terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Diante da doença


Somos espíritos revestidos de matéria para cumprir missão na Terra. Nosso corpo é plasmado de forma a atender às nossas necessidades e carece de cuidados, como sensível ferramenta que é. Sofre de limitações, impostas em nosso próprio benefício e do inexorável desgaste do tempo, de acordo com a lei de Deus, mas sofre também as consequências do mau uso que fazemos dele, através das doenças, provocadas por abusos e falta de cuidados. Ainda assim, se cumprem a justiça e o amor de Deus, pois o padecimento do corpo nos induz a alterar os comportamentos nocivos.

O psiquismo alterado também prejudica o corpo. A raiva nos envenena o coração, podendo levar ao infarto. A ansiedade perturba as entranhas, desenvolvendo a úlcera. As doenças mentais refletem o desequilíbrio da alma, denunciando associações obsessivas. Os maus hábitos de álcool, tabaco e drogas corroem fígado, pulmão e cérebro. A gula mata, por diabetes, obesidade, arteriosclerose e hipertensão. A sexualidade desequilibrada conduz a doenças venéreas, AIDS e perversões. A depressão favorece o câncer.

A solução é uma só. A parte de buscar o concurso da medicina, urge modificar as atitudes. A temperança, a fé e o equilíbrio vem restaurar ao corpo as energias de que necessita para recuperar a saúde.

“Mente sã em corpo são” - Décimo Júnio Juvenal, poeta romano.

Desgastar prematuramente o corpo

com hábitos e pensamentos nocivos,

é desperdiçar o tempo a nós concedido

na Terra para a nossa evolução.

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Obra:  “Diante da vida”
Publicado na Página Tudo vem de Deus

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14 de janeiro

Existem tantas coisas maravilhosas para se fazer na vida, mas qual é a que você faz melhor?

Descubra e vá em frente: faça com entusiasmo.

Não perca tempo e energia pensando em fazer alguma outra coisa, ou desejando estar em outro lugar, com outras oportunidades.

Entenda que você está exatamente onde deveria estar e na hora certa, e que você está aí por um motivo específico, para cumprir uma tarefa específica.

Portanto, dê o máximo de si para essa tarefa e cumpra-a com amor e alegria.

Sinta como a vida pode ser divertida, não só para você, mas para todos à sua volta.

A não ser que você doe o melhor de si mesmo para o todo, você não pode ter esperança de se tornar parte desse todo.

Você se desliga dele e não haverá plenitude em você.

Você sentirá uma profunda satisfação quando fizer o que tem que fazer com perfeição e para o benefício do todo!

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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Mensagem do ESE:

Parentesco Corporal e Espiritual

8 – Os laços de sangue não estabelecem necessariamente os laços espirituais. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porque este existia antes da formação do corpo. O pai não gera o Espírito do filho: fornece-lhe apenas o envoltório corporal. Mas deve ajudar seu desenvolvimento intelectual e moral, para o fazer progredir.

Os Espíritos que se encarnam numa mesma família, sobretudo como parentes próximos, são os mais freqüentemente Espíritos simpáticos, ligados por relações anteriores, que se traduzem pela afeição durante a vida terrena. Mas pode ainda acontecer que esses Espíritos sejam completamente estranhos uns para os outros, separados por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem também por seu antagonismo na Terra, a fim de lhes servir de prova. Os verdadeiros laços de família não são, portanto, os da consangüinidade, mas os da simpatia e da comunhão de pensamentos, que unem os Espíritos, antes, durante e após a encarnação. Donde se segue que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue. Podem, pois, atrair-se, procurar-se, tornarem-se amigos, enquanto dois irmãos consanguíneos podem repelir-se, como vemos todos os dias. Problema moral, que só o Espiritismo podia resolver, pela pluralidade das existências. (Ver cap. IV, nº 13)

Há, portanto, duas espécies de famílias: as famílias por laços espirituais e as famílias por laços corporais. As primeiras, duradouras, fortificam-se pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das diversas migrações da alma. As segundas, frágeis como a própria matéria, extinguem-se com o tempo, e quase sempre se dissolvem moralmente desde a vida atual. Foi o que Jesus quis fazer compreender, dizendo aos discípulos: “Eis minha mãe e meus irmãos”, ou seja, a minha família pelos laços espirituais, pois “quem quer que faça a vontade de meu Pai, que está nos céus, é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.

A hostilidade de seus irmãos está claramente expressa no relato de São Marcos, desde que, segundo este, eles se propunham a apoderar-se dele, sob o pretexto de que perdera o juízo. Avisado de que haviam chegado, e conhecendo o sentimento deles a seu respeito, era natural que dissesse, referindo-se aos discípulos, em sentido espiritual: “Eis os meus verdadeiros irmãos”. Sua mãe os acompanhava, e Jesus generalizou o ensino, o que absolutamente não implica que ele pretendesse que sua mãe segundo o sangue nada lhe fosse segundo o Espírito, só merecendo a sua indiferença. Sua conduta, em outras circunstâncias, provou suficientemente o contrário.

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O Evangelho Segundo o Espiritismo
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CORTANDO ARESTAS


Aquele que lisonjeia a si mesmo está em situação pior que o bajulador. Além de se iludir, é iludido pela sua própria incapacidade de se analisar, favorecendo o ambiente interno para a proliferação do egoísmo e, por vezes, segue vivendo este mundo fantasioso por muitos e muitos anos.

É nesta hora que reconhecemos o valor do Cristo, que chega, em silêncio, aos nossos ouvidos e ao santuário do coração, a nos dizer com firmeza e bondade: "Corta, meu filho, as tuas próprias arestas. Opera essas saliências formadas pela vaidade orgulhosa, filha do egocentrismo".

O trabalho, entretanto, é demorado e os caminhos, cheios de espinhos. O ar é pesado para a respiração da alma e os inimigos da perfeição alvoroçam-se, em todos os sentidos, para por a pique a engenhosa ideia da renovação. Se queres avançar, se não é do teu costume ficar para trás, modifica o teu modo de ser no que tange às tuas imperfeições.

Quando encontrares o teu amigo e puxares com ele conversações que te dão prazer, lembra-te do aprimoramento das ideias. Esquece os feitos dos outros, quando a conduta dos teus semelhantes não se alinhavarem com as elevadas maneiras de viver.

Falar da vida alheia é predispor todos os órgãos à enfermidade e desarmonizar todos os corpos do espírito. Existem tantos assuntos elevados para se conversar; por que o mal? A maledicência é porta aberta para a inimizade e fermento para a discórdia. Medita todos os dias sobre a natureza, pensa sempre em Deus e não te esqueças de Jesus Cristo, para que o teu esforço não fique em vão e a tua inspiração preencha o teu coração com as vibrações dos altiplanos da espiritualidade maior.

Converte a tua mente em um campo de trabalho constante. Sê um operador inteligente, cortando todas as arestas que, porventura, te façam sofrer. Planta as sementes da Verdade e do Amor, que a Caridade se tornará mais visível em todos os teus caminhos.

Observa se conversas muito diante do teu companheiro. Se não deixas que ele fale para que ouças, ficarás sem amigo para te ouvir. Quando ele estiver de posse da palavra, não te impacientes com as opiniões que emitir, pois tu também tens as tuas. Quando for a tua hora de dizer, escolhe o que vais falar, cumpre o teu dever de bom semeador, que Deus certamente cuidará de todos. Se perceberes defeito grave no teu irmão, verifica a tua conduta e vê se não fazes o mesmo. O teu confrade pode ser o teu espelho e já terá te prestado uma grande ajuda se te ajudar a melhorar.

O mundo interno é a maior extensão para quem deseja trabalhar e és o dono do teu. Deves aprender a fazer a cirurgia moral em ti mesmo. Se quiseres, o próprio tempo te ensinará esta maravilhosa arte do aprimoramento próprio. Não fujas do dever para contigo mesmo, procura ajudar-te a melhorar, a cada dia que passa.

Quando estiveres em teu lar, alimentando-te ou mesmo descansando, não incentives conversações negativas, nem acolhas momentos de lembranças desastrosas. Sê alegre na faixa da alegria pura. O humor elevado é graça agradável na graça de Deus. Conta histórias aos que convivem contigo, histórias que elevem e distraiam, ampliando, assim os teus próprios conhecimentos, que logo respirarás um ar mais leve e, como por encanto, surgirá um bem-estar mais favorável à tua paz.

Se começares, há de compreender que arestas deves cortar, para que o teu coração pulse em teu peito com mais harmonia de vida.

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AUTOR: João Nunes Maia
DITADO PELO ESPÍRITO: Lancellin
Obra: Cirurgia moral
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segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Auxílio moral


Em muitas circunstâncias, afligimo-nos ante a impossibilidade de alterar o pensamento ou o rumo das pessoas queridas.

Como auxiliar um filho que se distancia de nós, através de atitudes que consideramos indesejáveis, ou amparar um amigo que persiste em caminho que não nos parece o melhor?

 Às vezes, a criatura em causa é alguém que nos mereceu longo tempo de conveniência e carinho; noutros lances da vida, é pessoa que se nos erigia na estrada em baliza de luz.

Tudo o que era harmonia passa ao domínio das contradições aparentes, e tudo aquilo que se nos figurava tarefa triunfante nos oferece a impressão de trabalho deteriorado, voltando à estaca zero.

Chegados a esse ponto de indagação e estranheza, é imperioso compreender que todos temos, na edificação espiritual uns dos outros, uma parte limitada de serviço e concurso, depois da qual vem a parte de Deus.

O lavrador promove condições favoráveis ao plantio da lavoura, mas não consegue colocar o embrião na semente; protege a árvore, mas não lhe inventa a seiva.

Assim ocorre igualmente conosco, nas linhas da existência. Cada qual de nós pode ofertar a outrem apenas a colaboração de que é capaz. Além dela, surge a zona íntima de cada um, na qual opera a Divina Providência, através de processos inesperados e, muitas vezes, francamente inacessíveis ao nosso estreito entendimento.

 Diante, pois, dos seres diletos que se nos complicam na estrada, o melhor e mais eficiente auxílio moral com que possamos socorrê-los será sempre o ato de estender-lhes a bênção da oração silenciosa, para que aceitem, onde se colocaram, o Amparo Divino que nunca falha. 

 Sejam quais forem os problemas que nos forem apresentados pelos entes queridos, guardemos a própria serenidade e cumpramos para com eles a parte de serviço e devotamento que lhes devemos, depois da qual é forçoso que nos decidamos a entregá-los à oficina da vida, em cujas engrenagens e experiências recolherão, tanto quanto nós todos temos recebido, a parte oculta do amor e da assistência de Deus.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Alma e coração
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13 de Janeiro

Sem fé você não pode trilhar este caminho espiritual.

Sem confiança não existe amor, e sem amor a vida é vazia.

Abra seu coração e mantenha o amor fluindo, sem se importar se a vida parece difícil na superfície.

Erga-se acima de suas condições e circunstâncias externas, adentre as regiões onde tudo é luz, tudo é paz, tudo é perfeição e não há cisão.

Você deve fazer sua escolha e agir.

Não permita que nenhum fator externo o demova.

Lembre-se que depois da tempestade, vem a bonança.

Aprenda a voar como um pássaro. sempre, sempre para cima, cantando cânticos de louvor e gratidão.

Não permaneça ancorado às maneiras tradicionais do mundo, ao materialismo da vida.

Somente o caminho do Espírito tem importância.

Comece agora a viver pelo Espirito e caminhe nos caminhos do Espirito.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

A afabilidade e a doçura

A benevolência para com os seus semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que lhe são as formas de manifestar-se. Entretanto, nem sempre há que fiar nas aparências. A educação e a frequentação do mundo podem dar ao homem o verniz dessas qualidades. 

Quantos há cuja fingida bonomia não passa de máscara para o exterior, de uma roupagem cujo talhe primoroso dissimula as deformidades interiores! O mundo está cheio dessas criaturas que têm nos lábios o sorriso e no coração o veneno; que são brandas, desde que nada as agaste, mas que mordem à menor contrariedade; cuja língua, de ouro quando falam pela frente, se muda em dardo peçonhento, quando estão por detrás.

A essa classe também pertencem esses homens, de exterior benigno, que, tiranos domésticos, fazem que suas famílias e seus subordinados lhes sofram o peso do orgulho e do despotismo, como a quererem desforrar-se do constrangimento que, fora de casa, se impõem a si mesmos. 

Não se atrevendo a usar de autoridade para com os estranhos, que os chamariam à ordem, acham que pelo menos devem fazer-se temidos daqueles que lhes não podem resistir. Envaidecem-se de poderem dizer: “Aqui mando e sou obedecido”, sem lhes ocorrer que poderiam acrescentar: “E sou detestado.”

Não basta que dos lábios manem leite e mel. Se o coração de modo algum lhes está associado, só há hipocrisia. Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas nunca se desmente: é o mesmo, tanto em sociedade, como na intimidade. Esse, ao demais, sabe que se, pelas aparências, se consegue enganar os homens, a Deus ninguém engana. — Lázaro. (Paris, 1861.)

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IX, item 6.)
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Querer, saber, amar!


Todo o poder da Alma resume-se em três palavras: - Querer, Saber, Amar !

Querer, isto é, fazer convergir toda a atividade, toda a energia, para o alvo que se tem de atingir, desenvolver a vontade e aprender a dirigi-la.

Saber, porque sem o estudo profundo, sem o conhecimento das coisas e das leis, o pensamento e a vontade podem transviar-se no meio das forças que procuram conquistar e dos elementos a que aspiram governar.

Acima, porém, de tudo, é preciso amar, porque, sem o amor, a vontade e a ciência seriam incompletas e muitas vezes estéreis.

O Amor ilumina-as fecunda-as, centuplica-lhes os recursos.

Não se trata aqui do amor que contempla sem agir, mas do que se aplica a espalhar o bem e a verdade pelo mundo.

A vida terrestre é um conflito entre as forças do mal e as do bem.

O dever de toda alma viril é tomar parte no combate, trazer-lhe todos os seus impulsos, todos os seus meios de ação, lutar pelos outros, por todos aqueles que se agitam ainda na via escura.

O uso mais nobre que se pode fazer das faculdades é trabalhar por engrandecer, desenvolver, no sentindo belo e do bem.

Vivaz no dia em que a Humanidade tiver aprendido a comungar, pelo pensamento e pelo coração, com o foco de amor, que é o esplendor de Deus.

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(Na Obra: Ser, Destino, Dor - Léon Denis)
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domingo, 12 de janeiro de 2025

Exaustão


 “Por isto, eu me comprazo nas fraquezas, nos opróbrios, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por causa de Cristo. Pois quando sou fraco, então é que sou forte”. (II Coríntios, 12:10.)

 Teu cansaço ou fraqueza é fruto de tua falta de limites.

 O “excesso de bagagem” que carregas e que torna tua vida mais pesada se deve à suposta necessidade de exagerado controle das coisas e das pessoas e à falsa ideia de que és superior em tudo o que fazes. 

Tua ansiedade te leva a fazer ou a resolver as coisas imediatamente. O que poderias executar em um dia queres fazer em instantes. 

Teu perfeccionismo impõe-te realizar tarefas impecáveis, quando poderias fazê-las com esmero, mas não com perfeição.

 Ao invés de viveres cada dia como uma alegre e fascinante viagem de aprendizado, tomas a vida como uma expedição cansativa e constrangedora, com metas inatingíveis. 

O perfeccionismo é inimigo de tua paz interior. 

Tua insegurança te induz a concretizar feitos e eventos, não para tua realização interior, e sim para receberes aplausos exteriores.

 A necessidade de te sentires superior te traz um elevado dispêndio de energia emocional. 

Tua baixa autoestima te leva aos píncaros do exagero em produzir cada vez mais. 

Por sentires menos que os outros, tendes a compensar tua autodesconsideração tentando fazer diversas coisas ao mesmo tempo. 

A preocupação com o julgamento dos outros te faz “tropeçar” nas estradas da vida.

 Tua exaustão não é produto de teu trabalho no bem, nem perda energética na doação de forças ao edifício do Cristo, mas produto do teu “ego onipotente”, que acredita que tudo pode, tudo faz e tudo deve ver.

 No labor cristão, felizmente, o esforço e o desgaste são restaurados, a criatura se alimenta energeticamente. 

Entra em contato com seus potenciais internos e, a partir daí, sente os prazeres da alma.

 A respeito disso escreve Paulo de Tarso: “Por isto, eu me comprazo nas fraquezas, nos opróbrios, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por causa de Cristo. Pois quando sou fraco, então é que sou forte” . 

Portanto, tem calma.

 Calma não é lentidão ou desleixo. 

É, antes de tudo, conquista de quem aprendeu que o Criador sempre faz a sua parte, esperando que a criatura, igualmente, faça a sua. 

Lembra-te de que a tua parte é uma pequena parcela que deve ser retirada de tuas forças e utilizada de conformidade com teus limites, ou seja, proporcionalmente a tuas conquistas e possibilidades.

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Hammed
Francisco do Espírito Santo Neto
Obra: Um modo de entender: Uma nova forma de viver
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12 de janeiro

Quando uma criancinha que está aprendendo a andar cai, ela não se desencoraja, mas levanta e tenta vezes seguidas até dominar a arte de andar.

O mesmo acontece com a vida espiritual.

Não permita, em nenhum momento, que aparentes derrotas desencorajem seu progresso no caminho espiritual. Se você cair, simplesmente levante-se e tente outra vez.

Não se contente em ficar mergulhado em autopiedade, dizendo que não dá para continuar e que a vida é muito difícil.

Sua atitude deve ser sempre de absoluta certeza interior que, depois que seus pés estiverem firmes no caminho espiritual, você atingirá sua meta no final, não importando os obstáculos que você encontrar no percurso.

Você descobrirá que o tempo que você passar sozinho em silêncio vai recarregá-lo espiritualmente e ajudá-lo a encarar o que aparecer à sua frente sem hesitação ou temor.

É por isso que o tempo que você passa coMigo cada manhã fortifica-o para o que quer que seja que o dia possa trazer.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Causas atuais das aflições (I)

De duas espécies são as vicissitudes da vida, ou, se o preferirem, promanam de duas fontes bem diferentes, que importa distinguir. Umas têm sua causa na vida presente; outras, fora desta vida.

Remontando-se à origem dos males terrestres, reconhecer-se-á que muitos são conseqüência natural do caráter e do proceder dos que os suportam.
Quantos homens caem por sua própria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição! Quantos se arruinam por falta de ordem, de perseverança, pelo mau proceder, ou por não terem sabido limitar seus desejos! Quantas uniões desgraçadas, porque resultaram de um cálculo de interesse ou de vaidade e nas quais o coração não tomou parte alguma! Quantas dissensões e funestas disputas se teriam evitado com um pouco de moderação e menos suscetibilidade! Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e dos excessos de todo gênero! Quantos pais são infelizes com seus filhos, porque não lhes combateram desde o princípio as más tendências! Por fraqueza, ou indiferença, deixaram que neles se desenvolvessem os germens do orgulho, do egoísmo e da tola vaidade, que produzem a secura do coração; depois, mais tarde, quando colhem o que semearam, admiram-se e se afligem da falta de deferência com que são tratados e da ingratidão deles.

Interroguem friamente suas consciências todos os que são feridos no coração pelas vicissitudes e decepções da vida; remontem passo a passo à origem dos males que os torturam e verifiquem se, as mais das vezes, não poderão dizer: Se eu houvesse feito, ou deixado de fazer tal coisa, não estaria em semelhante condição.

A quem, então, há de o homem responsabilizar por todas essas aflições, senão a si mesmo? O homem, pois, em grande número de casos, é o causador de seus próprios infortúnios; mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade acusar a sorte, a Providência, a má fortuna, a má estrela, ao passo que a má estrela é apenas a sua incúria.

Os males dessa natureza fornecem, indubitavelmente, um notável contingente ao cômputo das vicissitudes da vida. O homem as evitará quando trabalhar por se melhorar moralmente, tanto quanto intelectualmente.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 4.)
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Respeita a quem te ouve


Se falas, vê quem está ouvindo e respeita a audição daquele que te tolera. A educação manda dividir o tempo de falar e de ouvir. Não sejas imprudente com o teu próximo. Não estás precisando dele para te ouvir? Por que abusar?

Nós todos precisamos uns dos outros na sequência da própria vida. O professor que não valoriza o aluno, fica no esquecimento e retarda os seus conhecimentos. O patrão que se esquece dos seus empregados perde seus tesouros. Uma nação que não cuida dos seus filhos, passa a pedir auxílio às outras que cumprem o dever para com aqueles que trabalham. O nosso próximo é a nossa primeira meta de vida.

Se desrespeitas as leis que regulam o próprio corpo físico em que habitas, este vai se reduzindo na capacidade de viver e sofre as consequências. Voltamos a dizer da necessidade da harmonia em tudo e em todo lugar em que estivermos.

A mecânica do Universo está em plena harmonia com o Criador. Se tu somente falas e exiges, desagradas a teu companheiro e ele, insatisfeito, foge da tua presença, propagando esse teu desequilíbrio. Será que não dá para veres e sentires teu procedimento de imposição?

Pensa bem no que fazes durante o dia, analisa passo a passo os teus feitos e corrige os maus hábitos, herança antiga de más companhias e de ausência de educação dos teus impulsos, que desconhecem a disciplina. Quando teus amigos forem desaparecendo, desconfia do fenômeno e passa a estudar a ti mesmo, nas variadas modalidades em que vives. Conserta o que estiver errado, apara as arestas e opera as tuas imprudências, como se fossem tumores malignos. Quem dá o primeiro alarme de teu desrespeito para com os outros são teus familiares, depois os que não te toleram. Os que te dedicam amizade mais profunda sempre se calam para não te ferir porque o Amor cobre a multidão dos pecados.

Faze a autoanálise do que pensas, do que fazes, do que falas todos os dias e jamais deixes de trabalhar por teu aprimoramento. A iluminação interna é a chave da tua própria paz. Não procures o céu fora do teu peito, pois ele mora contigo, se já não o trans- formaste em zonas inferiores. A tua felicidade depende de ti, porque a parte de Deus já foi feita. A luz existe tanto dentro do coração do santo quanto do teu, dependendo da tua vontade para acendê-la.

Somente tu és teu próprio benfeitor, no verdadeiro termo da palavra.

Confia em Deus e parte para o trabalho em todas as diretrizes que o Amor determinar que os resultados não falharão. Se achas difícil modificar o que está feito, és uma alma que está morrendo na pauta da existência cósmica, mas é bom que te lembres de que não há morte permanente. Terás que acordar com a presença da dor, que carrega em seu carro inúmeros infortúnios e problemas sem conta para que cuides da tua própria vida, como cuidaram os que estão vivos em Cristo, na plenitude de Deus.

Quem está conscientizado do modo de viver bem, tem o maior respeito pelos que viajam com ele no mesmo caminho. Esse é o querer para nós o que desejamos para os outros, inspirado no amor a Deus sobre todas as coisas.

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Miramez
João Nunes Maia
Obra: Cirurgia moral
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