domingo, 2 de outubro de 2022

Mediunidade no lar



Não abandones a tarefa mediúnica no lar, a pretexto de te encontrares em círculo reduzido.

Muita vez, a popularidade não passa de amargosa provação.

Ainda que te encontres, ao lado de um ou dois companheiros somente, reúne-te com eles, em nome do Senhor, que designará mensageiros de amor e luz para o serviço de amparo ao teu esforço no bem.

Como realizar a grande jornada se não nos dispomos a dar os passos do início?

As gotas d’água fazem o grande rio e notas minúsculas compõem a sintonia magistral.

Recorda a bênção ao alívio ao desencarnado infeliz, a assistência ao companheiro que chora e a proteção à criança enferma.

Lembra-te da palestra que ajuda a quem sofre; da ideia, aparentemente sem importância, que brilha, repentina, em tua boca para a solução dos problemas difíceis; do estímulo que podes acender num coração desanimado; e trabalha sempre.

 Ninguém pode imaginar, enquanto na Terra, o valor, a extensão e a eficácia de uma prece, nascida na fonte viva do sentimento.

A tranquilidade de muitos, procede sempre do esforço de alguns poucos.

A mediunidade no lar, quando ligada à inspiração do Evangelho, realiza infinitos milagres de trabalho e contentamento, bom ânimo e carinho.

 Atende, acima de tudo, às lições do bem.

 A caridade é Jesus conosco.

A mão que escreve um livro nobre é respeitável e generosa; todavia, a mão que socorre a um doente é sublime e santa.

O coração que compreende e ajuda, supera, em grandeza, a inteligência que estuda e ensina.

Sê o abençoado instrumento da paz e da alegria daqueles que te rodeiam.

No silêncio e no anonimato do trabalho espiritual em casa, podes, hoje, semear a glória e a felicidade que, amanhã, brilharão em tua alma eternamente.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Relicário de luz
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02 de outubro

Cada alma tem sempre alguma coisa para partilhar.

 Existem qualidades e posses em muitos níveis diferentes. 

Você pode não ter posses materiais, mas pode estar certo que você tem outras qualidades, mesmo sem saber quais são. 

Não as conserve só para si, mas traga-as para fora, descubra-as e use-as como devem ser usadas, nunca para sua própria glorificação, mas sempre para a Minha honra e glória.

 Não possua nada, mas use e aproveite plenamente tudo que você tem.

 O que você tem para doar?

 Não se apresse em descobrir, se você ainda não sabe.

 Doe de todo coração e doe com alegria, e seja agradecido por ter alguma coisa para doar, seja lá o que for. 

Quando você tiver escolhido viver desta maneira, completamente dedicado a Mim e ao Meu trabalho, você não mais se apegará às coisas. 

Perceba que tudo que você tem é Meu, e, portanto, deve ser compartilhado com o todo.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Se alguém vos bater na face direita, apresentai-lhe também a outra

Aprendestes que foi dito: olho por olho e dente por dente. — Eu, porém, vos digo que não resistais ao mal que vos queiram fazer; que se alguém vos bater na face direita, lhe apresenteis também a outra; — e que se alguém quiser pleitear contra vós, para vos tomar a túnica, também lhes entregueis o manto; — e que se alguém vos obrigar a caminhar mil passos com ele, caminheis mais dois mil. — Dai àquele que vos pedir e não repilais aquele que vos queira tomar emprestado. (S. MATEUS, cap. V, vv. 38 a 42.)

Os preconceitos do mundo sobre o que se convencionou chamar “ponto de honra” produzem essa suscetibilidade sombria, nascida do orgulho e da exaltação da personalidade, que leva o homem a retribuir uma injúria com outra injúria, uma ofensa com outra, o que é tido como justiça por aquele cujo senso moral não se acha acima do nível das paixões terrenas. Por isso é que a lei mosaica prescrevia: olho por olho, dente por dente, de harmonia com a época em que Moisés vivia. Veio o Cristo e disse: Retribui o mal com o bem. E disse ainda: “Não resistais ao mal que vos queiram fazer; se alguém vos bater numa face, apresentai-lhe a outra.” Ao orgulhoso este ensino parecerá uma covardia, porquanto ele não compreende que haja mais coragem em suportar um insulto do que em tomar uma vingança, e não compreende, porque sua visão não pode ultrapassar o presente.

Dever-se-á, entretanto, tomar ao pé da letra aquele preceito? Tampouco quanto o outro que manda se arranque o olho, quando for causa de escândalo. 

Levado o ensino às suas últimas conseqüências, importaria ele em condenar toda repressão, mesmo legal, e deixar livre o campo aos maus, isentando-os de todo e qualquer motivo de temor. Se se lhes não pusesse um freio as agressões, bem depressa todos os bons seriam suas vítimas. O próprio instinto de conservação, que é uma lei da Natureza, obsta a que alguém estenda o pescoço ao assassino.

 Enunciando, pois, aquela máxima, não pretendeu Jesus interdizer toda defesa, mas condenar a vingança. Dizendo que apresentemos a outra face àquele que nos haja batido numa, disse, sob outra forma, que não se deve pagar o mal com o mal; que o homem deve aceitar com humildade tudo o que seja de molde a lhe abater o orgulho; que maior glória lhe advém de ser ofendido do que de ofender, de suportar pacientemente uma injustiça do que de praticar alguma; que mais vale ser enganado do que enganador, arruinado do que arruinar os outros. É, ao mesmo tempo, a condenação do duelo, que não passa de uma manifestação de orgulho. 

Somente a fé na vida futura e na justiça de Deus, que jamais deixa impune o mal, pode dar ao homem forças para suportar com paciência os golpes que lhe sejam desferidos nos interesses e no amor-próprio. Daí vem o repetirmos incessantemente: Lançai para diante o olhar; quanto mais vos elevardes pelo pensamento, acima da vida material, tanto menos vos magoarão as coisas da Terra.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XII, itens 7 e 8.)
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A Pobreza Feliz


Quem se empobrece de ambições inferiores, adquire a luz que nasce da sede de perfeição espiritual.
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Quem se empobrece de orgulho, encontra a fonte oculta da humildade vitoriosa.
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Quem se empobrece de exigências da vida física, recebe os tesouros inapreciáveis da alma.
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Quem se empobrece de aflições inúteis, em torno das posses efêmeras da Terra, surpreende a riqueza da paz em si mesmo.
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Quem se empobrece de vaidade, amealha as bênçãos do serviço.
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Quem se empobrece de ignorância, ilumina-se com a chama da sabedoria.
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Não vale amontoar ilusões que nos enganam somente no transcurso de um dia.
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Não vale sermos ricos de mentira, no dia de hoje, para sermos indigentes da verdade, no dia de amanhã.
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Ser grande, à frente dos homens, é sempre fácil.
A astúcia consegue semelhante fantasia sem qualquer obstáculo.
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Mas ser pequenino, diante das criaturas, para servirmos realmente aos interesses do Senhor, junto da Humanidade, é trabalho de raros.
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Bem aventurada será sempre a pobreza que sabe se enriquecer de luz para a imortalidade, porque o rico ocioso da Terra é o indigente da Vida Mais Alta e o pobre esclarecido do mundo é o espírito enobrecido das Esferas Superiores, que será aproveitado na extensão da Obra de Deus.

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Emmanuel
Francisco Cândido Xavier
Obra: Dinheiro
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PAZ DO MUNDO E PAZ DO CRISTO 


“A paz vos deixo, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá.”
– Jesus. (João, 14:27.)

É indispensável não confundir a paz do mundo com a paz do Cristo.

A calma do plano inferior pode não passar de estacionamento.

A serenidade das esferas mais altas significa trabalho divino, a caminho da Luz Imortal.

O mundo consegue proporcionar muitos acordos e arranjos nesse terreno, mas somente o Senhor pode outorgar ao espírito a paz verdadeira.

Nos círculos da carne, a paz das nações costuma representar o silêncio provisório das baionetas; a dos abastados inconscientes é a preguiça improdutiva e incapaz; a dos que se revoltam, no quadro de lutas necessárias, é a manifestação do desespero doentio; a dos ociosos sistemáticos é a fuga ao trabalho; a dos arbitrários é a satisfação dos próprios caprichos; a dos vaidosos é o aplauso da ignorância; a dos vingativos é a destruição dos adversários; a dos maus é a vitória da crueldade; a dos negociantes sagazes é a exploração inferior; a dos que se agarram às sensações de baixo teor é a viciação dos sentidos; a dos comilões é o repasto opulento do estômago, embora haja fome espiritual no coração.

Há muitos ímpios, caluniadores, criminosos e indiferentes que desfrutam a paz do mundo. Sentem-se triunfantes, venturosos e dominadores no século. A ignorância endinheirada, a vaidade bem vestida e a preguiça inteligente sempre dirão que seguem muito bem.

Não te esqueças, contudo, de que a paz do mundo pode ser, muitas vezes, o sono enfermiço da alma. Busca, desse modo, aquela paz do Senhor, paz que excede o entendimento, por nascida e cultivada, portas a dentro do espírito, no campo da consciência e no santuário do coração.

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EMMANUEL
(do livro “Vinha de Luz” – psic. Chico Xavier) 
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Um comentário:

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