sábado, 20 de fevereiro de 2021

Ah! Se Eu Soubesse…..



Quando chegamos ao plano espiritual, a maioria dos espíritos pensa algo muito parecido:

– Ah se eu soubesse…


Se eu soubesse que a vida real não era na matéria… se eu soubesse que a realidade não é de sofrimento, mas de paz e liberdade… se eu soubesse que nada que existia na matéria é permanente, que lá é tudo passageiro, eu não teria brigado no trânsito, batido nos meus filhos, me apegado a tantas coisas efêmeras…


Ah se eu soubesse…. teria ajudado muito mais gente, teria me enriquecido com amor e luz, teria deixado de lado esses problemas pequenininhos, teria feito caridade aos necessitados, teria deixado o amor fluir, teria me atirado no bem sem nenhuma preocupação, teria sido mais humilde, teria vivido em paz…


Ah se eu soubesse… teria passado mais tempo com aqueles que amo, teria me preocupado menos, teria tido mais paciência, teria me soltado mais, me desprendido mais, teria vivido mais livre, de forma mais espontânea, mais natural, teria visto o lado bom de tudo, teria valorizado as coisas simples da vida.


Ah se eu soubesse… se soubesse que a vida na Terra vai e vem, que tudo se esvai, que nada é permanente, que não existe algo fixo, imutável. Se eu soubesse que tudo começa e termina, que os relacionamentos começam e terminam, que a dor lateja e depois vem o alívio.


Se soubesse que as diferenças sociais se extinguem, que na morte todos somos filhos do universo, que a fome é saciada, que a sede é aliviada, que a violência só traz mais violência, que os injustiçados são compensados, que os perdidos sempre se encontram, e quem está demasiadamente seguro de si acaba se perdendo.


Ah se eu soubesse… que a vida espiritual é a vida real, que as mágoas corroem o espirito, que a cobiça gera insatisfação, que a lisonja só cria humilhação, que a preguiça gera estagnação. Se eu soubesse que o medo é sempre maior do que a mente engendrou eu teria me arriscado mais, teria ousado, teria tido a coragem de ser o que eu sou, teria retirado essa máscara que encobria minha verdade, teria desatado o compromisso com o logro, com a burla, teria assumido minha integridade sem divisões, sem fragmentos.


Se eu soubesse que o mundo é uma doce miragem eu rejeitaria a pueril busca pela sensualidade. Largaria com afinco os prazeres e vícios da juventude. Se soubesse que tudo muda e nada se encerra, teria posto de lado as moléstias da nostalgia.


Ah se eu soubesse, teria menos pressa, olharia mais para a vida, veria mais o nascer do dia, comeria com calma o pão de cada manhã, teria plantado uma árvore, corrido no jardim, deitado no chão e rolado na grama. Teria mergulhado e me perdido no tempo, solto em reflexões sobre os mistérios da vida. Teria me desimpedido de autocobranças, teria me aceitado como sou e aceitado o milagre da vida como ele é.


Se eu soubesse… que o mar espiritual é infinito de bençãos, não teria digladiado por um copo de água ao lado do grandioso oceano da plenitude. Teria deixado todas as quimeras de lado, e vivido mais a vida, a existência, o cosmos, a liberdade, o eterno presente e a eterna aurora.


Ah se eu soubesse… teria renunciado aos hábitos arraigados, as discussões estéreis, a especulação teórica. Se eu soubesse, teria permanecido mais na natureza, observando os pássaros, molhando as mãos no rio, sentindo o vento, me aquecendo ao sol da manhã, sujado as mãos na lama e sentido o frescor da chuva. Se eu soubesse que sou um ser em desenvolvimento na essência inesgotável e eterna da vida, teria sido infinitamente mais livre e feliz.
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Hugo Lapa

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MENSAGEM DO ESE:

O ódio

Amai-vos uns aos outros e sereis felizes. Tomai sobretudo a peito amar os que vos inspiram indiferença, ódio, ou desprezo. O Cristo, que deveis considerar modelo, deu-vos o exemplo desse devotamento. Missionário do amor, ele amou até dar o sangue e a vida por amor. Penoso vos é o sacrifício de amardes os que vos ultrajam e perseguem; mas, precisamente, esse sacrifício é que vos torna superiores a eles. Se os odiásseis, como vos odeiam, não valeríeis mais do que eles. Amá-los é a hóstia imácula que ofereceis a Deus na ara dos vossos corações, hóstia de agradável aroma e cujo perfume lhe sobe até o seio. Se bem a lei de amor mande que cada um ame indistintamente a todos os seus irmãos, ela não couraça o coração contra os maus procederes; esta é, ao contrário, a prova mais angustiosa, e eu o sei bem, porquanto, durante a minha última existência terrena, experimentei essa tortura. Mas Deus lá está e pune nesta vida e na outra os que violam a lei de amor. Não esqueçais, meus queridos filhos, que o amor aproxima de Deus a criatura e o ódio a distancia dele.

 — Fénelon, (Bordéus, 1861.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XII, item 10.)

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ILUMINA


Busca manter a calma nas lutas que faceias.

A descrença é fator agravante da prova.

O desespero aumenta a carga de aflição.

A revolta provoca dores mais lancinantes.

O desânimo induz a piores processos.

Quem compreende ilumina a vida ao derredor.
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Irmão José (psic. Carlos Baccelli)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Alegrias e Paixões, Amor e felicidade


Qual é o objetivo da sua vida?

Atrás de que você anda?

Geralmente, a resposta pronta a estas perguntas é:

- Quero ser feliz

Mas o que é felicidade? Será que sabemos o que ela significa? Caso contrário, estaremos vagando, perdidos e, na maioria das vezes, confundindo felicidade com a alegria.

Sem a pretensão de ser o dono da verdade, vamos dar uma “versão” daquilo que acreditamos, seja a verdade.

A alegria é algo fugaz e intenso, tanto que nos faz rir, gargalhar, eleva nossa pressão arterial, provoca uma vasodilatação cutânea e chacoalhamos todo o nosso corpo em uma sensação de bem estar que passa logo em seguida. A alegria depende dos outros, pois algo, ou alguém, precisa provocá-la em nós, mas mesmo assim, só a gozamos se nos permitirmos, se nosso mau humor não bloquear estas pequenas bênçãos, estes pequenos agrados que recebemos de quando em vez. Porém, alegria não é felicidade, a felicidade é algo duradouro, construído aos poucos por cada um de nós, cultivado e cuidado todos os dias e que pode existir independente de estarmos alegres ou tristes; explico melhor: Você pode estar sentindo uma dor, como a dor da perda de um ente querido, por exemplo, e ainda assim ser feliz; você pode estar preocupado com a falta de recursos para tratar um enfermo de sua família, e ainda assim ser feliz, o que não acontece com a alegria, pois você pode dar uma gargalhada e estar profundamente infeliz, e o motivo para isso é que a felicidade não depende de ninguém a não ser de você mesmo, pois tudo de bom ou de ruim que você possa estar vivendo, terá influência, mas não será determinante para que você seja feliz, pois o fator fundamental é como você lida com estas coisas, portanto, só depende de você.

É por isso que encontramos pessoas felizes em locais desprovidos de qualquer recurso e pessoas infelizes cercadas de todas as possibilidades e apoio, posto que a felicidade é construída por você, com você e para você.

O que observamos é que grande parte de nós gasta seu tempo e energia para conquistar alegrias e esquece-se de ser feliz, o problema é que, além de ser fugaz e, por isso, trazer grande carga de desapontamento e frustração se vier sozinha, a alegria não depende só de nós, sendo, portanto, algo que não controlamos. Por isso querer enriquecer para ser feliz é um esforço inútil, mesmo porque, cada milhão conquistado será seguido de uma sensação de vazio que leva o indivíduo a buscar outro milhão e assim sucessivamente (você já havia se perguntado por que os corruptos roubam sempre muito mais do que podem gastar em uma única vida?).

Já a felicidade traz bem estar permanente e nos apóia nos momentos de dor e dificuldade, não nos frustra e não nos angustia diante de esforços vãos.

Este assunto me lembra de outro, homólogo, sobre a diferença de paixão e amor, e ai vamos, na mesma toada, percebendo que a paixão é muito intensa, porém curta, e que para ser realmente e completamente, uma paixão, precisa encontrar seu objeto de desejo, e que, ou se transforma em amor, ou traz frustração e desapontamento.

Já o amor, é calmo, constantate e, duradouro e só depende de nós, pois o verdadeiro amor não exige ser correspondido, apenas ama, não procura compensação, pois ele é a compensação, e por isso não cansa, não dói, não frustra.

Onde você anda gastando sua energia e seu tempo?

Você, por acaso tem se sentido injustiçado tem sido vítima da ingratidão, ou crê que a vida não tem sido muito boa com você?

Se assim for, acho que você está procurando alegrias e paixões, e desafortunadamente, sua busca não vai terminar nunca.

Mude o foco, deixe de esperar o que os outros “deveriam fazer por você” e comece a trabalhar para fazer alguma coisa em você. Deixe de buscar fora, aquilo que esta dentro de você e passe a construir a tolerância, a paciência, diminua suas expectativas e cultive sua espiritualidade, para então, iniciar sua jornada para um objetivo possível, a felicidade, já que não vai depender de mais ninguém, a não ser você mesmo.

Exclua a palavra ingratidão do seu vocabulário e a palavra mágoa irá embora com ela, para então, você poder ser feliz. 
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Décio Iandoli Júnior 
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MENSAGEM DO ESE:

A nova era (II)

Um dia, Deus, em sua inesgotável caridade, permitiu que o homem visse a verdade varar as trevas. Esse dia foi o do advento do Cristo. Depois da luz viva, voltaram as trevas. Após alternativas de verdade e obscuridade, o mundo novamente se perdia. Então, semelhantemente aos profetas do Antigo Testamento, os Espíritos se puseram a falar e a vos advertir. O mundo está abalado em seus fundamentos; reboará o trovão. Sede firmes!
O Espiritismo é de ordem divina, pois que se assenta nas próprias leis da Natureza, e estai certos de que tudo o que é de ordem divina tem grande e útil objetivo. O vosso mundo se perdia; a Ciência, desenvolvida à custa do que é de ordem moral, mas conduzindo-vos ao bem-estar material, redundava em proveito do espírito das trevas. Como sabeis, cristãos, o coração e o amor têm de caminhar unidos à Ciência. O reino do Cristo, ah! passados que são dezoito séculos e apesar do sangue de tantos mártires, ainda não veio. Cristãos, voltai para o Mestre, que vos quer salvar. Tudo é fácil àquele que crê e ama; o amor o enche de inefável alegria. Sim, meus filhos, o mundo está abalado; os bons Espíritos vo-lo dizem sobejamente; dobrai-vos à rajada que anuncia a tempestade, a fim de não serdes derribados, isto é, preparai-vos e não imiteis as virgens loucas, que foram apanhadas desprevenidas à chegada do esposo.
A revolução que se apresta é antes moral do que material. Os grandes Espíritos, mensageiros divinos, sopram a fé, para que todos vós, obreiros esclarecidos e ardorosos, façais ouvir a vossa voz humilde, porquanto sois o grão de areia; mas, sem grãos de areia, não existiriam as montanhas.
Assim, pois, que estas palavras — “Somos pequenos” — careçam para vós de significação. A cada um a sua missão, a cada um o seu trabalho. Não constrói a formiga o edifício de sua república e imperceptíveis animálculos não elevam continentes? Começou a nova cruzada. Apóstolos da paz universal, que não de uma guerra, modernos São Bernardos, olhai e marchai para frente; a lei dos mundos é a do progresso. 

– Fénelon. (Poitiers, 1861.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. I, item 10.)

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PEDIDO DE SOCORRO



Talvez, ainda não tenhas conseguido reparar que, não raro, aquele que se habituou a te perturbar pode estar te enviando um pedido de socorro às avessas.


Existem pessoas que não têm coragem de expor, com clareza, o estado de necessidade em que se encontram, e muitas outras que sequer puderam identificá-lo em si.


As constantes provocações que alguém te faça, esperando a tua benéfica reação, é comportamento semelhante ao de uma criança que se aproxima dos pais e, simplesmente, choraminga, esperando que os genitores consigam atinar com a causa de seu sofrimento.


Assim, não interpretes quem te incomoda de maneira sistemática, apenas por empecilho à tua paz.


Todos os que se aproximavam de Jesus, principalmente os que Dele se abeiravam com o propósito de criar-Lhe embaraços, eram espíritos extremamente doentes que, ignorando a própria situação, permaneciam na expectativa de que fossem curados.
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Amor e Sabedoria - Irmão José

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

Pela dor que nos envia, obrigado, Senhor!


Aprendemos com o Espiritismo que somos Espíritos em processo de aprendizagem, de evolução, de aprimoramento moral e espiritual através de várias encarnações em que nos vamos depurando, desenvolvendo nossos potenciais, como a inteligência, os sentimentos elevados, as virtudes, a forma como convivemos com o próximo e como encaramos a nossa jornada.

Para isso, temos o nosso livre-arbítrio, faculdade que nos foi concedida pelo Criador, permitindo-nos executar escolhas conforme as necessidades que enfrentamos nessa trajetória.

A Doutrina Espírita nos ensina que todas as escolhas trazem consequências, de acordo com os atos que praticarmos. Se formos amorosos, caridosos, teremos, como resultado, igualmente o amor, a felicidade, a plenitude, no entanto, se agirmos de modo contrário, estaremos criando situações futuras difíceis, que precisamos enfrentar como forma de nos reequilibrarmos com a própria consciência.

É a lei de causa e efeito, ação e reação – Lei Natural - funcionando conforme as nossas atitudes perante a vida. Compreenderemos, assim, que estamos numa longa jornada de aprendizagem, em que vamos aprendendo e reaprendendo com a própria experiência aquilo que nos convém ou não. E dessa aprendizagem saímos mais maduros, mais fortalecidos para as próximas lições, e assim poderemos alcançar novos patamares espirituais, já que não fomos criados prontos por Deus, mas simples e ignorantes, com potenciais a serem desenvolvidos, para florescer e serem colocados em prática diariamente.

Estamos sempre buscando respostas para as perguntas que fazemos para encontrar o consolo e a esperança que tanto almejamos. E sempre nos perguntamos: Por que sofremos tanto? Por que tantas dificuldades para a realização de nossos desejos? O que fizemos para receber tudo isso?

Estas perguntas, geralmente, estão ligadas não apenas ao aspecto material, mas, também, à saúde, à afetividade, aos problemas de ordem emocional, moral ou profissional da nossa existência.

Por isso, Deus nos enviou Jesus, modelo e guia, a fim de que Ele pudesse fazer com que despertássemos, em nossos corações, o entendimento da Lei Divina, a Lei de Amor que rege todo o Universo. Seus ensinamentos convidam-nos a meditar sobre esses pesares e as dificuldades pelas quais passamos. No entanto, todas as vezes que os problemas nos pesam, pensamos quanto Deus tem sido injusto conosco, porque consideramos nosso sofrimento maior do que o do outro e acabamos estabelecendo uma imagem de Deus à semelhança do homem imperfeito que ainda somos; do homem que privilegia uns em detrimento de outros; que é parcial; que age por capricho. Não somos capazes de perceber que Deus é sempre bom conosco, como o é também com o outro. Ele é infinitamente bom, justo e misericordioso.

O que dificulta nosso entendimento é não reconhecermos as razões das nossas aflições. Todavia, no Evangelho poderemos encontrar a consolação e a esperança, e entender que as causas das aflições podem ser desta encarnação ou de encarnações passadas, ou seja, causas anteriores ou atuais das aflições.

Para procurarmos as causas atuais das aflições, precisamos compreender a essência dos atos que praticamos diariamente, usando do bom senso, do equilíbrio, da razão, da ponderação sempre.

Não basta obedecermos às Leis humanas, é indispensável examinarmos as qualidades das nossas atitudes, pois aquilo que semearmos nos será devolvido em algum momento. Isso é da Lei de Deus.

Será que o que estamos fazendo prejudica o outro? Somos livres para plantar, porém somos obrigados a colher os frutos doces ou amargos do nosso plantio. Assim, quando consultamos a nossa consciência na busca da fonte de tantas aflições, certamente poderemos ouvi-la dizer: Se você não tivesse feito tal coisa, isso não teria acontecido e não estaria nesta situação. Mas, no lugar de nos reconhecermos como criadores do nosso próprio sofrimento, buscamos fora de nós essas causas, culpando primeiramente a Deus, depois culpamos a sorte e depois culpamos o outro.

Na verdade, essas dificuldades são um alerta, uma advertência para que possamos nos acertar na caminhada. Isso é tão verdadeiro que muitas vezes dizemos ou ouvimos dizer que se soubéssemos antes o que sabemos hoje quantas coisas poderíamos ter evitado. No entanto, as causas desses sofrimentos também podem estar em plantios antigos, de outras existências, feitos impensadamente, sem o crivo da razão e que hoje nos levam a colheitas amargas. Lembremo-nos, então, que se hoje estamos colhendo aflições e sofrimentos, provavelmente plantamos em alguma ocasião angústias e penalidades; e se colhemos dificuldades materiais, pode ser que tenhamos semeado desperdício, pensando unicamente em nós, na nossa satisfação egoísta de desejos imediatistas e caprichos.

Entendemos, desta forma, que não podemos colher paz se semeamos discórdia, ou colher alegria se semeamos tristeza. É da Lei. Mas podemos através das nossas mudanças de atitudes reverter esse quadro com o amadurecimento e a consciência a nos cobrar.

Jesus é o grande semeador e se Ele encontrar em nós o solo propício, adubado, a terra fértil com a boa vontade, a esperança, o amor e a resignação frente aos desígnios do Pai, as sementes que Ele depositar em cada coração brotarão.

Sabendo aproveitar essas oportunidades que Deus nos concede diariamente, encontraremos o reino de Deus, ou seja, encontraremos a felicidade, a harmonia, a paz interior, sempre trabalhando e trabalhando no bem em favor de todos. É do mundo de luz que cada um de nós cria, dentro de si, as forças de lutar contra as más tendências e as tentações, para assim nos aproximarmos cada vez mais de Deus, nosso eterno Pai. Mesmo neste mundo de necessidades fantasiosas, transitórias, poderemos encontrar a felicidade interior, quando caminharmos cultivando o amor ao próximo, aceitando-o e respeitando-o como ele é; pela alegria de ser útil, sem esperar nada em troca. Então, poderemos fazer novos plantios, tornando-nos uma pequena luz e espalhando o exemplo do amor por onde passarmos.

Muitas vezes, as consequências de nossas ações infelizes tornam-se desafios bastante difíceis e, na maioria das vezes, nós mesmos pedimos ou, pelo menos, aceitamos, para nos libertarmos da consciência que nos acusa do ato cometido, onde quer que estejamos. Essas consequências poderão tornar-se expiações dolorosas que servirão para burilar nossos sentimentos e fazer despertar, em nós, o homem novo, o homem de bem, que faz sua renovação moral.

Não se trata de adorar as aflições, o sofrimento, e nem de desejá-lo, mas, com conhecimento espírita, entenderemos melhor o porquê de nossas dores e aflições, já que são causadas por nós mesmos. Examinemos as dificuldades como oportunidades benditas de exercitar os valores morais da coragem, da fé, da esperança, da caridade, da solidariedade, da paciência, enfim, das virtudes ensinadas por Jesus.

No atual momento da humanidade, nestes tumultuosos dias em que nos deparamos com as terríveis situações de conflitos, observemos como estamos colhendo o que semeamos; resgatando nossas atitudes equivocadas, porém, marchando para a felicidade, para um mundo melhor, para um porvir de luzes, construindo um mundo de regeneração interior. Por mais dura que seja a nossa estrada, aprendamos a sorrir e a abençoar sempre.

O Universo é uma corrente de amor em movimento incessante. Recordemos que ninguém é tão sacrificado que não possa, de quando em quando, levantar os olhos em sinal de agradecimento, com uma prece, uma saudação afetuosa, uma flor, um bilhete amistoso... Com esse pequeno gesto, conseguiremos dissipar dores, discórdias, sombras.

Lembremo-nos de Francisco de Assis, que, com sua humildade, vivenciava o amor maior afirmando que precisamos ser gratos a tudo e a todos. Agradecer ao Sol que nos aquece; ao vento que nos acaricia em dias de calor; à Lua por enfeitar as noites; ao sofrimento que nos permite introspecções e aprendizados para o nosso crescimento.

Há a necessidade de pararmos por um instante e agradecer todas as oportunidades que nos são ofertadas, boas ou não, pelas dores, pelas pedras e obstáculos.

Ampliemos, assim, nosso entendimento, compreensão frente às vicissitudes desta jornada, superando desavenças, mágoas, ressentimentos, semeando uma existência mais feliz junto com aqueles que compartilham conosco esta trajetória.

Agradeçamos ao Pai o amor com que nos envolve. A vida, o pão, a luz, o lar e os amigos que nos estendem as mãos.

Agradeçamos, ainda, a luz do sofrimento que nos faz caminhar. Pela dor que nos envia, sejamos gratos, Senhor!
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por Temi Mary Faccio Simionato
O Consolador
Revista Semanal de Divulgação Espírita
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MENSAGEM DO ESE:

Conhece-se a árvore pelo fruto

A árvore que produz maus frutos não é boa e a árvore que produz bons frutos não é má; — porquanto, cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto. Não se colhem figos nos espinheiros, nem cachos de uvas nas sarças. — O homem de bem tira boas coisas do bom tesouro do seu coração e o mau tira-as más do mau tesouro do seu coração; porquanto, a boca fala do de que está cheio o coração. (S. LUCAS, cap. VI, vv. 43 a 45.)

Guardai-vos dos falsos profetas que vêm ter convosco cobertos de peles de ovelha e que por dentro são lobos rapaces. Conhecê-lo-eis pelos seus frutos. Podem colher-se uvas nos espinheiros ou figos nas sarças? — Assim, toda árvore boa produz bons frutos e toda árvore má produz maus frutos. — Uma árvore boa não pode produzir frutos maus e uma árvore má não pode produzir frutos bons. — Toda árvore que não produz bons frutos será cortada e lançada ao fogo. — Conhecê-la-eis, pois, pelos seus frutos. (S. MATEUS, cap. VII, vv. 15 a 20.)

Tende cuidado para que alguém não vos seduza; — porque muitos virão em meu nome, dizendo: “Eu sou o Cristo”, e seduzirão a muitos.

Levantar-se-ão muitos falsos profetas que seduzirão a muitas pessoas; — e porque abundará a iniqüidade, a caridade de muitos esfriará. — Mas aquele que perseverar até o fim se salvará.

Então, se alguém vos disser: O Cristo está aqui, ou está ali, não acrediteis absolutamente; — porquanto falsos Cristos e falsos profetas se levantarão que farão grandes prodígios e coisas de espantar, ao ponto de seduzirem, se fosse possível, os próprios escolhidos.

(S. MATEUS, cap. XXIV, vv. 4, 5, 11 a 13, 23, e 24; S. MARCOS, cap. XIII, vv. 5, 6, 21 e 22.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXI, itens 1 a 3.)

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Sinônimos


Berço — oportunidade.

 Túmulo — revisão.

 Família — vínculo.

 Lar — refúgio.

 Sociedade — escola.

 Profissão — dever.

 Instrução — cultura.

 Educação — aperfeiçoamento.

 Trabalho — renovação.

Serviço — bênção.

 Experiência — presciência.

Cooperação — simpatia.

 Dificuldade — ensinamento.

 Perdão — libertação.

 Dor — corrigenda.

 Tempo — concessão.

 Verdade — equidade.

 Consciência — guia.

Caridade — salvação.

 Amor — Deus.
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André Luiz
(Psicografia de Waldo Vieira)
Obra: Ideal Espírita
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MENSAGEM DO ESE:

O que se deve entender por pobres de espírito

Bem-aventurados os pobres de espírito, pois que deles é o reino dos céus. (S. MATEUS, cap. V, v. 3.)


A incredulidade zombou desta máxima: Bem-aventurados os pobres de espírito, como tem zombado de muitas outras coisas que não compreende. Por pobres de espírito Jesus não entende os baldos de inteligência, mas os humildes, tanto que diz ser para estes o reino dos céus e não para os orgulhosos.


Os homens de saber e de espírito, no entender do mundo, formam geralmente tão alto conceito de si próprios e da sua superioridade, que consideram as coisas divinas como indignas de lhes merecer a atenção. Concentrando sobre si mesmos os seus olhares, eles não os podem elevar até Deus. Essa tendência, de se acreditarem superiores a tudo, muito amiúde os leva a negar aquilo que, estando-lhes acima, os depreciaria, a negar até mesmo a Divindade. Ou, se condescendem em admiti-la, contestam-lhe um dos mais belos atributos: a ação providencial sobre as coisas deste mundo, persuadidos de que eles são suficientes para bem governá-lo. Tomando a inteligência que possuem para medida da inteligência universal, e julgando-se aptos a tudo compreender, não podem crer na possibilidade do que não compreendem. Consideram sem apelação as sentenças que proferem.


Se se recusam a admitir o mundo invisível e uma potência extra-humana, não é que isso lhes esteja fora do alcance; é que o orgulho se lhes revolta à idéia de uma coisa acima da qual não possam colocar-se e que os faria descer do pedestal onde se contemplam. Daí o só terem sorrisos de mofa para tudo o que não pertence ao mundo visível e tangível. 


Eles se atribuem espírito e saber em tão grande cópia, que não podem crer em coisas, segundo pensam, boas apenas para gente simples, tendo por pobres de espírito os que as tomam a sério.


Entretanto, digam o que disserem, forçoso lhes será entrar, como os outros, nesse mundo invisível de que escarnecem. É lá que os olhos se lhes abrirão e eles reconhecerão o erro em que caíram. Deus, porém, que é justo, não pode receber da mesma forma aquele que lhe desconheceu a majestade e outro que humildemente se lhe submeteu às leis, nem os aquinhoar em partes iguais.


Dizendo que o reino dos céus é dos simples, quis Jesus significar que a ninguém é concedida entrada nesse reino, sem a simplicidade de coração e humildade de espírito; que o ignorante possuidor dessas qualidades será preferido ao sábio que mais crê em si do que em Deus. Em todas as circunstâncias, Jesus põe a humildade na categoria das virtudes que aproximam de Deus e o orgulho entre os vícios que dele afastam a criatura, e isso por uma razão muito natural: a de ser a humildade um ato de submissão a Deus, ao passo que o orgulho é a revolta contra ele. Mais vale, pois, que o homem, para felicidade do seu futuro, seja pobre em espírito, conforme o entende o mundo, e rico em qualidades morais.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VII, itens 1 e 2.)

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O Girassol



Assim como um girassol escolhe sempre estar voltado para o sol, escolha focalizar o lado melhor, mais bonito, mais luminoso e vibrante das coisas que lhe acontecem. 



Nossa percepção é seletiva, nós "focalizamos" o que queremos ver e deixamos de perceber o restante.


... Você já reparou como é fácil ficar de baixo astral?


Uma conta para pagar...


Não ganhar todo o dinheiro de que se precisa...


Não ter a aparência que se gostaria de ter...


Não ser valorizada no trabalho...


Não ter encontrado o sucesso, ou um grande amor ...



É por isso que frequentemente não nos sentimos bem. Depositamos nossa atenção no que nos falta, no que nos magoa...E ocupamos nossa mente com pensamentos preocupantes sobre o futuro. Enfim, deixamos a nossa mente à deriva, torturada por pensamentos negativos que nos dominam.


Na verdade a maior parte do tempo, estamos lutando com a vida, não aceitando o que ela nos traz...E quando não aceitamos aquilo que é, e nos concentramos no que deveria ser, nos frustramos, sofremos cada vez mais, ao ponto de perdemos o sentido da existência...


É justamente quando estamos frustrados e insatisfeitos, que precisamos lembrar que possuímos uma antena interna - a atenção - capaz de captar o lado bom da vida. Exatamente como na natureza, faz o girassol.



O girassol se volta para onde o sol estiver, mesmo que este esteja escondido atrás de uma nuvem. Ele está sempre em busca da luz, da vitalidade, da força, da beleza. 



Saber captar o lado luminoso da vida significa aprendermos a valorizar tudo de bom que já recebemos e também a sermos gratos por isso...


Apreciar e agradecer o carinho, o afeto, os gestos de atenção e delicadeza oferecidos pelos amigos, filhos, pais, namorados. Apreciar o sorriso luminoso de alguém que você gosta. Apreciar um gesto de gentileza, uma palavra de estímulo do seu colega de trabalho, do seu vizinho...


Apreciar todo contato humano que lhe trouxe conforto, novo ânimo...Apreciar todo apoio que a vida lhe deu, de tantas formas misteriosas, quando precisou... Apreciar e agradecer porque a Vida é Amor, e sempre o protegeu, realizou seus desejos mais profundos, tomou conta de seus interesses e suas verdadeiras necessidades...


Ser aprendiz de girassol,não é fácil!

Infelizmente a maioria de nós, não foi preparada pra buscar o lado luz da vida, e vive se debatendo na obscura zona dos condicionamentos subconscientes e dos pensamentos destrutivos! 



Daqui pra frente, quando perceber que está desanimado, revoltado ou deprimido, que possa se lembrar de ser girassol.


Selecione o melhor do seu mundo, valorize tudo o que de bonito e bom que existe nele!


Acredite no Poder da Luz para neutralizar qualquer situação adversa e transformar sua Vida em uma verdadeira obra-prima!


Assim, começará a reter Força, Vitalidade e Alegria dentro de você.


E como o girassol, estará de bem com a grande festa colorida que é a Vida!
🌻🌻🌻🌻🌻🌻🌻
Fênix Faustine

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Cristãmente


Conheça a você mesmo.

Existem pessoas que percorrem o mundo inteiro à procura de si próprias.


Resguarde o corpo físico.

Toda indisciplina pode dar serviço aos coveiros.


Santifique a palavra.

Entre os animais da Terra, só o homem possui desenvoltura para falar.


 Supere o vício.

Se você não domina o hábito, o hábito acaba dominando você.


 Ajude para o bem.

A luta pela conservação da posse também cria chagas e rugas.


 Esqueça o mal.

Antes da fatalidade da morte, existe a fatalidade da vida.


 Entenda auxiliando.

Viva o cristão de tal modo que ninguém lhe deseje a ausência.


 Não reclame.

O próprio Senhor do Universo traça leis mas não faz exigências.
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André Luiz
(Psicografia de Waldo Vieira)
Obra: IDEAL ESPÍRITA
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MENSAGEM DO ESE:
Beneficência exclusiva

É acertada a beneficência, quando praticada exclusivamente entre pessoas da mesma opinião, da mesma crença, ou do mesmo partido?

Não, porquanto precisamente o espírito de seita e de partido é que precisa ser abolido, visto que são irmãos todos os homens. O verdadeiro cristão vê somente irmãos em seus semelhantes e não procura saber, antes de socorrer o necessitado, qual a sua crença, ou a sua opinião, seja sobre o que for. Obedeceria o cristão, porventura, ao preceito de Jesus-Cristo, segundo o qual devemos amar os nossos inimigos, se repelisse o desgraçado, por professar uma crença diferente da sua? Socorra-o, portanto, sem lhe pedir contas à consciência, pois, se for um inimigo da religião, esse será o meio de conseguir que ele a ame; repelindo-o, faria que a odiasse.

— S. Luís. (Paris, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, item 20.)


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Donativo do Coração



Seja a tua palavra clarão que ampare, chama que aquece, apoio que escore e
bálsamo que restaure.


Sempre que te disponhas a sair de ti mesmo para o labor da beneficência, não
olvides o donativo da coragem!


Auxilia ao próximo por todos os meios corretos ao teu alcance, mas, acima de
tudo, ampara o companheiro de qualquer condição ou de qualquer procedência,
a sentir-se positivamente nosso irmão, tão necessitado quanto nós da
paciência e do socorro de Deus.
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Autor: Emmanuel
Psicografia de Francisco Cândido Xavier

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

Dádiva para Deus


Desculpar as ofensas sem comentá-las.

 Auxiliar aos companheiros do caminho sem falar disso a ninguém.

 Humilhar-se para os amigos, a fim de conservá-los.

 Escutar referências infelizes envolvendo-as no silêncio.

 Ver quadros inconvenientes ou destrutivos apagando-lhes as imagens e as cores na memória, para que não cheguem à conversação.

 Solucionar problemas dessa ou daquela pessoa amiga, sem que ela venha a saber disso.

 Abster-se de qualquer comentário infeliz, quando o propósito de enunciá-lo nos visite a cabeça.

 Repetir informações sem alterar a voz e sem críticas, mesmo risonhas, com os nossos semelhantes que ainda não hajam adquirido a suficiência desejável no domínio da compreensão.

 Respeitar as mágoas alheias, vestindo-as com a bênção da amizade e do entendimento.

Aceitar sem melindres a irritação de qualquer pessoa, sem excitá-la com respostas esfogueantes.

 Apagar o braseiro da discórdia, no nascedouro, sem contar vantagens de semelhante construção espiritual.

 Abster-se de imprudência com os irmãos ainda imprudentes e manter a paciência nos instantes em que a serenidade parece distanciar-se de nós.

 Estejamos certos de que as dádivas em favor dos homens são todas elas bênçãos da vida que a vida nos retribuirá fatalmente; no entanto, existem dádivas para Deus que os beneficiados desconhecem, e que Deus saberá premiar com a luz da alegria e com a paz do coração.
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Irthes Therezinha
Chico Xavier
Obra: CURA
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MENSAGEM DO ESE:

Causas atuais das aflições (II)

A lei humana atinge certas faltas e as pune. Pode, então, o condenado reconhecer que sofre a conseqüência do que fez. Mas a lei não atinge, nem pode atingir todas as faltas; incide especialmente sobre as que trazem prejuízo à sociedade e não sobre as que só prejudicam os que as cometem, Deus, porém, quer que todas as suas criaturas progridam e, portanto, não deixa impune qualquer desvio do caminho reto. Não há falta alguma, por mais leve que seja, nenhuma infração da sua lei, que não acarrete forçosas e inevitáveis conseqüências, mais ou menos deploráveis. Daí se segue que, nas pequenas coisas, como nas grandes, o homem é sempre punido por aquilo em que pecou. Os sofrimentos que decorrem do pecado são-lhe uma advertência de que procedeu mal. Dão-lhe experiência, fazem-lhe sentir a diferença existente entre o bem e o mal e a necessidade de se melhorar para, de futuro, evitar o que lhe originou uma fonte de amarguras; sem o que, motivo não haveria para que se emendasse. Confiante na impunidade, retardaria seu avanço e, conseqüentemente, a sua felicidade futura.


Entretanto, a experiência, algumas vezes, chega um pouco tarde: quando a vida já foi desperdiçada e turbada; quando as forças já estão gastas e sem remédio o mal. Põe-se então o homem a dizer: “Se no começo dos meus dias eu soubera o que sei hoje, quantos passos em falso teria evitado! Se houvesse de recomeçar, conduzir-me-ia de outra maneira. No entanto, já não há mais tempo!” Como o obreiro preguiçoso, que diz: “Perdi o meu dia”, também ele diz: “Perdi a minha vida”. Contudo, assim como para o obreiro o Sol se levanta no dia seguinte, permitindo-lhe neste reparar o tempo perdido, também para o homem, após a noite do túmulo, brilhará o Sol de uma nova vida, em que lhe será possível aproveitar a experiência do passado e suas boas resoluções para o futuro.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 5.). 

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IGNORÂNCIA VOLUNTÁRIA



Por incrível que pareça, mesmo nos dias atuais, há aqueles que optam pela ignorância voluntária em torno da Verdade, com o propósito de não serem chamados a maiores responsabilidades por suas atitudes.


Para que a consciência não passe a incomodá-los em níveis mais profundos, sequer se arriscam a ler a página de um livro esclarecedor.


Por interesse próprio, negam, sistematicamente, a sobrevivência da alma, após a morte do corpo, porque não se acham dispostos a submeter-se às mudanças que semelhante crença acaba por implicar.


Inclusive, fogem eles a qualquer diálogo que os possa induzir a reflexões que não lhes permitiriam continuar desfrutando dos prazeres do mundo sem nenhum traço de remorso.


Agem, enfim, como se, com as suas artimanhas ingênuas, pudessem ludibriar a Inteligência Divina, que nos conhece o móvel secreto das intenções mais recônditas.


É que esses nossos irmãos, adeptos da ignorância voluntária das realidades transcendentes da Vida, desconhecem que, por saberem muito bem do que estão pretendendo escapar, haverão de responder também.
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Irmão José (psic. Carlos Baccelli - do livro "Ajuda-te e o Céu te Ajudará")

domingo, 14 de fevereiro de 2021

Vida e amor



A cena desenrolou-se há quase cinco anos.


O apelo vinha de longe. O cansaço da velha amiga se lhe desenhava no rosto. E o rosto dela se nos refletia no espelho da mente.


Era D. Maria Eugênia da Cunha, que eu conhecera menina e moça em meus últimos tempos no Rio. Lembrava-nos a afeição, rogava socorro espiritual. A jovem de outra época era agora uma viúva, pobre, residindo por favor com o filho único, recém-casado.


O chamamento lhe fluía do ser, em nossa direção: “Meu amigo, em nome de Jesus, se é possível, auxilie-me… Não aguento mais!”


Utilizando os recursos do desencarnado, quando pode ganhar distância e tempo, fomos vê-la e encontramo-la, arrasada de angústia, ante as invectivas da nora. Maria Cristina, a boneca que lhe desposara Júlio, o filho que ela preparara com tanto mimo para a vida, não considerava nem mesmo a tempestade, lá fora, e ordenava:


— E a senhora saia daqui hoje…


— Mas hoje? Com esta noite? — arrazoava a sogra, em pranto.


— Estou farta, se eu fosse velha moraria no asilo.


— Preciso ver meu filho…


— Isso é que não. Quem manda nesta casa sou eu…


— Sou mãe.


— Seja o que for, saia daqui. A senhora tem sua irmã no Leblon, tem sobrinhos em Madureira… Pode escolher.


— Maria Cristina!…


— Não dramatize.


— Afinal, você me expulsa deste modo?! Que fiz eu?


— Não vou com a sua cara.


— Minha filha, pelo amor de Deus, não me atire assim pela porta fora…


— Arranque-se daqui ou não respondo pelo que possa acontecer.


— Júlio!… Quero ver Júlio!…


— A senhora não mais envenenará meu marido com as suas conversas…


— Ah! meu Deus!…


— Não se escore em Deus para mudar de assunto. Saia agora!


— Preciso arranjar minhas coisas, minha roupa…


— Nada disso… Amanhã, a senhora telefone, que eu mando seus cacarecos…


— Não posso sair assim…


— Vamos ver quem pode mais… Colocando algum dinheiro nas mãos da sogra, sacudiu-a com violência e, em seguida, puxou-a até a porta e gritou:


— Vá de táxi, vá de ônibus, vá como quiser, mas desapareça!


Inútil qualquer tentame de socorro. A moça, transtornada, não assimilava qualquer apelo à misericórdia.


Num momento, D. Maria Eugênia se viu empurrada para a rua. A pobre cambaleou, arrastou-se, e, mais alguns minutos de chuva e lágrimas nos olhos, o desastre… Projetada ao longe por pesado veículo, veio a fratura mortal.


No dia seguinte, identificada pelo filho numa casa de pronto-socorro, largou-se do corpo, ao anoitecer.


Abateu-se o infortúnio sobre o casal.


Júlio e Maria Cristina passaram à condição de doentes da alma. Por mais que a mulher engenhasse a escapatória, asseverando que a sogra teimara em sair em visita à irmã, debaixo do aguaceiro, o esposo desconfiava. Desconfiava e sofria.


D. Maria Eugênia, porém, na Espiritualidade, compadeceu-se dos filhos e, conquanto enriquecida de proteção e carinho, não se sentia tranquila ao sabê-los em desentendimento e dificuldade. Repetia preces, mobilizou relações e, depois de quatro anos, venceu o problema; tornando, de novo, à Terra…


Hoje, fui ver a velha amiga renascida no Rio. Renasceu de Júlio e Maria Cristina, lembrando uma flor de luz no mesmo tronco familiar. Os pais felizes, agindo intuitivamente, deram-lhe o mesmo nome: Maria Eugênia. O jovem genitor beijava-a enternecido e a ex-nora, transfigurada em mãezinha abnegada, guardava-a sobre o próprio seio, com a ternura de quem carrega um tesouro.


 Meditava nos prodígios da reencarnação, à frente do trio, quando o irmão Felisberto, que me acompanhava, falou, entre a alegria e a emoção:


— Veja, meu amigo! Não adianta brigar, condenar, ofender, perseguir… A lei de Deus é o amor e o amor vencerá sempre.
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Irmão X
Chico Xavier
Obra: CURA
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MENSAGEM DO ESE:

Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará (II)

Se Deus houvesse isentado do trabalho do corpo o homem, seus membros se teriam atrofiado; se o houvesse isentado do trabalho da inteligência, seu espírito teria permanecido na infância, no estado de instinto animal. Por isso é que lhe fez do trabalho uma necessidade e lhe disse: Procura e acharás; trabalha e produzirás. Dessa maneira serás filho das tuas obras, terás delas o mérito e serás recompensado de acordo com o que hajas feito.


Em virtude desse princípio é que os Espíritos não acorrem a poupar o homem ao trabalho das pesquisas, trazendo-lhe, já feitas e prontas a ser utilizadas, descobertas e invenções, de modo a não ter ele mais do que tomar o que lhe ponham nas mãos, sem o incômodo, sequer, de abaixar-se para apanhar, nem mesmo o de pensar. Se assim fosse, o mais preguiçoso poderia enriquecer-se e o mais ignorante tornar-se sábio à custa de nada e ambos se atribuírem o mérito do que não fizeram. Não, os Espíritos não vêm isentar o homem da lei do trabalho: vêm unicamente mostrar-lhe a meta que lhe cumpre atingir e o caminho que a ela conduz, dizendo-lhe: Anda e chegarás. 


Toparás com pedras; olha e afasta-as tu mesmo. Nós te daremos a força necessária, se a quiseres empregar. (O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXVI, nº 291 e seguintes.)


Do ponto de vista moral, essas palavras de Jesus significam: Pedi a luz que vos clareie o caminho e ela vos será dada; pedi forças para resistirdes ao mal e as tereis; pedi a assistência dos bons Espíritos e eles virão acompanhar-vos e, como o anjo de Tobias, vos guiarão; pedi bons conselhos e eles não vos serão jamais recusados; batei à nossa porta e ela se vos abrirá; mas, pedi sinceramente, com fé, confiança e fervor; apresentai-vos com humildade e não com arrogância, sem o que sereis abandonados às vossas próprias forças e as quedas que derdes serão o castigo do vosso orgulho. Tal o sentido das palavras: buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXV, itens 3 a 5.)

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Algumas constatações evolutivas que você já deve ter vivido mas não se conscientizado ainda



1- O outro não existe para te agradar.


2- Ninguém é culpado pelo que você está sentindo. É você que opta pelos sentimentos que tens neste momento.


3- A arte de viver sem expectativas e, sim, com perspectiva é a chave para não se frustrar.


4- Cure em você o vício da necessidade de aprovação do outro. Só assim, poderá desfrutar da ousadia e confiança natural ao seu espírito.


5- Você não tem controle de nada, por mais que acredite que tenha. Lembre-se, daqui a pouco a Terra irá reivindicar o seu corpo e deixarás esse planeta para ingressar numa nova fase de existência. Abra mão do controle, só assim terá domínio sobre si mesmo e sobre sua vida. Controle é um reflexo do medo, domínio é um reflexo do estado de ausência absoluta de tensão interna.


6- Não se deforme ou se descaracterize para tentar "caber" no espaço apertado do pensamento que o outro tem em relação a você. Isso não vai dar certo. Quando você se deforma para agradar alguém, sua luz se apaga e é apenas você que fica no escuro se sentindo perdido.


7- Não acredite no que os outros dizem para você, por mais romântico e poético que possa ser. O que importa são as atitudes e não as palavras.


8- Abandone o orgulho e o delírio de acreditar que tudo vai ser como você quer.


9- Tudo é passageiro.Como diria Charles Chaplin. De perto a vida é uma tragédia, de longe é uma comédia. Daqui a pouco você vai rir de todos os dramas que criou. Pois tudo passa.


10- Você é responsável por tudo que está acontecendo em sua vida. Seus pensamentos e sentimentos predominantes irão formatar a sua realidade; quer você queira, quer não. Portanto, se quiser mudar a sua realidade, mude seus pensamentos e sentimentos.


11- Carência emocional não é a necessidade de receber e, sim, de se dar. Só você poderá suprir suas necessidades emocionais. Projetá-las em alguém é o mesmo que pedir para que alguém se alimente para saciar a sua fome.


12 - Viva com simplicidade e com mais realidade. Só assim, quem você realmente é, vai surgir de verdade. Ria mais e não leve tudo tão a sério. Afinal de contas, a essência da vida é se descobrir e desfrutar dessa maravilhosa aventura chamada evolução.
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Paz & Consciência