sábado, 1 de dezembro de 2012

Um Tanto Mais


Livro Ideal Espírita 
 Francisco C. Xavier 
André Luiz
 









Que pedes?


Que pedes à vida, amigo?

Os ambiciosos reclamam reservas de milhões.

Os egoístas exigem todas as satisfações para si somente.

Os arbitrários solicitam atenção exclusiva aos caprichos que lhes são próprios.

Os vaidosos reclamam louvores.

Os invejosos exigem compensações que lhes não cabem.

Os despeitados solicitam considerações indébitas.

Os ociosos pedem prosperidade sem esforço. 

Os tolos reclamam divertimentos sem preocupação de serviço.

Os revoltados reclamam direitos sem deveres.

 Os extravagantes exigem saúde sem cuidados.

Os impacientes aguardam realizações sem bases.

Os insaciáveis pedem todos os bens, olvidando as necessidades dos outros.

Essencialmente considerando, porém, tudo isto é verdadeira loucura, tudo fantasia do coração que se atirou exclusivamente à posse efêmera das coisas mutáveis.

Vigia, assim, cautelosamente, o plano de teus desejos.

Que pedes à vida?

Não te esqueças de que, talvez nesta noite, pedirá o Senhor a tua alma.

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Emmanuel
Chico Xavier

 










quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O Sublime Alguém



Ninguém poderá carregar o fardo de suas dores. 
Eduque-se com o sofrimento.

Ninguém entenderá os problemas complexos de sua existência.
 Exercite o silêncio.

Ninguém lhe atenderá todas as necessidades. 
Limite-se ao que você tem.

Ninguém responderá por seus erros. 
Tenha cuidado no proceder.

Ninguém suportará suas exigências.
 Faça-se brando e simples.

Ninguém o livrará do remorso após o crime. 
Tenha paciência e domine os impulsos.

Sábio é quem reconhece a infinita pequenez ante a infinita grandeza da vida.

Mas Alguém tem para cada anseio de sua alma uma alternativa de amor - Jesus.

Por você, Ele carregou o fardo do mundo, entendeu os conflitos da vida e ensinou que diante do Amor todos os enigmas do Universo se aclaram, por ser Deus a fonte do Amor.

A luta é lição de cada hora no abençoado livro da vida.
 Siga adiante com Ele, que “jamais se escusava”.
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Marco Prisco



quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Decálogo do Bom Ânimo



1 – Dificuldades?
 Não perca tempo, lamuriando. Trabalhe.
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2 – Críticas? 
Nunca aborrecer-se com elas. Aproveite-as no que mostrem de útil.
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3 – Incompreensões? 
Não busque torna-las maiores, através de exigências e queixas. Facilite o caminho.
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4 – Intrigas? 
Não lhes estenda a sombra. Faça alguma luz com o óleo da caridade.
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5 – Perseguições? 
Jamais revidá-las. Perdoe esquecendo.
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6 – Calúnias? 
Nunca enfurecer-se contra as arremetidas do mal. Sirva sempre.
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7 – Tristezas? 
Afaste-se de qualquer disposição ao desânimo. Ore abraçando os próprios deveres.
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8 – Desilusões?
 Por que debitar aos outros a conta de nossos erros? Caminhe para frente, dando ao mundo e à vida o melhor ao seu alcance.
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9 – Doenças?
 Evite a irritação e a inconformidade. Raciocine nos benefícios que os sofrimentos do corpo passageiro trazem à alma eterna.
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10 – Fracassos? 
Não acredite em derrotas. Lembre-se de que, pela bênção de Deus, você está agora em seu melhor tempo, — o tempo de hoje, — no qual você pode sorrir e recomeçar, renovar e servir, em meio de recursos imensos.
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André Luiz
Francisco Cândido Xavier







terça-feira, 27 de novembro de 2012

Obreiro sem Fé




Em todos os lugares, vemos o obreiro sem fé, espalhando inquietação e desânimo.

Devota-se a determinado empreendimento de caridade e abandona-o, de início, murmurando:
 - "Para quê? O mundo não presta."

Compromete-se em deveres comuns e, sem qualquer mostra de persistência, se faz de missionário de obrigações edificantes, alegando:
 - "Não nasci para o servilismo desonroso."

Aproxima-se da fé religiosa, para desfrutar-lhe os benefícios, entretanto, logo após, relega-a ao esquecimento, asseverando:
 - "Tudo isto é mentira e complicação."

Se convidado à posição de evidência, repete o velho estribilho:
 - "Não mereço! Sou indigno!. . ."

Se trazido a testemunhos de humildade, afirma sob manifesta revolta: 
- "Quem me ofende assim?"

E transita de situação em situação, entre a lamúria e a indisciplina, com largo tempo para sentir-se perseguido e desconsiderado.

Em toda parte, é o trabalhador que se responsabilizou ou o aluno que estuda continuadamente, sem jamais aprender a lição.

Não te concentres na fé sem obras, que constitui embriaguez perigosa da alma, todavia, não te consagres à ação, sem fé no Poder Divino e em teu próprio esforço.

O servidor que confia na Lei da Vida reconhece que todos os patrimônios e glórias do Universo pertencem a Deus. 
Em vista disso, passa no mundo, sob a luz do entusiasmo e da ação no Bem incessante, completando as pequenas e grandes tarefas que lhe competem, sem enamorar-se de si mesmo na vaidade e sem escravizar-se às criações de que terá sido venturoso instrumento.

Revelemos a nossa fé, através das nossas obras na felicidade comum e o Senhor conferirá à nossa vida o indefinível acréscimo de amor e sabedoria, de beleza e poder.
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 Emmanuel
Chico Xavier





segunda-feira, 26 de novembro de 2012

O encontro entre Madre Teresa e Princesa Diana no plano espiritual


Certo dia, a princesa Diana vai procurar madre Teresa de Calcutá, abrindo-lhe o coração. Falou-lhe de suas angústias, do vazio que sentia em seu íntimo, muito embora, a sua, fosse uma vida de glamour. E confessou-lhe o desejo de fazer parte de sua ordem religiosa.

A madre comoveu-se ante o relato, cheio de ternura e confiança, e viu muita doçura e bondade na alma daquela mulher simples, porém muita rica e famosa. E, com grande carinho, buscou orientar-lhe. Disse-lhe que ela era uma princesa e, como tal, não poderia pertencer à sua ordem religiosa, de extrema pobreza. Então, a madre lhe disse:

- Diana, você pode doar esse amor às crianças indefesas. Na sua posição, você pode auxiliar muitas delas, que sofrem... A caridade pode ser exercida em qualquer lugar onde nos encontremos...

A princesa voltou para o seu palácio e daí em diante, dedicou-se a visitar crianças vítimas da aids, essa enfermidade tão cruel, e auxiliou, com enorme carinho, crianças mutiladas pelas minas das guerras... Desde então, encontrou a alegria de ser útil, o prazer de servir.

Madre Teresa tudo acompanhava pelos informes da TV, da imprensa. E, entre aquelas duas mulheres, elos de amor passaram a existir.

O tempo correu. Alguns meses depois, a princesa, amiga dos sofredores, a rosa da Inglaterra, como era conhecida mundialmente, veio a desencarnar num acidente que chocou a todos.

A madre, muito abalada, ao saber do fato, apressou-se a tomar providências e a cancelar compromissos, a fim de comparecer ao funeral, dias depois.

Algo, porém, alterou-lhe os planos. Sua saúde, muito instável. levou-a à cama. Alguns dias se passaram, e madre Teresa veio também a falecer.

Joanna de Ângelis nos contou, então o suceder dos acontecimentos, do "outro lado"...

Madre Teresa foi recebida numa festa de luz, sob a carinhosa assistência de Teresa de Lisieux, a Santa Terezinha do Menino Jesus, como é adorada na Igreja Católica. Permaneceu consciente de seu processo desencarnatório, na paz de consciência que sua vida honrada lhe fizera merecer. E é então que ela pergunta à religiosa que lhe recebera, onde estava Diana. E Teresa de Lisieux lhe conta que a princesa, devido ao choque causado pelo acidente, estava dormindo, ainda em refazimento e recuperação.

Madre Teresa de Calcutá vela pela princesa, faz-lhe companhia, ora por sua harmonização. E, no momento de despertar, quando Diana abre os olhos diante da vida espiritual e reconhece a grandeza do amor de Deus, eis que ela revê a madre, a religiosa afetuosa e amiga que, com extremado amor, lhe diz:

- Agora, minha filha, você está pronta para ser aceita na minha ordem. Iremos trabalhar juntas, com a bênção do Senhor.

-Nós, que sabemos como o mundo espiritual é fascinante, diz Divaldo, imaginemos o júbilo desse encontro!
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Relato de Divaldo Pereira Franco

Clique aqui para ler mais: http://www.forumespirita.net/fe/outros-temas/o-encontro-entre-madre-teresa-e-princesa-diana-no-plano-espiritual/#ixzz2DLeS9ORA

Auto-Encontro



Se de fato andas pela conquista da felicidade, tenta o auto-encontro. 

Utilizando-te da meditação prolongada, penetrar-te-ás, descobrindo o teu ser real, imortal, que aguarda ensejo de desdobramento e realização. 
Certamente, os primeiros tentames não te concederão resultados apreciáveis. 

Perceberás que a fixação da mente na interiorização será interrompida, inúmeras vezes, pelas distrações habituais do intelecto e da falta de harmonia. 
Desacostumado a uma imersão, a tua tentativa se fará prejudicada pela irrupção das ideias arquivadas no inconsciente, determinantes de tua conduta inquieta, irregular, conflitiva. 

A mudança de hábito necessita de novo condicionamento, a fim de mergulhares nesse oceano tumultuado, atingindo-lhe o limite que concede acesso às praias da harmonia, do autodescobrimento, da realização interior.


Nessa façanha verás o desmoronar de muitas e vazias ambições, que cultivas por ignorância ou má educação; 
o soçobrar de inúmeros engodos;
 o desaparecer de incontáveis conflitos que te aturdem e devastam. 
Amadurecerás lentamente e te acalmarás, não te deixando mais abater pelo desânimo, nem exaltar pelo entusiasmo dos outros. 

Ficarás imune à tentação do orgulho e à pedrada da inveja, à incompreensão gratuita e à inimizade perseguidora, porque somente darás atenção à necessidade de valorização do ser profundo e indestrutível que és.


Terminarás por te venceres, e essa será a tua mais admirável vitória.

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Joanna de Ângelis






domingo, 25 de novembro de 2012

Céu e Inferno Íntimos





Conta-se que, um dia, um samurai grande e forte, conhecido pela sua índole violenta, foi procurar um sábio monge, em busca de respostas para suas dúvidas.

Monge, disse o samurai, com desejo sincero de aprender, ensina-me sobre o céu e o inferno.

O monge, de pequena estatura e muito franzino, olhou para o bravo guerreiro e, simulando desprezo, lhe disse:

- Eu não poderia ensinar-lhe coisa alguma, você está imundo. Seu mau cheiro é insuportável.Ademais, a lâmina da sua espada está enferrujada. Você é uma vergonha para a sua classe.

O samurai ficou enfurecido. O sangue lhe subiu ao rosto e ele não conseguiu dizer nenhuma palavra, tamanha era sua raiva.

Empunhou a espada, ergueu-a sobre a cabeça e se preparou para decapitar o monge.

Aí começa o inferno, disse-lhe o sábio mansamente.

O samurai ficou imóvel. A sabedoria daquele pequeno homem o impressionara. Afinal, arriscou a própria vida para lhe ensinar sobre o inferno.

O bravo guerreiro abaixou lentamente a espada e agradeceu ao monge pelo valioso ensinamento.

O velho sábio continuou em silêncio.

Passado algum tempo o samurai, já com a intimidade pacificada, pediu humildemente ao monge que lhe perdoasse o gesto infeliz.

Percebendo que seu pedido era sincero, o monge lhe falou:

- Aí começa o céu.

Para nós, resta a importante lição sobre o céu e o inferno que podemos construir na própria intimidade.

Tanto o céu quanto o inferno, são estados d´alma que nós próprios elegemos no nosso dia-a-dia.

A cada instante somos convidados a tomar decisões que definirão o início do céu ou o começo do inferno.

É como se todos fôssemos portadores de uma caixa invisível, onde houvesse ferramentas e materiais de primeiros socorros.

Diante de uma situação inesperada, podemos abri-la e lançar mão de qualquer objeto do seu interior.

Assim, quando alguém nos ofende, podemos erguer o martelo da ira ou usar o bálsamo da tolerância.

Visitados pela calúnia, podemos usar o machado do revide ou a gaze da autoconfiança.

Quando a injúria bater em nossa porta, podemos usar o aguilhão da vingança ou o óleo do perdão.

Diante da enfermidade inesperada, podemos lançar mão do ácido dissolvente da revolta ou empunhar o escudo da confiança.

Ante a partida de um ente caro, nos braços da morte inevitável, podemos optar pelo punhal do desespero ou pela chave da resignação.

Enfim, surpreendidos pelas mais diversas e infelizes situações, poderemos sempre optar por abrir abismos de incompreensão ou estender a ponte do diálogo que nos possibilite uma solução feliz.

A decisão depende sempre de nós mesmos.

Somente da nossa vontade dependerá o nosso estado íntimo.

Portanto, criar céus ou infernos, portas adentro da nossa alma, é algo que ninguém poderá fazer por nós.

* * *

Sua vontade é soberana.

Sua intimidade é um santuário do qual só você possui a chave.

Preservá-la das investidas das sombras e abri-la para que o sol possa iluminá-la só depende de você.

Pense nisso!
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Redação do Momento Espírita, com base em conto popular.
Em 31.01.2010.