“E abrindo a sua boca os ensinava.” — (MATEUS, 5.2)
O homem que se distancia da multidão raramente assume posição digna à frente dela.
Em geral, quem recebe autoridade cogita de encastelar-se em zona superior.
Quem alcança patrimônio financeiro elevado costuma esquecer os que lhe foram companheiros do princípio e traça linhas divisórias humilhantes para que os necessitados não o aborreçam.
Quem aprimora a inteligência, quase sempre abusa das paixões populares facilmente exploráveis.
E a massa, na maioria das regiões do mundo, prossegue relegada a si própria.
A política inferior converte-a em joguete de manobra comum.
O comércio desleal nela procura o filão de lucros exorbitantes.
O intelectualismo vaidoso envolve-a nas expansões do pedantismo que lhe é peculiar.
De época em época, a multidão é sempre objeto de escárnio ou desprezo pelas necessidades espirituais que lhe caracterizam os movimentos e atitudes.
Raríssimos são os homens que a ajudam a escalar o monte iluminativo. Pouquíssimos mobilizam recursos no amparo social.
Jesus, porém, traçou o programa desejável, instituindo o auxílio eficiente. Observando que os filhos do povo se aproximavam d’Ele, começou a ensinar-lhes o caminho reto, dando-nos a perceber que a obra educativa da multidão desafia os religiosos e cientistas de todos os tempos.
Quem se honra, pois, de servir a Jesus, imite-lhe o exemplo. Ajude o irmão mais próximo a dignificar a vida, a edificar-se pelo trabalho sadio e a sentir-se melhor.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Vinha de luz
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06 de setembro
Viva um dia de cada vez.
Não tente se apressar, ajeitando as coisas para amanhã, porque amanhã pode nunca vir a ser.
Aproveite plenamente o dia de hoje: aproveite como se fosse o último.
Faça todas as coisas maravilhosas que sempre quis fazer, não de qualquer maneira e apressadamente, mas com verdadeira alegria.
Seja como uma criança que não pensa no amanhã e já esqueceu o que aconteceu ontem, que vive como se só o agora importasse.
O agora é o momento mais importante que você já viveu, portanto não desperdice nem um segundo dele.
Viva sempre alerta, pronto para o que der e vier.
Vivendo assim você estará pronto e aberto para qualquer coisa que aconteça.
Mudanças virão, e com muita rapidez.
Eleve seu coração em profunda gratidão à medida que as mudanças forem chegando.
Enxergue sempre o lado melhor das mudanças que forem acontecendo.
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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:
Não vos afadigueis pela posse do ouro
Não vos afadigueis por possuir ouro, ou prata, ou qualquer outra moeda em vossos bolsos. — Não prepareis saco para a viagem, nem dois fatos, nem calçados, nem cajados, porquanto aquele que trabalha merece sustentado.
Ao entrardes em qualquer cidade ou aldeia, procurai saber quem é digno de vos hospedar e ficai na sua casa até que partais de novo. — Entrando na casa, saudai-a assim: Que a paz seja nesta casa. Se a casa for digna disso, a vossa paz virá sobre ela; se não o for, a vossa paz voltará para vós.
Quando alguém não vos queira receber, nem escutar, sacudi, ao sairdes dessa casa ou cidade, a poeira dos vossos pés. — Digo-vos, em verdade: no dia do juízo, Sodoma e Gomorra serão tratadas menos rigorosamente do que essa cidade. (S. MATEUS, cap. X, vv. 9 a 15.)
Naquela época, nada tinham de estranhável essas palavras que Jesus dirigiu a seus apóstolos, quando os mandou, pela primeira vez, anunciar a boa-nova. Estavam de acordo com os costumes patriarcais do Oriente, onde o viajor encontrava sempre acolhida na tenda. Mas, então, os viajantes eram raros. Entre os povos modernos, o desenvolvimento da circulação houve de criar costumes novos. Os dos tempos antigos somente se conservam em países longínquos, onde ainda não penetrou o grande movimento. Se Jesus voltasse hoje, já não poderia dizer a seus aposto-los: “Ponde-vos a caminho sem provisões.”
A par do sentido próprio, essas palavras guardam um sentido moral muito profundo. Proferindo-as, ensinava Jesus a seus discípulos que confiassem na Providência. Ao demais, eles, nada tendo, não despertariam a cobiça nos que os recebessem. Era um meio de distinguirem dos egoístas os caridosos. Por isso foi que lhes disse: “Procurai saber quem é digno de vos hospedar” ou: quem é bastante humano para agasalhar o viajante que não tem com que pagar, porquanto esses são dignos de escutar as vossas palavras; pela caridade deles é que os reconhecereis.
Quanto aos que não os quisessem receber, nem ouvir, recomendou ele porventura aos apóstolos que os amaldiçoassem, que se lhes impusessem, que usassem de violência e de constrangimento para os converterem? Não; mandou, pura e simplesmente, que se fossem embora, à procura de pessoas de boa vontade.
O mesmo diz hoje o Espiritismo a seus adeptos: não violenteis nenhuma consciência; a ninguém forceis para que deixe a sua crença, a fim de adotar a vossa; não anatematizeis os que não pensem como vós; acolhei os que venham ter convosco e deixai tranqüilos os que vos repelem. Lembrai-vos das palavras do Cristo. Outrora, o céu era tomado com violência; hoje o é pela brandura.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXV, itens 9 a 11.)
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OS BENEFÍCIOS DO PERDÃO!
Se deixamos a mágoa entrar em nossos corações pelas portas da frente, a felicidade sai pelas portas dos fundos!
Perdoar sempre é prova de sabedoria. É uma atitude nobre e ao mesmo tempo profilática, pois, ao perdoar aqueles que erroneamente denominamos nossos inimigos, estamos nos poupando de sérias complicações de saúde e, ao mesmo tempo, consolidando a alegria de viver em paz com a vida e com todos à nossa volta. Automaticamente, com essa atitude, tornamo-nos mais simpáticos, mais alegres e mais otimistas, aptos a desfrutarmos do sucesso em todas as nossas manifestações.
Quando adotamos o perdão em nossos corações, estamos nos desvinculando da faixa vibratória por onde transitam as emanações mentais de inteligências voltadas para o mal; conseqüentemente, adquirimos a paz. Este é o primeiro de uma série de benefícios que a atitude do perdão nos proporciona.
Alcançamos a paz porque nos desassociamos dos pensamentos de mágoa e de rancor, impedindo que os dardos mentais envenenados, daqueles que nos magoaram, continuem nos atingindo. Com essa atitude, criamos um mundo novo dentro de nós, onde o nosso coração se transforma no guardião dos nossos pensamentos, ampliando a nossa felicidade.
Quem pensa bem e age bem, vive bem!
Se vivemos constantemente apontando as escabrosidades do mundo, sem procurar compreendê-las, estaremos nos associando mentalmente aos acontecimentos infelizes e, amanhã, poderemos nos tornar suas vítimas.
Nós somos o que pensamos e irradiamos à nossa volta exatamente o que sentimos. Todos os que se aproximam de nós são envolvidos por essa energia que emana dos nossos sentimentos e, com certeza, através dela, atrairemos para o nosso convívio todos aqueles cujos pensamentos se associam aos nossos, ou seja, os nossos afins, os que pensam e sentem como nós, encarnados e desencarnados. Então eu direi: "Diga-me o que pensas e sentes e eu te direi com quem andas!"
Aprimorar nossas atitudes, nossos pensamentos e sentimentos é uma maneira inteligente e de certa forma científica de nos libertarmos do ciclo vicioso
do sofrimento. Felizes são aqueles que já acordaram e estão em luta constante em busca desse aprimoramento! Estes já estão a caminho da verdadeira felicidade. Ao passo que, aqueles que ainda se vinculam ao sentimento de mágoa e de ódio, caminham para sofrimentos e provações morais que, mais tarde, refletir-se-ão no corpo físico, provocando sérios danos à saúde.
Mesmo quando somos caluniados e feridos injustamente, é de bom alvitre optarmos pelo perdão. Entretanto, perdoar não significa conviver ou acarinhar aqueles que se fizeram nossos adversários; é uma postura íntima que devemos assumir compreendendo a ignorância daqueles que ainda não alcançaram o grau da nossa compreensão. É como perdoar as crianças pelas suas traquinagens próprias da infância.
Encontraremos forças para assumir essa atitude na sábia rogativa do Mestre, proferida nos momentos finais do seu sacrifício:
"Pai, perdoai-os; eles não sabem o que fazem".
Realmente, aqueles que tomam atitudes contrárias à felicidade de alguém, por inveja ou por ciúmes, ou por qualquer outro motivo, é vítima da própria ignorância; não sabem que, com esse comportamento, semeiam a própria infelicidade. Só se tornarão suas vítimas, aqueles que vibram na mesma faixa de ignorância.
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Nelson Moraes
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