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domingo, 25 de agosto de 2024

Perdão


Perdão é a possibilidade de trabalhar no resgate de nossas próprias faltas, é a luz
do arrependimento que nos clareia a estrada ainda mesmo depois de nos arrojarmos às trevas interiores, é o ar que respiramos, generoso e puro, mesmo além do nosso gesto que maculou a simplicidade da Natureza.

O Pai desculpa os filhos proporcionando-lhes novo ensejo á corrigenda e à
santificação, e, se o Todo-Compassivo nos tolera em semelhante clima construtivo, cabe-nos igualmente esquecer todo mal, na consideração dos próprios males que já praticamos, aproveitando todas as horas de nossa experiência no tempo para engrandecer a bondade, sem a qual não seguiremos para a frente.

A justiça funciona até que o amor tome posse do coração e da vida.

Onde há fraternidade, há compreensão. E onde há entendimento, há perdão com
absoluto olvido da ofensa e trabalho espontâneo a benefício do ofensor, com as melhores vibrações de simpatia.

Enquanto alimentamos as pequenas discórdias, colaboramos com as grandes
guerras, e, enquanto sustentamos adversários, garantimos focos infecciosos de raios mentais destruidores contra nós.

Recordemos o Cristo e lembremo-nos de que o Senhor silenciou perante a justiça.

Seu Espírito Divino pairava acima de todas as disputas humanas e, por isso mesmo, descerrando o coração cheio de amor, converteu-se, na cruz, em lâmpada celeste acesa no mundo para todos os séculos da Humanidade, indicando-nos o glorioso roteiro da Vida Eterna.

🍃🌹🍃
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Escrínio de Luz
🍃🌹🍃

25 de agosto

Não pense nem por um momento que você não tem nada para doar.

Você tem um enorme potencial para doar e quanto menos você pensar nisso, melhor se sairá.

Quanto mais você pensar e viver pelos outros, esquecendo seu próprio ego no serviço ao próximo, sem nenhuma preocupação sobre retribuição, mais feliz você será.

Nunca doe com uma mão e tire com a outra.

Quando você doa algo, seja lá o que for, doe desapegadamente, para que o presente possa ser usado livremente.

Quando você doar, doe com fartura, livremente, de todo coração, e depois esqueça que doou.

Este princípio se aplica a presentes em todos os níveis, seja material ou imaterial, tangível ou intangível.

Seja sempre generoso em suas dádivas e não tenha medo que algo lhe falte, porque se você tiver receio ao doar, não será um ato verdadeiro.

Doando verdadeiramente, nada lhe faltará.

🍃🌹🍃
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🍃🌹🍃








🌹🍃🌹

MENSAGEM DO ESE:

I – Limites da Encarnação

24 – Quais são os limites da encarnação?

A encarnação não tem, propriamente falando, limites nitidamente traçados, se por isto se entende o envoltório que constitui o corpo do Espírito, pois a materialidade desse envoltório diminui à medida que o Espírito se purifica. Em certos mundos, mais avançados que a Terra, ele já se apresenta menos compacto, menos pesado e menos grosseiro, e conseqüentemente menos sujeito a vicissitudes. Num grau mais elevado, desmaterializa-se e acaba por se confundir com o perispírito. De acordo com o mundo a que o Espírito é chamado a viver, ele se reveste do envoltório apropriado à natureza desse mundo.

O perispírito mesmo sofre transformações sucessivas. Eteriza-se mais e mais, até a purificação completa, que constitui a natureza dos Espíritos puros. Se mundos especiais estão destinados, como estações, aos Espíritos mais avançados, estes não ficam sujeitos a eles, como nos mundos inferiores: o estado de libertação que já atingiram permite-lhes viajar para toda parte, onde quer que sejam chamados pelas missões que lhes foram confiadas.

Se considerarmos a encarnação do ponto de vista material, tal como a vemos na Terra, podemos dizer que ela se limita aos mundos inferiores. Depende do Espírito, portanto, libertar-se mais ou menos rapidamente da encarnação, trabalhando pela sua purificação.

Temos ainda a considerar que, no estado de erraticidade, ou seja, no intervalo das existências corporais, a situação do Espírito está em relação com a natureza do mundo a que o liga o seu grau de adiantamento. Assim, na erraticidade, ele é mais ou menos feliz, livre e esclarecido, segundo for mais ou menos desmaterializado.

🍃🌹🍃
SÃO LUIS Paris, 1859
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
🍃🌹🍃

Pandemia Depressiva


Depressão significa puxar para baixo, obrigando o Espírito a refugiar-se nas reflexões internas, a refazer observações, a percorrer novos caminhos.

Quando sintas o desânimo agravar-se no teu currículo de ações;

quando fores vítima de contínuos episódios de insônia com pensamentos conflitivos;

quando experimentes indiferença afetiva em relação às pessoas queridas;

quando o mau humor em forma de distimia passe a caracterizar-te;

quando a indisposição para qualquer atividade tornar-se frequente;

quando a irritação ou o desejo de isolamento social comecem a dominar-te,
tem cuidado, pois que estás em processo depressivo.

Atenta para a renovação interior, busca o auxílio espiritual e o prazer especializado, não te afastando do Psicoterapeuta sublime, porque estás caminhando pela noite escura, a que se refere São João da Cruz…

Liberta-te da sombra morbosa e inunda-te da luz do sol da alegria, rumando na direção da saúde que te aguarda.

Nasceste para conquistar o infinito, e isso depende exclusivamente de ti.

🍃🌹🍃
Joanna de Ângelis
Divaldo Franco
Trechos do livro: Entrega-te a Deus
🍃🌹🍃

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

Perdão, remédio santo


“Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem…” — JESUS (Lucas, 23.34)

 Toda vez que a moléstia te ameaça, recorres necessariamente aos remédios que te liberem da apreensão.
Agentes calmantes para a dor…
Sedativos para a ansiedade…

 Em suma, à face de qualquer embaraço físico, procuras reabilitar as funções do órgão lesado.

Lembra-te de semelhante impositivo e recorda que há pensamentos enfermiços de queixa e mágoa, de prevenção e antipatia, a te solicitarem adequada medicação para que se te restaure o equilíbrio.

 E se nas doenças vulgares reclamas despreocupação, em favor da cura, é natural que nos achaques do espírito necessites de esquecimento para que se te refaçam as forças.

 O perdão é, pois, remédio santo para a euforia da mente na luta cotidiana.

 Tanto quanto não deves conservar detritos e infecções no vaso orgânico, não mantenhas aversão e rancor na própria alma.

 Perdoa a quantos te aborreçam, perdoa a quantos te firam.

 Perdoa agora, hoje e amanhã, incondicionalmente.

Recorda que todas as criaturas trazem consigo as imperfeições e fraquezas que lhes são peculiares, tanto quanto, ainda desajustados, trazemos também as nossas.

 É por isso que Jesus; o Emissário Divino, crucificado pela perseguição gratuita, rogou a Deus, ante os próprios algozes:
— “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem…”

E, deixando os ofensores nas inibições próprias a cada um, sustentou em si a luz do amor que dissolve toda sombra, induzindo-nos à conquista da luz eterna.

🍄🍃🍄
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Palavras de vida eterna
🍄🍃🍄

28 de Agosto

É muito importante aprender a ordenar as suas prioridades, porque só depois de feito isso é que tudo poderá acontecer com perfeição.

Procure em seu coração e veja qual é a sua prioridade no momento.

É você e seu próprio bem estar?

É o seu trabalho e sua situação financeira?

Você está satisfeito de atravessar a vida sem perceber a Minha divina presença, acreditando que você pode sobreviver muito bem sem a Minha ajuda e que você não precisa de Mim?

Você é completamente livre para adotar a atitude que quiser.

Ninguém o impedirá.

Mas você tem que estar disposto a arcar com as consequências quando as coisas não derem certo.

Lembre-se, quando você sabe o que é certo e escolhe seguir seu próprio caminho, a responsabilidade que você assume é ainda maior, pois você não pode se declarar inocente.

Não invente desculpas; não diga que tem tanto que fazer que não tem tempo para mais nada.

Eu lhe digo que quando você ordena as suas prioridades você tem tempo para tudo.

🍄🍃🍄
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🍄🍃🍄





🍄🍃🍄

MENSAGEM DO ESE:

Advento do Espírito de Verdade (IV)

Deus consola os humildes e dá força aos aflitos que lha pedem. Seu poder cobre a Terra e, por toda a parte, junto de cada lágrima colocou ele um bálsamo que consola. A abnegação e o devotamento são uma prece continua e encerram um ensinamento profundo. A sabedoria humana reside nessas duas palavras. Possam todos os Espíritos sofredores compreender essa verdade, em vez de clamarem contra suas dores, contra os sofrimentos morais que neste mundo vos cabem em partilha. Tomai, pois, por divisa estas duas palavras: devotamento e abnegação, e sereis fortes, porque elas resumem todos os deveres que a caridade e a humildade vos impõe. O sentimento do dever cumprido vos dará repouso ao espírito e resignação. O coração bate então melhor, a alma se asserena e o corpo se forra aos desfalecimentos, por isso que o corpo tanto menos forte se sente, quanto mais profundamente golpeado é o espírito.

🍄🍃🍄
— O Espírito de Verdade. (Havre, 1863).
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VI, item 8.)
🍄🍃🍄

CAPACIDADE DE DESAPEGO


O que verdadeiramente revela a tua capacidade de desprendimento não é doação material que faças aos mais necessitados…

Tampouco o que fores capaz de deixar em testamento a obras de benemerência social…

Nem a generosidade espontânea em auxiliar a quem te estender a mão na via pública…

Ou, ainda, o montante de tuas doações ao longo de toda a existência…

Além de todas as tuas importantes demonstrações de renúncia aos bens transitórios da vida, o que haverá de mostrar a tua real inclinação à difícil virtude do desapego sobre o que tens e o que és será a tua capacidade de perdoar.

🍄🍃🍄
Irmão José (psic. Carlos Baccelli – do livro “Pai, Perdoa-lhes!”)
🍄🍃🍄

Diante de Melindres


Afugenta o melindre da área do teu comportamento pessoal.

Sempre encontrarás pessoas simpáticas como inamistosas pelo caminho por onde segues.

Não vale a pena melindrar-se, remoendo insatisfação.

Toda marcha está sujeita a tropeços e dificuldades, que constituem desafio e emulação para o avanço.

Uma jornada sem problemas torna-se monótona e desmotivadora.

Tu cresces em razão das lutas que enfrentas.

Permanece, pois, de bom humor sempre, mesmo diante das pessoas congeladoras ou agastantes.

🍄🍃🍄
Joanna de Ângelis
Divaldo Franco
Obra: Vida Feliz
🍄🍃🍄

Notas de bem viver


Por maiores sejam os obstáculos, procura doar o melhor de ti, na execução das tarefas que te cabem.

Se erraste, recomeça. Se caíres, pensa em tua condição de criatura humana, reajusta as próprias emoções e reergue-te para caminhar adiante.

Desânimo, em muitos casos, é ausência de aceitação do que ainda somos, ante a pressa de ser o que outros, pelo esforço próprio nas estradas do tempo, já conseguem ser.

Coragem é a força que nasce da nossa própria disposição de aprender e de servir.

Não te ausentes dos próprios encargos. Dever cumprido é passaporte ao direito que anseias usufruir.

Não acredites em felicidade no campo íntimo, sem o teu próprio trabalho para construí-la.

Toda realização nobre se levanta na base da perseverança no bem.

Compadece-te dos que, porventura, te firam e, ao recordá-lo, exerce a bondade sem ressentimento.

Não exijas de ninguém a obrigação de seguir-te os modelos de vida e pensamento.

Protege as crianças, tanto quanto se te faça possível, mas não te tortures, ante a escolha dos adultos que esperam de ti o respeito às experiências deles, tanto quanto reclamas o acatamento alheio para com as tuas.

Distribui otimismo e simpatia. Irritação não edifica.

Não percas tempo com lamentações inúteis, reconhecendo que há sempre alguém a quem podes beneficiar com essa ou aquela migalha de apoio e generosidade.

Deixa algum sinal de alegria, onde passes.

Quando os problemas do cotidiano se te façam difíceis, ao invés de inconformação ou de azedume, usa a paciência.

Sempre que necessário, empenha-te a ouvir esse ou aquele assunto, com mais atenção para que possas compreender isso ou aquilo com mais segurança. Lembra-te de que falando ou silenciando, sempre é possível fazer algum bem.

Grande entendimento demonstra a criatura que vive a própria vida do melhor modo que se lhe faça possível, concedendo aos outros o dom de viverem a vida que lhes é própria, como melhor lhes pareça.

🍄🍃🍄
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Atenção
🍄🍃🍄

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Desculpar



Desculpe e você compreenderá.

Onde existe amor não há lugar para ressentimento.

Ao colocar-se na condição de quem erra, seja qual seja o problema, você notará que a compaixão nos dissolve qualquer sombra de crítica.

A existência humana é uma coleção de testes em que a Divina Sabedoria nos observa, com vistas à nossa habilitação para a Vida Superior; quem hoje condena o próximo não sabe que talvez amanhã esteja enfrentando os mesmos problemas daqueles companheiros presentemente em dificuldade.

Nos esquemas da Eterna Justiça, o perdão é a luz que extingue as trevas.

Às vezes, aquilo que parece ofensa é o socorro oculto do Mundo Espiritual em seu benefício.

A misericórdia vai além do perdão, criando o esquecimento do mal.

Em muitas ocasiões, a Divina Providência nos permite o erro para que aprendamos a perdoar.

A indulgência é a fonte que lava os venenos da culpa.

Perdão é a fórmula da paz.

Aprendamos a tolerar, para que sejamos tolerados.
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André Luiz
Chico Xavier


MENSAGEM DO ESE: 

IX – Provas Voluntárias e Verdadeiro Cilício

UM ANJO DA GUARDA

Paris, 1863


26 – Perguntais se é permitido abrandar a vossas provas. Essa pergunta lembra estas outras: É permitido ao que se afoga procurar salvar-se? E a quem se espetou num espinho, retirá-lo? Ao que está doente, chamar um médico? As provas têm por fim exercitar a inteligência, assim como a paciência e a resignação. Um homem pode nascer numa posição penosa e difícil, precisamente para obrigá-lo a procurar os meios de vencer as dificuldades. O médico consiste em suportar sem murmurações as conseqüências dos males que não se podem evitar, em preservar na luta, em não se desesperar quando não se sai bem, e nunca em deixar as coisas correrem, que seria antes preguiça que virtude.

Essa questão nos conduz naturalmente a outra. Desde que Jesus disse: “Bem-aventurados os aflitos”, há mérito em procurar as aflições, agravando as provas por meio de sofrimentos voluntários? A isso responderei muito claramente: Sim, é um grande mérito, quando os sofrimentos e as privações têm por fim o bem do próximo, porque se trata da caridade pelo sacrifício; não, quando eles só têm por fim o bem próprio, porque se trata de egoísmo pelo fanatismo.

Há uma grande distinção a fazer. Quanto a vós, pessoalmente, contentai-vos com as provas que Deus vos manda, não aumenteis a carga já por vezes bem pesada; aceitai-as sem queixas e com fé, eis tudo o que Ele vos pede. Não enfraqueçais o vosso corpo com privações inúteis e macerações sem propósito, porque tendes necessidades de todas as vossas forças, para cumprir vossa missão de trabalho na Terra. Torturar voluntariamente, martirizar o vosso corpo, é infligir a lei de Deus, que vos dá os meios de sustentá-lo e de fortalecê-lo. Debilitá-lo sem necessidade é um verdadeiro suicídio. Usai, mas não abuseis: tal é a lei. O abuso das melhores coisas traz as suas punições, pelas conseqüências inevitáveis.

Bem outra é a questão dos sofrimentos que uma pessoa se impõe para aliviar o próximo. Se suportardes o frio e a fome para agasalhar e alimentar aquele que necessita, e vosso corpo sofrer com isso, eis um sacrifício que é abençoado por Deus. Vós, que deixais vossos toucadores perfumados para levar consolação aos aposentos infectos; que sujais vossas mãos delicadas curando chagas; que vos privais do sono para velar à cabeceira de um doente que é vosso irmão em Deus; vós, enfim, que aplicais a vossa saúde na prática das boas obras, tendes nisso o vosso cilício, verdadeiro cilício de bênçãos, porque as alegrias do mundo não ressecaram o vosso coração. Vós não adormecestes no seio das voluptuosidades enlanguescedoras da fortuna, mas vos transformastes nos anjos consoladores dos pobres deserdados.

Mas vós que vos retirais do mundo para evitar suas seduções e viver no isolamento,qual a vossa utilidade na Terra? Onde está a vossa coragem nas provas, pois que fugis da luta e desertais do combate? Se quiserdes um cilício, aplicai-o à vossa alma e não ao vosso corpo; mortificai o vosso Espírito e não a vossa carne; fustigai o vosso orgulho; recebei as humilhações sem vos queixardes; machucai vosso amor próprio; insensibilizai-vos para a dor da injúria e da calúnia, mais pungente que a dor física. Eis aí o verdadeiro cilício, cujas feridas vos serão contadas, porque atestarão a vossa coragem e a vossa submissão à vontade de Deus.



*

BERNARDIN

Espírito protetor, Bordeaux, 1863



27 – Deve-se pôr termo às provas do próximo, quando se pode, ou devemos, por respeito aos desígnios de Deus, deixá-las seguir o seu curso?

Já vos dissemos e repetimos, muitas vezes, que estão na terra de expiação para completarem as vossas provas, e que tudo o que vos acontece é conseqüência de vossas existências anteriores, as parcelas da dívida que tendes a pagar. Mas este pensamento provoca em certas pessoas reflexões que devem ser afastadas, porque podem ter funestas conseqüências.

Pensam alguns que, uma vez que se está na Terra para expiar, é necessário que as provas sigam o seu curso. Há outros que chegam a pensar que não somente devemos evitar atenuá-las, mas também devemos contribuir para torná-las mais proveitosas, agravando-as. É um grande erro. Sim, vossas provas devem seguir o curso que Deus lhes traçou, mas acaso conheceis esse curso? Sabeis até que ponto elas devem ir, e se vosso Pai Misericordioso não disse ao sofrimento deste ou daquele vosso irmão: “Não irás além disto?” Sabeis se a Providência não vos escolheu, não como instrumento de suplício, para agravar o sofrimento do culpado, mas como bálsamo consolador, que deve cicatrizar as chagas abertas pela sua justiça?

Não digais, portanto, aos verdes um irmão ferido: “É a justiça de Deus, e é necessário que siga o seu curso”, mas dizei, ao contrário: “Vejamos que meios nosso Pai misericordioso me concedeu, para aliviar o sofrimento de meu irmão. Vejamos se o meu conforto moral, meu amparo material, meus conselhos, poderão ajudá-lo a transpor esta prova com mais força, paciência e resignação. Vejamos mesmo se Deus não me pôs nas mãos os meios de fazer cessar este sofrimento; se não me deu, como prova também, ou talvez como expiação, o poder de cortar o mal e substituí-lo pela benção da paz”.

Auxiliai-vos sempre, pois em vossas provas mútuas, e jamais vos encareis como instrumentos de tortura. Esse pensamento deve revoltar todo homem de bom coração, sobretudo os espíritas. Porque o espírito mais que qualquer outro, deve compreender a extensão infinita da bondade de Deus. O espírita deve pensar que sua vida inteira tem de ser um ato de amor e de abnegação, e que por mais que faça para contrariar as decisões do Senhor, sua justiça seguirá o seu curso. Ele pode, pois, sem medo, fazer todos os esforços para aliviar o amargor da expiação, porque somente Deus pode cortá-la ou prolongá-la, segundo o que julgar a respeito.

Não seria excessivo orgulho, da parte do homem, julgar-se com o direito de revolver, por assim dizer, a arma na ferida? De aumentar a dose de veneno para aquele que sofre, sob o pretexto de que essa é a sua expiação? Oh!, considerai-vos sempre como o instrumento escolhido para fazê-la cessar. Resumamos assim: estais todos na Terra para expiar; mas todos, sem exceção, deveis fazer todos os esforços para aliviar a expiação de vossos irmãos, segundo a lei de amor e caridade.



*

SÃO LUIS

Paris, 1860



28 – Um homem agoniza, presa de cruéis sofrimentos. Sabe-se que o seu estado é sem esperança. É permitido poupar-lhe alguns instantes de agonia, abreviando-lhe o fim? 

Mas quem vos daria o direito de prejulgar os desígnios de Deus? Não pode ele conduzir um homem até a beira da sepultura, para em seguida retirá-lo, com o fim de fazê-lo examinar-se a si mesmo e modificar-lhe os pensamentos? A que extremos tenha chegado um moribundo, ninguém pode dizer com certeza que soou sua hora final. A ciência, por ação, nunca se enganou nas suas previsões?

Bem sei que há casos que se podem considerar, com razão, como desesperados. Mas se não há nenhuma esperança possível de um retorno definitivo à vida e à saúde, não há também inúmeros exemplos de que, no momento do último suspiro, o doente se reanima e recobra suas faculdades por alguns instantes? Pois bem: essa hora de graça que lhe é concedida, pode ser para ele da maior importância, pois ignorais as reflexões que o seu Espírito poderia ter feito nas convulsões da agonia, e quantos tormentos podem ser poupados por um súbito clarão de arrependimento.

O materialista, que só vê o corpo, não levando em conta a existência da alma, não pode compreender essas coisas. Mas o espírita, que sabe o que se passa além túmulo, conhece o valor do último pensamento. Aliviai os últimos sofrimentos o mais que puderdes, mas guardai-vos de abreviar a vida, mesmo que seja apenas um minuto, porque esse minuto pode poupar muitas lágrimas no futuro.



*

SÃO LUIS

Paris, 1860



29 – Aquele que está desgostoso da vida, mas não querendo abreviá-la, será culpado, indo procurar a morte num campo de batalha, com o pensamento de torná-la útil? Quer o homem se mate ou se faça matar, o objetivo é sempre o de abreviar a vida, e por conseguinte, há o suicídio de intenção, embora não haja de fato. O pensamento de que a sua morte servirá para alguma coisa é ilusório, simples pretexto, para disfarçar a ação criminosa e desculpá-los aos seus próprios olhos. Se ele tivesse seriamente o desejo de servir à pátria, procuraria antes viver para dedicar-se à sua defesa, e não morrer, porque uma vez morto já não serve para nada. A verdadeira abnegação consiste em não temer a morte quando se trata de ser útil, em enfrentar o perigo e oferecer o sacrifício da vida, antecipadamente e sem pesar, se isso for necessário. Mas a intenção premeditada de procurar a morte, expondo-se para tanto ao perigo, mesmo a serviço, anula o mérito da ação.



*

SÃO LUIS

Paris, 1860



30 – Um homem se expôs a um perigo iminente para salvar a vida de um semelhante, sabendo que ele mesmo sucumbirá; isso pode ser considerado como suicídio? Não havendo a intenção de procurar a morte, não há suicídio, mas devotamento e abnegação, mesmo com a certeza de perecer. Mas quem pode ter essa certeza? Quem diz que a Providência não reservará um meio inesperado de salvação, no momento mais crítico? Não pode a salvar até mesmo aquele que estiver na boca de um canhão? Pode ela, muitas vezes, querer levar a prova da resignação até o último limite, e então uma circunstância inesperada desvia o golpe fatal.



*

SÃO LUIS

Paris, 1860



31 – Os que aceitam com resignação os seus sofrimentos, por submissão à vontade de Deus e com vistas à sua felicidade futura, não trabalham apenas para eles mesmos, e podem tornar os seus sofrimentos proveitosos para outros? 

Esses sofrimentos podem ser proveitosos para outros, material e moralmente. Materialmente, se, pelo trabalho, as privações e os sacrifícios que se impõem contribuem para o bem-estar material do próximo. Moralmente, pelo exemplo que dão, com sua submissão à vontade de Deus. Esse exemplo do poder da fé espírita pode incitar os infelizes à resignação, salvando-os do desespero e de suas funestas conseqüências para o futuro. 
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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

sexta-feira, 11 de maio de 2012

O que Importa


Notas o desprezo.
O abandono te tortura.
Mas o que importa é tua fé.

Ouves a calúnia.
 A falsidade te fere.
 Mas o que importa é tua verdade.

Assistes à revolta.
 A violência te atinge.
Mas o que importa é teu perdão.

Observas o orgulho.
 A arrogância te machuca.
 Mas o que importa é tua humildade.

Reparas a inveja.
 O despeito te constrange.
 Mas o importa é tua paz.

O importante não é o que os outros pensam, falam ou fazem contigo.
 O que realmente importa é tua atitude.
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Bezerra de Menezes
 Chico Xavier





quarta-feira, 4 de abril de 2012

COMO PERDOAR


Na maioria dos casos, o impositivo do perdão surge entre nós e os companheiros de nossa intimidade, quando o suco adocicado da confiança se nos azeda no coração.

Isso acontece porque, geralmente, as mágoas mais profundas repontam entre os Espíritos vinculados uns aos outros na esteira da convivência.

Quando nossas relações adoeçam, no intercâmbio com determinados amigos que, segundo a nossa opinião pessoal, se transfiguram em nossos opositores, perguntemo-nos com sinceridade: 

“como perdoar, se perdoar não se resume à questão de lábios e sim a problema que afeta os mais íntimos mecanismos do sentimento?”

Feito isso, demo-nos pressa em reconhecer que as criaturas em desacerto pertencem a Deus e não a nós; 
que também temos erros a corrigir e reajustes em andamento;
 que não é justo retê-las em nossos pontos de vista, quando estão, qual nos acontece, sob os desígnios da Divina Sabedoria que mais convém a cada um, nas trilhas do burilamento e do progresso. 

Em seguida, recordemos as bênçãos de que semelhantes criaturas nos terão enriquecido no passado e conservemo-las em nosso culto de gratidão, conforme a vida nos preceitua.

Lembremo-nos também de que Deus já lhes terá concedido novas oportunidades de ação e elevação em outros setores de serviço e que será desarrazoado de nossa parte manter processos de queixa contra elas, no tribunal da vida, quando o próprio Deus não lhes sonega Amor e Confiança.

Quando te entregares realmente a Deus, a Deus entregando os teus adversários como autênticos irmãos teus, - tão necessitados do Amparo Divino quanto nós mesmos, penetrarás a verdadeira significação das palavras de Cristo:

“Pai, perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores”, reconciliando-te com a vida e com a tua própria alma.

Então, saberás oscular de novo a face de quem te ofendeu, e quem te ofendeu encontrará Deus contigo e te dirá com a mais pura alegria no coração:

 “bendito sejas...”
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Emmanuel
Chico Xavier



quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Se Todos Perdoassem





Imaginemos, por um minuto, que mundo maravilhoso seria a Terra, se todos perdoassem!...
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Se todos perdoassem, a ventura celeste começaria de casa, onde todo companheiro de equipe doméstica perceberia que a experiência na *vida é diferente para cada um e, por isso mesmo, teria suficiente disposição para agir em apoio dos associados da edificação em família, a fim de que venham a encontrar o tipo de felicidade pessoal e correta a que se dirigem.
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Se todos perdoassem, cada grupo na comunidade terrestre alcançaria o máximo de eficiência na produção do bem comum, porquanto, em toda parte, existiria entendimento bastante para que a inveja e o despeito, o azedume e a crítica destrutiva fossem banidos para sempre do convívio social.
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Se todos perdoassem, o espírito de competição, no progresso das ciências e na efetivação dos negócios, subiria constantemente de nível moral, suscitando as mais belas empresas de aprimoramento do mundo, porque o golpe e a vingança desapareceriam do intercâmbio entre pessoas e instituições, com o respeito mútuo revestindo de lealdade os menores impulsos à concorrência, que se fixaria exclusivamente no bem com esquecimento do mal.
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Se todos perdoassem, a guerra seria automaticamente abolida no Planeta, de vez que o ódio seria erradicado das nações, com a solidariedade traçando aos mais fortes a obrigação do socorro aos mais fracos, não mais se verificando a corrida de armamentos e sim a emulação incessante à fraternidade entre os povos.
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Se todos perdoassem, a saúde humana atingiria prodígios de equilíbrio e longevidade, porquanto a compreensão recíproca extinguiria o ressentimento e o ciúme, que deixariam, por fim assegurar, entre as criaturas, terreno propício à obsessão e à loucura, à enfermidade e à morte.
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Quando todos aprendermos a perdoar, o amor entoará hosanas, de polo a polo da Terra, e então o Reino de Deus fulgirá em nós e junto de nós para sempre.
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Emmanuel
Chico Xavier





terça-feira, 19 de abril de 2011

Mais Perto

Em muitas ocasiões, quem imaginas te haja ferido, não tem disso a mínima ideia,
de vez que terá agido sob a ação compulsiva de obsessão ou enfermidade.
*
Se recebeste comprovadamente uma ofensa de alguém,
esse alguém terá dilapidado a tranquilidade própria,
passando a carregar arrependimento e remorso,
em posição de sofrimento que desconheces.
*
Perante os ofensores, dispões da oportunidade revelar compreensão e proveito,
em matéria de aperfeiçoamento espiritual.
*
Aquele, a quem desculpas hoje uma falta cometida contra ti, será talvez, amanhã,
o teu melhor defensor, se caíres em falta contra os outros.
*
Diante da desilusão recolhida do comportamento de alguém,
coloca-te no lugar desse alguém,
observando se conseguirias agir de outra forma, nas mesmas circunstâncias.
*
Capacitemo-nos de que condenar o companheiro que erra
é agravar a infelicidade de quem já se vê suficientemente infeliz.
*
Revide de qualquer procedência, mesmo quando se enquiste unicamente
na mágoa individual imanifesta,
não resolve problema algum.
*
Quem fere o próximo efetivamente não sabe o que faz,
porquanto ignora as responsabilidades que assume na lei de causa e efeito.
*
Ressentimento não adianta, de vez que todos somos espíritos eternos
destinados a confraternizar-nos todos,
algum dia, à frente da Bondade de Deus.
*
Desculpar ofensas e esquecê-las é livrar-se de perturbação e doença,
permanecendo acima de qualquer sombra que se nos enderece na vida,
razão por que, em nosso próprio benefício,
advertiu-nos Jesus de que se deve perdoar qualquer falta, não apenas sete vezes,
mas setenta vezes sete vezes.
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EMMANUEL
Chico Xavier