quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Mudanças


No capítulo das aflições surpreendemos habitualmente as que decorrem de mudanças a que os acontecimentos do dia a dia nos induzem.

 Dentre as mudanças, porém, que planejamos e realizamos, mobilizando a nossa própria faculdade de decidir, encontramos aquelas outras com que não contávamos e que nos surgem pela frente à maneira de pedras esfogueadas no coração.

 Tais crises, quando aparecem, lembram explosões condicionadas na gleba da existência que, se compreendidas e aceitas, nos descerram estradas novas para mais altos níveis de evolução.

 Forçoso observar que a Divina Providência tanto está nas tempestades que purificam a atmosfera quanto nas provas que nos aperfeiçoam a experiência.

Por isso mesmo é preciso admitir toda transformação considerada menos feliz por bênção dos Poderes Superiores, funcionando em nosso próprio benefício.

 Na maioria das circunstâncias as doenças são processos de regeneração da saúde; 

as inibições do corpo se erigem por recurso de aprimoramento do espírito;

 o fracasso nos empreendimentos humanos abre o começo da verdadeira prosperidade;

 as separações angustiosas se configuram por cirurgias no campo afetivo, à feição de sofrimento menor, para que não entremos em sofrimentos maiores em nome do amor;

e a própria desencarnação, na essência, é renovação e refazimento, progresso e vida.

Todos nós, de um modo ou de outro, somos defrontados por mudanças imprevistas onde quer que nos achemos.

 Se provações dessa espécie te visitam a alma não esmoreças e nem te revoltes. Perante quaisquer transformações desagradáveis e dolorosas saibamos, antes de tudo, usar a prece, rogando a Deus nos auxilie a discernir e aceitar, aproveitar e compreender, a fim de que a dor, onde surja, nos possa infundir mais ampla visão da vida a caminho da Vida Maior.

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Batuíra
Chico Xavier
Obra: Mais luz
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18 de dezembro

Pare de se esforçar e deixe que tudo se desdobre simplesmente.

Não permita que preocupações o prendam e o ceguem, mas aprenda a Me entregar sua carga para que você possa ficar livre para cumprir a Minha vontade e trilhar os Meus caminhos.

Eu não posso usar você se você estiver todo envolvido em si mesmo, sem distinguir as suas prioridades; portanto, relaxe e solte- se.

Aquiete-se e aproveite as maravilhas da vida. Focalize sua mente em Mim.

Abra seus olhos e Me veja em tudo, e dê graças eternas.

Quando você puder Me enxergar em tudo, seu coração estará tão pleno de amor que o agradecimento transbordará.

É impossível esconder um coração cheio de amor e gratidão, porque ele reflete para que todos o vejam.

Você atrai as pessoas quando está num estado de alegria e agradecimento.

Todos gostam de estar com alguém transbordante de amor, porque amor atrai.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Pelas suas obras é que se reconhece o cristão“Nem todos os que me dizem: Senhor! Senhor! entrarão no reino dos céus, mas somente aqueles que fazem a vontade de meu Pai que está nos céus.”

Escutai essa palavra do Mestre, todos vós que repelis a Doutrina Espírita como obra do demônio. Abri os ouvidos, que é chegado o momento de ouvir.

Será bastante trazer a libré do Senhor, para ser-se fiel servidor seu? Bastará dizer: “Sou cristão”, para que alguém seja um seguidor do Cristo? Procurai os verdadeiros cristãos e os reconhecereis pelas suas obras. “Uma árvore boa não pode dar maus frutos, nem uma árvore má pode dar frutos bons.” — “Toda árvore que não dá bons frutos é cortada e lançada ao fogo.” São do Mestre essas palavras. Discípulos do Cristo, compreendei-as bem! Que frutos deve dar a árvore do Cristianismo, árvore possante, cujos ramos frondosos cobrem com sua sombra uma parte do mundo, mas que ainda não abrigam todos os que se hão de grupar em torno dela? Os da árvore da vida são frutos de vida, de esperança e de fé. O Cristianismo, qual o fizeram há muitos séculos, continua a pregar essas virtudes divinas; esforça-se por espalhar seus frutos, mas quão poucos os colhem! A árvore é boa sempre, porém maus são os jardineiros.

Entenderam de moldá-la pelas suas idéias; de talhá-la de acordo com as suas necessidades; cortaram-na, diminuíram-na, mutilaram-na; tornados estéreis, seus ramos não dão maus frutos, porque nenhuns mais produzem. O viajor sedento, que se detém sob seus galhos à procura do fruto da esperança, capaz de lhe restabelecer a força e a coragem, somente vê uma ramaria árida, prenunciando tempestade. Em vão pede ele o fruto de vida à árvore da vida; caem-lhe secas as folhas; tanto as remexeu a mão do homem, que as crestou.

Abri, pois, os ouvidos e os corações, meus bem-amados! Cultivai essa árvore da vida, cujos frutos dão a vida eterna. Aquele que a plantou vos concita a tratá-la com amor, que ainda a vereis dar com abundância seus frutos divinos. Conservai-a tal como o Cristo vo-la entregou: não a mutileis; ela quer estender a sua sombra imensa sobre o Universo: não lhe corteis os galhos.

Seus frutos benfazejos caem abundantes para alimentar o viajor faminto que deseja chegar ao termo da jornada; não amontoeis esses frutos, para os armazenar e deixar apodrecer, a fim de que a ninguém sirvam. “Muitos são os chamados e poucos os escolhidos.” É que há açambarcadores do pão da vida, como os há do pão material. Não sejais do número deles; a árvore que dá bons frutos tem que os dar para todos. Ide, pois, procurar os que estão famintos; levai-os para debaixo da fronde da árvore e partilhai com eles do abrigo que ela oferece. — “Não se colhem uvas nos espinheiros.” Meus irmãos, afastai-vos dos que vos chamam para vos apresentar as sarças do caminho, segui os que vos conduzem à sombra da árvore da vida.

O divino Salvador, o justo por excelência, disse, e suas palavras não passarão: “Nem todos os que dizem: Senhor! Senhor! entrarão no reino dos céus; entrarão somente os que fazem a vontade de meu Pai que está nos céus.”
Que o Senhor de bênçãos vos abençoe; que o Deus de luz vos ilumine; que a árvore da vida vos ofereça abundantemente seus frutos! Crede e orai.

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— Simeão. (Bordéus, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVIII, item 16.)
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O ensino da Luz


- Senhor - disse Tadeu a Jesus, após o dia de trabalho estafante -, qual é o nosso dever
maior, na execução do Evangelho para a redenção das criaturas?

O Mestre fitou o céu azul em que nuvens pequeninas semelhavam estrigas de linho alvo.
E falou em seguida:

- Em meio de grande tempestade, inúmeros viajantes se recolheram a enorme casarão que se assemelhava a um labirinto. Porque sentissem medo uns dos outros, cada qual se escondeu nos quartos mais internos e, vindo a noite, em vão procuraram o lugar de saída.
Começou, então, enorme conflito. Lamentos. Pragas.Assaltos. Correrias. Pancadas. Crimes nas trevas. Um homem, que por ali passava, ouviu os rogos de socorro que partiam do
infortunado reduto e, longe de gritar ou discutir, acendeu a sua candeia e passou entre os amotinados, em profundo silêncio. Bastou a luz dele para que todos percebessem os disparates que vinham fazendo, ao mesmo tempo que encontravam, por si mesmos, a porta
libertadora.

O Mestre fez grande intervalo e voltou a dizer:

- Se a luz do bom exemplo estiver entre nós, os outros perceberão, com facilidade, o
caminho.

- E que fazer, Senhor, para semelhante conquista?

Jesus, continuando em sua contemplação do céu, como exilado buscando alguma visão da pátria longínqua, aclarou docemente:

- Procuremos o Reino de Deus e a sua justiça, isto é, vivamos no amor puro e na
consciência tranquila...E tudo o mais ser-nos-á acrescentado.

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Hilário Silva
Chico Xavier
Obra: A vida escreve
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terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Casamento e divórcio


Divórcio, edificação adiada, resto a pagar no balanço do espírito devedor.

 Isso geralmente porque um dos cônjuges veio a esquecer que os direitos na instituição doméstica somam deveres iguais.

A Doutrina Espírita elucida claramente o problema do lar, entremostrando os remanescentes do trabalho a fazer, segundo os compromissos anteriores em que marido e mulher assinaram contrato de serviço, antes da reencarnação.

Dois Espíritos sob o aguilhão do remorso ou tangidos pelas exigências da evolução, ambos portando necessidades e débitos, encontram-se ou reencontram-se no matrimônio, convencidos de que união esponsalícia é, sobretudo o esquema de obrigações regenerativas.

 Reincorporados, porém, na veste física se deixam embair pelas ilusões de antigos preconceitos ou pelas hipnoses do desejo e passam ao território da responsabilidade matrimonial quais sonâmbulos sorridentes, acreditando em felicidade de fantasia como as crianças admitem a solidez dos pequeninos castelos de papelão.

Surgem, no entanto, as realidades que sacodem a consciência.

O tempo, que durante o noivado era todo empregado no montante dos sonhos, passa a ser rigorosamente dividido entre deveres e pagamentos, previsões e apreensões, lutas e disciplinas e os cônjuges desprevenidos de conhecimento elevado, começam a experimentar fadiga e desânimo, quando mais se lhes torna necessária a confiança recíproca para que o estabelecimento doméstico produza rendimentos de valores substanciais em favor da vida do Espírito.

Descobrem, por fim, que amar não é apenas fantasiar, mas acima de tudo, construir. E construir pede não somente plano e esperança, mas também suor e por vezes aflição e lágrimas.

Auxiliemos, na Terra, a compreensão do casamento como sendo um comércio de realizações e concessões mútuas, cuja falência é preciso evitar.

Compreendamos aqueles que não puderam evitar o divórcio, porquanto ignoramos qual seria a nossa conduta em lugar deles, nos obstáculos e sofrimentos com que foram defrontados, mas interpretemos o matrimônio por sociedade venerável de interesses da alma perante Deus.

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André Luiz
Chico Xavier
Obra: Apostilas da Vida
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17 de novembro

Você sente que faz parte do novo?

Você sente que você se mistura no todo em perfeita harmonia ou você se sente desconfortável e desajeitado?

Se você não se sente bem, é melhor sair e encontrar outro caminho.

Somente as almas que estão em harmonia com o novo, que estão desejosas de deixar o que é velho para trás sem remorsos e que têm espírito de aventura estarão prontas para o novo e serão capazes de mergulhar livremente nele.

Se você ainda quer se manter preso às antigas maneiras e ideias ortodoxas e convencionais, se você tem medo de quebrar as velhas formas, então você não está pronto para o novo.

É preciso coragem, força, determinação e uma grande consciência interior de que o que você está fazendo é o certo.

Quando sua fé e confiança estiverem em Mim e você souber que EU ESTOU guiando e dirigindo você, então você será capaz de fazer tudo o que precisa ser feito com alegria e amor profundos.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Obediência e resignação

A doutrina de Jesus ensina, em todos os seus pontos, a obediência e a resignação, duas virtudes companheiras da doçura e muito ativas, se bem os homens erradamente as confundam com a negação do sentimento e da vontade. A obediência é o consentimento da razão; a resignação é o consentimento do coração, forças ativas ambas, porquanto carregam o fardo das provações que a revolta insensata deixa cair. O pusilânime não pode ser resignado, do mesmo modo que o orgulhoso e o egoísta não podem ser obedientes. Jesus foi a encarnação dessas virtudes que a antigüidade material desprezava. Ele veio no momento em que a sociedade romana perecia nos desfalecimentos da corrupção. Veio fazer que, no seio da Humanidade deprimida, brilhassem os triunfos do sacrifico e da renúncia carnal.

Cada época é marcada, assim, com o cunho da virtude ou do vício que a tem de salvar ou perder. A virtude da vossa geração é a atividade intelectual; seu vicio é a indiferença moral. Digo, apenas, atividade, porque o gênio se eleva de repente e descobre, por si só, horizontes que a multidão somente mais tarde verá, enquanto que a atividade é a reunião dos esforços de todos para atingir um fim menos brilhante, mas que prova a elevação intelectual de uma época. Submetei-vos à impulsão que vimos dar aos vossos espíritos; obedecei à grande lei do progresso, que é a palavra da vossa geração. Ai do espírito preguiçoso, ai daquele que cerra o seu entendimento!

Ai dele! porquanto nós, que somos os guias da Humanidade em marcha, lhe aplicaremos o látego e lhe submeteremos a vontade rebelde, por meio da dupla ação do freio e da espora. Toda resistência orgulhosa terá de, cedo ou tarde, ser vencida. Bem-aventurados, no entanto, os que são brandos, pois prestarão dócil ouvido aos ensinos.

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— Lázaro. (Paris, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IX, item 8.)
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Indagação e Resposta


Possivelmente, você também será daqueles companheiros do mundo físico que indagam pela razão dos mentores desencarnados transmitirem tantas mensagens de essência filosófica, mormente baseadas nos ensinamentos do Cristo.

Responderemos que uma pergunta dessas equivale à inquisição que alguém formulasse sobre o motivo de tantas escolas para os que vivem na Terra.

A verdade é que todos os irmãos do Plano Físico queiram ou não, acreditem ou não acreditem virão ter conosco, mais hoje ou mais depois de amanhã, e cabe-nos diminuir o trabalho que, porventura, nos venham a impor, ao abordarem o nosso campo de vivência espiritual, já que somos todos uma só família, perante Deus.

Examinem vocês algumas das perguntas que nos são desfechadas, com absoluta sinceridade, por milhares de companheiros que se conscientizam, quanto à própria desencarnação:

Onde se localiza o Céu dos bem-aventurados.
Onde residem os anjos.
Porque Deus em pessoa, não dispôs a vir recebê-los.
Porque Jesus lhes foge à visão, se viveram orando e confiando no Divino Mestre.
Porque sofreram tanto.
Porque não conseguem conversar imediatamente com os familiares que ficaram à distância.
Porque são convidados a trabalhar se tanto esperaram pelo descanso.
Porque não foram avisados sobre o dia da volta à Verdadeira Vida.
Porque não conseguem alterar os testamentos que deixaram no mundo.
Em que lugar estarão os infernos.
Onde estão encravados os purgatórios.
Como será o repouso que lhes será concedido se não enxergam amigo algum que não seja em trabalho árduo.
Porque as entidades angélicas não lhes dispensam as atenções de que se julgam merecedores.

Para resumir, dir-lhes-ei que, há dias, um amigo nosso, devotado obreiro do Bem, na Espiritualidade, foi questionado por um irmão recém-vindo da Terra, dentre aqueles que lhe recebiam diretrizes, sobre o melhor meio pelo qual conseguiriam enxergar alguns demônios.

Com o melhor humor, o companheiro respondeu:

- Meu filho, lamento muito, mas não tenho aqui um espelho para nós dois.

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André Luiz
Chico Xavier
Obra: Endereços da paz
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segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Comecemos


Se desejas integrar a fileira dos redentores do mundo, através da palavra escorreita e dos gestos brilhantes, não te esqueças da caridade ao próximo que se encontra mais próximo de ti.

Não esperes pelos quadros públicos de sofrimento para começar…

Recorda a casa em que nasceste, a oficina em que trabalhas, a instituição de fé religiosa a que te afeiçoas, a rua em que transitas…

A caridade é uma bênção que cabe em toda parte e que pode exteriorizar-se do vaso de teu coração incessantemente…

Para teus pais: é respeito e carinho.

Para teu esposo: é renúncia e bondade.

Para tua companheira: é proteção e ternura.

Para teus filhos: é auxílio e entendimento.

Para teus irmãos: é concurso fraterno em todos os instantes.

Para o teu parente transviado: é socorro e cooperação.

Para o teu superior: é reverência e boa vontade.

Para o teu subalterno: é ajuda e orientação.

Para os associados de ideal ou de crença: é solidariedade.

Para o visitante que cultiva a maledicência: é tolerância e esclarecimento sem alarde.

Para quem te insulta: é o silêncio.

Para quem te persegue: é a oração.

Para quem te calunia: é o esquecimento.

Para quem te não compreende: é amparo maior.

Para quem te despreza: é a compaixão que não se queixa.

Para quem te fere: é o perdão incondicional.

Para teu amigo: é a sinceridade sem afetação.

Para teu adversário: é a generosidade sem limites.

Não olvides que a oportunidade de trabalhar é a maior caridade que nós mesmos estamos recebendo do Senhor e, desse modo, procuremos ajudar a todos os que nos cercam, facilitando-lhes a tarefa individual.

Não aguardes uma torrente de ouro para exercitar a divina virtude.

Encetemos o sublime trabalho, espalhando a boa palavra e a gentileza fraterna, com aqueles que nos rodeiam de perto.

Ninguém auxiliará aos irmãos de longe, sem devotar-se ao soerguimento dos mais próximos.

Lembra-te, pois, daqueles que o Senhor te confiou na luta de cada dia e começaremos a plantação do amor imortal desde hoje.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Marcas do Caminho
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16 de dezembro

"Transforme-se pela renovação da sua mente!"

Que palavras importantes!

Você já deve tê-las ouvido muitas vezes, mas o que é que fez a respeito?

Elas têm significado para você?

Pense nelas até que elas tenham adquirido vida, vibrando em sua mente e fazendo você se renovar e se transformar.

Você fala de paz e harmonia, do novo céu e da nova terra, de cumprir a Minha vontade, de amor e luz que se irradiam pelo mundo e de se arriscar no desconhecido, mas, efetivamente, o que é que você está fazendo a respeito?

Você está vivendo de maneira a ajudar tudo isto acontecer?

Não seja como um papagaio, só repetindo coisas sem significado para você.

Reze sem cessar por uma profunda e clara compreensão, agradeça e siga em frente e para o alto.

Acima de tudo, viva a vida e permita que as mudanças transformem a sua vida.

🌻🌿🌻
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

A ingratidão dos filhos e os laços de família

A ingratidão é um dos frutos mais diretos do egoísmo. Revolta sempre os corações honestos. Mas, a dos filhos para com os pais apresenta caráter ainda mais odioso. É, em particular, desse ponto de vista que a vamos considerar, para lhe analisar as causas e os efeitos. Também nesse caso, como em todos os outros, o Espiritismo projeta luz sobre um dos grandes problemas do coração humano.

Quando deixa a Terra, o Espírito leva consigo as paixões ou as virtudes inerentes à sua natureza e se aperfeiçoa no espaço, ou permanece estacionário, até que deseje receber a luz. Muitos, portanto, se vão cheios de ódios violentos e de insaciados desejos de vingança; a alguns dentre eles, porém, mais adiantados do que os outros, é dado entrevejam uma partícula da verdade; apreciam então as funestas conseqüências de suas paixões e são induzidos a tomar resoluções boas. Compreendem que, para chegarem a Deus, lima só é a senha: caridade. Ora, não há caridade sem esquecimento dos ultrajes e das injúrias; não há caridade sem perdão, nem com o coração tomado de ódio.

Então, mediante inaudito esforço, conseguem tais Espíritos observar os a quem eles odiaram na Terra. Ao vê-los, porém, a animosidade se lhes desperta no íntimo; revoltam-se à idéia de perdoar, e, ainda mais, à de abdicarem de si mesmos, sobretudo à de amarem os que lhes destruíram, quiçá, os haveres, a honra, a família. Entretanto, abalado fica o coração desses infelizes. Eles hesitam, vacilam, agitados por sentimentos contrários. Se predomina a boa resolução, oram a Deus, imploram aos bons Espíritos que lhes dêem forças, no momento mais decisivo da prova.

Por fim, após anos de meditações e preces, o Espírito se aproveita de um corpo em preparo na família daquele a quem detestou, e pede aos Espíritos incumbidos de transmitir as ordens superiores permissão para ir preencher na Terra os destinos daquele corpo que acaba de formar-se. Qual será o seu procedimento na família escolhida? Dependerá da sua maior ou menor persistência nas boas resoluções que tomou. O incessante contacto com seres a quem odiou constitui prova terrível, sob a qual não raro sucumbe, se não tem ainda bastante forte a vontade.

Assim, conforme prevaleça ou não a resolução boa, ele será o amigo ou inimigo daqueles entre os quais foi chamado a viver. É como se explicam esses ódios, essas repulsões instintivas que se notam da parte de certas crianças e que parecem injustificáveis. Nada, com efeito, naquela existência há podido provocar semelhante antipatia; para se lhe apreender a causa, necessário se torna volver o olhar ao passado.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIV, item 9.)
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A influência dos seres invisíveis na vida humana



A crença na influência de seres invisíveis na vida dos homens existe desde os princípios da história. Os povos antigos, como os romanos, gregos e egípcios acreditavam em deuses de forma humana, que interferiam diretamente em suas ações. Com o passar dos tempos, outras crenças foram se difundindo, como as figuras dos anjos e santos, capazes de promoverem os milagres e protegerem as pessoas, e o chamado diabo, feitor das tentações e do sofrimento da humanidade. Com a chegada da Doutrina Espírita, uma nova interpretação sobre os seres invisíveis foi colocada.

Ensina o Espiritismo que os homens que viveram na Terra, ao deixarem o corpo físico através da morte, continuam a viver em um outro plano, chamado mundo espiritual, onde habitam as almas. Jesus sustenta esta tese quando afirma ser a verdadeira morada do espírito a vida espiritual.

Naquele lado invisível, as almas, ou espíritos, levam o que tiverem acumulado de virtudes ou defeitos adquiridos durante a existência material, ou encarnação. Os homens bons trazem consigo a caridade que praticavam, a paz de espírito e a benevolência. Vivem em um lugar feliz e trabalham constantemente pelo progresso de nosso Planeta. Podem ajudar as pessoas encarnadas que lhes pedem auxílio. São o que o povo chama de anjos, santos ou simplesmente Espíritos bons ou superiores. Quando dirigimos preces a Deus, Ele nos atende através desses seres bondosos, inspirando-nos coragem na vida, fortalecendo-nos nos bons propósitos e, às vezes, trazendo-nos a cura para uma doença ou desequilíbrio psíquico.

Já os homens que quando encarnados se detiveram na prática do mal, levam para o plano espiritual suas más tendências.

Continuam sua atividade perniciosa, inspirando os que continuam na vida material, todos os vícios e defeitos que ainda estão apegados. São os chamados diabos, demônios ou simplesmente maus Espíritos. Podem, com sua maldade e ódio, atrapalhar a vida dos homens, perturbando o sono, a vida familiar, profissional e até causar doenças. Entre a classe dos bons e dos maus Espíritos está a categoria de Espíritos comuns. São seres que quando encarnados não se detinham nem muito no bem, nem tanto no mal. São em maior quantidade, já que assim age a maioria dos homens. Esta classe de Espíritos quase que não tem influência sobre os encarnados. Todo homem sofre constantemente as influências dos bons ou dos maus Espíritos.

Porém, cada um tem a liberdade de ceder ou não às boas ou más inspirações. Depende do indivíduo, com seu livre-arbítrio, dar vazão à interferência dos Espíritos na sua vida. Aqueles que procuram fazer o bem, evitar o vício, praticar a caridade e, principalmente, cultivar bons pensamentos estão mais facilmente ligados aos bons Espíritos. Vivendo dessa forma, dificilmente um Espírito maldoso poderá prejudicá-lo. No entanto, aqueles que convivem normalmente em ambientes viciosos, com o excesso de bebida, cigarro, drogas, sexo desregrado, que se satisfazem na ociosidade terão mais afinidade com seres espirituais atrasados, apropriados a esses vícios materiais. Essas entidades poderão, inclusive, influenciá-los em defeitos mais graves, como o crime, a desonestidade, o adultério, a mentira, enfim, tudo o que leva o homem ao caminho da ruína. Palavras e pensamentos perniciosos, falta de apego a uma religião, o desinteresse pelos problemas alheios, o pessimismo, o orgulho são formas mentais que atraem interferências negativas.
Com elas, o desequilíbrio espiritual e material não tardará a acontecer.
Quando temos esse posicionamento incorreto frente a vida, dificilmente os anjos, ou bons Espíritos, conseguem nos ajudar, por mais que tentem.
Tudo é uma questão de afinidade. Se insistirmos em manter nossos pensamentos voltados para os vícios e prazeres exagerados estaremos impedindo que as boas influências cheguem até nossas mentes.
Diante deste mecanismo de intercâmbio entre o visível e o invisível, onde cada um recebe de acordo com sua conduta diária, precisamos buscar a mudança de nosso comportamento, caso queiramos receber as boas inspirações do mais alto.
Não precisamos, nem conseguiremos, transformarmo-nos em "santos" do dia para a noite.
Imperfeições todos temos. Deus conhece nosso íntimo e sabe o quanto é difícil livrarmo-nos delas.
Porém, para que estejamos aptos a ter a companhia dos bondosos amigos espirituais devemos nos pautar pelas orientações do Evangelho de Jesus Cristo, cultivar amizades sadias, sermos úteis à comunidade da qual fazemos parte e lutarmos contra os maus pensamentos que às vezes tentam nos levar a atitudes incorretas.
Agindo assim, com certeza não deixaremos que influências espirituais perniciosas possam prejudicar nossas vidas.

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Carlos Alexandre Fett
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domingo, 15 de dezembro de 2024

Reencarnação e progresso


 Comentando as necessidades da reencarnação, anotemos alguns quadros da Natureza.

O celeiro é a casa ideal das sementes.

Aí se congregam todas, em saborosa intimidade, e quando semelhante reunião se delonga em demasia degeneram-se na essência, por ação de agentes químicos, tornando-se imprestáveis.

 Conduzidas, porém, ao replantio, embora padeçam solidão e abandono nas vicissitudes do solo, voltam de novo à glória da vida, em forma de verdura e flor, espiga e pão.

A gleba de calcário friável é, comumente, o refúgio de numerosos tratos de argila que aí descansam, às vezes por séculos, através de lentas modificações sem maior proveito; entretanto, se trazidos ao clima esfogueante do forno, materializam nobres sonhos do oleiro, atendendo a largas tarefas de utilidade em planos superiores.

 Além da morte física, pode a alma retemperar-se ao calor de afeições caras, condicionada ao campo de afinidades em que se lhe expressam emoções e desejos; todavia, superada a fase de justo refazimento, aparece a ociosidade que, se mantida, faz que o Espírito por muito tempo se mantenha estanque, ante a luz do progresso.

 É por isso que a reencarnação se mostra imprescindível e inadiável.

Determinado companheiro terá resolvido os problemas da sexualidade inferior, mas guardará consigo a febre de cupidez. Outro sentir-se-á liberado das tentações da usura, entretanto permanecerá em conflito com o vício da inconformação.

Alguém terá vencido o hábito da rebeldia sistemática, mas sofrerá em si mesmo o estilete magnético do ciúme. Esse e aquele amigo se revelarão livres dessa praga mental, contudo, sustentam-se, ainda, algemados à vaidade infantil ou ao orgulho tirânico.

 E para que essas chagas ocultas sejam extirpadas de nossa alma é imperioso nos voltemos para o renascimento na arena física, onde encontraremos a adversidade naqueles que não pensam por nossas medidas, para que aprendamos a respirar nas dimensões da Vida Maior.

Em nosso presente estágio de evolução, será preciso renascer, na Terra ou noutros mundos que se lhe assemelhem, tantas vezes quantas se fizerem necessárias, não somente no resgate dos erros e culpas do pretérito, em louvor da Justiça, mas também no aperfeiçoamento de nós mesmos, em obediência ao Amor.

Toda máquina algo produz vencendo a inércia pela força do movimento e toda fonte que desistisse de caminhar, com receio de pedra e lodo, nada mais seria que água parada na calmaria do charco.

O mundo é, assim, nossa escola.

A família consanguínea é o grupo estudantil a que pertencemos.

O lar é a banca da experiência.

 Amigos representam explicadores.

Adversários desempenham o papel de fiscais.

 Os parentes difíceis são cadernos de prova.

O trabalho espontâneo no bem é o curso da iluminação interior que podemos aproveitar segundo a nossa vontade.

 E sendo Jesus o nosso Divino Mestre, a cada instante da vida a dificuldade ser-nos-á como bênção portadora de preciosas lições.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Religião dos Espíritos
Reunião pública de 18-9-1959
Questão n.º 196
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15 de dezembro

A faísca divina está no interior de cada indivíduo mas, em muitas almas, precisa ser trazida à tona e abanada para que possa se transformar em chama.

Desperte de sua preguiça, reconheça a divindade dentro de você, alimente-a e permita que ela cresça e floresça.

A semente deve ser plantada na terra antes que possa desabrochar; ela tem dentro de si um potencial adormecido que precisa de condições favoráveis para crescer e se desenvolver.

Você tem dentro de si o reino dos céus, mas ele não será revelado se você não acordar e começar a procurar por ele.

Existem muitas almas nesta vida que não acordam para esta realidade e elas são como sementes guardadas num pacote.

Você precisa querer soltar as amarras para ser livre.

E quando este desejo surgir, você será ajudado de todas as maneiras possíveis.

Mas o desejo deve primeiro surgir em você.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Reconciliação com os adversários

Reconciliai-vos o mais depressa possível com o vosso adversário, enquanto estais com ele a caminho, para que ele não vos entregue ao juiz, o juiz não vos entregue ao ministro da justiça e não sejais metido em prisão. — Digo-vos, em verdade, que daí não saireis, enquanto não houverdes pago o último ceitil. (S. MATEUS, cap. V, vv. 25 e 26.)

Na prática do perdão, como, em geral, na do bem, não há somente um efeito moral: há também um efeito material. A morte, como sabemos, não nos livra dos nossos inimigos; os Espíritos vingativos perseguem, muitas vezes, com seu ódio, no além-túmulo, aqueles contra os quais guardam rancor; donde decorre a falsidade do provérbio que diz: “Morto o animal, morto o veneno”, quando aplicado ao homem. O Espírito mau espera que o outro, a quem ele quer mal, esteja preso ao seu corpo e, assim, menos livre, para mais facilmente o atormentar, ferir nos seus interesses, ou nas suas mais caras afeições. Nesse fato reside a causa da maioria dos casos de obsessão, sobretudo dos que apresentam certa gravidade, quais os de subjugação e possessão.

O obsidiado e o possesso são, pois, quase sempre vítimas de uma vingança, cujo motivo se encontra em existência anterior, e à qual o que a sofre deu lugar pelo seu proceder. Deus o permite, para os punir do mal que a seu turno praticaram, ou, se tal não ocorreu, por haverem faltado com a indulgência e a caridade, não perdoando. Importa, conseguintemente, do ponto de vista da tranqüilidade futura, que cada um repare, quanto antes, os agravos que haja causado ao seu próximo, que perdoe aos seus inimigos, a fim de que, antes que a morte lhe chegue, esteja apagado qualquer motivo de dissensão, toda causa fundada de ulterior animosidade.

Por essa forma, de um inimigo encarniçado neste mundo se pode fazer um amigo no outro; pelo menos, o que assim procede põe de seu lado o bom direito e Deus não consente que aquele que perdoou sofra qualquer vingança. Quando Jesus recomenda que nos reconciliemos o mais cedo possível com o nosso adversário, não é somente objetivando apaziguar as discórdias no curso da nossa atual existência; é, principalmente, para que elas se não perpetuem nas existências futuras. Não saireis de lá, da prisão, enquanto não houverdes pago até o último centavo, isto é, enquanto não houverdes satisfeito completamente a justiça de Deus.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, itens 5 e 6.)
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Uma frase de louvor para quem trabalha.

Silenciar reclamações mesmo justas.

Abster-se de falar em momentos de irritação.

Repetir sem alteração de voz qualquer informação para a pessoa que não esteja ouvindo corretamente.

Adicionar esperança e otimismo à conversação.

Omitir as chamadas "verdades desagradáveis" sem benefícios para ninguém.

Evitar perguntas claramente desnecessárias.

Calar os defeitos do próximo.

Ouvir o interlocutor sem desviar-se do assunto.

Silenciar gracejos e ironias.

Falar motivando as criaturas para o Bem.

Cultivar gentileza.

Observar respeito pelas tarefas alheias.

Deixar aos outros o direito de descobrirem as suas próprias realidades, sem qualquer ingerência
nos assuntos que lhes pertençam à vida.

Negar-se a pejorativos e brincadeiras com essa ou aquela dificuldade orgânica, seja de quem for.

Querer os amigos em regime de liberdade.

Prestar serviço espontâneo.

Auxiliar sem ferir.

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Diminuir a tristeza ou suprimi-la onde a tristeza possa existir.

Compreender as lutas e problemas dos outros sem mostrar-se superior a quem sofre.

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André Luiz
Chico Xavier
Obra: Respostas da vida
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