Em muitas ocasiões, quem imaginas te haja ferido, não tem disso a mínima ideia,
de vez que terá agido sob a ação compulsiva de obsessão ou enfermidade.
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Se recebeste comprovadamente uma ofensa de alguém,
esse alguém terá dilapidado a tranquilidade própria,
passando a carregar arrependimento e remorso,
em posição de sofrimento que desconheces.
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Perante os ofensores, dispões da oportunidade revelar compreensão e proveito,
em matéria de aperfeiçoamento espiritual.
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Aquele, a quem desculpas hoje uma falta cometida contra ti, será talvez, amanhã,
o teu melhor defensor, se caíres em falta contra os outros.
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Diante da desilusão recolhida do comportamento de alguém,
coloca-te no lugar desse alguém,
observando se conseguirias agir de outra forma, nas mesmas circunstâncias.
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Capacitemo-nos de que condenar o companheiro que erra
é agravar a infelicidade de quem já se vê suficientemente infeliz.
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Revide de qualquer procedência, mesmo quando se enquiste unicamente
na mágoa individual imanifesta,
não resolve problema algum.
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Quem fere o próximo efetivamente não sabe o que faz,
porquanto ignora as responsabilidades que assume na lei de causa e efeito.
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Ressentimento não adianta, de vez que todos somos espíritos eternos
destinados a confraternizar-nos todos,
algum dia, à frente da Bondade de Deus.
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Desculpar ofensas e esquecê-las é livrar-se de perturbação e doença,
permanecendo acima de qualquer sombra que se nos enderece na vida,
razão por que, em nosso próprio benefício,
advertiu-nos Jesus de que se deve perdoar qualquer falta, não apenas sete vezes,
mas setenta vezes sete vezes.
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EMMANUEL
Chico Xavier
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