terça-feira, 20 de outubro de 2020

Quando compreenderes



Quando compreenderes que deves a ti mesmo a conquista da paz, nada mais te deterá os passos na senda do bem.

Quando compreenderes que és o artífice de tua felicidade, nada mais conseguirá impedir-te de trabalhar por ela.

Quando compreenderes que a tua alegria depende exclusivamente de ti, nada mais te induzirá ao desalento.

Quando compreenderes que a tua vida é o resultado de tuas atitudes, nada mais te desviará do cumprimento do dever.

Quando compreenderes, enfim, que a colheita de hoje corresponde exatamente à semeadura de ontem, nada mais lamentarás a não ser a tua própria falta de discernimento no instante de escolher a semente que, deliberadamente, lançastes ao solo da vida.

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André Luiz

Do livro: Páginas de Fé - Espíritos Diversos, psicografia de Francisco Cândido Xavier e Carlos A. Baccelli.

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MENSAGEM DO ESE:

Causas atuais das aflições (I)

De duas espécies são as vicissitudes da vida, ou, se o preferirem, promanam de duas fontes bem diferentes, que importa distinguir. Umas têm sua causa na vida presente; outras, fora desta vida.

Remontando-se à origem dos males terrestres, reconhecer-se-á que muitos são conseqüência natural do caráter e do proceder dos que os suportam.

Quantos homens caem por sua própria culpa! Quantos são vítimas de sua imprevidência, de seu orgulho e de sua ambição! Quantos se arruinam por falta de ordem, de perseverança, pelo mau proceder, ou por não terem sabido limitar seus desejos! Quantas uniões desgraçadas, porque resultaram de um cálculo de interesse ou de vaidade e nas quais o coração não tomou parte alguma! Quantas dissensões e funestas disputas se teriam evitado com um pouco de moderação e menos suscetibilidade! Quantas doenças e enfermidades decorrem da intemperança e dos excessos de todo gênero! Quantos pais são infelizes com seus filhos, porque não lhes combateram desde o princípio as más tendências! Por fraqueza, ou indiferença, deixaram que neles se desenvolvessem os germens do orgulho, do egoísmo e da tola vaidade, que produzem a secura do coração; depois, mais tarde, quando colhem o que semearam, admiram-se e se afligem da falta de deferência com que são tratados e da ingratidão deles.

Interroguem friamente suas consciências todos os que são feridos no coração pelas vicissitudes e decepções da vida; remontem passo a passo à origem dos males que os torturam e verifiquem se, as mais das vezes, não poderão dizer: Se eu houvesse feito, ou deixado de fazer tal coisa, não estaria em semelhante condição.

A quem, então, há de o homem responsabilizar por todas essas aflições, senão a si mesmo? O homem, pois, em grande número de casos, é o causador de seus próprios infortúnios; mas, em vez de reconhecê-lo, acha mais simples, menos humilhante para a sua vaidade acusar a sorte, a Providência, a má fortuna, a má estrela, ao passo que a má estrela é apenas a sua incúria.
Os males dessa natureza fornecem, indubitavelmente, um notável contingente ao cômputo das vicissitudes da vida. O homem as evitará quando trabalhar por se melhorar moralmente, tanto quanto intelectualmente.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 4.)

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DENTRO DE CASA




É provável, sem dúvida, que contes com inúmeros problemas dentro de casa, sem que consigas solucioná-los.


Leva, porém, em consideração que, muitas vezes, o não-agravamento dessa ou daquela delicada situação familiar representa o auxílio efetivo com que esperas a intercessão do Mais Além.


Assim, sob a alegação de que faceias dificuldades domésticas em demasia, não te eximas ao cumprimento do dever a que a caridade te chama fora do lar.


O que providencias em favor dos mais carentes é o que, em essência, reivindicas para ti.


O Céu te socorre através do próprio socorro que fazes chegar aos semelhantes.


O que consegues em benefício dos filhos alheios, outros pais haverão de conseguir em benefício de teus filhos.


Ante os tribunais da Divina Justiça, a caridade é pedido que se protocola com prioridade de favorável resposta.


Não te agastes, nem te aborreças, em teus transitórios insucessos junto aos que mais amas.


Do que semeias nos campos da Vida, mais cedo ou mais tarde os celeiros de teu lar se fartarão!
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Irmão José

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Você Pode




Carregando nos próprios ombros as aflições que fustigam a Terra, o Senhor acreditou nas promessas de fidelidade que você lhe fez, enviando-lhe ao caminho aqueles irmãos necessitados de mais amor.

Chegam eles de todas as procedências…

É a esposa fatigada esperando carinho; é o companheiro abatido implorando, em silêncio, esperança e consolo.

De outras vezes, é o filho desorientado suplicando compreensão ou o parente, na hora difícil, aguardando braços fraternos.

Agora, é o amigo transviado, esmolando compaixão e ternura, depois, talvez, será o vizinho atormentado em problemas esfogueantes, pedindo bondade e cooperação.

Isso acontece, porquanto você pode compartilhar com Ele a tarefa do auxílio. Não desdenhe, desse modo, apoiar o bem.

Acendamos a luz, onde as trevas se adensem; articulemos tolerância, ao pé da agressividade; envolvamos as farpas da cólera em algodão de brandura; conduzamos a paz por fonte viva sobre a discórdia, toda vez que a discórdia se faça incêndio destruidor…

Deixe que Ele, o Mestre, se revele por sua palavra e por suas mãos. Não impeça a divina presença, através de seu passo, no amparo às humanas dores.

E, nessa estrada bendita, depois da luta cotidiana, sentirá você no imo da própria alma, o sol da alegria perfeita repetindo, de coração erguido à verdadeira felicidade: 
— Obrigado Jesus, porque na força de Tua bênção, consegui esquecer-me, procurando servir.
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André Luiz
(Psicografia de F. C. Xavier)

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MENSAGEM DO ESE:
Ação da prece. Transmissão do pensamento (II)


Se em duas partes se dividirem os males da vida, uma constituída dos que o homem não pode evitar e a outra das tribulações de que ele se constituiu a causa primária, pela sua incúria ou por seus excessos (cap. V, nº 4), ver-se-á que a segunda, em quantidade, excede de muito à primeira. Faz-se, portanto, evidente que o homem é o autor da maior parte das suas aflições, às quais se pouparia, se sempre obrasse com sabedoria e prudência.


Não menos certo é que todas essas misérias resultam das nossas infrações às leis de Deus e que, se as observássemos pontualmente, seríamos inteiramente ditosos. Se não ultrapassássemos o limite do necessário, na satisfação das nossas necessidades, não apanharíamos as enfermidades que resultam dos excessos, nem experimentaríamos as vicissitudes que as doenças acarretam. Se puséssemos freio à nossa ambição, não teríamos de temer a ruína; se não quiséssemos subir mais alto do que podemos, não teríamos de recear a queda; se fôssemos humildes, não sofreríamos as decepções do orgulho abatido; se praticássemos a lei de caridade, não seríamos maldizentes, nem invejosos, nem ciosos, e evitaríamos as disputas e dissensões; se mal a ninguém fizéssemos, não houvéramos de temer as vinganças, etc.
Admitamos que o homem nada possa com relação aos outros males; que toda prece lhe seja inútil para livrar-se deles; já não seria muito o ter a possibilidade de ficar isento de todos os que decorrem da sua maneira de proceder? Ora, aqui, facilmente se concebe a ação da prece, visto ter por efeito atrair a salutar inspiração dos Espíritos bons, granjear deles força para resistir aos maus pensamentos, cuja realização nos pode ser funesta. Nesse caso, o que eles fazem não é afastar de nós o mal, porém, sim, desviar-nos a nós do mau pensamento que nos pode causar dano; eles em nada obstam ao cumprimento dos decretos de Deus, nem suspendem o curso das leis da Natureza; apenas evitam que as infrinjamos, dirigindo o nosso livre-arbítrio. Agem, contudo, à nossa revelia, de maneira imperceptível, para nos não subjugar a vontade. O homem se acha então na posição de um que solicita bons conselhos e os põe em prática, mas conservando a liberdade de segui-los, ou não. Quer Deus que seja assim, para que aquele tenha a responsabilidade dos seus atos e o mérito da escolha entre o bem e o mal. É isso o que o homem pode estar sempre certo de receber, se o pedir com fervor, sendo, pois, a isso que se podem sobretudo aplicar estas palavras: “Pedi e obtereis.”


Mesmo com sua eficácia reduzida a essas proporções, já não traria a prece resultados imensos? Ao Espiritismo fora reservado provar-nos a sua ação, com o nos revelar as relações existentes entre o mundo corpóreo e o mundo espiritual.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, item 12.)

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Mesmo Quando




Mesmo quando tudo te pareça convite ao desalento, não deixes de fazer a tua parte na construção do Mundo Melhor.

Ainda que te sintas sozinho, não cesses de levar adiante o empreendimento das boas obras.


Embora sob o peso desigual da luta, não admitas derrota e nem penses em retirada.


Se necessário, procura adaptar a tarefa às tuas possibilidades de concretizá-la, mas não penses em extingui-la de todo.


Não olvides que, se te faltam incentivo e colaboração por parte dos companheiros encarnados, os amigos desencarnados não te deixarão sem apoio.


Aprende, pois, a contar com as mãos invisíveis que, pousando sobre as tuas no manejo da charrua do Bem, contigo lavrarão e semearão a terra, onde, pela graça de Deus, nenhuma das sementes que plantares se perderá.
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Irmão José (psic. Carlos Baccelli - do livro "Ajuda-te e o Céu te Ajudará")

domingo, 18 de outubro de 2020

CAMINHO


 


Mostremos o caminho, ensinemos a caminhar, mas não obriguemos ninguém a seguir sobre os nossos passos.

Cada espírito tem a sua própria trajetória na conquista das experiências que lhe dizem respeito.

Não nos aflijamos porque observemos aqueles que mais amamos se distanciando de nós, ao enveredarem por perigosos atalhos.

Em essência, esteja onde estiver, cada qual estará buscando a sua realização pessoal.

O anseio da descoberta é apanágio de todos os espíritos.

As palavras, por mais fiéis, nunca transmitem as lições que somente a experiência conseguirá, na linguagem inarticulada da dor.

Para seguirmos juntos não teremos necessariamente que caminhar lado a lado; os caminhos paralelos acabam por se convergirem adiante...

Palmilhemos a senda que nos diz respeito, estendendo, além de seus limites, as nossas mãos em auxílio aos que avançam pelas veredas que elegeram para si.

Afirmando ser o Caminho, Jesus não exigiu que ninguém o seguisse!

Compreendamos, assim, os companheiros que se afastam de nós e oremos a Deus pela sua felicidade, renunciando à alegria de tê-los conosco na jornada que empreendemos.

Quanto a nós, perseveremos no cumprimento do dever que abraçamos, longe do qual estaremos sempre desnorteados em nós mesmos, em completo desencontro com a Vida.
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Irmão José/Carlos A. Baccelli
Do livro LIÇÕES DA VIDA, ed. Didier






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MENSAGEM DO ESE:

Carregar sua cruz. Quem quiser salvar a vida, perdê-la-á


Bem ditosos sereis, quando os homens vos odiarem e separarem, quando vos tratarem injuriosamente, quando repelirem como mau o vosso nome, por causa do Filho do Homem. — Rejubilai nesse dia e ficai em transportes de alegria, porque grande recompensa vos está reservada no céu, visto que era assim que os pais deles tratavam os profetas. (S. LUCAS, cap. VI, vv. 22 e 23.)


Chamando para perto de si o povo e os discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir nas minhas pegadas, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me; — porquanto, aquele que se quiser salvar a si mesmo, perder-se-á; e aquele que se perder por amor de mim e do Evangelho se salvará. — Com efeito, de que serviria a um homem ganhar o mundo todo e perder-se a si mesmo? (S. MARCOS, cap. VIII, vv. 34 a 36; — S. LUCAS, cap. IX, vv. 23 a 25; — S. MATEUS, cap. X, vv. 38 e 39; — S. JOÃO, cap. XII, vv. 25 e 26.)


“Rejubilai-vos, diz Jesus, quando os homens vos odiarem e perseguirem por minha causa, visto que sereis recompensados no céu.” Podem traduzir-se assim essas verdades: “Considerai-vos ditosos, quando haja homens que, pela sua má-vontade para convosco, vos dêem ocasião de provar a sinceridade da vossa fé, porquanto o mal que vos façam redundará em proveito vosso. Lamentai-lhes a cegueira, porém, não os maldigais.”


Depois, acrescenta: “Tome a sua cruz aquele que me quiser seguir”, isto é, suporte corajosamente as tribulações que sua fé lhe acarretar, dado que aquele que quiser salvar a vida e seus bens, renunciando-me a mim, perderá as vantagens do reino dos céus, enquanto os que tudo houverem perdido neste mundo, mesmo a vida, para que a verdade triunfe, receberão, na vida futura, o prêmio da coragem, da perseverança e da abnegação de que deram prova. Mas, aos que sacrificam os bens celestes aos gozos terrestres, Deus dirá: “Já recebestes a vossa recompensa.”
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap.
 XXIV, itens 17 a 19.)

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O GRANDE SERVIDOR


“Eu estou entre vós como quem serve.” — JESUS (Lucas, 22.27)

Sim, o Cristo não passou entre os homens como quem impõe.


Nem como quem determina.
Nem como quem governa.
Nem como quem manda.


Caminhou na Terra à feição do servidor.


Legou-nos o Evangelho da vida, escrevendo-lhe a epopeia no coração das criaturas.


Mestre, tomou o próprio coração para sua cátedra.


Enviado Celestial, não se detém num trono terrestre e aproxima-se da multidão para auxiliá-la.


Fundador da Boa Nova, não se limita a tecer-lhe a coroa com palavras estudadas, mas estende-a e consolida-lhe os valores com as próprias mãos.


A prática é o seu modo de convencer.


O próprio sacrifício é o seu método de transformar.


Aprendamos com o Divino Mestre a ciência da renovação pelo bem. E modificar a nós mesmos, para a vitória do bem, elevando pessoas e melhorando situações, é servir sempre, como quem sabe que fazer é o melhor processo de aconselhar.
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Emmanuel
Chico Xavier
Segue-me, cap. 41

sábado, 17 de outubro de 2020

Paz





Não perguntemos quantas guerras teremos que vencer por um pouco de paz.


A paz não é uma situação exterior, mas sim uma condição íntima. Às vezes, apesar do conflito em derredor, encontraremos a paz que não existe na quietude em torno de nós.


A paz do mundo está sempre sujeita à transitoriedade das coisas em que se fundamenta.


A invariável paz, que é fruto da consciência tranquila pelo dever retamente cumprido, eis a que devemos aspirar!


Jesus passou sobre a Terra, imperturbável em sua trajetória, embora à volta de si a agitação fosse imensa.


Se nos encontramos no clima de grandes lutas, pacifiquemo-nos para que o desequilíbrio de fora não nos desestruture por dentro.


Assim como o peixe sobe à tona para respirar, elevemos o pensamento na prece, haurindo energias nas fontes inesgotáveis do Mais Alto.


Tenhamos sempre uma palavra de conciliação, um gesto de serenidade e um sorriso amigo para oferecer aos que se exaltam, perdendo o controle sobre as próprias emoções.


A paz verdadeira também é uma força que se propaga de maneira contagiosa, envolvendo em seu suave magnetismo os corações que se afligem.


Não façamos a nossa paz depender incondicionalmente da paz daqueles que convivem conosco.


Compreendamos as lutas dos companheiros e os auxiliemos quanto esteja ao nosso alcance sem, no entanto, permitir que nos invadam o santuário íntimo em que necessitamos nos resguardar em paz.
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Irmão José
Carlos Baccelli








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MENSAGEM DO ESE

Não julgueis, para não serdes julgados. Atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecado

Não julgueis, a fim de não serdes julgados; — porquanto sereis julgados conforme houverdes julgado os outros; empregar-se-á convosco a mesma medida de que voz tenhais servido para com os outros. (S. MATEUS, cap. VII, vv. 1 e 2.)

Então, os escribas e os fariseus lhe trouxeram uma mulher que fora surpreendida em adultério e, pondo-a de pé no meio do povo, — disseram a Jesus: “Mestre, esta mulher acaba de ser surpreendida em adultério; — ora, Moisés, pela lei, ordena que se lapidem as adúlteras. Qual sobre isso a tua opinião?” — Diziam isto para o tentarem e terem de que o acusar. Jesus, porém, abaixando-se, entrou a escrever na terra com o dedo. — Como continuassem a interrogá-lo, ele se levantou e disse: “Aquele dentre vós que estiver sem pecado, atire a primeira pedra.” — Em seguida, abaixando-se de novo, continuou a escrever no chão. — Quanto aos que o interrogavam, esses, ouvindo-o falar daquele modo, se retiraram, um após outro, afastando-se primeiro os velhos. Ficou, pois, Jesus a sós com a mulher, colocada no meio da praça.

Então, levantando-se, perguntou-lhe Jesus: “Mulher, onde estão os que te acusaram? Ninguém te condenou?” — Ela respondeu: “Não, Senhor.” Disse-lhe Jesus: “Também eu não te condenarei. Vai-te e de futuro não tornes a pecar.” (S. JOÃO, cap. VIII, vv. 3 a 11.)

“Atire-lhe a primeira pedra aquele que estiver isento de pecado”, disse Jesus. Essa sentença faz da indulgência um dever para nós outros, porque ninguém há que não necessite, para si próprio, de indulgência. Ela nos ensina que não devemos julgar com mais severidade os outros, do que nos julgamos a nós mesmos, nem condenar em outrem aquilo de que nos absolvemos. Antes de profligarmos a alguém uma falta, vejamos se a mesma censura não nos pode ser feita.

O reproche lançado à conduta de outrem pode obedecer a dois móveis: reprimir o mal, ou desacreditar a pessoa cujos atos se criticam. Não tem escusa nunca este último propósito, porquanto, no caso, então, só há maledicência e maldade. O primeiro pode ser louvável e constitui mesmo, em certas ocasiões, um dever, porque um bem deverá daí resultar, e porque, a não ser assim, jamais, na sociedade, se reprimiria o mal. Não cumpre, aliás, ao homem auxiliar o progresso do seu semelhante? Importa, pois, não se tome em sentido absoluto este princípio: “Não julgueis se não quiserdes ser julgado”, porquanto a letra mata e o espírito vivifica.

Não é possível que Jesus haja proibido se profligue o mal, uma vez que ele próprio nos deu o exemplo, tendo-o feito, até, em termos enérgicos. O que quis significar é que a autoridade para censurar está na razão direta da autoridade moral daquele que censura. Tornar-se alguém culpado daquilo que condena noutrem é abdicar dessa autoridade, é privar-se do direito de repressão. A consciência íntima, ao demais, nega respeito e submissão voluntária àquele que, investido de um poder qualquer, viola as leis e os princípios de cuja aplicação lhe cabe o encargo. Aos olhos de Deus, uma única autoridade legítima existe: a que se apóia no exemplo que dá do bem. É o que, igualmente, ressalta das palavras de Jesus.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, itens 11 a 13.)

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SEPARAÇÃO DE CASAIS

8 – Qual a influência da separação de casais no processo de educação da criança?


A triste influencia é a de poder gerar personalidades inseguras, infantilizadas ou fortemente introspectivas ou, ainda, fortemente agressivas, incapazes para uma vida estável de relações sociais. Felizmente, encontram-se especiais exceções.




54 – O que leva o indivíduo ao adultério e quais as consequências desse ato nas vidas das criaturas? 


Para o problema do adultério se poderia apontar diversificadas causas, quase sempre embasadas no egoísmo masculino ou feminino que, sob justificativas bastante falsas de que a carne é fraca ou de que as paixões são irresistíveis, incontornáveis, apõem o selo de infidelidade entre os casais. Aprendemos com a Doutrina Espírita que não existe adultério onde reina a sincera afeição recíproca.


Relembram-nos os Benfeitores Espirituais que a infidelidade, que faz atormentada a vida conjugal, assenta bases no regime de infidelidade das criaturas para consigo mesmas. Quem não se respeita, quem não é fiel aos bons princípios aprendidos um dia, raramente entenderá o que seja respeito ao cônjuge.
A cata do prazer, quando estimulado pelo egoísmo, transforma-se em desastre no campo da moral cristã, estabelecendo o regime de liberalidade sob o qual tudo é válido, desde que dê prazer, desde que a pessoa esteja “feliz”.


O estatuto das leis divinas, impresso no íntimo do ser, costuma pesar sobre a consciência dos conscientes, impondo remordimentos correspondentes aos níveis de conhecimentos e de compreensão dos indivíduos envolvidos, indicando a necessidade do resgate, através das ações enobrecedoras, dignificantes, que facultem paz à consciência.


56 – Em que circunstâncias se poderia aprovar a separação de casais?


Nos tempos atuais, quando o Espiritismo demonstra as razoes das uniões conjugais, quando fala dos formosos fins da divindade para os casamentos terrenos, aproveitando a formação do lar para incrementar o desenvolvimento dos espíritos, por meio da reencarnação, melhorando as condições intelectuais e morais dos seres humanos, tudo deveremos investir, em termos argumentativos, em termos fraternais, nos reforços do acompanhamento e da oração, a fim de evitarmos o desmantelamento doméstico.


Entretanto, a cultura do exacerbado materialismo desses dias tem ensinado aos indivíduos a fechar ouvidos e corações para o exercício da paciência, da tolerância, do perdão, da perseverança, da cooperação recíproca, no vero cumprimento dos deveres conjugais, e, ao invés disto, há estabelecido o culto ao “meu” prazer, ao “meu” bem-estar, a “minha” satisfação, a “minha” razão e ao “meu” direito, num aterrador domínio egoístico, promotor de inenarráveis tormentos para o porvir.


Natural é pensar que, por causa da dureza dos corações, muitos não suportariam dar nova oportunidade ao outro, ou do outro receber novo ensejo de tentar acertar. Quando a relação conjugal se deteriora ao nível do desrespeito, chegando às agressões de grave espectro, melhor adiar do que piorar.


58 – As pessoas que se separam devem procurar refazer suas vidas? 


Se a razão e o sentimento estão acenando com a possibilidade de ser feliz, reestruturando o lar, rearmonizando o coração, é importante que a pessoa tente de novo, agora com maior amadurecimento e perspicácia, evitando encantamentos exteriores ou ambições comprometedoras. A criatura deverá buscar, ao invés de valores passageiros e enganadores como os do corpo bem feito ou da beleza plástica, dos recursos econômico-financeiros ou prestígio e posições sociais destacadas, os valores que impliquem em maturidade geral, verificando os vícios e outros costumes incompatíveis com o novo rumo que deseja dar a sua existência.
Se o real interesse é o refazimento da vida afetiva, quanto menos complicação, quanto mais simplicidade, melhor para os dois e para as respectivas famílias.


84 – Na educação dos filhos, a figura do pai é importante? 
E quando ocorre a sua falta, por variados motivos, inclusive pelo divórcio e pela desencarnação? 


A figura do pai é sempre importante na educação dos filhos, como em sua vida generalizadamente. Há, porém, situações expiatórias em que indivíduos que menosprezaram seu lar e seus genitores no pretérito, em níveis graves, nascem sabendo que terão que facear a orfandade, às vezes de pai, às vezes de mãe, outras vezes de pai e mãe. Em casos que tais, a Divindade dispõe dos recursos para fazer com que a orfandade se torne em lição de vida, em amadurecimento, em crescimento, pelos sacrifícios e frustrações sofridas pelo órfão.


No caso de orfandade “com pais vivos”, em razão de abandonos ou de divórcios, a situação é nitidamente outra, porque não constava na lei divina tal ocorrência concreta, embora estivessem previstas as dificuldades de caráter, de temperamento dos cônjuges, a serem devidamente trabalhadas e superadas pelo casal. Em razão disto, toda a agrura material, social ou moral que venham os filhos mais frágeis a sofrer, pesará na conta moral daquele ou daqueles que se inscreveram no rol dos que cometeram o crime de lesa-confiança, pelo que darão conta no longo do tempo.
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Espírito : Camilo Psicografia : J. Raul Teixeira Livro : Desafios da Educação – págs. 27, 96, 98, 99 e 138 

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

IMEDIATISMO





O imediatismo é um dos maiores entraves ao progresso espiritual.

Quem se envolve em demasia com as questões materiais da existência é possuído, ao invés de possuir.

Cedendo o seu pensamento aos negócios do mundo, nos quais concentra todos os seus interesses, o homem não consegue cultivar-se.

É indispensável que o homem faça uma pausa no corre-corre da vida diária, buscando amealhar os recursos imperecíveis da alma.

O prazer-agora é materialismo disfarçado.

Da maneira como investe na aquisição dos bens materiais, o homem de bom senso não pode deixar de investir no seu futuro espiritual.

Romper com o círculo vicioso da ambição em que se encarcera é de suma importância para o espírito.

O mancebo rico que procurou Jesus, perguntando-lhe o que fazer para conquistar a vida eterna, não conseguiu libertar-se de sua escravização ao status social.

Ninguém pense que terá pela frente todo tempo que deseje a fim de mudar de vida.

Sobre o mundo, todas as coisas são transitórias e o homem não detém sequer a posse definitiva do corpo.

Ainda hoje, comece o homem a desapegar-se dos bens materiais que lhe foram concedidos por empréstimo, em benefício de sua espiritualização.
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Irmão José/Carlos A. Baccelli
Do livro LIÇÕES DA VIDA, ed. Didier







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MENSAGEM DO ESE:

Candeia sob o alqueire. Porque fala Jesus por parábolas

Ninguém acende uma candeia para pô-la debaixo do alqueire; põe-na, ao contrário, sobre o candeeiro, a fim de que ilumine a todos os que estão na casa. (S. MATEUS, cap. V, v. 15.)


Ninguém há que, depois de ter acendido uma candeia, a cubra com um vaso, ou a ponha debaixo da cama; põe-na sobre o candeeiro, a fim de que os que entrem vejam a luz; — pois nada há secreto que não haja de ser descoberto, nem nada oculto que não haja de ser conhecido e de aparecer publicamente. 
(S. LUCAS, cap. VIII, vv. 16 e 17.)


Aproximando-se, disseram-lhe os discípulos: Por que lhes falas por parábolas? — Respondendo-lhes, disse ele: É porque, a vós outros, foi dado conhecer os mistérios do reino dos céus; mas, a eles, isso não lhes foi dado (1) . Porque, àquele que já tem, mais se lhe dará e ele ficará na abundância; àquele, entretanto, que não tem, mesmo o que tem se lhe tirará. — Falo-lhes por parábolas, porque, vendo, não vêem e, ouvindo, não escutam e não compreendem. — E neles se cumprirá a profecia de Isaías, que diz: Ouvireis com os vossos ouvidos e não escutareis; olhareis com os vossos olhos e não vereis. Porque, o coração deste povo se tornou pesado, e seus ouvidos se tornaram surdos e fecharam os olhos para que seus olhos não vejam e seus ouvidos não ouçam, para que seu coração não compreenda e para que, tendo-se convertido, eu não os cure. (S. MATEUS, cap. XIII, vv. 10 a 15.)


É de causar admiração diga Jesus que a luz não deve ser colocada debaixo do alqueire, quando ele próprio constantemente oculta o sentido de suas palavras sob o véu da alegoria, que nem todos podem compreender. Ele se explica, dizendo a seus apóstolos: “Falo-lhes por parábolas, porque não estão em condições de compreender certas coisas. Eles vêem, olham, ouvem, mas não entendem. Fora, pois, inútil tudo dizer-lhes, por enquanto. Digo-o, porém, a vós, porque dado vos foi compreender estes mistérios.” Procedia, portanto, com o povo, como se faz com crianças cujas idéias ainda se não desenvolveram. Desse modo, indica o verdadeiro sentido da sentença: “Não se deve pôr a candeia debaixo do alqueire, mas sobre o candeeiro, a fim de que todos os que entrem a possam ver.” Tal sentença não significa que se deva revelar inconsideradamente todas as coisas. Todo ensinamento deve ser proporcionado à inteligência daquele a quem se queira instruir, porquanto há pessoas a quem uma luz por demais viva deslumbraria, sem as esclarecer.


Dá-se com os homens, em geral, o que se dá em particular com os indivíduos. As gerações têm sua infância, sua juventude e sua maturidade. Cada coisa tem de vir na época própria; a semente lançada à terra, fora da estação, não germina. Mas, o que a prudência manda calar, momentaneamente, cedo ou tarde será descoberto, porque, chegados a certo grau de desenvolvimento, os homens procuram por si mesmos a luz viva; pesa-lhes a obscuridade. Tendo-lhes Deus outorgado a inteligência para compreenderem e se guiarem por entre as coisas da Terra e do céu, eles tratam de raciocinar sobre sua fé. E então que não se deve pôr a candeia debaixo do alqueire, visto que, sem a luz da razão, desfalece a fé.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXIV, itens 1 a 4.)

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PROVA VOLUNTÁRIA




Não te ligues a alguém por algemas de ódio.


Perdoa a quem te fere e segue o teu caminho.


Não cries qualquer vínculo com o mal que te busca.


Abençoa o ofensor procurando esquecê-lo.


Quem clama por vingança, encarcera a si mesmo.


Mágoa no coração é prova voluntária.
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Irmão José (psic. Carlos Baccelli - do livro "A Face do Amor") 





quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Espera e ama sempre





Quanta aflição desaparecerá no nascedouro, se souberes sorrir em silêncio!

Quanta amargura esquecida, se desculpares o fel!

Rogas a paz do Senhor, mas o Senhor igualmente espera por teu concurso na paz dos outros.

Reflete nas necessidades de teu irmão, antes de lhe apreciares o gesto impensado. Em muitas ocasiões, a agressividade com que te fere é apenas angústia e a palavra ríspida com que te retribui o carinho é tão somente a chaga do coração envenenando-lhe a boca.

Auxilia mil vezes, antes de reprovar uma só.

O charco emite correntes enfermiças por não haver encontrado mãos que o secassem e o deserto provoca sede e sofrimento por não ter recebido o orvalho da fonte.

Deixa que a piedade se transforme no teu coração em socorro mudo, para que a dor esmoreça.

Não estendas a fogueira do mal com o lenho seco da irritação e do ódio!

Espera e ama sempre! Em silêncio, a árvore podada multiplica os próprios frutos e o céu assaltado pela sombra noturna descerra a glória dos astros!…

Lembra-te do Cristo, o Amigo silencioso. Sem reivindicações e sem ruído, escreveu os poemas imortais do perdão e do amor, da esperança e da alegria no coração da Terra.

Busquemos n’Ele o nosso exemplo na luta diária e, tolerando e ajudando hoje, na estreita existência humana, recolheremos amanhã as bênçãos da luz silenciosa que nos descerrará os caminhos da Vida Eterna.
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Meimei
Chico Xavier








MENSAGEM DO ESE:
A ingratidão dos filhos e os laços de família (II)

Ó espíritas! compreendei agora o grande papel da Humanidade; compreendei que, quando produzis um corpo, a alma que nele encarna vem do espaço para progredir; inteirai-vos dos vossos deveres e ponde todo o vosso amor em aproximar de Deus essa alma; tal a missão que vos está confiada e cuja recompensa recebereis, se fielmente a cumprirdes. Os vossos cuidados e a educação que lhe dareis auxiliarão o seu aperfeiçoamento e o seu bem-estar futuro. Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe perguntará Deus: Que fizestes do filho confiado à vossa guarda? Se por culpa vossa ele se conservou atrasado, tereis como castigo vê-lo entre os Espíritos sofredores, quando de vós dependia que fosse ditoso. Então, vós mesmos, assediados de remorsos, pedireis vos seja concedido reparar a vossa falta; solicitareis, para vós e para ele, outra encarnação em que o cerqueis de melhores cuidados e em que ele, cheio de reconhecimento, vos retribuirá com o seu amor.

Não escorraceis, pois, a criancinha que repele sua mãe, nem a que vos paga com a ingratidão; não foi o acaso que a fez assim e que vo-la deu. Imperfeita intuição do passado se revela, do qual podeis deduzir que um ou outro já odiou muito, ou foi muito ofendido; que um ou outro veio para perdoar ou para expiar. Mães! abraçai o filho que vos dá desgostos e dizei convosco mesmas: Um de nós dois é culpado. Fazei-vos merecedoras dos gozos divinos que Deus conjugou à maternidade, ensinando aos vossos filhos que eles estão na Terra para se aperfeiçoar, amar e bendizer. Mas oh! muitas dentre vós, em vez de eliminar por meio da educação os maus princípios inatos de existências anteriores, entretêm e desenvolvem esses princípios, por uma culposa fraqueza, ou por descuido, e, mais tarde, o vosso coração, ulcerado pela ingratidão dos vossos filhos, será para vós, já nesta vida, um começo de expiação.
A tarefa não é tão difícil quanto vos possa parecer. Não exige o saber do mundo. Podem desempenhá-la assim o ignorante como o sábio, e o Espiritismo lhe facilita o desempenho, dando a conhecer a causa das imperfeições da alma humana.
Desde pequenina, a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz da sua existência anterior. A estudá-los devem os pais aplicar-se. Todos os males se originam do egoísmo e do orgulho. Espreitem, pois, os pais os menores indícios reveladores do gérmen de tais vícios e cuidem de combatê-los, sem esperar que lancem raízes profundas. Façam como o bom jardineiro, que corta os rebentos defeituosos à medida que os vê apontar na árvore. Se deixarem se desenvolvam o egoísmo e o orgulho, não se espantem de serem mais tarde pagos com a ingratidão. Quando os pais hão feito tudo o que devem pelo adiantamento moral de seus filhos, se não alcançam êxito, não têm de que se inculpar a si mesmos e podem conservar tranqüila a consciência. À amargura muito natural que então lhes advém da improdutividade de seus esforços, Deus reserva grande e imensa consolação, na certeza de que se trata apenas de um retardamento, que concedido lhes será concluir noutra existência a obra agora começada e que um dia o filho ingrato os recompensará com seu amor. 
(Cap. XIII, nº 19.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIV, item 9.)
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Crença e conhecimento



Não é raro se ouvir afirmativas como eu creio que vai chover, creio que vai fazer muito frio este ano, creio que vou para o céu ou para o inferno, etc.

Sem dúvida, essas são opiniões que não têm nenhum compromisso com a verdade. São meras crenças. E a crença é cega.

No entanto, uma pessoa que conhece meteorologia e tem equipamentos para sondar o clima, poderá afirmar se irá chover ou fazer calor nos próximos dias.

Certamente, as pessoas que têm conhecimento são as mais indicadas para opinar sobre os assuntos que dominam.

Não poderia ser diferente quanto às questões relativas às crenças religiosas.

Nesse particular, é sempre importante buscar o conhecimento com os sábios que realmente sabem sobre as leis que regem o Universo.

Acreditar nessa ou naquela fórmula, nesse ou naquele movimento, numa receita qualquer de felicidade, não é próprio de pessoas que desejam saber o porquê e o significado das coisas.

Aproveitando-se das pessoas que aceitam tudo sem exame, sem uma análise profunda das propostas apresentadas, sempre houve e sempre haverá os pregadores de ilusões.

E eles não precisam de muito esforço, não. Basta prometer a felicidade póstuma e receitar uma fórmula simples e fácil, que conseguem inúmeros seguidores fiéis.

Mas, se diante das prescrições perguntássemos se isso realmente nos ajudará e de que maneira; qual será nosso crescimento efetivo, esse tipo de proposta desapareceria.

Temos de convir que, se os cultos exteriores, as promessas fáceis, as palavras decoradas ditas sem emoção, trouxessem felicidade, não haveria nenhum infeliz no mundo.

Comecemos perguntando a nós mesmos se determinada prática nos fará efetivamente mais felizes, nos trará mais conhecimento das coisas, mais grandeza d`alma.

Se uma barganha, uma troca de favores, é interessante para ambas as partes ou somente para uma delas.
Perguntemo-nos o que faríamos com o objeto que costumamos oferecer em troca de um favor dos céus, caso o recebêssemos de alguém.

Que utilidade teria para nós o objeto ou a atitude que oferecemos como pagamento de um favor.
Se o objeto for oferecido a Deus, que é o Supremo Senhor do Universo, o que Deus faria com a nossa oferta?

Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus.

O que Deus faria com as coisas de César?

O que Ele faria com as quinquilharias que nem para nós, criaturas imperfeitas, teriam utilidade?

Busquemos, assim, o conhecimento das leis morais que regem o Universo.

Se somos cristãos, encontraremos nos ensinos de Jesus informações importantes que nos ajudarão a abrir os olhos do intelecto e apreciar o mundo de uma forma mais ampla e lúcida.

A cada um segundo suas obras, afirmou Jesus. Ele é um Espírito que possui autoridade intelecto-moral para nos orientar sobre as verdades da vida, pois já trilhou o caminho que hoje estamos percorrendo.

Ao dizer: Antes que Abraão fosse, eu sou, Ele se referia à Sua maturidade espiritual, que foi conquistada antes dos primeiros homens habitarem o planeta.

Jesus prescreveu o amor a Deus acima de tudo, e ao próximo como a si mesmo. Eis um guia seguro, que nos conduzirá à felicidade eterna.

E amar a Deus é conhecer Suas leis e vivê-las. As leis naturais e as leis morais.

Mesmo antes de Jesus, vamos encontrar sábios que também ensinaram grandes verdades, como Sócrates, Platão, Aristóteles, entre outros.

Em vez da crença cega, que certamente nos levará a grandes decepções e desilusões, optemos pelo conhecimento das coisas.

Somente o conhecimento da verdade nos fará livres. Livres de tantas esquisitices e fórmulas sem sentido que só nos retardam o acesso à felicidade que desejamos tanto.

Pensemos em todas essas considerações, e optemos por uma das alternativas: crença cega ou conhecimento lúcido e fé inabalável.
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Redação do Momento Espírita.