sábado, 11 de janeiro de 2014

Deus e Nós

Observa em derredor de ti e reconhecerás onde, como e quando Deus te chama em silêncio a colaborar com Ele, seja no desenvolvimento das boas obras,
 na sustentação da paciência,
 na intervenção caridosa em assuntos inquietantes para que o mal não interrompa a construção do Bem, 
na palavra iluminativa ou na seara do conhecimento superior, habitualmente ameaçada pelo assalto das trevas.

Sem dúvida, em lugar algum e em tempo algum, nada conseguiremos, na essência, planejar, organizar, conduzir, instituir ou fazer sem Deus; 
no entanto, em atividade alguma, não nos é lícito olvidar 
que Deus igualmente espera por nós.
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Emmanuel
Chico Xavier




sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Perdoar e Compreender



Muita gente perdoa, no entanto, não compreende, e muita gente compreende, todavia, não perdoa.

Muitos companheiros se alheiam às ofensas recebidas, procurando esquece-las, mas querem distância daqueles que as formulam, sem lhes entender as dificuldades, e outros muitos compreendem aqueles que os molestam, entretanto, não lhes desculpam os gestos menos felizes.

Perdoar e compreender, porém, são complementos do amor e impositivos do aceitar os nossos companheiros da humanidade, tais quais são.

Reflitamos nisso, reconhecendo que o entendimento e a tolerância que os outros solicitam de nós são a tolerância e o entendimento de que nós necessitamos deles.

É possível que nos haja ferido e igualmente provável tenhamos ferido a outrem. Alguém terá errado contra nós e teremos decerto errado contra alguém.

Pondera isso e compadece-te de todos os ofensores.

Quem te prejudica talvez age sob compulsiva da necessidade; 
quem te menospreza, possivelmente sofre a influência de transitórios enganos; 
aquele que te esquece com aparente descaso estará enfermo da memória, 
e aquele outro ainda que te golpeia evidentemente procede sob a hipnose da obsessão.

Nunca te revoltes, nem desanimes.

Faze o Bem, olvidando o mal.

Desculpemos quaisquer faltas, compreendendo os autores delas, e compreendamos os nossos irmãos em falta, desculpando a todos eles.

O amparo espiritual que doemos agora, a favor de alguém, será o amparo espiritual de que precisaremos todos da parte de outro alguém.

Quando Jesus nos adverte: “perdoa setenta vezes sete a teu irmão”, claramente espera venhamos a compreender outras tantas.
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Emmanuel
Chico Xavier
 









quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Amar a Nós Mesmos


Amar a nós mesmos não é consagrarmos a vida à exaltação absoluta do corpo de carne que o homem serve de veículo provisório na luta redentora da Terra.

Certo, tanto quanto devemos atenção e assistência a qualquer máquina útil, não podemos relaxar no cuidado que nos merece a vestimenta física, entretanto, não nos cabe centralizar todos os objetivos da existência naquilo que, no fundo, seria a preservação da animalidade.

Amarmo-nos, então, será atendermos ao justo imperativo de nossa habilitação espiritual para a vida eterna.

Nesse sentido, é indispensável aproveitarmos o concurso valioso e eficiente da dor e da luta, do trabalho e do sacrifício, na aquisição de nossas melhores experiências para os círculos mais altos.

A pedra que fugisse ao buril e o vaso que se desviasse do clima asfixiante do forno jamais seriam arrancados do primitivismo agreste aos espetáculos da beleza e da utilidade.

Claro, portanto, que se realmente amamos a nós mesmos, não podemos perder a nossa oportunidade de elevação, através das provas e dos sofrimentos que o estágio curto na Terra nos oferece.

*Renúncia é sublimação.
*Obstáculo é auxílio.
*Trabalho é posse de competência.
*Disciplina é sementeira de altos valores espontâneos.
*Obediência ao bem é construção do progresso comum.
*Escravidão aos deveres da reta consciência é acesso à Vida Superior.
*Silêncio é porta para a humildade.
*Serviço de hoje aos semelhantes é influência divina amanhã.
*Dificuldades bem superadas são bênçãos.

Se buscarmos, desse modo, amar a nós mesmos, saibamos desprezar o contentamento efêmero de algumas horas na carne escura e frágil, valorizando o nosso ensejo de aprender e crescer, com os entraves e sombras, com as dores e aflições do caminho terrestre, porque, purificando a nós mesmos, no sacrifício pelo Bem dos outros, mais cedo alcançaremos a áurea da imperecível felicidade. 
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Emmanuel 
Chico Xavier











quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Precipitação




A precipitação responde por muitos males que afligem o homem.

Um comportamento ansioso leva a estados de perturbação, geradores de sofrimentos perfeitamente evitáveis.

Sob o estigma da ansiedade as atitudes são incorretas, fomentando resultados inadequados à edificação interior.

O exercício da calma, por isso mesmo, faz-se imprescindível para uma jornada harmônica face às perplexidade que a vida moderna impõe.

A calma ensina a esperar pelos resultados de qualquer realização, que não podem ser antecipados.

O ritmo do tempo é inalterável, razão por que os acontecimentos sucedem naturalmente dentro de espaços que não podem ser modificados.

A instância da precipitação o homem ouve e vê mediante óptica deformada, que mais o perturba, desde que obnubilando-lhe o discernimento, precipita-o em despenhadeiros de infortúnios.

Há tempo de semear, sendo, portanto, compreensível que chegará o tempo de segar.

Inutilmente se pretenderá com êxito precipitar os fenômenos da vida, entre a germinação e a frutescência do grão.

No campo moral, o mecanismo é equivalente.

Cada fase tem um período próprio; cada ocorrência seu instante azado.

Reúne as tuas forças morais na disciplina do equilíbrio, não precipitando sucessos que devem seguir o seu curso normal.

Consciente de que somente te ocorrerá o que esteja na tua programação cármica, não sofras por antecipação, propiciando estados de ansiedade e amargura, que poderiam ser evitados.

Quando suceder que o sofrimento desabe sobre ti, enfrenta-o com nobreza, sabendo que o mesmo se te faz necessário, como forma de crescimento para a vida e de recuperação pessoal, na contabilidade dos valores espirituais.

Disse Jesus: “Somente caem as folhas das árvores pela vontade de Deus”, demonstrando que toda ocorrência está subordinada a leis que comandam todos os fenômenos do Cosmo.

Da mesma forma, sucedem no teu universo pessoal, acontecimentos a que fazes jus e de que necessitas.

Tem, portanto, paciência e não te precipites nunca.

Arrepender-te-às pela decisão arroubada, ansiosa, e nunca por aquela que nasce da reflexão e da calma.

Se parecer-te impossível suportar em paz os problemas que te angustiam, recorre à oração e deixa-te acalmar pela blandícia do intercâmbio entre ti, que rogas, e a Divindade que te responde, asserenando-te e poupando-te à precipitação.
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Autor: Joanna de Ângelis
 


 





segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Enquanto se espera


Decisões apressadas em assuntos de importância?
Espera um tanto mais.
*
Usar a chamada “franqueza” diante de alguém?
Espera um tanto mais.
*
Formular reclamações tão- só no próprio interesse?
Espera um tanto mais.
*
Reagir impetuosamente contra isso ou contra aquilo?
Espera um tanto mais.
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Enquanto se espera , é provável que muitas ocorrências venham a surgir em auxílio de nosso próprio esclarecimento.
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Emmanuel
Chico Xavier 
 




 

domingo, 5 de janeiro de 2014

Acostuma-te à verdade



Acostuma-te à verdade. 

O hábito da mentira branca também chamada inocente ou social, levar-te-á às graves, empurrando-te para o lodaçal da calúnia e da maledicência frequente. 

A fagulha produz incêndios semelhantes aos gerados pela labareda crepitante... 

Os grandes crimes se originam em pequenos delitos, não alcançados pela Justiça, que ensejam o agravamento do mal. 

Usa de severidade moral para contigo, não embarcando nas canoas das conveniências gerais. 

Cada pessoa responde por si mesma, e os seus atos ficam gravados na consciência individual.  

Sê tu mesmo, em constante progresso moral. 
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Joanna de Ângelis