a madeira bruta e a madeira selvagem assegurar-te-á o asilo doméstico.

Mantém a higiene em tua casa e a casa abençoar-te-á a existência.

Ara o solo e terás a sementeira.

Auxilia a plantação e receberás o privilégio da colheita.

Vale-te da fonte com respeito e recolherás a água pura.

Cultiva a limpeza do líquido precioso e a água conferir-te-á equilíbrio e saúde.

Agimos com o desejo.

Reage a vida com a realização.

Não há caridade sem gentileza.

Não há fé sem boa vontade.

Não há esperança sem paciência.

Não há paz sem trabalho digno.

Usemos a chave do esforço próprio no bem de todos e o bem verdadeiro conduzir-nos-á para a vitória que nos propomos atingir.

O Criador responde à criatura através das próprias criaturas, até que a criatura lhe possa, um dia, refletir a Glória Sublime.

Articulemos incessantemente a oração do serviço ao próximo, pela ação constante no auxílio aos outros, e estaremos marchando para a felicidade indestrutível da comunhão com Deus.
*********************************
Livro: Preces e Orações
EMMANUEL
Francisco Cândido Xavier, por Espíritos Diversos
IDE – Instituto de Difusão Espírita


MENSAGEM DO ESE:

II – Missão do Homem Inteligente na Terra

13 – Não vos orgulheis por aquilo que sabeis, porque esse saber tem limites bem estreitos, no mundo que habitais. Mesmo supondo que sejais um das sumidades desse globo, não tendes nenhuma razão para vos envaidecer. Se Deus, nos seus desígnios, vos fez nascer num meio onde pudestes desenvolver a vossa inteligência, foi por querer que a usásseis em benefício de todos. 

Porque é uma missão que Ele vos dá, pondo em vossas mãos o instrumento com o qual podeis desenvolver, ao vosso redor, as inteligências retardatárias e conduzi-las a Deus. A natureza do instrumento não indica o uso que dele se deve fazer? A enxada que o jardineiro põe nas mãos do seu ajudante não indica que ele deve cavar? E o que diríeis se o trabalhador, em vez de trabalhar, erguesse a enxada para ferir o seu senhor? Diríeis que isso é horroroso, e que ele deve ser expulso. Pois bem, não se passa o mesmo com aquele que se serve da sua inteligência para destruir, entre os seus irmãos, a idéia da Providência? Não ergue contra o seu Senhor a enxada que lhe foi dada para preparar o terreno? Terá ele direito ao salário prometido, ou merece, pelo contrário, ser expulso do jardim? Pois o será, não o duvideis, e arrastará existências miseráveis e cheias de humilhação, até que se curve diante daquele a quem tudo deve.

A inteligência é rica em méritos para o futuro, mas com a condição de ser bem empregada. Se todos os homens bem dotados se servissem dela segundo os desígnios de Deus, a tarefa dos Espíritos seria fácil, ao fazerem progredir a humanidade. Muitos, infelizmente, a transformaram em instrumento de orgulho e de perdição para si mesmos. O homem abusa de sua inteligência, como de todas as suas faculdades, mas não lhe faltam lições, advertindo-o de que uma poderosa mão pode retirar-lhe o que ela mesma lhe deu.

****************************

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Os bons e os maus



Qual deve ser a postura dos que desejamos ser homens e mulheres de bem neste mundo irrequieto?
Certamente, aqueles que nos propomos a uma vida mais digna, mais interessada no bem comum, encontramos muitos desafios.

Há incompreensão, ingratidão e até indignação, por parte daqueles que pensam diferente.
Importante lembrar que não estamos em guerra uns com os outros. Estamos juntos buscando crescimento, evolução integral.

Assim, evitemos posturas separatistas, segregadoras e um tanto maniqueístas, que colocam de um lado bons e do outro os supostos maus.

No século III, o filósofo Mani ou Maniqueu, criou uma doutrina, que conhecemos sob o nome de Maniqueísmo, e que influenciou muitas correntes filosóficas e religiosas ao longo do tempo.

Segundo seus preceitos, há no mundo um dualismo eterno entre dois princípios opostos. De um lado o bem e de outro o mal, de um lado Deus e do outro o demônio.

Ainda conforme esse conceito, tudo que é matéria representa essencialmente o mal, enquanto o Espírito está ligado intrinsecamente ao bem.

A Doutrina Espírita nos deixa claro que a matéria é instrumento precioso de progresso, um importante meio de progredirmos.

Os desequilíbrios se dão quando nos ligamos, de forma excessiva ou quase exclusiva, ao que é apenas material e transitório.

Também nos ensina que não existe essa força poderosa oposta ao Criador, que lhe faz frente em igualdade. 
Afinal, Deus não criou nenhum ser destinado ao mal em sua essência.

O Universo e suas leis são bons, isto é, trabalham pela evolução de tudo e de todos.

O que seria então o mal? Esse mal que nos assombra os dias? Por que há tanta maldade em nós e naqueles que estão ao nosso redor?

Primeiro, importante saber que o bem é tudo o que está conforme a Lei de Deus. O mal, tudo o que é contrário. Assim, fazer o bem é proceder conforme a Lei Divina, que está inscrita na consciência humana. Fazer o mal é infringir essa Lei.

O mal é, portanto, uma infração à Lei natural. Consequentemente, toda ação maléfica gera a necessidade de correção, de ajuste.

O mal em nós não é eterno. Tem uma curta validade, uma vez que basta que nos esclareçamos um pouco mais, para que deixemos de praticá-lo intencionalmente.

Por isso, recebemos a inteligência, que nos compete desenvolver, pois é determinante para que saibamos distinguir melhor o que nos é bom e o que nos faz mal; o que é do bem comum e o que não é; o que está de acordo com as Leis Divinas e o que vai contra.

A opção pela infração é sempre pessoal. Os que somos maus o somos por vontade própria.

Então, precisamos educar a vontade. Esta é a razão de estarmos neste planeta: nos educarmos individual e mutuamente.
* * *
O sábio não critica o ignorante. Procura esclarecê-lo fraternalmente.
O iluminado não insulta o que anda em trevas. Busca, ao contrário, lhe iluminar o caminho.
O orientador não acusa o aprendiz. A ovelha insegura é a que mais reclama os cuidados do pastor.
O forte não culpa o fraco. Compromete-se a erguê-lo.
O cristão não odeia, nem fere. Segue ao Cristo, servindo ao mundo.

-----------------------------------------------------------------------------------
Redação do Momento Espírita, com base nas questões 629 a 646 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec, e no cap. 17, do livro Agenda Cristã, pelo Espírito André Luiz, psicografia de Francisco Cândido Xavier, ambos ed. FEB.
=================================================================
formatação e pesquisa: Milter - 25-08-2019





MENSAGEM DO ESE:

Mundos de expiações e provas


Que vos direi dos mundos de expiações que já não saibais, pois basta observeis o em que habitais? A superioridade da inteligência, em grande número dos seus habitantes, indica que a Terra não é um mundo primitivo, destinado à encarnação dos Espíritos que acabaram de sair das mãos do Criador. As qualidades inatas que eles trazem consigo constituem a prova de que já viveram e realizaram certo progresso. Mas, também, os numerosos vícios a que se mostram propensos constituem o índice de grande imperfeição moral. Por isso os colocou Deus num mundo ingrato, para expiarem aí suas faltas, mediante penoso trabalho e misérias da vida, até que hajam merecido ascender a um planeta mais ditoso.

Entretanto, nem todos os Espíritos que encarnam na Terra vão para aí em expiação. As raças a que chamais selvagens são formadas de Espíritos que apenas saíram da infância e que na Terra se acham, por assim dizer, em curso de educação, para se desenvolverem pelo contacto com Espíritos mais adiantados. Vêm depois as raças semicivilizadas, constituídas desses mesmos os Espíritos em via de progresso. São elas, de certo modo, raças indígenas da Terra, que aí se elevaram pouco a pouco em longos períodos seculares, algumas das quais hão podido chegar ao aperfeiçoamento intelectual dos povos mais esclarecidos.

Os Espíritos em expiação, se nos podemos exprimir dessa forma, são exóticos, na Terra; já tiveram noutros mundos, donde foram excluídos em conseqüência da sua obstinação no mal e por se haverem constituído, em tais mundos, causa de perturbação para os bons. Tiveram de ser degredados, por algum tempo, para o meio de Espíritos mais atrasados, com a missão de fazer que estes últimos avançassem, pois que levam consigo inteligências desenvolvidas e o gérmen dos conhecimentos que adquiriram. Daí vem que os Espíritos em punição se encontram no seio das raças mais inteligentes. Por isso mesmo, para essas raças é que de mais amargor se revestem os infortúnios da vida. É que há nelas mais sensibilidade, sendo, portanto, mais provadas pelas contrariedades e desgostos do que as raças primitivas, cujo senso moral se acha mais embotado.

A Terra, conseguintemente, oferece um dos tipos de mundos expiatórios, cuja variedade é infinita, mas revelando todos, como caráter comum, o servirem de lugar de exílio para Espíritos rebeldes à lei de Deus. Esses Espíritos tem aí de lutar, ao mesmo tempo, com a perversidade dos homens e com a inclemência da Natureza, duplo e árduo trabalho que simultaneamente desenvolve as qualidades do coração e as da inteligência. É assim que Deus, em sua bondade, faz que o próprio castigo redunde em proveito do progresso do Espírito.
***************************************
 – Santo Agostinho. (Paris, 1862.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. III, itens 13 a 15.)




domingo, 25 de agosto de 2019

Definições


Trabalha constantemente,
Se queres ser nobre e forte,
O braço estendido à inércia
Oculta o favor da sorte.


Ama o trabalho singelo
Em doces gestos risonhos.
Mais valem dois pés servindo
Que as asas de muitos sonhos.


Se alguém te insulta a ferir-te
O anseio de amor e paz,
Não lamentes, nem te irrites...
Calando-te, vencerás.


Ajuda quanto puderes,
Espalha a consolação,
Ninguém consegue escapar
Ao tempo de provação.


Em toda e qualquer contenda,
Com quem for, seja onde for,
Fugindo, discretamente,
Serás sempre o vencedor.


Muitos “poucos” reunidos
Levantam obra esmerada
Porque, ás vezes, poucos “muitos”
Acaba em luta e nada.


Vive acima da calunia
Em que a maldade se exprime.
Aos olhos tristes da inveja
A própria virtude é crime.


Fiscaliza as palavrinhas
De humilde e pequena brasa,
Começa a lavrar o incêndio
Que devora toda a casa.


Vais bem se atendes ao bem.
Quando a dúvida te invade.
A prudência vem de Cristo
Quando é sócia da bondade.


Ante os problemas dos outros
Emudece os lábios teus.
Em tudo sempre supomos
Mas quem sabe é sempre Deus.
****************************
pelo Espírito Casimiro - Do livro: Almas em Desfile, Médium: Francisco Cândido Xavier 



 
MENSAGEM DO ESE:

I – Limites da Encarnação

SÃO LUIS Paris, 1859

24 – Quais são os limites da encarnação? 

A encarnação não tem, propriamente falando, limites nitidamente traçados, se por isto se entende o envoltório que constitui o corpo do Espírito, pois a materialidade desse envoltório diminui à medida que o Espírito se purifica. Em certos mundos, mais avançados que a Terra, ele já se apresenta menos compacto, menos pesado e menos grosseiro, e conseqüentemente menos sujeito a vicissitudes. Num grau mais elevado, desmaterializa-se e acaba por se confundir com o perispírito. De acordo com o mundo a que o Espírito é chamado a viver, ele se reveste do envoltório apropriado à natureza desse mundo.

O perispírito mesmo sofre transformações sucessivas. Eteriza-se mais e mais, até a purificação completa, que constitui a natureza dos Espíritos puros. Se mundos especiais estão destinados, como estações, aos Espíritos mais avançados, estes não ficam sujeitos a eles, como nos mundos inferiores: o estado de libertação que já atingiram permite-lhes viajar para toda parte, onde quer que sejam chamados pelas missões que lhes foram confiadas.

Se considerarmos a encarnação do ponto de vista material, tal como a vemos na Terra, podemos dizer que ela se limita aos mundos inferiores. Depende do Espírito, portanto, libertar-se mais ou menos rapidamente da encarnação, trabalhando pela sua purificação.

Temos ainda a considerar que, no estado de erraticidade, ou seja, no intervalo das existências corporais, a situação do Espírito está em relação com a natureza do mundo a que o liga o seu grau de adiantamento. Assim, na erraticidade, ele é mais ou menos feliz, livre e esclarecido, segundo for mais ou menos desmaterializado. 

*********************

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO