Alguém dirá que estás em erro.
A Lei de Deus, porém, considera que te encontras na experiência que se te faz necessária.
Alguém dirá que segues, no mundo, de fracasso em fracasso.
A Lei de Deus, no entanto, sabe que caminhas, de estrada em estrada, à procura do êxito.
Alguém dirá que os teus planos de felicidade se reduzem a enganos e ilusões.
A Lei de Deus, contudo, assevera que se prosseguires trabalhando e servindo, muito em breve, os teus sonhos se farão realidade.
Alguém dirá que perdeste oportunidades e vantagens nos empreendimentos a que te dedicas.
A Lei de Deus, entretanto, observa que te aconteceu o melhor.
Alguém dirá que não tens saúde e nem forças para a execução das tarefas a que te propões.
Mas, a Lei de Deus te assegura energias renovadas, sempre que te movimentas para o bem do próximo.
Alguém dirá que te enlameaste, através das existências passadas e que, por isso, te afundas agora no charco do sofrimento.
A Lei de Deus, porém, te garante a própria renovação, através do tempo, e que, um dia, te erguerás do pântano para a imensidão dos Céus, na condição de filho da Luz.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Palavras da Coragem
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MENSAGEM DO ESE:
Destinação da Terra. Causas das misérias humanas
Muitos se admiram de que na Terra haja tanta maldade e tantas paixões grosseiras, tantas misérias e enfermidades de toda natureza, e daí concluem que a espécie humana bem triste coisa é. Provém esse juízo do acanhado ponto de vista em que se colocam os que o emitem e que lhes dá uma falsa idéia do conjunto. Deve-se considerar que na Terra não está a Humanidade toda, mas apenas uma pequena fração da Humanidade. Com efeito, a espécie humana abrange todos os seres dotados de razão que povoam os inúmeros orbes do Universo. Ora, que é a população da Terra, em face da população total desses mundos? Muito menos que a de uma aldeia, em confronto com a de um grande império. A situação material e moral da Humanidade terrena nada tem que espante, desde que se leve em conta a destinação da Terra e a natureza dos que a habitam.
Faria dos habitantes de uma grande cidade falsíssima idéia quem os julgasse pela população dos seus quarteirões mais íntimos e sórdidos. Num hospital, ninguém vê senão doentes e estropiados; numa penitenciária, vêem-se reunidas todas as torpezas, todos os vícios; nas regiões insalubres, os habitantes, em sua maioria são pálidos, franzinos e enfermiços. Pois bem: figure-se a Terra como um subúrbio, um hospital, uma penitenciaria, um sítio malsão, e ela é simultaneamente tudo isso, e compreender-se-á por que as aflições sobrelevam aos gozos, porquanto não se mandam para o hospital os que se acham com saúde, nem para as casas de correção os que nenhum mal praticaram; nem os hospitais e as casas de correção se podem ter por lugares de deleite.
Ora, assim como, numa cidade, a população não se encontra toda nos hospitais ou nas prisões, também na Terra não está a Humanidade inteira. E, do mesmo modo que do hospital saem os que se curaram e da prisão os que cumpriram suas penas, o homem deixa a Terra, quando está curado de suas enfermidades morais.
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. III, itens 6 e 7.)
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