sábado, 19 de agosto de 2023

Iluminação



Acenda sua luz interior, a luz da sabedoria e da bondade.

Dedique alguns minutos de seu dia à meditação, porque o homem iluminado não encontra trevas em seu caminho.

Por onde passa, a luz se irradia de si mesmo, atingindo todos os que estão perto.

Mergulhe em seu íntimo, e ouça a voz de sua consciência, que é a voz silenciosa de Deus falando dentro de você mesmo.

🌻🌱🌻
Carlos Pastorino
Obra: Minutos de sabedoria 
🌻🌱🌻

19 de agosto

Por que não começar agora mesmo a receber sua inspiração e orientação espiritual de si mesmo e não através de outra pessoa?

Você não percebe que tem dentro de si toda a sabedoria, todo o conhecimento, toda a compreensão Você não precisa procurar fora de você, mas precisa somente se aquietar e se recolher para descobrí-los.

Não há nada mais maravilhoso e compensador que o contato direto coMigo, a fonte de toda a criação.

Mas você precisa procurar com calma.

Você tem que atingir um estágio em que você se mantenha constantemente consciente de Mim e da Minha divina presença, em que você esteja disposto a Me incorporar em sua vida e andar e falar coMigo o tempo todo, compartilhando tudo coMigo, suas vitórias e seus fracassos.

Quando o amor está fluindo, você é um coMigo, e cada vez mais irá desejar compartilhar tudo coMigo.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

A caridade material e a caridade moral

“Amemo-nos uns aos outros e façamos aos outros o que quereríamos nos fizessem eles.” Toda a religião, toda a moral se acham encerradas nestes dois preceitos. Se fossem observados nesse mundo, todos seríeis felizes: não mais aí ódios, nem ressentimentos. Direi ainda: não mais pobreza, porquanto, do supérfluo da mesa de cada rico, muitos pobres se alimentariam e não mais veríeis, nos quarteirões sombrios onde habitei durante a minha última encarnação, pobres mulheres arrastando consigo miseráveis crianças a quem tudo faltava.

Ricos! pensai nisto um pouco. Auxiliai os infelizes o melhor que puderdes. Dai, para que Deus, um dia, vos retribua o bem que houverdes feito, para que tenhais, ao sairdes do vosso invólucro terreno, um cortejo de Espíritos agradecidos, a receber-vos no limiar de um mundo mais ditoso.

Se pudésseis saber da alegria que experimentei ao encontrar no Além aqueles a quem, na minha última existência, me fora dado servir!...

Amai, portanto, o vosso próximo; amai-o como a vós mesmos, pois já sabeis, agora, que, repelindo um desgraçado, estareis, quiçá, afastando de vós um irmão, um pai, um amigo vosso de outrora. Se assim for, de que desespero não vos sentireis presa, ao reconhecê-lo no mundo dos Espíritos!

Desejo compreendais bem o que seja a caridade moral, que todos podem praticar, que nada custa, materialmente falando, porém, que é a mais difícil de exercer-se.

A caridade moral consiste em se suportarem umas às outras as criaturas e é o que menos fazeis nesse mundo inferior, onde vos achais, por agora, encarnados. Grande mérito há, crede-me, em um homem saber calar-se, deixando fale outro mais tolo do que ele. É um gênero de caridade isso. Saber ser surdo quando uma palavra zombeteira se escapa de uma boca habituada a escarnecer; não ver o sorriso de desdém com que vos recebem pessoas que, muitas vezes erradamente, se supõem acima de vós, quando na vida espírita, a única real, estão, não raro, muito abaixo, constitui merecimento, não do ponto de vista da humildade, mas do da caridade, porquanto não dar atenção ao mau proceder de ou trem é caridade moral.

Essa caridade, no entanto, não deve obstar à outra. Tende, porém, cuidado, principalmente em não tratar com desprezo o vosso semelhante. Lembrai-vos de tudo o que já vos tenho dito: Tende presente sempre que, repelindo um pobre, talvez repilais um Espírito que vos foi caro e que, no momento, se encontra em posição inferior à vossa. Encontrei aqui um dos pobres da Terra, a quem, por felicidade, eu pudera auxiliar algumas vezes, e ao qual, a meu turno, tenho agora de implorar auxilio.

Lembrai-vos de que Jesus disse que todos somos irmãos e pensai sempre nisso, antes de repelirdes o leproso ou o mendigo. Adeus: pensai nos que sofrem e orai.

🌻🌱🌻
– Irmã Rosália. (Paris, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, item 9.)
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AGE E VERÁS

Obra: Livro de Respostas
Emmanuel
Chico Xavier











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Aflição vazia


O problema da ansiedade.

Ante as dificuldades do cotidiano, exerçamos a paciência, não apenas em auxílio aos outros, mas igualmente a favor de nós mesmos.

Desejamos referir-nos, sobretudo, ao sofrimento inútil da tensão mental que nos inclina à enfermidade e nos aniquila valiosas oportunidades de serviço.

No passado e no presente, instrutores do espírito e médicos do corpo combatem a ansiedade como sendo um dos piores corrosivos da alma. De nossa parte, é justo colaboremos com eles, a benefício próprio, imunizando-nos contra essa nuvem da imaginação que nos atormenta sem proveito, ameaçando-nos a organização emotiva.

Aceitemos a hora difícil com a paz do aluno honesto, que deu o melhor de si, no estudo da lição, de modo a comparecer diante da prova, evidenciando consciência tranquila.

Se o nosso caminho tem as marcas do dever cumprido, a inquietação nos visita a casa íntima na condição do malfeitor decidido a subvertê-la ou dilapidá-la; e assim como é forçoso defender a atmosfera do lar contra a invasão de agentes destrutivos, é indispensável policiar o âmbito de nossos pensamentos, assegurando-lhes a serenidade necessária.

Tensão à face de possíveis acontecimentos lamentáveis é facilitar-lhes a eclosão, de vez que a ideia voltada para o mal é contribuição para que o mal aconteça; e tensão à frente de sucessos menos felizes é dificultar a ação regenerativa do bem, necessário ao reajuste das energias que desastres ou erros hajam desperdiçado.

Analisemos desapaixonadamente os prejuízos que as nossas preocupações injustificáveis causam aos outros e a nós mesmos, e evitemos semelhante desgaste empregando em trabalho nobilitante os minutos ou as horas que, muita vez, inadvertidamente, reservamos à aflição vazia.

Lembremo-nos de que as Leis Divinas, através dos processos de ação visível e invisível da Natureza, a todos nos tratam em bases de equilíbrio, entregando-nos a elas, entre as necessidades do aperfeiçoamento e os desafios do progresso, com a lógica de quem sabe que tensão não substitui esforço construtivo, ante os problemas naturais do caminho.

E façamos isso, não apenas por amor aos que nos cercam, mas também a fim de proteger-nos contra a hora da ansiedade que nasce e cresce de nossa invigilância para asfixiar-nos a alma ou arrasar-nos o tempo sem qualquer razão de ser.

🌻🌱🌻
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Encontro marcado
🌻🌱🌻

Iniciação


No anseio da perfeição, não te confies ao êxtase inoperante, à maneira daqueles que se enamoram do Céu, perdendo-se nos labirintos da Terra.

Não menosprezes a iniciação pura e simples para que a vitória te coroe, mais tarde, os votos ardentes.

O fruto substancioso desabrochou na flor tenra e humilde e o palácio que impressiona pela beleza e majestade foi, um dia, inexpressivo e incipiente alicerce.

Se te propões atingir o poder curativo, amplo e seguro, principia por ajudar ao enfermo da vizinhança, quando não possuas um doente no próprio lar.

Se aspiras a liderança no amparo à infância desvalida, começa por ajudar na limpeza e na alfabetização dos pequeninos desamparados que te rodeiam o ninho doméstico.

Se arquitetas para ti mesmo o belo destino do missionário, consagrado à edificação popular, inicia a tua obra, entre as quatro paredes da própria casa, oferecendo ternura e arrimo, segurança e consolo aos parentes menos felizes.

Se pretendes advogar a causa dos alienados mentais, fazendo-te protetor dos semelhantes que a loucura e a obsessão encarceraram na sombra, estreia o nobre serviço, suportando com alegria o progenitor desequilibrado, a mãezinha demente, o irmão ignorante ou o próprio filho ainda cego para a luz!

Muitos sonham a santidade quando não chegaram ainda a exercitar os menores rudimentos da gentileza e muitos intentam escalar a montanha do heroísmo espetaculoso quando apenas dormem nos impulsos primitivos da natureza, caídos no vale da perturbação a que se acolhem!…

Acordemos para a melhoria justa, antes do acesso aos dons de que nos achamos infinitamente distantes.

Quando todos imaginam grandes feitos sem coragem de atacar os feitos pequeninos, o bem não passa de formosa ilusão no caminho das criaturas.

Encetemos, hoje, a construção do amor, para que o amor, um dia, reine na Terra, em sublime triunfo…

Uma palavra de estímulo ao cansado, um gesto de carinho que soerga o irmão que tombou, um sorriso de compreensão à vítima do erro, um agasalho à criança nua, um consolo ao velhinho desesperado, um ato singelo de renúncia que nos ajude a própria educação…

O êxito da grande viagem começa nos passos mais simples.

Saibamos, pois, antes de tudo, oferecer a Jesus a migalha de nosso esforço persistente no bem, para que Jesus, desde agora, atenda ao muito de que necessitamos, com o pouco que lhe podemos dar.

🌻🌱🌻
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Intervalos
🌻🌱🌻

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

O sonho de Rafaela



Rafaela era uma camponesa muito pobre que vivia em uma rústica região italiana.
Ela tinha uma filha de nome Adda, a qual desencarnara com aproximadamente três anos de idade.

Decorridos seis meses do falecimento, a mãe não se conformava e se sentia injustiçada pelos céus.
Mas, certa noite, ela teve um sonho que reformulou sua percepção a respeito do ocorrido.
No sonho, ela fora convidada para uma festa que se realizaria em um local próximo do céu.
Muitas crianças compareceriam no evento para se divertir.
Quando ela chegou, ficou extasiada.
Tudo era muito belo e as crianças dançavam e cantavam, bastante alegres.
Todas as crianças tinham asas reluzentes e Rafaela as contemplava embevecida.
Entretanto, ficou muito surpresa ao notar sua própria filha sentada em um canto.
A menina estava triste e chorosa, com roupas e asas molhadas, pesadas e sem brilho.
A mãe indagou à filha o que aquilo significava, pois ela sempre fora muito alegre.
A pequena Adda disse que não poderia brincar com as outras crianças, mesmo se quisesse.
A pobre camponesa ainda argumentou que a filha tinha asas, era um anjo e deveria voar com alegria.
A menina esclareceu que não podia voar, pois estava toda molhada, com as asas pesadas e coladas no corpo.
A mãe se dispôs a ajudar, como fosse possível, pois queria que a filha fosse feliz e pudesse brincar.

Adda afirmou que a culpada de tudo era a própria Rafaela.
Com sua grande tristeza e suas blasfêmias contra Deus, a mãe a mantinha colada a si e a impedia de voar.
O excesso de mágoas de Rafaela aprisionava a pequena Adda e as lágrimas que vertia sem cessar molhavam suas asas.

Aterrada, a pobre camponesa compreendeu que estava prejudicando a filha, ao não acatar a Vontade Divina. Prometeu que não mais choraria e nem reclamaria, pois queria que a menina fosse livre e feliz.

Ao acordar, tomou-se de grande felicidade pela certeza de ter visto e falado com sua filha. Chamou as amigas e relatou o sonho. Também tratou de relatá-lo a outra mãe que havia perdido um filho recentemente.

* * *
Essa bela história traduz uma realidade.
O amor e os vínculos não se extinguem apenas porque alguém desencarnou.
Os Espíritos desencarnados recebem os pensamentos e as vibrações dos que ficaram na Terra.
É preciso que esses cuidem de manter pensamentos e sentimentos equilibrados, a fim de não prejudicar quem se foi.

Quando retorna à pátria espiritual, o Espírito vive momentos delicados e precisa de paz e tranquilidade para se adaptar à nova situação. A pretexto de muito amar, não é viável causar dor nos amores que nos precederam na viagem para o verdadeiro lar.

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Pense nisso.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. III, do livro
Ressurreição e vida, pelo Espírito Léon Tolstoi,
psicografado por Yvonne A. Pereira, ed. Feb.
🍄🌿🍄

18 de agosto

Não se deixe abater pela autocomiseração, ou você perderá as maravilhas desta vida.

Viva toda a beleza e todos os prodígios da vida.

Caminhe com os olhos sempre bem abertos e aprecie a beleza que o rodeia.

Viva um dia por vez e aproveite-o plenamente.

Preencha cada momento com amor e agradecimento.

Quando algo desarmonioso surgir, olhe à sua volta e dê um jeito de trocar por algo harmonioso.

Faça isso rapidamente porque pensamentos negativos crescem como ervas daninhas num jardim e podem sufocar as lindas e delicadas flores.

Aprenda a controlar seus pensamentos para que eles sejam apenas pensamentos de beleza, harmonia e amor.

Quando seus pensamentos positivos estiverem bem firmes, automaticamente você procurará enxergar o melhor em cada situação.

Só então você poderá relaxar e usufruir da alegria e da liberdade do Espírito.

🍄🌿🍄
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

O egoísmo

O egoísmo, chaga da Humanidade, tem que desaparecer da Terra, a cujo progresso moral obsta. Ao Espiritismo está reservada a tarefa de fazê-la ascender na hierarquia dos mundos. O egoísmo é, pois, o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem apontar suas armas, dirigir suas forças, sua coragem. Digo: coragem, porque dela muito mais necessita cada um para vencer-se a si mesmo, do que para vencer os outros. Que cada um, portanto, empregue todos os esforços a combatê-lo em si, certo de que esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho é o causador de todas as misérias do mundo terreno. É a negação da caridade e, por conseguinte, o maior obstáculo à felicidade dos homens.

Jesus vos deu o exemplo da caridade e Pôncio Pilatos o do egoísmo, pois, quando o primeiro, o Justo, vai percorrer as santas estações do seu martírio, o outro lava as mãos, dizendo: Que me importa! Animou-se a dizer aos judeus: Este homem é justo, por que o quereis crucificar? E, entretanto, deixa que o conduzam ao suplício.

É a esse antagonismo entre a caridade e o egoísmo, à invasão do coração humano por essa lepra que se deve atribuir o fato de não haver ainda o Cristianismo desempenhado por completo a sua missão. Cabem-vos a vós, novos apóstolos da fé, que os Espíritos superiores esclarecem, o encargo e o dever de extirpar esse mal, a fim de dar ao Cristianismo toda a sua força e desobstruir o caminho dos pedrouços que lhe embaraçam a marcha. Expulsai da Terra o egoísmo para que ela possa subir na escala dos mundos, porquanto já é tempo de a Humanidade envergar sua veste viril, para o que cumpre que primeiramente o expilais dos vossos corações.


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— Emmanuel. (Paris, 1861.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XI, item 11.)
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CULTIVA A PAZ


“E, se ali houver algum filho da paz, repousará sobre ele a vossa paz; e, se não, ela voltará para vós.” – Jesus. (Lucas, 10:6.)

Em verdade, há muitos desesperados na vida humana. Mas quantos se apegam, voluptuosamente, à própria desesperação? quantos revoltados fogem à luz da paciência? quantos criminosos choram de dor por lhes ser impossível a consumação de novos delitos? quantos tristes escapam, voluntariamente, às bênçãos da esperança?

Para que um homem seja filho da paz, é imprescindível trabalhe intensamente no mundo íntimo, cessando as vozes da inadaptação à Vontade Divina e evitando as manifestações de desarmonia, perante as leis eternas.

Todos rogam a paz no Planeta atormentado de horríveis discórdias, mas raros se fazem dignos dela.

Exigem que a tranquilidade resida no mesmo apartamento onde mora o ódio gratuito aos vizinhos, reclamam que a esperança tome assento com a inconformação e rogam à fé lhes aprove a ociosidade, no campo da necessária preparação espiritual.

Para esmagadora maioria dessas criaturas comodistas a paz legítima é realização muito distante.

Em todos os setores da vida, a preparação e o mérito devem anteceder o benefício.

Ninguém atinge o bem-estar em Cristo, sem esforço no bem, sem disciplina elevada de sentimentos, sem iluminação do raciocínio. Antes da sublime edificação, poderão registrar os mais belos discursos, vislumbrar as mais altas perspectivas do plano superior, conviver com os grandes apóstolos da Causa da Redenção, mas poderão igualmente viver longe da harmonia interior, que constitui a fonte divina e inesgotável da verdadeira felicidade, porque se o homem ouve a lição da paz cristã sem o propósito firme de se lhe afeiçoar, é da própria recomendação do Senhor que esse bem celestial volte ao núcleo de origem como intransferível conquista de cada um.

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EMMANUEL
(do livro “Vinha de Luz” – psic. Chico Xavier)
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ENDEREÇOS DA CRUZ


Por ensinamento vivo e silencioso, o Cristo deixou-nos a cruz por mensagem, destinada a múltiplos endereços.

Para os que buscam elevação - oferece o traço vertical, simbolizando o caminho reto para a Vida Superior.

Para os fortes - convite ao sacrifício pessoal pela felicidade dos outros.

Para os fracos - refazimento.

Para os desvalidos - esperança.

Para os bons - chamamento ao serviço espontâneo em favor do próximo.

Para os maus - apelo à regeneração.

Para os caídos - coluna de apoio para que se levantem.

Para os ociosos - intimação muda ao trabalho.

Para os diligentes - diretriz.

Para os transviados - ponto de retorno ao rumo certo.

Para os que choram - encorajamento.

Para os enfermos - proteção.

Para os solitários - companhia.

Para os cansados - refúgio.

Para os descrentes - desafio.

Para os irresponsáveis - advertência.

Para os perseguidos - socorro.

Para os ofensores - tolerância.

Para os aflitos - reconforto.

Para os desertores - lição.

E para todas as criaturas, quaisquer que sejam, como estejam e onde estejam, a cruz oferece o traço horizontal, expressando, em qualquer tempo, a Infinita Misericórdia de Deus, sempre de braços abertos.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Paz
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Experiências pessoais


TEMA — Experiências perigosas na esfera dos entes queridos.

Sustentar a campanha de esclarecimento contra a influência do mal, preservando-nos contra a criminalidade, é dever nosso.

Em nos referindo, porém, ao plano familiar, surge sempre o instante em que somos constrangidos a ver alguns dos nossos entes queridos à beira de experiências pessoais que consideramos difíceis ou dolorosas.

Nessas ocasiões, supomos perceber toda a extensão dos perigos a que se expõem e costumamos temer por eles; às vezes, caminham na direção de graves riscos que conhecemos de oitiva; noutras circunstâncias, dirigem-se para situações embaraçosas, em cujas correntes de sombra admitimos haver, noutro tempo, sofrido ou navegado.

Que fazer em lances desses, nos quais surpreendemos corações amados, à feição de viajores desprevenidos, escalando o monte agressivo da tentação, ameaçados por avalanches que talvez lhes arrasem as melhores possibilidades da existência?

Antes de tudo, reconheçamos que nenhuma criatura se sente feliz com as nossas intervenções indébitas, no sentido de lhes cercear a liberdade de tentar, por si mesmas, a construção da própria felicidade.

Cada um de nós é um mundo por si, porque o Criador nos dotou a cada um de características individuais, inconfundíveis.

Emoções e pensamentos, tanto quanto as impressões digitais, variam de pessoa a pessoa; consequentemente, determinados caminhos que nos fizeram menos felizes, em outra época, serão provavelmente os mais adequados à edificação da vitória espiritual sonhada pelos entes que amamos, enquanto que certas criaturas que nos parecem menos simpáticas serão possivelmente as mais capazes de resolver-lhes os problemas que, talvez, sem o concurso dessas mesmas criaturas, permanecessem indefinidamente insolúveis.

Por outro lado, as circunstâncias que rodeiam agora os seres que abençoamos com a nossa extremada afeição podem não ser idênticas àquelas com que fomos defrontados, nos dias que se foram, e, muita vez, nas condições em que falimos, revelar-se-ão eles muito mais vigorosos que nós mesmos, impondo-se a ocorrências desagradáveis e criando talvez respeitáveis padrões de conduta para o 
reconforto e a segurança de muitos.

Tenhamos, assim, suficiente cautela para não ferir a independência pessoal daqueles a quem amamos, neles enxergando filhos de Deus, quanto nós próprios, com necessidades semelhantes às nossas, guardando o direito de construir suas vidas, segundo o preço das experiências que se proponham a pagar, no mesmo critério com que temos resgatado o custo das nossas.

E sempre que os vejamos em supostos perigos, saibamos que a melhor forma de auxílio que lhes poderemos prestar será invariavelmente o amparo da oração e a bênção da boa palavra com que se sintam encorajados a trabalhar e servir, lutar e vencer com o apoio do Bem.

🍄🌿🍄
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Encontro marcado
🍄🌿🍄

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

O calor escaldante dos desertos da vida


O alimento e a bebida ingeridos por Cristo na última ceia foram importantes para sustentá-lO.

Eles não lhe dariam pão nem água durante o Seu tormento.

Sabia o que O aguardava, por isso nutriu-se calmamente para suportar o desfecho de Sua história.

Após a oração, foi sem medo ao encontro de Seus opositores. Entregou-Se espontaneamente.

Procurou um lugar tranquilo, sem o assédio da multidão, pois não desejava qualquer tipo de tumulto ou violência.

Não queria que nenhum dos Seus mais próximos corresse perigo.

Preocupou-Se até mesmo com a segurança dos homens encarregados de prendê-lO, pois censurou o ato agressivo de Pedro a um dos soldados.

O Mestre era tão dócil que por onde Ele passava florescia a paz, nunca a violência.

Os homens podiam ser agressivos com Ele, mas Ele não era agressivo com ninguém.

Um odor de tranquilidade invadia os ambientes em que transitava.

O amor que Jesus sentia pelo ser humano O protegia do calor escaldante dos desertos da vida.

Chegou ao impensável, ao aparentemente absurdo, de amar Seus próprios inimigos...

* * *

E como estamos nós? Como nos protegemos das altas temperaturas dos desertos da existência?

A tranquilidade de Jesus vinha de Sua moral elevada, sustentada por um amor incondicional por todos.

A calma do Mestre vinha de Sua fé, em nível tão elevado, que O fazia ser Um com o Pai.

Semeando amor, colhemos felicidade nos campos de Deus.

Sem a pretensão de receber recompensas na Terra, pelos atos nobres que praticamos, perceberemos que a consciência em paz é fortaleza indestrutível.

Amando, passaremos pelos suplícios da existência com mais equilíbrio.

Tal amor dá à alma em aprendizado uma certeza íntima imperturbável, segura de estar no caminho certo, e de não estar sozinha nestas paragens.

Amando, nunca estamos sós.

A Terra poderá nos oferecer solidão temporária, mas o mundo real, o mundo maior, nos dará a companhia dos grandes.

Se estamos em momento grave na existência, sofrendo ataque de inimigos do bem... lembremos de Jesus e de Seu exemplo precioso.

Quem ama e está nas sendas do bem, não tem porque pensar em vingança, em responder violência com violência.

Quem ama tem sempre um refrigério constante no íntimo, ao enfrentar o calor escaldante da crueldade alheia.

Quem ama e trilha os caminhos do bem, não precisa temer, assim como Jesus não temeu, em momento algum, o que O aguardava.

Sofreu, ao ver a fragilidade da alma humana tomando decisões ainda tão tolas, mas não teve medo, jamais, pois estava sempre acompanhado de um amor sem igual pela Humanidade inteira.

Ama e aguarda. Ama e confia. Ama e resiste.

🌱💐🌱
Redação do Momento Espírita com base no cap. 6,
do livro O Mestre da sensibilidade, de Augusto Cury,
ed. Academia de Inteligência.
🌱💐🌱

17 de agosto

Aprenda a ser flexível e adaptável.

Ao mesmo tempo, trabalhe sempre ancorado num conhecimento interior para que você não seja influenciado por circunstâncias e condições exteriores, nem se torne dependente delas.

Perceba que sua vida exterior e sua maneira de viver refletem a sua vida interior.

Quando existe paz interior, você irradia paz para o exterior, pois quando seu coração está transbordante de amor você reflete e irradia esse amor à sua volta.

Você não pode esconder o que está em seu interior, pois seu exterior reflete o que você contém.

O tempo passado em paz e quietude nunca é desperdiçado.

É necessário que cada alma encontre tempo para se recolher e refletir, na quietude, sobre aquilo que existe em seu interior, nas coisas realmente importantes da vida e que fazem da sua vida o que ela é: os caminhos do Espírito.

Não importa se o seu dia é muito ocupado.

Esses momentos de quietude são essenciais e constituem a espinha dorsal de sua vida.

🌱💐🌱
Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
🌱💐🌱





🌱💐🌱

MENSAGEM DO ESE:

Poder da fé

Quando ele veio ao encontro do povo, um homem se lhe aproximou e, lançando-se de joelhos a seus pés, disse: Senhor, tem piedade do meu filho, que é lunático e sofre muito, pois cai muitas vezes no fogo e muitas vezes na água. Apresentei-o aos teus discípulos, mas eles não o puderam curar. Jesus respondeu, dizendo: Ó raça incrédula e depravada, até quando estarei convosco? Até quando vos sofrerei? Trazei-me aqui esse menino. — E tendo Jesus ameaçado o demônio, este saiu do menino, que no mesmo instante ficou são. Os discípulos vieram então ter com Jesus em particular e lhe perguntaram: Por que não pudemos nós outros expulsar esse demônio? — Respondeu-lhes Jesus: Por causa da vossa incredulidade. Pois em verdade vos digo, se tivésseis a fé do tamanho de um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: Transporta-te daí para ali e ela se transportaria, e nada vos seria impossível. (S. MATEUS, cap. XVII, vv. 14 a 20.)

No sentido próprio, é certo que a confiança nas suas próprias forças torna o homem capaz de executar coisas materiais, que não consegue fazer quem duvida de si. Aqui porém unicamente no sentido moral se devem entender essas palavras. As montanhas que a fé desloca são as dificuldades, as resistências, a má-vontade, em suma, com que se depara da parte dos homens, ainda quando se trate das melhores coisas. Os preconceitos da rotina, o interesse material, o egoísmo, a cegueira do fanatismo e as paixões orgulhosas são outras tantas montanhas que barram o caminho a quem trabalha pelo progresso da Humanidade. A fé robusta dá a perseverança, a energia e os recursos que fazem se vençam os obstáculos, assim nas pequenas coisas, que nas grandes. Da fé vacilante resultam a incerteza e a hesitação de que se aproveitam os adversários que se têm de combater; essa fé não procura os meios de vencer, porque não acredita que possa vencer.


Noutra acepção, entende-se como fé a confiança que se tem na realização de uma coisa, a certeza de atingir determinado fim. Ela dá uma espécie de lucidez que permite se veja, em pensamento, a meta que se quer alcançar e os meios de chegar lá, de sorte que aquele que a possui caminha, por assim dizer, com absoluta segurança. Num como noutro caso, pode ela dar lugar a que se executem grandes coisas.

A fé sincera e verdadeira é sempre calma; faculta a paciência que sabe esperar, porque, tendo seu ponto de apoio na inteligência e na compreensão das coisas, tem a certeza de chegar ao objetivo visado. A fé vacilante sente a sua própria fraqueza; quando a estimula o interesse, torna-se furibunda e julga suprir, com a violência, a força que lhe falece. A calma na luta é sempre um sinal de força e de confiança; a violência, ao contrário, denota fraqueza e dúvida de si mesmo.

Cumpre não confundir a fé com a presunção. A verdadeira fé se conjuga à humildade; aquele que a possui deposita mais confiança em Deus do que em si próprio, por saber que, simples instrumento da vontade divina, nada pode sem Deus. Por essa razão é que os bons Espíritos lhe vêm em auxílio. A presunção é menos fé do que orgulho, e o orgulho é sempre castigado, cedo ou tarde, pela decepção e pelos malogros que lhe são infligidos.

O poder da fé se demonstra, de modo direto e especial, na ação magnética; por seu intermédio, o homem atua sobre o fluido, agente universal, modifica-lhe as qualidades e lhe dá uma impulsão por assim dizer irresistível. Daí decorre que aquele que a um grande poder fluídico normal junta ardente fé, pode, só pela força da sua vontade dirigida para o bem, operar esses singulares fenômenos de cura e outros, tidos antigamente por prodígios, mas que não passam de efeito de uma lei natural. Tal o motivo por que Jesus disse a seus apóstolos: se não o curastes, foi porque não tínheis fé.

🌱💐🌱
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIX, itens 1 a 5.)
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PRODÍGIOS AO TEU ALCANCE


Com certeza, ainda não podes, qual o Divino Mestre, transformar a água em vinho, todavia muitos outros prodígios jazem claramente ao teu alcance.

Nada há que te impeça, por exemplo, de enxugar as lágrimas no rosto de quem chora e transfigurar a tristeza em alegria.

Se quiseres, ainda hoje, podes vir a ser a esperança concretizada de uma mão amiga que soerga para a vida a quem se encontra no chão.

Tens o abençoado dom de resgatar à delinquência e conduzir ao banco escolar a criança que os próprios pais esqueceram.

Com o simples gesto de assinar o teu nome num documento, abrirás a porta do trabalho digno a quem, desde muito, se vê impedido de lutar pelo pão de cada dia.

São tantos e tantos os prodígios ao teu alcance, em tuas infinitas possibilidades no bem, que, onde estejas, é como se Deus estivesse operando por teu intermédio.

🌱💐🌱
Irmão José (psic. Carlos Baccelli - do livro "Pai, Perdoa-lhes!")
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Todos nós


Da beneficência somos todos necessitados.
*
Os mais fortes requisitam apoio, a fim de que se lhes acentue a resistência.
*
Os mais fracos esperam auxílio para que não desfaleçam.
*
Os mais cultos precisam de esclarecimento, de modo que a vaidade não lhes ensombre a cabeça.
*
Os ignorantes solicitam o amparo de quem lhes ministre a instrução.
*
Os doentes aguardam a enfermagem de quem os medique.
*
Os sãos reclamam o concurso de quem lhes recorde o cuidado preciso para que não adoeçam.
*
A solidariedade é lei da vida.
*
Por isso mesmo, a nosso ver, a caridade não é somente uma virtude simples, mas também uma instituição universal.

🌱💐🌱
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Luz e vida
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Auxílio aos que partem


Não observes a criatura cuja palavra a morte emudeceu como alguém que se aniquilou.

Corpo gasto é apenas veste rota.

Se ainda ontem oferecias devotamento aos que atravessam as barreiras da sepultura, por que motivo transformarás, agora, as flores do teu amor em espinhos de desespero?

Quem parte quase sempre transporta consigo aflições e problemas que não consegues imaginar!...

Muitos daqueles que de ti receberam entendimento e carinho abandonaram a Terra conduzindo consigo as paixões que lhes devastavam o ser, os dissabores em que se cristalizaram, as angústias da separação e as chagas do remorso que adquiriram.

Não lhes atires fogo à alma inquieta através do pranto inconsiderado.

Ajuda-os com a prece amiga e faze algo que lhes garanta a libertação, fortalecendo-lhes a esperança ou socorrendo a viuvez e a orfandade que lhes recordam o nome, atenuando o sofrimento e a treva que deixaram na retaguarda.

Comentando-lhes a passagem no mundo, destaca-lhes os anseios e as qualidades nobres, reportando-te aos elevados desejos que não puderam realizar.

Não salientes o mal de que foram vítimas, nem te refiras aos enganos a que se acolheram, porque teu pensamento e teu verbo atingem o Mais Além com endereço infalível.

Não provoques o pranto de quem já chorou em demasia à frente da verdade, nem apagues a chama da fé viva que brilha em favor daqueles que se tresmalham nos labirintos do ódio.

Auxilia-os como puderes e acende o lume da oração junto deles para que se restaurem com segurança.

Não olvides que amanhã serás o indeciso viajante das sombras, supostamente morto para os que ficam, e somente por teu incessante auxílio aos outros é que dos outros receberás o auxílio de amor, luz e paz.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Cartas do Alto
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quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Necessidade de objetivo



A busca de um sentido existencial por parte do ser humano constitui-lhe uma força inata impulsionadora para o seu progresso. Ao identificá-lo, torna-se-lhe o objetivo básico a ser conquistado, empenhando todos os recursos para a consecução da meta.
Graças a isso, que podem ser os seus ideais, as suas necessidades, as suas ambições, oferece a vida e não teme a morte, conseguindo, inclusive, permanecer sob as mais miseráveis e inumanas condições, desde que essa chama permaneça acesa interiormente.

Trata-se de um sentido pessoal que ninguém pode oferecer, e que é particular a cada qual. Torna-se, de futuro, um ideal de grupo, em razão de constituir inte­resse coletivo, porém a sua origem se encontra no nível de consciência e de pensamento individual, que elegem o que fazer e como fazê-lo. Não pode ser elegido por outrem ou brindado, senão conseguido pelo próprio ser.
Possivelmente será proposto quando se é despertado para o interesse, chamando-lhe a atenção, mas a sua eleição é pessoal.

Jesus, ante a transitoriedade dos valores terrestres e a fugacidade do corpo, propôs a busca do reino de Deus e Sua justiça, elucidando que, após esta prima­zia tudo mais será acrescentado. Isto é, estabelecendo o mais importante — o sentido, o objetivo existencial —as demais aspirações se tornam secundárias e chega­rão naturalmente.

Esse reino de Deus encontra-se na consciência tran­qüila, que resulta do dever retamente cumprido, dos compromissos bem conduzidos, dos objetivos delinea­dos com acerto. Graças a essa diretriz, a aquisição dos recursos faz-se com naturalidade, como um acréscimo, que é a conseqüência básica.
Todos necessitam de um algo para motivar-se, para viver.

Essa busca de significado, de objetivo ou sentido não pode ser resultado de uma fé ancestral, isto é, de uma crença destituída de fatos, que se dilui ante difi­culdades, principalmente os conflitos internos, mas da luz da razão que se transforma em vontade de conse­guir uma vida mais expressiva, mais rica de conteúdo, de aspirações profundas e autênticas.

Um afeto familiar, um ideal em desenvolvimento, o lar, uma atividade dignificadora, o retorno a um ser­viço interrompido tornam-se, entre muitos outros, ob­jefivos que dão sentido à vida, favorecendo meios para se lutar.

Sustentaram incontáveis encarcerados nos campos de trabalho forçado e de extermínio, mesmo quando exauridos, e nada mais lhes restava, sempre aguardan­do ser o próximo a morrer… Ainda vitalizam milhões outros que se encontram em situações inumanas, víti­mas de homens e mulheres arbitrários, de sistemas in­justos, de situações penosas.
Certamente, o oposto também dá sentido — infeliz é certo — a outras existências: o ódio, o ressentimento, a ânsia de poder, tornando as suas trajetórias adrede fa­nadas, porque os mesmos são máscaras do ego ferido, que não se tornam razões de paz, antes se fazem contí­nuo tormento.

Quando se tem o porquê viver, a forma de como viver até lograr o objetivo torna-se secundária. Esse im­pulso primário no ser, faz que supere os obstáculos e impedimentos com o pensamento no que conseguirá.
Alguns psicoterapeutas afirmam que os princípios morais, que lhes parecem metafísicos, nada têm a ver com o sentido ou significado existencial. E se olvidam de todos quantos lhes entregaram as vidas, plenifican­do-se saudavelmente. Informam, ademais, que esse sen­tido resulta daquilo que pode enfrentar a existência, não nascendo com ela.

Somos de parecer que o sentido, o objetivo, o es­sencial, é a auto-superação das paixões, a auto-ilumi­nação para bem discernir o que se deve e se pode fazer, para harmonizar-se em si mesmo, em relação ao seu próximo e ao grupo social no qual se encontra, bem como à Vida, à Natureza, Deus…
Os princípios morais — alguns inatos ao ser huma­no — são indispensáveis. Não porém as imposições morais-sociais, geográficas, estabelecidas legalmente e logo desacreditadas. Mas aqueles que são inerentes, derivados do mais profundo e básico, que é o amor. Respeitar a vida, amando-a, fomentar o progresso, tra­balhando, construir a felicidade, perseverando, não fazer a outrem o que não deseja que o mesmo lhe faça, eliminam a possibilidade de consciência de culpa, de conflito, e dão-lhe um padrão para o comportamento equilibrado, uma diretriz para a conduta sadia.

O ser atua moralmente, porque sente o impulso interno da vida que se submete às Leis que a regem.

Essa força interior que o leva à prática dos atos cor­retos, o Bem, no início, é metafísica, pois procede do Psiquismo Causal, para depois tornar-se uma necessi­dade transformada em ações, portanto nos fatos que lhe confirmam a excelência.
Quando escasseiam esses princípios na mente e na emoção, o indivíduo, desestruturado, enferma e a mais eficaz solução é o amorterapia, impulsionando-o a per­mitir que desabrochem os sentimentos de fraternida­de, de solidariedade, de perdão, de auto-entrega, as­sim aparecendo significados para continuar-se a viver.
Muitos aposentados e idosos, depressivos diver­sos, que se neurotizaram, recuperam-se através do ser­viço ao próximo, da autodoação à comunidade, do la­bor em grupo, sem interesse pecuniário, reinventando razões e motivos para serem úteis, assim rompendo o refúgio sombrio da perda do sentido existencial.
Sem meta não se vive, obedece-se aos automatis­mos fisiológicos em perigoso crepúsculo psicológico, a um passo do suicídio.

Quando o ser se percebe atuante, produtivo, ne­cessário, vibra e produz. Todo e qualquer contributo psicoterapêutico, logoterapêutico, há de considerar a autovalorização do paciente.

Jesus sintetizou-o, na resposta com que concluiu o diálogo com o sacerdote que o interrogara a respeito do reino dos céus:

— Vai tu e faze o mesmo.

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Joanna de Ângelis
Divaldo Pereira Franco
Obra: Amor, Imbatível Amor
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16 de agosto

Sua atitude é vitalmente importante, muito mais importante do que você imagina. 

Portanto, se você não consegue adotar a atitude certa para fazer algo, não faça até mudar de atitude. 

Tenha prazer em realizar uma tarefa e entenda que, seja ela qual for, é importante para o bom andamento do todo. 

Não tenha medo de assumir suas responsabilidades; pois agindo assim você crescerá em sabedoria e estatura. Saiba que nunca lhe é dado um fardo mais pesado do que você consegue carregar. 

É importante que cada responsabilidade assumida o ajude a se expandir um pouco mais. 

O objetivo das responsabilidades não é sobrecarregá-lo, mas sim ajudá-lo a crescer. 

Não se ressinta das responsabilidades que lhe são entregues, mas seja agradecido a elas. 

Saiba que elas não lhe seriam dadas se Eu não soubesse que você é capaz de assumí-las. 

Peça Minha ajuda sempre. EU ESTOU sempre pronto a ajudá-lo e guiá-lo. Chame por Mim.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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Mensagem do ESE:

O sacrifício mais agradável a Deus

Se, portanto, quando fordes depor vossa oferenda no altar, vos lembrardes de que o vosso irmão tem qualquer coisa contra vós, — deixai a vossa dádiva junto ao altar e ide, antes, reconciliar-vos com o vosso irmão; depois, então, voltai a oferecê-la. — (S. MATEUS, cap. V, vv. 23 e 24.)

Quando diz: “Ide reconciliar-vos com o vosso irmão, antes de depordes a vossa oferenda no altar”, Jesus ensina que o sacrifício mais agradável ao Senhor é o que o homem faça do seu próprio ressentimento; que, antes de se apresentar para ser por ele perdoado, precisa o homem haver perdoado e reparado o agravo que tenha feito a algum de seus irmãos. Só então a sua oferenda será bem aceita, porque virá de um coração expungido de todo e qualquer pensamento mau. Ele materializou o preceito, porque os judeus ofereciam sacrifícios materiais; cumpria--lhe conformar suas palavras aos usos ainda em voga. O cristão não oferece dons materiais, pois que espiritualizou o sacrifício. Com isso, porém, o preceito ainda mais força ganha. Ele oferece sua alma a Deus e essa alma tem de ser purificada.

 Entrando no templo do Senhor, deve ele deixar fora todo sentimento de ódio e de animosidade, todo mau pensamento contra seu irmão. Só então os anjos levarão sua prece aos pés do Eterno. Eis aí o que ensina Jesus por estas palavras: “Deixai a vossa oferenda junto do altar e ide primeiro reconciliar-vos com o vosso irmão, se quiserdes ser agradável ao Senhor.”

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, itens 7 e 8.)
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OS DOIS ARQUIVOS


No interior do seu coração, há dois arquivos importantes para a vida caminhar bem.

O primeiro é chamado de "arquivo morto" e nele você guarda as lembranças tristes como mágoas, culpas, fracassos e decepções.

O segundo é chamado "arquivo vivo", destinado a guardar as lembranças alegres da sua vida, amizades, amores, vitórias, sonhos realizados, momentos felizes como aniversários, casamento, formatura, viagens e outras tantas situações positivas que lhe ocorreram.

É fundamental que você saiba usá-los bem. O arquivo morto, você deve consultá-lo apenas quando quiser aprender algo com as experiências guardadas, já o arquivo vivo, você deve abri-lo diariamente.

Há pessoas que remexem a toda hora o arquivo morto e jamais se debruçam sobre o arquivo vivo.

Isso é uma das melhores formas de ser infeliz.

Se você acessar diariamente o arquivo morto, sua vida será um mar de entraves, doenças e miséria. Há pessoas que insistem em procurar alimento na lata do lixo, embora possam saborear comida fresca todos os dias.

Quem cultiva o que de negativo lhe ocorreu, permanece na freqüência vibratória negativa, e assim não há milagre que faça a vida dar certo.

Você tem um poderoso ímã, que é a mente, e acaba atraindo para sua vida pessoas, fatos e circunstâncias que estão na mesma órbita da sua energia mental. Isso nunca foi segredo para ninguém.

Não se sinta vítima do destino, porque, de alguma forma, você plasmou a vida de agora com seu modo de sentir, pensar e agir. Alguém que lhe causou algum prejuízo apenas encontrou a porta que você abriu para o mal entrar no seu caminho. O ofensor não é o único responsável pelo ocorrido, pois você o atraiu para sua vida. E se você é quem atrai, a maior responsabilidade é sua.

Por acaso você é capaz de dizer que se sente bem se recordar de um fato que lhe causou dor? Se você respondeu que não, então, por que insiste no mal se o mal lhe faz tão mal?

Acesse com freqüência o seu arquivo vivo. Deixe que sua mente se inunde de boas lembranças, que você sinta mais uma vez todas as sensações maravilhosas que passaram em sua jornada.

Faça isso várias vezes ao dia, sobretudo quando a negatividade começar a se aproximar.

Quanto mais você se impregnar de emoções positivas, mais sensações boas vai ter, a alegria vai brotar no seu coração, e a lei da atração funcionará trazendo para seu caminho coisas boas. O bem que se cultiva é o bem que se multiplica.

Ao final de cada dia, anote em um diário ou em outro local preferido, todas as coisas boas que lhe ocorreram no dia e todas as coisas boas que você fez por si mesmo e por alguém. Anote tudo, mesmo os pequenos gestos, fazendo isso constantemente, você se sentirá cada vez melhor, e isso é a chave de atração do melhor em sua vida.

🌻🌾🌻
JOSÉ CARLOS DE LUCCA
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O fenômeno da morte - perguntas e respostas


O que acontece com o nosso Espírito quando morremos?

Continuamos com nossa individualidade, isto é, teremos os mesmos conhecimentos, qualidades e defeitos que tivemos em vida. A morte não nos livra das imperfeições. Seguiremos pensando da mesma forma. Nosso Espírito será atraído vibratoriamente para regiões astrais com que se afiniza moralmente. Se formos excessivamente apegados à vida material, ficaremos presos ao mundo terreno, acreditando que ainda estamos fazendo parte dele. Essa situação perdurará por certo tempo, até que ocorra naturalmente um descondicionamento psíquico. A partir desse ponto, o Espírito será conduzido às colônias espirituais, onde receberá instrução para mais tarde retornar à carne.

Todos os Espíritos podem se comunicar logo após sua morte?

Sim, pelo menos teoricamente, todos os Espíritos podem se comunicar após a morte do corpo físico. Porém, a Doutrina Espírita nos ensina que o Espírito sofre uma espécie de perturbação (que nada tem ver com desequilíbrio) que pode demorar de horas até anos, dependendo do tipo de vida que tenha tido na Terra e do gênero de sua morte. Os Espíritos que são desprendidos da matéria desde a vida terrena, tomam consciência de que estão fazendo parte da vida espírita bem cedo, porém aqueles que viveram preocupados apenas com seu lado material permanecem no estado de ignorância por longo tempo. Dado o pouco adiantamento espiritual dos habitantes do planeta, pode-se concluir que as mensagens mediúnicas creditadas a pessoas famosas que desencarnam precocemente, não merecem credibilidade.

O que acontece com os recém-nascidos que logo morrem? E por que isto acontece?

O Espírito de criança morta em tenra idade recomeça outra existência normalmente. O desencarne de recém-nascidos, frequentemente, trata-se de prova para os pais, pois o Espírito não tem consciência do que ocorre. A maioria dessas mortes, entretanto, é por conta da imperfeição da matéria.

Se uma criança desencarna de acidente na idade de 11 anos, ela é socorrida pelos Espíritos na mesma hora?

Os desencarnes súbitos, de uma forma geral, são muito traumáticos para o Espírito. Allan Kardec diz que no processo de desencarne, todos sofrem uma espécie de "perturbação espiritual", que pode variar de algumas horas a anos, dependendo da evolução de cada um. Nos desencarnes convencionais geralmente os Espíritos permanecem sem consciência do que lhe aconteceu por um certo tempo e, se têm merecimento, são recolhidos às colônias socorristas existentes próximas da crosta terrena. Ali são devidamente atendidos. Nos casos de desencarne de crianças, suspeita-se que sejam atendidas de imediato pela Espiritualidade, em função de estarem num estado psíquico especial, próprio da infância. Não estando de posse de todas as suas faculdades, não seria lógico admitir que ficassem em estado de sofrimento por causa dos atos da vida. Claro, a responsabilidade aumenta na medida em que a maturidade avança, criando condições para o Espírito ficar em estado de sofrimento por um tempo mais longo, se for necessário. Não há uma idade definida, que marque o início da fase adulta, assim como não há um ponto definido que separe o dia da noite. Em determinado período se confundem, mas acabam se definindo a seguir. De uma maneira geral, pode-se concluir que todos os Espíritos que desencarnam em fase infantil são imediatamente atendidos pela Espiritualidade.

Porque pessoas jovens, boas, desencarnam prematuramente, enquanto há pessoas más que vivem por muitos anos?

Se olharmos as coisas dentro da ótica materialista, certamente não encontraremos resposta para esta delicada questão. Se, no entanto, partirmos do princípio que somos seres imortais e que estamos em uma escalada evolutiva em direção à perfeição, compreenderemos com facilidade que a vida terrena é apenas parte desse processo. A verdadeira vida é a espiritual e quando encarnados cumpre-se as etapas necessárias ao aprimoramento do Espírito imortal. As diferenças existentes entre as pessoas são as várias etapas em que o Espírito se encontra em termos de evolução. O viver muitos anos, portanto, é muito relativo. A vida terrena é a escola que a criatura precisa para se aprimorar e o tempo que deve demorar aqui depende de sua necessidade. Os Espíritos bons, geralmente necessitam mesmo de menos tempo.

Uma criança, quando desencarna, seu Espírito terá a mesma idade que ela tinha, quando era encarnada?

Sim, dependendo no entanto de sua maturidade espiritual. O Espírito, quando desencarna, permanece com os mesmos condicionamentos mentais que tinha na Terra, até que se conscientize de sua real situação. Permanecerá em estado de criança ou de adolescente, por um determinado tempo, dependendo de sua evolução, ou seja, de seu grau de entendimento, até que adquira plena consciência de sua condição e de suas necessidades. Isso, geralmente acontece com Espíritos que ainda estão em situação de pouca evolução espiritual. Por isso, nas colônias socorristas próximas à crosta terrestre, encontram-se Espíritos em condição de crianças e adolescentes. Deve-se saber, entretanto, que esta situação perdura apenas por um determinado período.

Quando uma pessoa morre de morte acidental, por exemplo por afogamento, e ainda é muito jovem (18 anos) como fica o seu Espírito?

Todas as pessoas, ao desencarnarem, passam por um período mais ou menos longo de perturbação espiritual, podendo durar de algumas horas a anos, dependendo de seu grau evolutivo. Quando o Espírito é muito jovem, e certamente experimenta uma vida de muita atividade, pode permanecer sem entender sua situação por um tempo, como pode ser logo socorrido pelos Espíritos amigos que trabalham nessa área. Isso vai depender do seu merecimento. Se permanecer revoltado por ter retornado cedo, criará para si um ambiente vibratório ruim, que o levará a experimentar grandes dores morais nas zonas de sofrimento.

Os Espíritos ao desencarnarem conservariam intacta suas auras externas? Seriam ainda emanações de seu perispírito?

Aura é um termo utilizado no meio espírita, originada do esoterismo, e se refere à atmosfera fluídica criada em torno da pessoa pelas emanações energéticas do seu corpo espiritual. Allan Kardec não deu atenção a isso na Codificação, por se tratar de assunto de pouca importância para a compreensão da ciência dos fluidos. A "aura" nada mais é do que um efeito, causado pela irradiação íntima do Espírito. Não, a "aura" não é uma emanação do perispírito que, por si mesmo, nada é, a não ser uma massa fluídica estruturada pelo Espírito com sua projeção interior, para se manifestar no mundo exterior.

Quando desencarnamos, sendo levados para as colônias socorristas, teria como nossos entes queridos ficarem sabendo em qual delas nos encontramos?

Se forem entes desencarnados, isso dependerá da afinidade espiritual existente entre o nosso Espírito e os deles. Também se deverá levar em conta a condição evolutiva de cada um. Se são pessoas muito diferentes em moralidade, certamente irão para lugares distintos. Os mais atrasados podem desconhecer onde estão os mais adiantados. Os que nos precederam, dependendo de suas condições espirituais, poderão nos amparar no momento do desencarne e, evidentemente, saber para onde vamos.

Se a informação refere-se aos entes que ficaram no mundo material, eles poderão saber as condições do Espírito desencarnado, ou o lugar onde se encontra, evocando-o numa sessão prática de Espiritismo feita por grupos sérios.

O que acontece ao nosso anjo da guarda quando desencarnamos?

O anjo de guarda é um Espírito protetor de uma ordem elevada que Deus, por sua imensa bondade, coloca ao nosso lado, para nos proteger, nos aconselhar e nos sustentar nas lutas da vida. Cumprem uma missão que pode ser prazerosa para uns e penosa para outros, quando seus protegidos não os ouvem seus conselhos.

Quando desencarnamos, ele também nos ampara e frequentemente o reconhecemos, pois, na verdade, o conhecemos antes de mergulhar na carne. Claro que tudo depende da condição evolutiva da pessoa em questão. O anjo da guarda poderá também nos guiar em outras experiências, por muitos e muitos tempos.

Todos os Espíritos sem exceção, mesmo os sofredores, podem conhecer a intimidade dos nossos pensamentos?

Para os Espíritos nada há que seja escondido. 
O pensamento é a forma de comunicação no plano invisível. Quando se emite um pensamento, ele impregna o ambiente e logicamente os que estão na dimensão espiritual o captam com facilidade. Quanto a conhecer na intimidade o que vai na alma de cada um, depende do estado mais ou menos lúcido do desencarnado em questão e ainda de suas condições morais. Como regra geral, pode-se afirmar que uma natureza má simpatiza com uma natureza má que lhe conhece a intimidade. Assim também é com os bons Espíritos. Os Espíritos sofredores podem estar passando por um período de perturbação (mais ou menos longo, conforme o caso) e não se encontrarem em condições de sondar a intimidade daqueles com quem tinham relações. Porém, não deixam de sofrer as influências vibratórias das coisas boas ou ruins que forem feitas por essas pessoas.

É possível, mesmo a pessoas menos esclarecidas, a comunicação com entes desencarnados a que foram intimamente ligados na Terra, e dos quais sentem muitas saudades?

Sim é possível, pois o intercâmbio entre os dois mundos é muito fácil e comum. Mas deve-se ter muito cuidado com as comunicações ditas de parentes desencarnados, pois como se sabe, embora a mediunidade seja um fator ligado à potencialidade orgânica, o uso que se faz dela depende da moral do médium. Muitas vezes não há como identificar se aquela comunicação é autêntica, principalmente se é dada por médiuns sem preparo para a tarefa. Frequentemente ligam-se a esses, Espíritos enganadores que se comprazem em brincar com a dor alheia, ou então que querem estimular o ego do médium, emprestando a este uma importância que não tem.

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Grupo Espírita Bezerra de Menezes
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