domingo, 3 de março de 2019

Cultivando paciência




Se você foi vítima de preterição em serviço, reconhecerá que isso aconteceu em favor da sua elevação de nível.

Se perdeu o emprego ante a perseguição de alguém que lhe cobiçou o lugar, creia que alcançará outro muito melhor.

Se um companheiro lhe atravessou o caminho, atrapalhando-lhe um negócio, transações mais lucrativas aparecerão amanhã em seu benefício.

Se determinada criatura lhe tomou a residência, manejando processos inconfessáveis, em futuro próximo terá você moradia muito mais confortável.

Se um amigo lhe prejudica os interesses, subtraindo-lhe oportunidades de progresso e ajustamento econômico, guarde a certeza de que outras portas se lhe descerrarão mais amplas aos anseios de prosperidade e de paz.

Se pessoas queridas lhe menosprezam a confiança, outras afeições, muitos mais sólidas e mais estimáveis, surgirão a caminho, garantindo-lhe a segurança e a felicidade.

Mas nunca persigas, não atrapalhes, não desconsideres, não menosprezes e nem prejudiques a ninguém porque sofrer é muito diferente de fazer sofrer e a dívida é sempre uma carga dolorosa para quem a contraiu.
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Albino Teixeira
  Chico Xavier





MENSAGEM DO ESE:

Eficácia da prece


Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis e concedido vos será o que pedirdes.
 (S. MARCOS, cap. XI, v. 24.)

Há quem conteste a eficácia da prece, com fundamento no princípio de que, conhecendo Deus as nossas necessidades, inútil se torna expor-lhas. E acrescentam os que assim pensam que, achando-se tudo no Universo encadeado por leis eternas, não podem as nossas súplicas mudar os decretos de Deus.

Sem dúvida alguma, há leis naturais e imutáveis que não podem ser ab-rogadas ao capricho de cada um; mas, daí a crer-se que todas as circunstâncias da vida estão submetidas à fatalidade, vai grande distância. Se assim fosse, nada mais seria o homem do que instrumento passivo, sem livre-arbítrio e sem iniciativa. Nessa hipótese, só lhe caberia curvar a cabeça ao jugo dos acontecimentos, sem cogitar de evitá-los; não devera ter procurado desviar o raio. Deus não lhe outorgou a razão e a inteligência, para que ele as deixasse sem serventia; a vontade, para não querer; a atividade, para ficar inativo. Sendo livre o homem de agir num sentido ou noutro, seus atos lhe acarretam, e aos demais, conseqüências subordinadas ao que ele faz ou não. Há, pois, devidos à sua iniciativa, sucessos que forçosamente escapam à fatalidade e que não quebram a harmonia das leis universais, do mesmo modo que o avanço ou o atraso do ponteiro de um relógio não anula a lei do movimento sobre a qual se funda o mecanismo. Possível é, portanto, que Deus aceda a certos pedidos, sem perturbar a imutabilidade das leis que regem o conjunto, subordinada sempre essa anuência à sua vontade.
Desta máxima: “Concedido vos será o que quer que pedirdes pela prece”, fora ilógico deduzir que basta pedir para obter e fora injusto acusar a Providência se não acede a toda súplica que se lhe faça, uma vez que ela sabe, melhor do que nós, o que é para nosso bem. É como procede um pai criterioso que recusa ao filho o que seja contrário aos seus interesses. Em geral, o homem apenas vê o presente; ora, se o sofrimento é de utilidade para a sua felicidade futura, Deus o deixará sofrer, como o cirurgião deixa que o doente sofra as dores de uma operação que lhe trará a cura.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, itens 5 a 7.)

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