sábado, 9 de março de 2019

10 Regras de como criar um delinquente

 

1. Comece na infância a dar ao seu filho tudo o que ele quiser.
Assim, quando crescer, ele acreditará que o mundo tem obrigação de lhe dar tudo o que deseja.
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2. Quando ele disser nomes feios, ache graça.
Isso o fará considerar-se interessante.
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3. Nunca lhe dê qualquer orientação religiosa.
Espere até que ele chegue aos 21 anos e "decida por si mesmo".
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4. Apanhe tudo o que ele deixar jogado: livros, sapatos, roupas.
 Faça tudo para ele, para que aprenda a jogar sobre os outros a responsabilidade.
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5. Discuta com frequência na presença dele.
Assim não ficará muito chocado quando o lar se desfizer mais tarde.
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6. Dê-lhe todo o dinheiro que ele quiser.
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7. Satisfaça todos os seus desejos de comida, bebidas e conforto.
 Negar pode acarretar frustrações prejudiciais.
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8. Tome o partido dele contra vizinhos, professores, policiais.
 (Todos têm má vontade para com seu filho).
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9. Quando ele se meter em alguma encrenca séria, dê esta desculpa:
 "Nunca consegui dominá-lo!"
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10. Prepare-se para uma vida de desgosto.
 É o seu merecido destino.
Ele foi criado livre e com maus costumes.
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 Eurípedes Kühl







MENSAGEM DO ESE:

Dai a César o que é de César


Os fariseus, tendo-se retirado, entenderam-se entre si para enredá-lo com as suas próprias palavras. — Mandaram então seus discípulos, em companhia dos herodianos, dizer-lhe: Mestre, sabemos que és veraz e que ensinas o caminho de Deus pela verdade, sem levares em conta a quem quer que seja, porque, nos homens, não consideras as pessoas. Dize-nos, pois, qual a tua opinião sobre isto: É-nos permitido pagar ou deixar de pagar a César o tributo? 
Jesus, porém, que lhes conhecia a malícia, respondeu:
Hipócritas, por que me tentais? Apresentai-me uma das moedas que se dão em pagamento do tributo. E, tendo-lhe eles apresentado um denário, perguntou Jesus: De quem são esta imagem e esta inscrição? — De César, responderam eles. Então, observou-lhes Jesus: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.
Ouvindo-o falar dessa maneira, admiraram-se eles da sua resposta e, deixando-o, se retiraram. (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 15 a 22. — S. MARCOS, cap. XII, vv. 13 a 17.)
A questão proposta a Jesus era motivada pela circunstância de que os judeus, abominando o tributo que os romanos lhes impunham, haviam feito do pagamento desse tributo uma questão religiosa. Numeroso partido se fundara contra o imposto. O pagamento deste constituía, pois, entre eles, uma irritante questão de atualidade, sem o que nenhum senso teria a pergunta feita a Jesus: “É-nos lícito pagar ou deixar de pagar a César o tributo?” Havia nessa pergunta uma armadilha. Contavam os que a formularam poder, conforme a resposta, excitar contra ele a autoridade romana, ou os judeus dissidentes. Mas “Jesus, que lhes conhecia a malícia”, contornou a dificuldade, dando-lhes uma lição de justiça, com o dizer que a cada um seja dado o que lhe é devido. 
Esta sentença: “Dai a César o que é de César”, não deve, entretanto, ser entendida de modo restritivo e absoluto. Como em todos os ensinos de Jesus, há nela um princípio geral, resumido sob forma prática e usual e deduzido de uma circunstância particular. Esse princípio é conseqüente daquele segundo o qual devemos proceder para com os outros como queiramos que os outros procedam para conosco. Ele condena todo prejuízo material e moral que se possa causar a outrem, toda postergação de seus interesses. Prescreve o respeito aos direitos de cada um, como cada um deseja que se respeitem os seus. Estende-se mesmo aos deveres contraídos para com a família, a sociedade, a autoridade, tanto quanto para com os indivíduos em geral.

 

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XI, itens 5 a 7.)

 

 

sexta-feira, 8 de março de 2019

Mulher



Oração à Mulher

 Missionária da vida.

Ampara o homem para que o homem te ampare.

Não te conspurques no prazer, nem te mergulhes no vício.

A felicidade na Terra depende de ti, como o fruto depende da árvore.

Mãe, sê o anjo do lar.

Esposa, auxilia sempre.

Companheira, acende o lume da esperança.

Irmã, sacrifica-te e ajuda.

Mestra, orienta o caminho.

Enfermeira, compadece-te.

Fonte sublime, se as feras do mal te poluíram as águas, imita a corrente cristalina que no serviço infatigável a todos, expulsa do próprio seio a lama que lhe atiram.

Por mais te aflija a dificuldade, não te confies à tristeza ou ao desânimo.

Lembra os órfãos, os doentes, os velhos e os desvalidos da estrada que esperam por teus braços e sorri com serenidade para a luta.

Deixa que o trabalho tanja as cordas celestes do teu sentimento para que não falte a música da harmonia aos pedregosos trilhos da existência terrestre.

Teu coração é uma estrela encarcerada.

Não lhe apagues a luz para que o amor resplandeça sobre as trevas.

Eleva-te, elevando-nos.

Não te esqueças de que trazes nas mãos a chave da vida porque a chave da vida é a Glória de Deus.
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Meimei
Chico Xavier





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O Livro da Paciência

Leiamos o livro da paciência e da resignação. As suas folhas são como a esperança e os caracteres inscritos nas suas páginas são lindos como se fossem confeccionados com pequeninas gotas estelíferas, assemelhando-se aos prantos salvadores.

As suas lições são úteis e proveitosas

Ensinam-nos tudo quanto pode nobilitar a esposa, a irmã e a mãe querida, elas preparam o coração da mulher que tem uma força misteriosamente prodigiosa para vencer os sofrimentos que arrebatam os espíritos dos lamaçais da terra para as paisagens deslumbrantes do firmamento constelado.

Sejamos, pois, resignados aos desígnios de Deus e humildes nas provações da terra.

Não podemos transformar tudo de um momento para o outro, porém, com a vontade Divina, conseguiremos vencer.

Onde não mais pudermos descerá dos céus a força precisa a nos dar esperança e amparo.  
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MARGARIDA
CHICO XAVIER

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O Homem e A Mulher

O homem é a mais elevada das criaturas;
A mulher é o mais sublime dos ideais.

O homem é o cérebro;
A mulher é o coração.
O cérebro fabrica a luz;
O coração, o AMOR.
A luz fecunda, o Amor ressuscita.

O homem é forte pela razão;
A mulher é invencível pelas lágrimas.
A razão convence, as lágrimas comovem.

O homem é capaz de todos os heroísmos;
A mulher, de todos os martírios.
O heroísmo enobrece, o martírio sublima.

O homem é um código;
A mulher é um evangelho.
O código corrige; o evangelho aperfeiçoa.

O homem é um templo; a mulher é o sacrário.
Ante o templo nos descobrimos;
Ante o sacrário nos ajoelhamos.

O homem pensa; a mulher sonha.
Pensar é ter , no crânio, uma larva;
Sonhar é ter , na fronte, uma auréola.

O homem é um oceano; a mulher é um lago.
O oceano tem a pérola que adorna;
O lago, a poesia que deslumbra.

O homem é a águia que voa;
A mulher é o rouxinol que canta.
Voar é dominar o espaço;
Cantar é conquistar a alma.

Enfim, o homem está colocado onde termina a terra;
A mulher, onde começa o céu.
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Victor Hugo
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Mulher Especial


Há mulheres que são especiais.

Em dadas circunstâncias, parecem princesas ou mesmo rainhas, pois encantam, fascinam e mostram ter poderes de tal modo expressivos, diante dos quais dobramos a cerviz.

Há ocasiões em que são como administradoras ou economistas, quando se põem a organizar a vida do lar, seus movimentos e despesas, tudo aquilo que se compra e o que se põe na mesa, para a fruição de todos. Conseguem, muitas vezes, ajuntar alguma quantia que sobra para momentos mais difíceis.

Quantas vezes se mostram como agentes de disciplina? Alteiam a voz, como quem dá voz de comando, ordenam, impactam com o tipo de inflexão que utilizam, e põem, dessa maneira, tudo e todos em seus devidos lugares, dentro de casa.

São quais colegas, quais colegiais, variadas vezes. Envolvem-se com os petizes, brincam, jogam com eles; riem-se deles e com eles, até o momento justo de estancar a brincadeira.

Mulheres há que se tornam médicas ou enfermeiras, diante das necessidades dos seus filhos. Acolhem-nos, preparam-lhes poções e chás diversos, e, muitas vezes contrariando as instruções formais, dão-lhes xaropes e pastilhas. Se enfermos, banham-nos, põem-nos em seus leitos, recobrem-nos, acalentam e vigiam, dias ou noites, dias e noites, até que retornem à saúde.

Mas, dentre essas mulheres incríveis, especiais de verdade, temos aquelas que reúnem todas essas habilidades: são mestras, são agentes disciplinares; são administradoras e economistas, enfermeiras, psicólogas, são médicas. São cozinheiras, lavadeiras, artesãs e fiandeiras. Conseguem ser governantas, serviçais e chegam a ser santas.

Essas almas geniais de mulher são alimentadas pelo estranho ideal de sempre entender, de atender e de sempre servir. São companheiras próximas dos anjos, são servidoras de Deus e mensageiras da vida. São nossas fãs, amigas extremadas para quem nunca há nada impossível, quando se trata de atender-nos, de alegrar-nos, de ajudar-nos.

São mulheres sem igual. Perfumam como flores, são ardentes como a chama e brilham como estrelas. Nada obstante todos os encômios que lhes possamos dirigir, o que é mais tocante, mais comovente, é saber que uma dessas mulheres, incumbidas por Deus para mudar o mundo, ajudando-o a ser melhor, a ser um campo bom de se viver, tem uma missão particular.

Há uma mulher para quem o Criador entregou a missão de cuidar-me, de fazer-me estudar para entender, de ensinar-me a orar e a crescer, a respeitar a todos e a servir para o bem. Essa mulher é um encanto em minha vida, e não há ninguém que se lhe assemelhe. Ao vê-la, marejam-se-me os olhos e bate forte o meu coração. Ela é tal qual amálgama de ouro e brilhante. Ela é, por fim, a luz que torna meu caminho cintilante. É aquela a quem chamo de minha mãe.
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Ivan de Albuquerque
Raul Teixeira


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MENSAGEM DO ESE:
Desigualdade das riquezas

A desigualdade das riquezas é um dos problemas que inutilmente se procurará resolver, desde que se considere apenas a vida atual. A primeira questão que se apresenta é esta: Por que não são igualmente ricos todos os homens? Não o são por uma razão muito simples: por não serem igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar. É, alias, ponto matematicamente demonstrado que a riqueza, repartida com igualdade, a cada um daria uma parcela mínima e insuficiente; que, supondo efetuada essa repartição, o equilíbrio em pouco tempo estaria desfeito, pela diversidade dos caracteres e das aptidões; que, supondo-a possível e durável, tendo cada um somente com que viver, o resultado seria o aniquilamento de todos os grandes trabalhos que concorrem para o progresso e para o bem-estar da Humanidade; que, admitido desse ela a cada um o necessário, já não haveria o aguilhão que impele os homens às grandes descobertas e aos empreendimentos úteis. Se Deus a concentra em certos pontos, é para que daí se expanda em quantidade suficiente, de acordo com as necessidades.

Admitido isso, pergunta-se por que Deus a concede a pessoas incapazes de fazê-la frutificar para o bem de todos. Ainda aí está uma prova da sabedoria e da bondade de Deus. Dando-lhe o livre-arbítrio, quis ele que o homem chegasse, por experiência própria, a distinguir o bem do mal e que a prática do primeiro resultasse de seus esforços e da sua vontade. Não deve o homem ser conduzido fatalmente ao bem, nem ao mal, sem o que não mais fora senão instrumento passivo e irresponsável como os animais. A riqueza é um meio de o experimentar moralmente. Mas, como, ao mesmo tempo, é poderoso meio de ação para o progresso, não quer Deus que ela permaneça longo tempo improdutiva, pelo que incessantemente a desloca. Cada um tem de possuí-la, para se exercitar em utilizá-la e demonstrar que uso sabe fazer dela. Sendo, no entanto, materialmente impossível que todos a possuam ao mesmo tempo, e acontecendo, além disso, que, se todos a possuíssem, ninguém trabalharia, com o que o melhoramento do planeta ficaria comprometido, cada um a possui por sua vez. Assim, um que não na tem hoje, já a teve ou terá noutra existência; outro, que agora a tem, talvez não na tenha amanhã. Há ricos e pobres, porque sendo Deus justo, como é, a cada um prescreve trabalhar a seu turno. A pobreza é, para os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação; a riqueza é, para os outros, a prova da caridade e da abnegação.

Deploram-se, com razão, o péssimo uso que alguns fazem das suas riquezas, as ignóbeis paixões que a cobiça provoca, e pergunta-se: Deus será justo, dando-as a tais criaturas? E exato que, se o homem só tivesse uma única existência, nada justificaria semelhante repartição dos bens da Terra; se, entretanto, não tivermos em vista apenas a vida atual e, ao contrário, considerarmos o conjunto das existências, veremos que tudo se equilibra com justiça. Carece, pois, o pobre de motivo assim para acusar a Providência, como para invejar os ricos e estes para se glorificarem do que possuem. Se abusam, não será com decretos ou leis suntuárias que se remediará o mal. As leis podem, de momento, mudar o exterior, mas não logram mudar o coração; daí vem serem elas de duração efêmera e quase sempre seguidas de uma reação mais desenfreada. A origem do mal reside no egoísmo e no orgulho: os abusos de toda espécie cessarão quando os homens se regerem pela lei da caridade.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 8.)

quinta-feira, 7 de março de 2019

CASAMENTOS E SEPARAÇÕES


Muitas pessoas, hoje em dia, casam já considerando a possibilidade, ou a certeza, da separação. Não pouca vezes nos perguntam: por quê? As pessoas querem saber se todos os casamentos são acertados antecipadamente no mundo espiritual, e se é verdade que ninguém casa com a pessoa errada. Contudo, o que a maioria quer saber, é porque as pessoas descasam com tanta facilidade.

Acreditamos que em primeiro lugar é devido à imaturidade emocional, psicológica. Depois, existem muitas facilidades hoje em dia para a separação, e a mulher já não é vista com maus olhos, por ser separada. Além do que, elas vão se tornando cada vez mais independentes, a ponto de, em algumas separações, o ex-marido pedir pensão alimentícia.

Entretanto a imaturidade é um fator de peso. Os casais, geralmente muito jovens, não conseguem atravessar juntos as primeiras tempestades do casamento e apelam para a separação.

Mas como o Espiritismo vê o divórcio? É contra? Não! O Espiritismo não incentiva a separação, mas afirma que ninguém é obrigado a viver com quem lhe desagrada. Contudo, algumas vezes é necessário. O que queremos dizer é que há circunstâncias em que é impossível continuar juntos, até mesmo para se evitar situações constrangedoras, agressões e até morte. Mas casamento não é uma brincadeira em que se pode entrar e sair conforme se queira.

Todos os casamentos são combinados no plano espiritual antes do nascimento? 
Não. Às vezes, mesmo os casamentos combinados não acontecem, porque as pessoas têm livre-arbítrio. Se todos fossem planejados, teríamos que convir que aquele que se separou e casou novamente, uma segunda ou terceira vez, teria esses casamentos planejados também.

Muitos casam com a pessoa errada. Alguns, por interesses como fortuna, segurança. Outras por paixão sexual, desejo em que o coração não participa, somente os sentidos. Outros para consolidar fortunas. São casamentos comerciais, como outrora as famílias reais casavam seus membros para fazer alianças políticas.

O casamento é durável quando as pessoas se amam e se respeitam como seres humanos individuais, com personalidade própria, desejos e vontades próprios. Quando os parceiros se valorizam e apagam um pouco do egocentrismo em favor da vida familiar.

Não raro falta espiritualidade no lar. Esquece-se, ou ignora-se, a finalidade maior da vida, que é a de proporcionar o progresso, a evolução do espírito.

Há quem acuse a lei do divórcio, mas temos a certeza que onde há amor, essa lei não é nem mesmo cogitada.

Casamento não deve ser canga, ou suplício, mas também não é brincadeira, passatempo, especialmente quando da união vierem filhos.
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Amílcar Del Chiaro Filho




MENSAGEM DO ESE: 

O homem no mundo

Um sentimento de piedade deve sempre animar o coração dos que se reúnem sob as vistas do Senhor e imploram a assistência dos bons Espíritos. Purificai, pois, os vossos corações; não consintais que neles demore qualquer pensamento mundano ou fútil. Elevai o vosso espírito àqueles por quem chamais, a fim de que, encontrando em vós as necessárias disposições, possam lançar em profusão a semente que é preciso germine em vossas almas e dê frutos de caridade e justiça.

Não julgueis, todavia, que, exortando-vos incessantemente à prece e à evocação mental, pretendamos vivais uma vida mística, que vos conserve fora das leis da sociedade onde estais condenados a viver. Não; vivei com os homens da vossa época, como devem viver os homens. Sacrificai às necessidades, mesmo às frivolidades do dia, mas sacrificai com um sentimento de pureza que as possa santificar.
Sois chamados a estar em contacto com espíritos de naturezas diferentes, de caracteres opostos: não choqueis a nenhum daqueles com quem estiverdes. Sede joviais, sede ditosos, mas seja a vossa jovialidade a que provém de uma consciência limpa, seja a vossa ventura a do herdeiro do Céu que conta os dias que faltam para entrar na posse da sua herança.

Não consiste a virtude em assumirdes severo e lúgubre aspecto, em repelirdes os prazeres que as vossas condições humanas vos permitem. Basta reporteis todos os atos da vossa vida ao Criador que vo-la deu; basta que, quando começardes ou acabardes uma obra, eleveis o pensamento a esse Criador e lhe peçais, num arroubo dalma, ou a sua proteção para que obtenhais êxito, ou a sua bênção para ela, se a concluístes. Em tudo o que fizerdes, remontai à Fonte de todas as coisas, para que nenhuma de vossas ações deixe de ser purificada e santificada pela lembrança de Deus.

A perfeição está toda, como disse o Cristo, na prática da caridade absoluta; mas, os deveres da caridade alcançam todas as posições sociais, desde o menor até o maior. Nenhuma caridade teria a praticar o homem que vivesse insulado. Unicamente no contacto com os seus semelhantes, nas lutas mais árduas é que ele encontra ensejo de praticá-la. Aquele, pois, que se isola priva-se voluntariamente do mais poderoso meio de aperfeiçoar-se; não tendo de pensar senão em si, sua vida é a de um egoísta. 

Não imagineis, portanto, que, para viverdes em comunicação constante conosco, para viverdes sob as vistas do Senhor, seja preciso vos cilicieis e cubrais de cinzas. Não, não, ainda uma vez vos dizemos. Ditosos sede, segundo as necessidades da Humanidade; mas, que jamais na vossa felicidade entre um pensamento ou um ato que o possa ofender, ou fazer se vele o semblante dos que vos amam e dirigem. Deus é amor, e aqueles que amam santamente ele os abençoa.
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 - Um Espírito Protetor. (Bordéus, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 10.)

quarta-feira, 6 de março de 2019

O Silêncio

Aprende com o silêncio a ouvir os sons interiores da sua alma, a calar-se nas discussões e assim evitar tragédias e desafetos.



Aprende com o silêncio a respeitar a opinião dos outros, por mais contrária que seja da sua.




Aprende com o silêncio que a solidão não é o pior castigo, existem companhias bem piores...




Aprende com o silêncio que a vida é boa, que nós só precisamos olhar para o lado certo, ouvir a música certa, ler o livro certo, que pode ser qualquer livro, desde que você o leia até o fim.




Aprende com o silêncio que tudo tem um ciclo, como as marés que insistem em ir e voltar, os pássaros que migram e voltam ao mesmo lugar ,como a Terra que faz a volta completa sobre o seu próprio eixo...




Aprende com o silêncio a respeitar a sua vida, valorizar o seu dia, enxergar em você as qualidades que possui, equilibrar os defeitos que você tem e sabe que precisa corrigir e enxergar aqueles que você ainda não descobriu.




Aprende com o silêncio a relaxar, mesmo no pior trânsito ,na maior das cobranças, na briga mais acalorada, na discussão entre familiares.




Aprende com o silêncio a respeitar o seu "eu", a valorizar o ser humano que você é, a respeitar o Templo que é o seu corpo e o santuário que é a sua vida.

 


Aprende hoje com o silêncio, que gritar não traz respeito, que ouvir ainda é melhor que muito falar.
 
 


E em respeito a você, eu me calo, me silencio, para que você possa ouvir o seu interior que quer lhe falar, desejar-lhe um dia vitorioso e confirmar que VOCÊ É ESPECIAL.

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Paulo Roberto Gaefke




MENSAGEM DO ESE:

Esquecimento do passado


Em vão se objeta que o esquecimento constitui obstáculo a que se possa aproveitar da experiência de vidas anteriores. Havendo Deus entendido de lançar um véu sobre o passado, é que há nisso vantagem. Com efeito, a lembrança traria gravíssimos inconvenientes. Poderia, em certos casos, humilhar-nos singularmente, ou, então, exaltar-nos o orgulho e, assim, entravar o nosso livre-arbítrio. Em todas as circunstâncias, acarretaria inevitável perturbação nas relações sociais.

Freqüentemente, o Espírito renasce no mesmo meio em que já viveu, estabelecendo de novo relações com as mesmas pessoas, a fim de reparar o mal que lhes haja feito. Se reconhecesse nelas as a quem odiara, quiçá o ódio se lhe despertaria outra vez no íntimo. De todo modo, ele se sentiria humilhado em presença daquelas a quem houvesse ofendido.

Para nos melhorarmos, outorgou-nos Deus, precisamente, o de que necessitamos e nos basta: a voz da consciência e as tendências instintivas. Priva-nos do que nos seria prejudicial.

Ao nascer, traz o homem consigo o que adquiriu, nasce qual se fez; em cada existência, tem um novo ponto de partida. Pouco lhe importa saber o que foi antes: se se vê punido, é que praticou o mal. Suas atuais tendências más indicam o que lhe resta a corrigir em si próprio e é nisso que deve concentrar-se toda a sua atenção, porquanto, daquilo de que se haja corrigido completamente, nenhum traço mais conservará. As boas resoluções que tomou são a voz da consciência, advertindo-o do que é bem e do que é mal e dando-lhe forças para resistir às tentações.

Aliás, o esquecimento ocorre apenas durante a vida corpórea. Volvendo à vida espiritual, readquire o Espírito a lembrança do passado; nada mais há, portanto, do que uma interrupção temporária, semelhante à que se dá na vida terrestre durante o sono, a qual não obsta a que, no dia seguinte, nos recordemos do que tenhamos feito na véspera e nos dias precedentes.

E não é somente após a morte que o Espírito recobra a lembrança dó passado. Pode dizer-se que jamais a perde, pois que, como a experiência o demonstra, mesmo encarnado, adormecido o corpo, ocasião em que goza de certa liberdade, o Espírito tem consciência de seus atos anteriores; sabe por que sofre e que sofre com justiça. A lembrança unicamente se apaga no curso da vida exterior, da vida de relação. Mas, na falta de uma recordação exata, que lhe poderia ser penosa e prejudicá-lo nas suas relações sociais, forças novas haure ele nesses instantes de emancipação da alma, se os sabe aproveitar.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 11.)



terça-feira, 5 de março de 2019

Aplicação do tempo


Toda vez que sentimos cansaço, e que o dia parece ter furtado todas as nossas energias, poderíamos nos perguntar se o que fizemos foi realmente produtivo.

Se esses desgastes dos dias nos têm trazido maiores benefícios para a vida; se podemos, nos momentos de pausa para o descanso, refletir a respeito do que temos feito, e nos sentirmos felizes porque fizemos além daquilo que seja a simples obrigação do dia.

Será que no decorrer do dia, aproveitamos mesmo o tempo para produzir aquilo que seja o mais proveitoso para nós e para os outros?

Muitos de nós temos gasto o tempo em grandes esforços, tantas vezes improdutivos.

Trabalhamos em excesso, nos entregamos aos programas noturnos sem nos darmos conta das necessidades do repouso.

Ficamos presos a dificuldades, de tal maneira, que nem no momento do repouso conseguimos nos libertar do fantasma da preocupação excessiva.

Não queremos dizer que devemos nos entregar ao repouso que leva à ociosidade e à preguiça.
O que devemos pensar é se estamos aplicando bem a nossa cota de tempo.

Enquanto vivemos as experiências do mundo, nas lutas, no acerto dos equívocos, nas tentativas das construções felizes, poucas vezes, damos valor ao tempo que as bênçãos de Deus nos concede para a evolução de nós mesmos.

É necessário que façamos uma avaliação, a respeito das horas a escoarem por nossas mãos.
Se administrarmos melhor a nossa cota de tempo poderemos, sem maiores dificuldades, nos dedicarmos aos momentos de alegrias, às distrações, aos passeios, sem que deixemos de lado as obrigações profissionais, as do lar e da sociedade.

O tempo bem administrado nos facultará melhor aproveitamento de nossas energias físicas e psíquicas.

Passaremos ao equilíbrio: nem atividade demais, nem descanso excessivo.

Podemos também buscar, nas horas do cansaço, o repouso através de uma leitura edificante. Através de uma visita a um amigo, mantendo um diálogo que nos acrescente alguma coisa.

Pela atenção que prestamos aos nossos familiares nas atividades em conjunto no lar, que nos proporcionam um clima mental diferenciado daquele que costumamos ter no decorrer do dia.

Não joguemos fora os tempinhos tantas vezes desprezados. Aproveitemos para escrever um ligeiro bilhete de carinho a alguém enfermo ou enfrentando momentos graves.

Telefonemos a um familiar ou amigo, que não vemos há muito tempo, demonstrando atenção. 
Preguemos um botão, arrumemos uma gaveta para encontrar utilidade para muita gente. 

Desenvolvamos ideias felizes para fazer o bem a alguma pessoa que saiba necessitada.

Não é preciso ficar neurótico de tanto trabalhar, apenas evitar as horas vazias, preservando-se da inutilidade daqueles que, ocupados em não fazer nada, deixam de servir, desvalorizando os minutos.

Se aproveitarmos esses tempinhos, a curto prazo teremos encontrado motivos gloriosos de viver. 

Teremos aprendido a amar a vida. Teremos iluminado nosso caminho, pois cada ação produtiva saída de nós, é motivo de alegrias a nos clarear a existência.
* * *
Se nos dedicarmos à leitura quinze minutos por dia, teremos condições de nos mantermos atualizados.

Depende de nós dispormos do tempo e, mais do que isso, selecionar o que ler, nesse precioso tempo de um quarto de hora por dia.

Podemos imaginar quantos livros poderemos ler em um ano?

Não esqueçamos: quinze minutos por dia.
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Redação do Momento Espírita



MENSAGEM DO ESE:

O orgulho e a humildade (V)

Homens, por que vos queixais das calamidades que vós mesmos amontoastes sobre as vossas cabeças? Desprezastes a santa e divina moral do Cristo; não vos espanteis, pois, de que a taça da iniquidade haja transbordado de todos os lados.

Generaliza-se o mal-estar. A quem inculpar, senão a vós que incessantemente procurais esmagar-vos uns aos outros? Não podeis ser felizes, sem mútua benevolência; mas, como pode a benevolência coexistir com o orgulho? O orgulho, eis a fonte de todos os vossos males. Aplicai-vos, portanto, em destruí-lo, se não lhe quiserdes perpetuar as funestas conseqüências. Um único meio se vos oferece para isso, mas infalível: tomardes para regra invariável do vosso proceder a lei do Cristo, lei que tendes repelido ou falseado em sua interpretação.

Por que haveis de ter em maior estima o que brilha e encanta os olhos, do que o que toca o coração? Por que fazeis do vício na opulência objeto das vossas adulações, ao passo que desdenhais do verdadeiro mérito na obscuridade? Apresente-se em qualquer parte um rico debochado, perdido de corpo e alma, e todas as portas se lhe abrem, todas as atenções são para ele, enquanto ao homem de bem, que vive do seu trabalho, mal se dignam todos de saudá-lo com ar de proteção. Quando a consideração dispensada aos outros se mede pelo ouro que possuem ou pelo nome de que usam, que interesse podem eles ter em se corrigirem de seus defeitos? 

Dar-se-ia o inverso, se a opinião geral fustigasse o vicio dourado, tanto quanto o vicio em andrajos; mas, o orgulho se mostra indulgente para com tudo o que o lisonjeia. Século de cupidez e de dinheiro, dizeis. Sem dúvida; mas por que deixastes que as necessidades materiais sobrepujassem o bom senso e a razão? Por que há de cada um querer elevar-se acima de seu irmão? Desse fato sofre hoje a sociedade as conseqüências.

Não esqueçais que tal estado de coisas é sempre sinal certo de decadência moral. Quando o orgulho chega ao extremo, tem-se um indício de queda próxima, porquanto Deus nunca deixa de castigar os soberbos. Se por vezes consente que eles subam, é para lhes dar tempo a reflexão e a que se emendem, sob os golpes que de quando em quando lhes desfere no orgulho para os advertir. Mas, em lugar de se humilharem, eles se revoltam. Então, cheia a medida, Deus os abate completamente e tanto mais horrível lhes é a queda, quanto mais alto hajam subido.

Pobre raça humana, cujo egoísmo corrompeu todas as sendas, toma novamente coragem, apesar de tudo. Em sua misericórdia infinita, Deus te envia poderoso remédio para os teus males, um inesperado socorro à tua miséria. Abre os olhos à luz: aqui estão as almas dos que já não vivem na Terra e que te vêm chamar ao cumprimento dos deveres reais. Eles te dirão, com a autoridade da experiência, quanto as vaidades e as grandezas da vossa passageira existência são mesquinhas a par da eternidade. Dir-te-ão que, lá, o maior é aquele que haja sido o mais humilde entre os pequenos deste mundo; que aquele que mais amou os seus irmãos será também o mais amado no céu; que os poderosos da Terra, se abusaram da sua autoridade, ver-se-ão reduzidos a obedecer aos seus servos; que, finalmente, a humildade e a caridade, irmãs que andam sempre de mãos dadas, são os meios mais eficazes de se obter graça diante do Eterno.
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 — Adolfo, bispo de Argel. (Marmande, 1862.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VII, item 12.)



segunda-feira, 4 de março de 2019

TEMPO DE CRISE




Tempo de crise - impositivo de serenidade. Sobretudo, na época de crises afetivas quando, freqüentemente, nos opomos uns aos outros.

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Renovação espiritual, na essência, não é plano de trabalho que se execute de uma existência para outra.

De berço em berço terrestre, somos entregues à construção do amor que nos identificará, um dia, uns aos outros para sempre.

Raramente, porém, adquirimos notas distintas nas tarefas realizadas.

A conquista da sublimação exige variadas matérias de domínio pessoal.

Em determinada existência, por vezes, o espírito ganha em trabalho, mas perde em desprendimento; premia-se em abnegação, no entanto, se complica em assuntos da afeição possessiva.

O progresso se faz vagarosamente, até que se atinja as épocas de exame que nos comprovem as aquisições do espírito.

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Reflete nos chamados tempos novos em que te encontras, ante o surpreendente espetáculo das desvinculações violentas.

Se te propões a vencer, nas lições que a vida te apresenta, deixa que a compreensão te apóie os raciocínios e ama sempre.

Hábitos se alteram, sentimentos se transformam.

Se entes amados aderiram às idéias novas, em quaisquer modificações de caráter negativo, compadece-te deles e auxilia-os quanto puderes.

Esse acreditou no poder econômico, de tal modo, e se cercou de tamanhas expressões de reconforto que te parece agredir; outro admitiu a suposta legitimidade da independência sem dever a cumprir e se enveredou em experiências que lhe resultarão em aprendizados amargos; aquele outro vestiu o cérebro de ilusões e distanciou-se da fé, recusando-te as referências a Deus; e aquele outro ainda aceitou as sugestões da fuga, através dos tóxicos, nascidos nos ingredientes da anestesia que a Bondade Divina confiou à ciência humana, no socorro aos enfermos, e estirou-se em penúria física e espiritual.

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Arma-te de paciência e desculpa aos companheiros de trabalho terrestre, quantas vezes se fizerem necessárias.

Chamem-se eles, na armadura física, pais ou filhos, esposos ou esposas, irmãos e amigos, parentes e companheiros, recorda que estamos todos à frente da vida imperecível.

Quem já possua equilíbrio, ajude ao desorientado.

Quem raciocine com segurança, ampare o que se afastou do bom-senso.

Quem disponha de luz, clareie o caminho para os que jazem nas trevas.

E quem esteja de pé, socorra aos caídos, porque tempo de crise é tempo de teste e somente se honra com a distinção desejada, quem procura esquecer-se para compreender e auxiliar, de vez que somos todos espíritos eternos e tanto as leis do amor, quanto as leis da dor, nunca se modificam perante Deus.
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Livro: Companheiro
Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel 






MENSAGEM DO ESE:

Necessidade da encarnação

É um castigo a encarnação e somente os Espíritos culpados estão sujeitos a sofrê-la? 
A passagem dos Espíritos pela vida corporal é necessária para que eles possam cumprir, por meio de uma ação material, os desígnios cuja execução Deus lhes confia. É-lhes necessária, a bem deles, visto que a atividade que são obrigados a exercer lhes auxilia o desenvolvimento da inteligência. Sendo soberanamente justo, Deus tem de distribuir tudo igualmente por todos os seus filhos; assim é que estabeleceu para todos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cumprir e a mesma liberdade de proceder. Qualquer privilégio seria uma preferência, uma injustiça. Mas, a encarnação para todos os Espíritos, é apenas um estado transitório. É uma tarefa que Deus lhes impõe, quando iniciam a vida, como primeira experiência do uso que farão do livre-arbítrio. Os que desempenham com zelo essa tarefa transpõem rapidamente e menos penosamente os primeiros graus da iniciação e mais cedo gozam do fruto de seus labores. Os que, ao contrário, usam mal da liberdade que Deus lhes concede retardam a sua marcha e, tal seja a obstinação que demonstrem, podem prolongar indefinidamente a necessidade da reencarnação e é quando se torna um castigo. 

— São Luís. (Paris, 1859.)

NOTA. — Uma comparação vulgar fará se compreenda melhor essa diferença. O escolar não chega aos estudos superiores da Ciência, senão depois de haver percorrido a série das classes que até lá o conduzirão. Essas classes, qualquer que seja o trabalho que exijam, são um meio de o estudante alcançar o fim e não um castigo que se lhe inflige. Se ele é esforçado, abrevia o caminho, no qual, então, menos espinhos encontra. Outro tanto não sucede àquele a quem a negligência e a preguiça obrigam a passar duplamente por certas classes. Não é o trabalho da classe que constitui a punição; esta se acha na obrigação de recomeçar o mesmo trabalho.
Assim acontece com o homem na Terra. Para o Espírito do selvagem, que está apenas no início da vida espiritual, a encarnação é um meio de ele desenvolver a sua inteligência; contudo, para o homem esclarecido, em quem o senso moral se acha largamente desenvolvido e que é obrigado a percorrer de novo as etapas de uma vida corpórea cheia de angústias, quando já poderia ter chegado ao fim, é um castigo, pela necessidade em que se vê de prolongar sua permanência em mundos inferiores e desgraçados. Aquele que, ao contrário, trabalha ativamente pelo seu progresso moral, além de abreviar o tempo da encarnação material, pode também transpor de uma só vez os degraus intermédios que o separam dos mundos superiores.
Não poderiam os Espíritos encarnar uma única vez em determinado globo e preencher em esferas diferentes suas diferentes existências? Semelhante modo de ver só seria admissível se, na Terra, todos os homens estivessem exatamente no mesmo nível intelectual e moral. As diferenças que há entre eles, desde o selvagem ao homem civilizado, mostram quais os degraus que têm de subir. A encarnação, aliás, precisa ter um fim útil. Ora, qual seria o das encarnações efêmeras das crianças que morrem em tenra idade? Teriam sofrido sem proveito para si, nem para outrem. Deus, cujas leis todas são soberanamente sábias, nada faz de inútil. Pela reencarnação no mesmo globo, quis ele que os mesmos Espíritos, pondo-se novamente em contacto, tivessem ensejo de reparar seus danos recíprocos. Por meio das suas relações anteriores, quis, além disso, estabelecer sobre base espiritual os laços de família e apoiar numa lei natural os princípios da solidariedade, da fraternidade e da igualdade. – Allan Kardec.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IV, itens 25 e 26.)



domingo, 3 de março de 2019

Cultivando paciência




Se você foi vítima de preterição em serviço, reconhecerá que isso aconteceu em favor da sua elevação de nível.

Se perdeu o emprego ante a perseguição de alguém que lhe cobiçou o lugar, creia que alcançará outro muito melhor.

Se um companheiro lhe atravessou o caminho, atrapalhando-lhe um negócio, transações mais lucrativas aparecerão amanhã em seu benefício.

Se determinada criatura lhe tomou a residência, manejando processos inconfessáveis, em futuro próximo terá você moradia muito mais confortável.

Se um amigo lhe prejudica os interesses, subtraindo-lhe oportunidades de progresso e ajustamento econômico, guarde a certeza de que outras portas se lhe descerrarão mais amplas aos anseios de prosperidade e de paz.

Se pessoas queridas lhe menosprezam a confiança, outras afeições, muitos mais sólidas e mais estimáveis, surgirão a caminho, garantindo-lhe a segurança e a felicidade.

Mas nunca persigas, não atrapalhes, não desconsideres, não menosprezes e nem prejudiques a ninguém porque sofrer é muito diferente de fazer sofrer e a dívida é sempre uma carga dolorosa para quem a contraiu.
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Albino Teixeira
  Chico Xavier





MENSAGEM DO ESE:

Eficácia da prece


Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis e concedido vos será o que pedirdes.
 (S. MARCOS, cap. XI, v. 24.)

Há quem conteste a eficácia da prece, com fundamento no princípio de que, conhecendo Deus as nossas necessidades, inútil se torna expor-lhas. E acrescentam os que assim pensam que, achando-se tudo no Universo encadeado por leis eternas, não podem as nossas súplicas mudar os decretos de Deus.

Sem dúvida alguma, há leis naturais e imutáveis que não podem ser ab-rogadas ao capricho de cada um; mas, daí a crer-se que todas as circunstâncias da vida estão submetidas à fatalidade, vai grande distância. Se assim fosse, nada mais seria o homem do que instrumento passivo, sem livre-arbítrio e sem iniciativa. Nessa hipótese, só lhe caberia curvar a cabeça ao jugo dos acontecimentos, sem cogitar de evitá-los; não devera ter procurado desviar o raio. Deus não lhe outorgou a razão e a inteligência, para que ele as deixasse sem serventia; a vontade, para não querer; a atividade, para ficar inativo. Sendo livre o homem de agir num sentido ou noutro, seus atos lhe acarretam, e aos demais, conseqüências subordinadas ao que ele faz ou não. Há, pois, devidos à sua iniciativa, sucessos que forçosamente escapam à fatalidade e que não quebram a harmonia das leis universais, do mesmo modo que o avanço ou o atraso do ponteiro de um relógio não anula a lei do movimento sobre a qual se funda o mecanismo. Possível é, portanto, que Deus aceda a certos pedidos, sem perturbar a imutabilidade das leis que regem o conjunto, subordinada sempre essa anuência à sua vontade.
Desta máxima: “Concedido vos será o que quer que pedirdes pela prece”, fora ilógico deduzir que basta pedir para obter e fora injusto acusar a Providência se não acede a toda súplica que se lhe faça, uma vez que ela sabe, melhor do que nós, o que é para nosso bem. É como procede um pai criterioso que recusa ao filho o que seja contrário aos seus interesses. Em geral, o homem apenas vê o presente; ora, se o sofrimento é de utilidade para a sua felicidade futura, Deus o deixará sofrer, como o cirurgião deixa que o doente sofra as dores de uma operação que lhe trará a cura.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, itens 5 a 7.)