sábado, 18 de outubro de 2014

Refletir



Num dia extenso com 24 horas, reserva alguns momentos à reflexão.

Quem caminha sem meditar perde o contato consigo mesmo.

Encurralado nos ponteiros do relógio, ou disparado à frente deles, ou vagarosamente após eles, aturde-se, esquecendo o rumo...

É indispensável ao êxito fazer periódica revisão de metas e de ações.

Usando a reflexão, repassarás os equívocos e terás tempo de repará-los, reprogramarás os deveres e te renovarás com mais facilidade.

Fala menos, dorme um pouco menos e medita mais.

Minutos que desperdiças, se os usares para a meditação, se transformarão em pontos luminosos do teu dia.
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Joanna de Ângelis






sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Indagações no cotidiano



Você acredita na vitória do bem, sem que nos disponhamos a trabalhar para isso?

Admite você a sua capacidade de errar a fim de aprender ou, acaso, se julga infalível?

Se estamos positivamente ao lado do bem, que estaremos aguardando para cooperar em benefício dos outros?

Nas horas de crise você se coloca no lugar da pessoa em dificuldade?

E se a criatura enganada pela sombra fosse um de nós?

Se você diz que não perdoa a quem lhe ofende, porventura crê que amanhã não precisará do perdão de alguém?

Você está ajudando a extinguir os males do caminho ou está agravando esses males com atitudes ou palavras inoportunas?

Irritação ou amargura, algum dia, terão rendido paz ou felicidade para você?

Que mais lhe atrai na convivência com o próximo: a carranca negativa ou o sorriso de animação?

Que importa o julgamento menos feliz dos outros a seu respeito, se você traz a consciência tranquila?

É possível que determinados companheiros nos incomodem presentemente, no entanto, será que temos vivido, até agora, sem incomodar a ninguém?

Você acredita que alguém pode achar a felicidade admitindo-se infeliz?
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André Luiz
Chico Xavier
 




quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Se desejas


Toda melhora parece distante.

Toda superação surge como sendo quase impossível. Pediste, porém, o berço terrestre, no exato lugar em que te cabe aprender e reaprender.

Não olvides, por isso, que o domínio da lição não dispensa a vontade. Recebeste no lar muitos daqueles que te não alimentam a simpatia.

No entanto, se desejas, podes transformar toda aversão em amor, desde que te decidas a ajudá-los com paciência.

Sofres o chefe insano, a crivar-te de inúmeros dissabores.

Contudo, se desejas, podes convertê-lo em amigo, desde que te disponhas a auxiliá-lo sem pretensão.

Padeces dura condição social, renteando o infortúnio. Todavia, se desejas, podes transfigurar a subalternidade em elevação, desde que te eduques, para que a vida te use em plano mais alto.

Trazes o órgão enfermo, a cercar-te de inibições. Entretanto, se desejas, podes aproveitá-lo, na própria sublimação, em nível superior.

Ainda hoje, é possível encontres sombras enormes...

O obstáculo dos que te não compreendem, a palavra dos que te insultam, o apontamento insensato ou as lágrimas que a prova redentora talvez te venha pedir.

Mas podes usar o silêncio e a oração, clareando o caminho...

Declaras-te sem trabalho, amargando posição desprezível, mas, se desejas, podes ainda agora começar humilde tarefa, conquistando respeito e cooperação.

Acusam-te de erros graves, criando-te impedimentos, mas, se desejas, podes tomar, em bases de humildade e serviço, a atitude necessária à justa renovação.

Sentes-te dominado por esse ou aquele hábito vicioso, que te exila no desapreço, mas, se desejas, podes reaver o próprio equilíbrio, empenhando energia e tempo no suor do trabalho digno.

Afirmas-te na impossibilidade de socorrer os necessitados, mas, se desejas, podes efetuar pequeninos sacrifícios domésticos em favor dos outros, de modo a que tua vida seja uma bênção na vida de teus irmãos.

Para isso, porém, é preciso não esquecer os recursos singelos que tanta gente deixa ao olvido...

O minuto de tolerância.

O esquecimento de toda injúria.

O concurso anônimo.

A bondade que ninguém pede.

O contacto do livro nobre.

A enxada obediente.

A panela esquecida.

O tanque de lavar.

A agulha simples.

A flor da amizade.

O resto de pão.

Queixas-te de necessidade e desencanto, fadiga e discórdia, abandono e solidão, mas, se realmente desejas, tudo pode mudar.
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Chico Xavier
Emmanuel






terça-feira, 14 de outubro de 2014

Crítica



Se você está na hora de criticar alguém, pense um pouco, antes de iniciar.

Se o parente está em erro, lembre-se de que você vive junto dele para ajudar.

Se o irmão revela procedimento lamentável, recorde que há moléstias ocultas que podem atingir você mesmo.

Se um companheiro faliu, é chegado o momento de substituí-lo em trabalho, até que volte.

Se o amigo está desorientado, medite nas tramas da obsessão.

Se o homem da atividade pública parece fora do eixo, o desequilíbrio é problema dele.

Se há desastres morais nos vizinhos, isso é motivo para auxílio fraterno, porquanto esses mesmos desastres provavelmente chegarão até nós.

Se o próximo caiu em falta, não é preciso que alguém lhe agrave as dores de consciência.

Se uma pessoa entrou em desespero, no colapso das próprias energias, o azedume não adianta.

Ainda que você esteja diante daqueles que se mostram plenamente mergulhados na loucura ou na delinquência, fale no Bem e fuja da crítica destrutiva, porque a sua reprovação não fará o serviço dos médicos e dos juízes indicados para socorrê-los, e, mesmo que a sua opinião seja austera e condenatória, nisso ou naquilo, você não pode olvidar que a opinião de Deus, Pai de nós todos, pode ser diferente.
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André Luiz 
Chico Xavier