“Com entendimento entenebrecido, alienados da vida de Deus pela sua ignorância e pela dureza dos seus corações”. (Efésios, 4:18.)
Sofre o enfermo a privação na enfermaria comunitária.
Sofre o empresário bem-sucedido no apartamento hospitalar.
Sofre o necessitado, na favela, a escassez.
Sofre o rico, no palacete, a solidão.
Sofre a criatura anônima as dores morais.
Sofre o artista famoso os conflitos afetivos.
Sofre o destituído de autoridade, sem significado político.
Sofre o administrador dos negócios públicos os dramas e tramas do poder.
Sofre a mãe paupérrima, assim como a mãe milionária, a perda do ente querido.
São sofrimentos decorrentes das contingências da estadia terrena, produto da atual necessidade evolutiva da condição humana.
Mas a análise da dor pode ser vista sob outros ângulos:
Sofrer por não querer assimilar novas experiências e ideias, fixando-se em preconceitos.
Sofrer por não aceitar a própria estrutura da natureza humana.
Sofrer por ser inflexível e rígido nos conceitos íntimos, permanecendo estagnado.
Sofrer por não digerir a mensagem eloquente da voz interior.
Sofrer por refutar o amor incondicional, preferindo o apego doentio.
Sofrer por assimilar o conflito como parte de si, e não como circunstância passageira.
Eu não sou sofredor.
Eu estou sofredor.
Ser e estar são angulações diferenciadas que influenciam sobremaneira o psiquismo na estrutura da alma em evolução.
Sofrer é, portanto, um sintoma que indica que a causa sou eu mesmo, por isso devo renovar-me. A razão primeira é a inflexibilidade, ou seja, a “dureza dos seus corações” .
Sofrer, em última análise, é desarranjo íntimo, consequência de nossa inadequação, inconformação, inexperiência; enfim, falta de entendimento diante da vida.
Renovar é a meta.
Você é o arquiteto de seu destino.
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Hammed
Francisco do Espírito Santo Neto
Obra: Um modo de entender: Uma nova forma de viver
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22 de janeiro
Pare de andar em "ponto morto", engate a marcha e faça alguma coisa da sua vida.
Há muitas avenidas a serem exploradas portanto, por que não explorá-las agora?
Nunca tenha medo de dar um passo para o desconhecido, para o novo.
Faça isso sem temor, sempre esperando que o melhor aconteça.
A vida é muito emocionante e excitante, mas é preciso estar disposto a crescer em direção ao novo com absoluta fé e confiança.
Permita que Eu seja seu guia e companheiro constante.
Há muito em você esperando para ser revelado quando você estiver pronto.
Você deverá estar devidamente equipado para esta vida de aventura e, antes de se aventurar em frente, deverá aprender lições vitais importantes, lições fundamentais de obediência e disciplina.
Para tanto você terá que passar por provas e testes.
Mas não se impaciente, nem se irrite com isso, e sim agradeça por ter sido escolhido para seguir este caminho espiritual.
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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:
O dever
O dever é a obrigação moral da criatura para consigo mesma, primeiro, e, em seguida, para com os outros. O dever é a lei da vida. Com ele deparamos nas mais ínfimas particularidades, como nos atos mais elevados. Quero aqui falar apenas do dever moral e não do dever que as profissões impõem.
Na ordem dos sentimentos, o dever é muito difícil de cumprir-se, por se achar em antagonismo com as atrações do interesse e do coração. Não têm testemunhas as suas vitórias e não estão sujeitas à repressão suas derrotas. O dever íntimo do homem fica entregue ao seu livre-arbítrio. O aguilhão da consciência, guardião da probidade interior, o adverte e sustenta; mas, muitas vezes, mostra-se impotente diante dos sofismas da paixão. Fielmente observado, o dever do coração eleva o homem; como determiná-lo, porém, com exatidão? Onde começa ele? onde termina? O dever principia, para cada um de vós, exatamente no ponto em que ameaçais a felicidade ou a tranqüilidade do vosso próximo; acaba no limite que não desejais ninguém transponha com relação a vós.
Deus criou todos os homens iguais para a dor. Pequenos ou grandes, ignorantes ou instruídos, sofrem todos pelas mesmas causas, a fim de que cada um julgue em sã consciência o mal que pode fazer. Com relação ao bem, infinitamente vário nas suas expressões, não é o mesmo o critério. A igualdade em face da dor é uma sublime providência de Deus, que quer que todos os seus filhos, instruídos pela experiência comum, não pratiquem o mal, alegando ignorância de seus efeitos.
O dever é o resumo prático de todas as especulações morais; é uma bravura da alma que enfrenta as angústias da luta; é austero e brando; pronto a dobrar-se às mais diversas complicações, conserva-se inflexível diante das suas tentações.
homem que cumpre o seu dever ama a Deus mais do que as criaturas e ama as criaturas mais do que a si mesmo. É a um tempo juiz e escravo em causa própria.
O dever é o mais belo laurel da razão; descende desta como de sua mãe o filho. O homem tem de amar o dever, não porque preserve de males a vida, males aos quais a Humanidade não pode subtrair-se, mas porque confere à alma o vigor necessário ao seu desenvolvimento.
O dever cresce e irradia sob mais elevada forma, em cada um dos estágios superiores da Humanidade. Jamais cessa a obrigação moral da criatura para com Deus. Tem esta de refletir as virtudes do Eterno, que não aceita esboços imperfeitos, porque quer que a beleza da sua obra resplandeça a seus próprios olhos.
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— Lázaro. (Paris, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, item 7.)
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A SENDA ESTREITA
“Porfiai por entrar pela porta estreita...” — JESUS. (Lucas, 13:24)
Não te aconselhes com a facilidade humana para a solução dos problemas que te inquietam a alma.
Realização pede trabalho.
Vitória exige luta.
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Muitos jornadeiam no mundo na larga avenida dos prazeres efêmeros e esbarram no cipoal do tédio ou da intemperança, quando não sucumbem sob as farpas do crime.
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Muitos preferem a estrada agradável dos caprichos pessoais atendidos e caem, desavisados, nos fojos de tenebrosos enganos, quando não se despenham nos precipícios de tardio arrependimento.
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Seja qual for a experiência em que te situas, na Terra, lembra-te de que ninguém recebe um berço entre os homens para acomodar-se com a inércia, no desprezo deliberado às leis que regem a vida.
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Nosso dever é a nossa escola.
Por isso mesmo, a senda estreita a que se refere Jesus é a fidelidade que nos cabe manter limpa e constante, no culto às obrigações assumidas diante do Bem Eterno.
Para sustentá-la, é imprescindível sacrificar no santuário do coração tudo aquilo que constitua bagagem de sombra no campo de nossas aspirações e desejos.
Adaptarmo-nos à disciplina do próprio espírito na garantia da felicidade geral é estabelecer em nós próprios o caminho para o Céu que almejamos.
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Não te detenhas no círculo das vantagens que se apagam em fulguração passageira, de vez que a ociosidade compra, em desfavor de si mesma, as chagas da penúria e as trevas da ignorância.
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Porfia na renúncia que eleva e edifica, enobrece e ilumina.
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Não desdenhes a provação e o trabalho, a abnegação e o suor.
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E, em todas as circunstâncias, recorda sempre que a “porta larga” é a paixão desregrada do “eu” e a “porta estreita” é sempre o amor intraduzível e incomensurável de Deus.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Ceifa de luz
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