sábado, 15 de setembro de 2012

Assunto de Todos



Efetivamente não dispões do poder de improvisar a paz do mundo; 
entretanto, Deus já te concedeu a faculdade de renunciar à execução dos próprios desejos, em favor da
tranqüilidade desse ou daquele ente querido, que depende de tua abnegação para ser mais feliz.
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Não consegues estabelecer o entendimento fraternal entre todas as comunidades a que te vinculas;
 no entanto, a Divina Providência já te honrou com a bênção das palavras, no uso das quais podes entretecer a concórdia, no agrupamento de criaturas em que a vida te situou.
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Não reténs o dom de te fazeres ouvir indefinidamente por todos, em todos os recantos do orbe, no levantamento do Bem; 
todavia, a Sabedoria infinita já te confiou o benefício das letras, com as quais podes gravar os teus pensamentos nobres, inspirando bondade e segurança em tuas áreas de ação.
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Não tens contigo os elementos precisos para sustentar a harmonia, nos lugares onde a Humanidade surge ameaçada de caos e perturbação, mas o Amor Supremo já te entregou a possibilidade de manter a ordem, quando não seja dentro da própria casa, pelo menos no espaço diminuto em que te dedicas ao trato pessoal.
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Não extinguirás a fome que ainda atormenta vastos setores da Terra, mas podes ceder um prato em auxílio de alguém.
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Não curarás todas as enfermidades que flagelam largas regiões em todo o Planeta.
 No entanto, podes ofertar, de quando em quando, uma hora de serviço no socorro aos doentes.
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Não logras trazer o Sol para clarear os caminhos entenebrecidos durante a noite, mas podes acender uma vela e rechaçar a escuridão.
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Realmente, por enquanto, nenhum de nós - os Espíritos em evolução na Terra - pode jactar-se de ser uma enciclopédia de talentos para realizar todas as operações do Bem Universal, ante as leis de Deus, mas, ajustados às Leis de Deus, todos já possuímos recursos para evolver na direção do Bem-Maior, fazendo o bem que podemos fazer.
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Emmanuel
Chico Xavier




sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Terapia do Autoconhecimento



Silencia as ansiedades do sentimento e acalma os tormentos, reflexionando em torno das tuas reais necessidades.
Aprofunda a auto-análise e tem a coragem de te desnudares perante a própria consciência.
Enumera as tuas mais graves emoções perturbadoras e raciocina sobre a sua vigência no teu comportamento.
Enfrenta-as, uma a uma, não as justificando, nem as escamoteando sob o desculpismo habitual.
Resolve-te por sanar a situação aflitiva dos teus dias, optando pela aquisição da saúde.
Consciente de que és o que fizeste de ti, e poderás ser o que venhas a fazer de ti próprio, não postergues a decisão do auto-encontro.

Enquanto a anestesia da mentira te obnubile o raciocínio, transitarás de um para outro problema, sem que consigas a paz real.
Reunirás valores de fora, que perdem o significado, logo são conseguidos, anelando pelo bem-estar fugidio, que se te anuncia e logo desaparece.
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O homem que se conhece possui um tesouro no coração.
O discernimento que o caracteriza é a sua luz acesa no imo, apontando-lhe rumo.
Conhecendo a fragilidade da veste carnal, valoriza cada hora e aplica-a bem, vivendo-a intensamente, em cujo comportamento recolherás os melhores frutos.
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Cada vez que te resolvas por te auto descobrires, conduze uma proposta de libertação.
Começa pelos vícios sociais da mentira, da maledicência, da calúnia, do pessimismo, da suspeita, passando aos dramas do comportamento, na inveja, no ciúme, no ressentimento, no rancor, no ódio...
Posteriormente, elabora as medidas educativas às dependências aos alcoólicos, ao tabagismo, às drogas alucinógenas, à luxúria, aos distúrbios da conduta e às investidas das alucinações psicológicas...

Cada passo ser-te-á uma conquista nova.
Toda vitória, por pequena que se te apresente, significará um avanço.
Como os condicionamentos são a segunda natureza, em a natureza humana, gerarás hábitos salutares, que te plenificarão em forma de equilíbrio e paz.
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Toda terapia eficiente impõe disciplinas saudáveis, às vezes ásperas, cujos resultados chegam, à medida que são utilizadas.
Na do auto descobrimento, a coragem e o interesse pela própria realização facultarão as forças para que não desistas no tentame, nem te entregues à acomodação mental que te informa ser impossível executá-la.
Começa-a hoje e agora, aguardando que o tempo realize, na cura, o ciclo que investiste para que se te instalassem os distúrbios."
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Joanna de Ângelis
Divaldo P. Franco




quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Alerta aos Pais


Espíritos que somos no ventre daquela que será nossa mãe, sentimos, ouvimos e vemos tudo quanto se passa ao nosso redor.

Irmãos, por caridade, caridade tenham com esses espíritos!...

Quão tristes nos sentimos quando vemos que não somos desejados e que a atitude extrema só não foi tomada porque a Providência Divina se fez presente...

Porém, que tristeza!... 
Todos os acordos e acertos feitos no Plano Espiritual serem esquecidos pelos que estão encarnados, enquanto que, no ventre, já conscientes e presentes, podemos perceber as grandes dificuldades que iremos enfrentar...

Irmãos, não rejeitem, Amém!

Somente através do Amor é que cresceremos e poderemos ascender na escalada evolutiva.

Vibrem em harmonia, alegria e paz para aqueles que estão chegando, pois não adianta rejeitar. 
A Justiça Divina é perfeita e a lei de Causa e Efeito existe para que evoluamos moralmente.

Que a luz de Jesus envolva a todos os nosso irmãos!
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Arnaldo Secco




Teu Lar


O Lar é o templo da família.

Os filhos são empréstimos divinos para a construção do futuro ditoso.

Todo o tempo possível deve ser aplicado na convivência familiar, através dos diálogos, dos exemplos, tomando-se o método mais eficaz de educação.

Os hábitos adquiridos no Lar permanecem por toda a existência e se transferem para além do corpo.

Educar é viver com dignidade, deixando que se impregnem dos conteúdos, com vigor, aqueles que participam da convivência doméstica.

Tudo quanto invistas no Lar, retornará conforme a aplicação feita.

Faze do teu Lar a oficina onde a felicidade habita.
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Joanna de Ângelis






quarta-feira, 12 de setembro de 2012

As Pessoas Arruinadas Por Má Conduta


Os Espíritos atrasados intelecto-moralmente costumam colocar em primeiro lugar seus interesses imediatistas, sendo normalmente sua vida uma sequência de atitudes antiéticas, que prejudicam, às vezes, extensas coletividades. Assim procedem todos aqueles em quem o maquiavelismo é a forma de pensar no trato com os irmãos e irmãs em humanidade, pois, para eles, “os fins justificam os meios”, vivendo em função da satisfação das suas pretensões pessoais e não se importando se fazem mal aos demais.

Para esses as leis humanas representam empecilhos que eles procuram driblar com artifícios fraudulentos e somente a Justiça Divina os detém e educa, através das formas pedagógicas que o Pai Amoroso e Justo previu para transformar injustos e egoístas em seres dedicados ao Bem.

Quem vive desonestamente não pode pretender bons resultados na sua vida nem acusar a Deus ou a Sorte pelas suas infelicidades atuais, as quais representam meras consequências das suas próprias atitudes malsãs.

Há quem aparente honestidade, mas cujos pensamentos e sentimentos sintonizam no Mal e atraem desgraças para sua própria vida: assim, quando Kardec fala em conduta, na certa, não se referiu apenas às atitudes externas, mas englobou também o que se passa portas a dentro da intimidade mental de cada um, pois os pensamentos e os sentimentos atuam sobre o fluido cósmico universal, criando no Bem ou no Mal.

A honestidade nos exime de muitos males, inclusive porque a própria Justiça Divina trabalha a favor da nossa defesa, impedindo que o Mal que não merecermos nos atinja.

Os Espíritos Superiores são honestos em todos os seus pensamentos, sentimentos e atitudes e, por isso, quando algo de mal lhes acontece, eles suportam tudo com serenidade, reconhecendo que redundará em benefício do seu progresso.
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Luiz Guilherme Marques


terça-feira, 11 de setembro de 2012

O Dever Esquecido


Certo rei muito poderoso, sendo obrigado a longa ausência, tomou de grande fortuna e entregou-a ao filho, confiando-lhe a incumbência de levantar grande casa, tão bela quanto possível.

Para isso, o tesouro que lhe deixava nas mãos era suficiente.

Acontece, porém, que o jovem, muito egoísta, arquitetou o plano de enganar o próprio pai, de modo a gozar todos os prazeres imediatos da vida.

E passou a comprar materiais inferiores.

Onde lhe cabia empregar metais raros, utilizava latão; nos lugares em que devia colocar o mármore precioso, punha madeira barata, e nos setores de serviço, em que a obra reclamava pedra sólida, aplicava terra batida ...

Com isso, obteve largas somas que consumiu, desorientado, junto de amigos loucos.

Quando o monarca voltou, surpreendeu o príncipe abatido e cansado, a apresentar-lhe uma cabana esburacada, ao invés de uma casa nobre.

O rei, no entanto, deu-lhe a chave do pequeno casebre e disse-lhe, bondoso:

A casa que mandei edificar é para você mesmo, meu filho ... Não me parece a residência sonhada por seu pai, mas devo estar satisfeito com a que você próprio escolheu ..
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O conto impele-nos a judiciosas apreciações, quanto ao cumprimento exato de nossos deveres.

Comparemos o soberano a Deus, nosso Pai.

O príncipe da história poderia ter sido qualquer um de nós.

A fortuna para construirmos a moradia de nossa alma é a vida que Deus nos empresta.

Quase sempre, contudo, gastamos o tesouro da existência em caprichosa ilusão, para acabarmos relegados, por nossa própria culpa, aos pardieiros apodrecidos do sofrimento.

Mas, aqueles que se consagram à bênção do dever, por mais áspero que seja, adquirem a tranquilidade e a alegria que o Supremo Senhor lhes reserva, por executarem, fiéis, a sua divina vontade, que planeja sempre o melhor a nosso favor.
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 Meimei
 Francisco Cândido Xavier