sexta-feira, 6 de maio de 2016

RECUPERAÇÃO




Não bastará desculpar os que nos ofendem, simplesmente com os lábios. É imprescindível que o nosso coração participe de semelhante atitude.

Não bastará, porém, que o consentimento se associe ao trabalho do perdão. É preciso esquecer todo o mal.

Contudo, não basta, ainda, que olvidemos o assalto, a pedrada, a calúnia, o golpe, a incompreensão ou a ingratidão. É necessário agir com o bem, auxiliando direta ou indiretamente os que nos feriram...

Através da prece que ajuda em silêncio...

Por intermédio de nova sementeira de fraternidade e simpatia...

Pelas referências amigas ou pelo estímulo edificante...

Através da compreensão.

Por intermédio da boa vontade.

Pela demonstração de entendimento e confiança.

O inimigo, em qualquer caso, é terreno que precisamos recuperar para o plantio de nossa felicidade porvindoura.

A discórdia é espinheiro.

A desarmonia é perturbação.

O ódio é veneno.

A antipatia é delituosa displicência.

Não basta, pois, que nos desvencilhemos daqueles que nos incomodam, através da caridade fácil ou da palavra brilhante. É indispensável saibamos caminhar com eles, incentivando-lhes o soerguimento ou a elevação, a fim de que estejamos efetivamente no desempenho da Vontade do Senhor, onde estivermos.
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Emmanuel
Chico Xavier


quarta-feira, 4 de maio de 2016

Melhorando Sempre


Estamos orando a Deus para que não façais mal algum, não para que simplesmente
pareçamos aprovados, mas para que façais o bem...
 
Evidentemente, não podes garantir a felicidade do mundo que se encontra, de maneira constante, sob o impacto das lutas evolutivas que lhe orientam a marcha, no entanto, ninguém está impedido de cultivar o trato de terra em que vive, amparando uma árvore amiga ou alentando uma flor.

Certo, não podes curar as chamadas chagas sociais, indesejáveis mas compreensíveis numa coletividade de espíritos imperfeitos quais somos ainda todos nós, em regime de correção e aperfeiçoamento, contudo, ninguém está impossibilitado de proceder honestamente e apoiar os semelhantes com a força moral do bom exemplo. 
 
Sem dúvida, não podes socorrer a todos os enfermos que choram na Terra, entretanto, ninguém está proibido de atenuar a provação de um amigo ou de um vizinho, propiciando-lhe a certeza de que o amor não desapareceu dos caminhos humanos.

Indiscutivelmente, não podes sanar as dificuldades totais da família em que nasceste, todavia, ninguém está interditado, no sentido de ajudar a um parente menos feliz ou cooperar na tranquilidade que se deve manter em casa.

Não te afastes da cultura do Bem, sob o pretexto de nada conseguires realizar contra o domínio das atribulações que lavram no Planeta.

O Senhor nunca nos solicitou o impossível e nem nunca exigiu da criatura falível espetáculos de grandeza compulsória.

Conquanto existam numerosos desertos, a fonte pequenina corre, confiante, fecundando a gleba em que transita.

Não nos é facultado corrigir todos os erros e extinguir todas as aflições que campeiam nas trilhas da existência, mas todos podemos atravessar o cotidiano, melhorando a vida e dignificando-a, em nós e em torno de nós.
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***Emmanuel***
Chico Xavier 




terça-feira, 3 de maio de 2016

Morre lentamente




Morre lentamente quem não sorri para uma nova manhã, quem esqueceu de olhar as estrelas na noite anterior e quem não se encanta com a grandiosidade da natureza à sua volta.

        Morre lentamente quem não encontra graça em si mesmo, quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.

        Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor, ou não conversa com quem não conhece.

        Morre lentamente quem faz da televisão seu guru, ou sua única companhia.

        Morre lentamente quem não toma iniciativa alguma quando está infeliz com seu trabalho, quem não arrisca nem um pouco que seja, para ir atrás de um sonho.

        Morre lentamente quem passa os dias se queixando de sua má sorte ou da chuva incessante ou do sol intenso.

        Morre lentamente quem abandona um projeto antes de iniciá-lo, quem não pergunta sobre um assunto que desconhece, ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

        Morre lentamente quem não mais agradece a Deus pelos filhos que lhe deu, ou pelos pais que o receberam neste mundo.

        Morre lentamente quem não retribui o sorriso de um bebezinho, e quem não acha fascinante a forma pela qual chegamos todos a este mundo.

        Morre lentamente quem não abraça, quem não beija, quem não expressa carinho de alguma forma – mesmo que através de um olhar.

        Morre lentamente quem é adepto de expressões como Este mundo não tem jeito mesmo, ou A coisa está cada dia pior.

        Morre lentamente quem se desespera com a perda de um amor, e não consegue perceber que há muitos que podem ser amados por nós, e muitos que podem nos amar profundamente.

        Morre, sem perceber, dia após dia, quem não se dedica à felicidade de alguém, quem não se doa, quem não divide o que tem - material e espiritualmente – com outras pessoas.
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        Vivo para que o sol tenha sentido, e é minha luminiscência que ele espelha e devolve ao orbe, agradecido.

        Vivo para que a chuva lave o ar, e leve volte ao éter com meu perfume elegante, de árvore vigorosa de seiva sã.

        Vivo para que o amor tenha vazão, e não deseje razão – pois de condição o amar não precisa.

        Vivo para florescer outros jardins, e sem perceber o meu se abarrota de lírios, ciclames, girassóis...

        Vivo cada dia como se fosse cada dia. Nem o último nem o primeiro - o único.
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Redação do Momento Espírita



segunda-feira, 2 de maio de 2016

O SERVO DO SENHOR

 
"Eles não são do mundo como também eu não sou". - Jesus (João, 17:16)
O servo do Senhor é claramente conhecido na seara ativa do Senhor, mas se aspiramos a caracterizá-lo no mundo é fácil reconhecer-lhe a presença em seus traços essenciais:

vive no mundo sem agarrar-se ao mundo;

age sem apego;

ilumina sem alarde;

convence trabalhando;

atravessa o tumulto construindo em silêncio;

injuriado, esquece;

advertido, aproveita;

considera o passado apontando o futuro;

renova sem crítica;

perdoa sem jactância;

sofre sem queixa;

carrega fardos pesados sem pretensão de virtude;

socorre espontaneamente;

fala, edificando;

eleva-se, elevando os outros;

colabora, olvidando a si mesmo, em louvor do interesse geral;

espera, fazendo o melhor que pode;

corrige, abençoando;

educa, amparando sempre.

Em suma, quem se dedica ao Senhor entrega-se-lhe ao bendito poder como é, onde está, com o que tem, e com quem convive e persevera na execução incessante da obra do Senhor, sem perguntar como, onde, quanto ou com quem deve trabalhar para realmente servir. 
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Emmanuel 
Chico Xavier
 



domingo, 1 de maio de 2016

Proteção


O trabalho que tens
Veio do amor de Deus.

A tentação que sofres,
É a prova que te apura.

O parente difícil
É um teste para o bem.

Doença que te aflija
Reajusta-te o ser.

Recorda a tempestade
Regenerando a vida.

Por trás de todo mal
Brilha a bênção de Deus.
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Emmanuel
Chico Xavier