segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Inquietação


 Existem na vida social determinados tipos de inquietação que permanecem estanques, conosco, de vez que o espírito de compreensão e tolerância não nos permite exteriorizá-los. 

Exemplos:

 A pessoa querida que sabemos em caminhos indesejáveis.

Alguém que estimamos profundamente, a mergulhar-se em atividades clandestinas.

 A companheira que se afasta dos próprios deveres, comprometendo-se em aventuras inconfessáveis.

O esposo que se envolveu em obrigações incompatíveis com as responsabilidades que abraça.

O amigo que se entregou a costumes infelizes.

 A maioria das criaturas pertencentes ao grupo afetivo a que nos achamos vinculados, quando se prepara, a fim de dar um golpe de enormes proporções sobre os interesses alheios.

O irmão que nos mente, a fim de alcançar objetivos escusos.

 O parente amado que deserta de casa, lançando culpas indébitas sobre outrem.

 Justo observar que daríamos quanto se nos fizesse possível para socorrer semelhantes corações que se nos fazem extremamente estimáveis, entretanto, o respeito por todos eles nos faz emudecer.

 Ainda assim, compete-nos lembrar que dispomos de possibilidades valiosas a fim de auxiliá-los: a primeira é o silêncio, com que lhes manifestamos o nosso apreço, e a segunda é a oração, porquanto, na oração ser-nos-á possível entregá-los a Deus, cujo amor por todos esses amigos é infinitamente maior do que o nosso.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Hoje
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09 de janeiro

As almas que se entregam a Mim e que vivem, se movem e habitam na Minha luz, estão totalmente protegidas das forças destruidoras.

Por isso, não se curve sob os problemas do mundo ou sob as condições da humanidade.

Se você se curvar, não poderá ajudar, porque você se tornará parte do caos e da confusão reinantes no mundo.

À medida que a escuridão no mundo se torna mais densa, sua luz interior precisa aumentar em poder e força para que você possa sobrepujar o mundo e mostrar sua luz e vida eterna.

Não permita que nada negativo esmaeça a sua luz, mas deixe que ela irradie em você.

A luz interior não pode ser extinta por nenhuma força exterior, mas deve permanecer sempre acesa e brilhante, quaisquer que sejam as condições.

Com seu exemplo vivo você pode ajudar a transformar a escuridão em luz. Mantenha-se sempre em contato coMigo e permita que Eu o inspire de todas as maneiras.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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Mensagem do ESE:

O de que precisa o Espírito para ser salvo. Parábola do bom samaritano.

Ora, quando o filho do homem vier em sua majestade, acompanhado de todos os anjos, sentar-se-á no trono de sua glória; — reunidas diante dele todas as nações, separará uns dos outros, como o pastor separa dos bodes as ovelhas, — e colocará as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda. Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do reino que vos foi preparado desde o princípio do mundo; — porquanto, tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; careci de teto e me hospedastes; — estive nu e me vestistes; achei-me doente e me visitastes; estive preso e me fostes ver.

Então, responder-lhe-ão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? — Quando foi que te vimos sem teto e te hospedamos; ou despido e te vestimos? — E quando foi que te soubemos doente ou preso e fomos visitar-te? — O Rei lhes responderá:
Em verdade vos digo, todas as vezes que isso fizestes a um destes mais pequeninos dos meus irmãos, foi a mim mesmo que o fizestes.

Dirá em seguida aos que estiverem à sua esquerda: Afastai-vos de mim, malditos; ide para o fogo eterno, que foi preparado para o diabo e seus anjos; — porquanto, tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber; precisei de teto e não me agasalhastes; estive sem roupa e não me vestistes; estive doente e no cárcere e não me visitastes.

Também eles replicarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome e não te demos de comer, com sede e não te demos de beber, sem teto ou sem roupa, doente ou preso e não te assistimos? — Ele então lhes responderá: Em verdade vos digo: todas a vezes que faltastes com a assistência a um destes mais pequenos, deixastes de tê-la para comigo mesmo. E esses irão para o suplício eterno, e os justos para a vida eterna. (S. MATEUS, cap. XXV, vv. 31 a 46.)

Então, levantando-se, disse-lhe um doutor da lei, para o tentar: Mestre, que preciso fazer para possuir a vida eterna? — Respondeu-lhe Jesus: Que é o que está escrito na lei? Que é o que lês nela? — Ele respondeu: Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a tua alma, com todas as tuas forças e de todo o teu espírito, e a teu próximo como a ti mesmo. — Disse-lhe Jesus: Respondeste muito bem; faze isso e viverás. Mas, o homem, querendo parecer que era um justo, diz a Jesus: 
Quem é o meu próximo?

Jesus, tomando a palavra, lhe diz: Um homem, que descia de Jerusalém para Jericó, caiu em poder de ladrões, que o despojaram, cobriram de ferimentos e se foram, deixando-o semimorto. — Aconteceu em seguida que um sacerdote, descendo pelo mesmo caminho, o viu e passou adiante. — Um levita, que também veio àquele lugar, tendo-o observado, passou igualmente adiante. — Mas, um samaritano que viajava, chegando ao lugar onde jazia aquele homem e tendo-o visto, foi tocado de compaixão. — Aproximou-se dele, deitou-lhe óleo e vinho nas feridas e as pensou; depois, pondo-o no seu cavalo, levou-o a uma hospedaria e cuidou dele. — No dia seguinte tirou dois denários e os deu ao hospedeiro, dizendo: Trata muito bem deste homem e tudo o que despenderes a mais, eu te pagarei quando regressar.

Qual desses três te parece ter sido o próximo daquele que caíra em poder dos ladrões? — O doutor respondeu: Aquele que usou de misericórdia para com ele. — Então, vai, diz Jesus, e faze o mesmo. (S. LUCAS, cap. X, vv. 25 a 37.)

Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, isto é, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho. Em todos os seus ensinos, ele aponta essas duas virtudes como sendo as que conduzem à eterna felicidade:

Bem-aventurados, disse, os pobres de espírito, isto é, os humildes, porque deles é o reino dos céus; bem-aventurados os que têm puro o coração; bem-aventurados os que são brandos e pacíficos; bem-aventurados os que são misericordiosos; amai o vosso próximo como a vós mesmos; fazei aos outros o que quereríeis vos fizessem; amai os vossos inimigos; perdoai as ofensas, se quiserdes ser perdoados; praticai o bem sem ostentação; julgai-vos a vós mesmos, antes de julgardes os outros. 

Humildade e caridade, eis o que não cessa de recomendar e o de que dá, ele próprio, o exemplo. Orgulho e egoísmo, eis o que não se cansa de combater. E não se limita a recomendar a caridade; põe-na claramente e em termos explícitos como condição absoluta da felicidade futura.

No quadro que traçou do juízo final, deve-se, como em muitas outras coisas, separar o que é apenas figura, alegoria. A homens como os a quem falava, ainda incapazes de compreender as questões puramente espirituais, tinha ele de apresentar imagens materiais chocantes e próprias a impressionar. Para melhor apreenderem o que dizia, tinha mesmo de não se afastar muito das idéias correntes, quanto à forma, reservando sempre ao porvir a verdadeira interpretação de suas palavras e dos pontos sobre os quais não podia explicar-se claramente. Mas, ao lado da parte acessória ou figurada do quadro, há uma idéia dominante: a da felicidade reservada ao justo e da infelicidade que espera o mau.

Naquele julgamento supremo, quais os considerandos da sentença? Sobre que se baseia o libelo? Pergunta, porventura, o juiz se o inquirido preencheu tal ou qual formalidade, se observou mais ou menos tal ou qual prática exterior? Não; inquire tão-somente de uma coisa: se a caridade foi praticada, e se pronuncia assim: Passai à direita, vós que assististes os vossos irmãos; passai à esquerda, vós que fostes duros para com eles. Informa-se, por acaso, da ortodoxia da fé? Faz qualquer distinção entre o que crê de um modo e o que crê de outro? Não, pois Jesus coloca o samaritano, considerado herético, mas que pratica o amor do próximo, acima do ortodoxo que falta com a caridade. Não considera, portanto, a caridade apenas como uma das condições para a salvação, mas como a condição única. Se outras houvesse a serem preenchidas, ele as teria declinado. Desde que coloca a caridade em primeiro lugar, é que ela implicitamente abrange todas as outras: a humildade, a brandura, a benevolência, a indulgência, a justiça, etc., e porque é a negação absoluta do orgulho e do egoísmo.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XV, itens 1 a 3.)
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Força invencível


Em tudo quanto faças, age sempre com calma.

Não te aflijas nem mesmo pela luz da Verdade.

Não desejes depressa o que te pede tempo.

Antes da floração, não há fruto na árvore.

Fazendo o necessário, aprende a esperar.

Paciência no bem é uma força invencível.

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Irmão José
(psic. Carlos Baccelli)
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PROCUREMOS MAIS LUZ


Amigos!

A casa não se levanta sem alicerces.

O rio não desliza sem o leito.

A árvore não se ergue sem raízes.

O compositor não chegaria à obra-prima sem a iniciação do solfejo.

O sábio não penetraria o templo da cultura sem, antes, acomodar-se com o impositivo do alfabeto.

O médico não conseguiria curar sem apoiar-se no estudo e na experiência.

- o -

O milagre, em qualquer circunstância, não é mais do que labor intenso de recapitulação, de sacrifício, de persistência e devoção no objetivo por atingir.

Se adquiris no mundo o comprimido para a dor de cabeça, se pagais o ingresso à casa de diversões, por que motivo haveríeis de obter a fé sem trabalho perseverante na compreensão da vida e no burilamento da personalidade?

- o -

Nada existe sem preço.

A lei da retribuição funciona em todos os caminhos.

Sementeira e colheita.

Ação e reação.

Temos o que buscamos.

Atraímos, invariavelmente, o objeto de nossa procura.

- o -

Se desejais direitos no Céu, não olvideis as obrigações na Terra.

Se ao invés de aguardardes a passagem dos milênios no tempo, que tudo transforma e tudo amadurece, vos esforçardes, desde agora, na sublimação da própria alma, através da renunciação às sombras do egoísmo e da ignorância, do exclusivismo e da crueldade, mais depressa formareis o alto patrimônio de luz do merecimento próprio e entrareis, de imediato, na posse dos tesouros inalienáveis da Vida Imperecível.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Tocando o barco
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Provações de surpresa


Inquietações na Terra existem muitas.

Temos as que se demoram junto de nós, ao modo de vizinhos de muito tempo, nos desgostos de parentes e amigos, cujas dores nos pertencem de perto.

Encontramos as que nos povoam o corpo, na categoria de enfermidades crônicas, quais inquilinas indesejáveis.

Assimilamos aflições de tipos diversos, como sejam as declaradas e as imanifestas, as injustificáveis e as imaginárias, cujo tamanho e propagação dependem sempre de nós.

Há, porém, certa modalidade com que raramente contamos. São aquelas que nascem de imprevisto.

Deflagraram, por vezes, quando nos acreditamos em segurança absoluta.

Caem à feição de raio fulminativo retalhando emoções ou desajustando pensamentos.

São as notícias infaustas:

— os golpes morais que nos são desferidos, não raro, involuntariamente, pelos que mais amamos;

— os desastres de consequências indefiníveis; — os males súbitos que nos impelem para as raias das grandes renovações.

Não podemos esquecer essas visitas que nos atingem o coração sem qualquer expectativa de nossa parte.

Compreendamos que, em frequentes episódios da existência, estamos na condição de aluno que estuda semanas e meses e até mesmo anos inteiros, a fim de revelar a precisa habilitação num exame de ligeiros instantes.

Entendamos que, numa hora de crise, não são o choro e nem a emotividade as posições adequadas, e sim a calma e o raciocínio lógico, para que possamos deter a incursão da sombra.

Para isso, entesouremos serenidade. Serenidade que nos sustente e nos ajude a sustentar os outros.

O imperativo de oração e vigilância, não se reporta somente às impulsões ao vício e à criminalidade, mas também aos arrastamentos, ao desequilíbrio e à loucura a que estamos sujeitos quando não nos preparamos para suportar as provações de surpresa, sejam em moldes de angústia ante os desafios do mal ou em forma de sofrimento para a garantia do bem.

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André Luiz
Waldo Vieira
Obra: Estude e viva
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