terça-feira, 23 de março de 2021

Tarefa Abençoada



É o trabalho espiritual a que te dedicas.

 Dentro dele, faze sempre o melhor.

 Não permitas que as tuas imperfeições empanem o brilho das tarefas sob a tua responsabilidade.

 Apaga-te quanto possas, para que a Luz do Senhor resplandeça.

 Anula-te, para que o Cristo consiga viver por ti e em ti.

 Não tenhas outra aspiração que não seja a de cumprir com os teus deveres, em louvor do Ideal que abraçaste.

 Sê a palavra de bom ânimo aos companheiros desalentados, o amigo que compreende e auxilia sem nada exigir.

 As boas obras reclamam a perseverança dos que a elas se entregam.

 Porfia no bem de todos e a vida se te fará um caminho de luz.

 Nunca desconsideres a ninguém.

 Lembra-te de que toda tarefa de amor, para se firmar entre os homens, não dispensa o concurso sábio do tempo.

Ainda hoje, o Cristo prossegue lutando pela edificação do Reino Divino na Terra.

 Ante incompreensões, serve mais.

 Ante críticas, silencia.

 Sofrendo, ora e espera por Deus.

A oportunidade que desfrutas agora no serviço do Evangelho, nas bênçãos da Doutrina Espírita, é a melhor de todas as que já tiveste para escalar os degraus da redenção.
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Bezerra de Menezes
Psicografia de Carlos. A. Baccelli
Palavras da coragem 
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MENSAGEM DO ESE:

Não julgueis, para não serdes julgados. Atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecado

Não julgueis, a fim de não serdes julgados; — porquanto sereis julgados conforme houverdes julgado os outros; empregar-se-á convosco a mesma medida de que voz tenhais servido para com os outros. (S. MATEUS, cap. VII, vv. 1 e 2.)

Então, os escribas e os fariseus lhe trouxeram uma mulher que fora surpreendida em adultério e, pondo-a de pé no meio do povo, — disseram a Jesus: “Mestre, esta mulher acaba de ser surpreendida em adultério; — ora, Moisés, pela lei, ordena que se lapidem as adúlteras. Qual sobre isso a tua opinião?” — Diziam isto para o tentarem e terem de que o acusar. Jesus, porém, abaixando-se, entrou a escrever na terra com o dedo. — Como continuassem a interrogá-lo, ele se levantou e disse: “Aquele dentre vós que estiver sem pecado, atire a primeira pedra.” 

— Em seguida, abaixando-se de novo, continuou a escrever no chão. — Quanto aos que o interrogavam, esses, ouvindo-o falar daquele modo, se retiraram, um após outro, afastando-se primeiro os velhos. Ficou, pois, Jesus a sós com a mulher, colocada no meio da praça.

Então, levantando-se, perguntou-lhe Jesus: “Mulher, onde estão os que te acusaram? Ninguém te condenou?” — Ela respondeu: “Não, Senhor.” Disse-lhe Jesus: “Também eu não te condenarei. Vai-te e de futuro não tornes a pecar.” (S. JOÃO, cap. VIII, vv. 3 a 11.)
“Atire-lhe a primeira pedra aquele que estiver isento de pecado”, disse Jesus. Essa sentença faz da indulgência um dever para nós outros, porque ninguém há que não necessite, para si próprio, de indulgência. Ela nos ensina que não devemos julgar com mais severidade os outros, do que nos julgamos a nós mesmos, nem condenar em outrem aquilo de que nos absolvemos. Antes de profligarmos a alguém uma falta, vejamos se a mesma censura não nos pode ser feita.

O reproche lançado à conduta de outrem pode obedecer a dois móveis: reprimir o mal, ou desacreditar a pessoa cujos atos se criticam. 

Não tem escusa nunca este último propósito, porquanto, no caso, então, só há maledicência e maldade. O primeiro pode ser louvável e constitui mesmo, em certas ocasiões, um dever, porque um bem deverá daí resultar, e porque, a não ser assim, jamais, na sociedade, se reprimiria o mal. Não cumpre, aliás, ao homem auxiliar o progresso do seu semelhante? Importa, pois, não se tome em sentido absoluto este princípio: “Não julgueis se não quiserdes ser julgado”, porquanto a letra mata e o espírito vivifica.

Não é possível que Jesus haja proibido se profligue o mal, uma vez que ele próprio nos deu o exemplo, tendo-o feito, até, em termos enérgicos. O que quis significar é que a autoridade para censurar está na razão direta da autoridade moral daquele que censura. Tornar-se alguém culpado daquilo que condena noutrem é abdicar dessa autoridade, é privar-se do direito de repressão. A consciência íntima, ao demais, nega respeito e submissão voluntária àquele que, investido de um poder qualquer, viola as leis e os princípios de cuja aplicação lhe cabe o encargo. Aos olhos de Deus, uma única autoridade legítima existe: a que se apóia no exemplo que dá do bem. É o que, igualmente, ressalta das palavras de Jesus.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, itens 11 a 13.)

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OS DOIS PIORES ADVERSÁRIOS


Se pretendes vencer em qualquer empreendimento de ordem espiritual, começa não te concedendo tempo para conversas inúteis.


Cordialmente, desembaraça-te de quem te reclame os ouvidos com assuntos urdidos pela maledicência.


Dispensa, com habilidade, aquele que te venha com confidências, envolvendo o teu nome na trama com que as trevas intentem prejudicar a tua capacidade de ação.


Não permaneças na expectativa de que os teus desafetos saibam reconhecer o teu esforço e, de público, admitam as tuas possíveis qualidades.


Interpreta todo elogio que recebas como sendo mais perigoso que toda crítica que te façam.


Vacina-te, sistematicamente, contra o melindre e o personalismo, que, em verdade, são os teus dois piores adversários no que te propões realizar sob a égide do Cristo.
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Irmão José (psic. Carlos Baccelli - do livro "Ajuda-te e o Céu te Ajudará)

segunda-feira, 22 de março de 2021

Assistência aos enfermos


Toda a enfermidade do corpo é processo educativo para a alma.

Receber, porém, a visitação benéfica entre manifestações de revolta é o mesmo que recusar as vantagens da lição, rasgando o livro que no-la transmite.

A dor física, pacientemente suportada, é golpe de buril divino realizando o aperfeiçoamento espiritual.

Tenho encontrado companheiros a irradiarem sublime luz do peito, como se guardassem lâmpadas acesas, dentro do tórax. Em maior parte, são irmãos que aceitaram, com serenidade, as dores longas que a Providência lhes destinou, a benefício deles mesmos.

Em compensação, tenho sido defrontado por grande número de ex-tuberculosos e ex-leprosos, em lamentável posição de desequilíbrio, afundados muitos deles em charcos de treva, porque a moléstia lhes constituiu tão somente motivo à insubmissão.

O doente desesperado é sempre digno de piedade, porque não existe sofrimento sem finalidade de purificação e elevação.

A enfermidade ligeira é aviso.

A queda violenta das forças é advertência.

A doença prolongada é sempre renovação de caminho para o Bem.

A moléstia incurável no corpo é reajustamento da alma eterna.

Todos os padecimentos do corpo se convertem, com o tempo, em claridades interiores, quando o enfermo sabe manter a paciência, aceitando o trabalho regenerativo por bênção da Infinita Bondade.

Quem sustenta a calma e a fé nos dias de aflição, encontrará a paz com brevidade e segurança, porque a dor, em todas as ocasiões, é a serva bendita de Deus que nos procura em nome d’Ele, a fim de levar a efeito, dentro de nós, o serviço da perfeição que ainda não sabemos realizar.
🌱🌻🌱
Neio Lúcio
Chico Xavier
Obra: Senda para Deus
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🌱🌻🌱 

MENSAGEM DO ESE

Proveito dos sofrimentos para outrem

– Os que aceitam resignados os sofrimentos, por submissão à vontade de Deus e tendo em vista a felicidade futura, não trabalham somente em seu próprio benefício? Poderão tornar seus sofrimentos proveitosos a outrem?

Podem esses sofrimentos ser de proveito para outrem, material e moralmente: materialmente se, pelo trabalho, pelas privações e pelos sacrifícios que tais criaturas se imponham, contribuem para o bem-estar material de seus semelhantes; moralmente, pelo exemplo que elas oferecem de sua submissão à vontade de Deus. Esse exemplo do poder da fé espírita pode induzir os desgraçados à resignação e salvá-los do desespero e de suas conseqüências funestas para o futuro.

— São Luís. (Paris, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 31.)

🌱🌻🌱

FILHOS



Educa os teus filhos e orienta-os, mas não te esqueças de que cada espírito tem seu próprio caminho.


Não conseguirás substituí-los nas experiências que devam vivenciar.


Cada qual deve aprender à custa do próprio esforço e interesse.


Não superprotejas os teus filhos, afastando-os do trabalho enobrecedor.


O trabalho, para a criança, é o complemento natural da educação.


Para os anseios evolutivos do espírito na reencarnação, as facilidades constituem um desastre.


Sem disciplina, a criança cresce à mercê das circunstâncias.


Conversa com os teus filhos e procura, desde cedo, iniciá-los na prática do bem.


Sem um ponto de referência espiritual, o teu filho se perderá no abismo da descrença.
🌱🌻🌱
(De Vigiai e orai, de Carlos A. Baccelli, pelo Irmão José

domingo, 21 de março de 2021

Mas, você pode


É possível que você não consiga impedir a queda do filho amado na vala da invigilância, mas você pode auxiliá-lo a reerguer-se…

 É provável que você não possa evitar o sofrimento do companheiro que estimas como sendo alma de sua própria alma, mas você pode balsamizar-lhe as feridas…

 É possível que você não consiga perdoar de imediato, esse ou aquele irmão que o tenha magoado com palavras impensadas, mas você pode tentar esquecer o episódio, refletindo nas muitas vezes em que terá agido da mesma forma com os outros…

 É provável que você nem sempre possa concordar com as decisões tomadas pelo afeto querido, mas você pode abençoá-lo e desejar que ele seja feliz como espera ser…

 É possível que você não consiga convencer a todos quanto à sua sinceridade de propósitos, mas você pode cumprir com o seu dever sem outra preocupação que não seja a de agradar a Deus…

 É provável que você não possa se libertar de vez das inclinações infelizes que o perturbam, mas você pode dar-lhes combate permanente, alimentando a esperança de superá-las um dia…

 É possível que você não consiga, na atual encarnação, saldar na totalidade os seus débitos para com a Lei Divina, mas você pode, desde agora, adquirir créditos decisivos para o futuro, pensando no bem, desejando o bem e, sobretudo, 
vivendo no bem!…
🌻🌵🌻
André Luiz
Psicografia de Carlos. A. Baccelli
Palavras da coragem
🌻🌵🌻 




🌻🌵🌻

MNESAGEM DO ESE: 

O jugo leve

Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei comigo que sou brando e humilde de coração e achareis repouso para vossas almas, pois é suave o meu jugo e leve o meu fardo. (S. MATEUS, cap. XI, vv. 28 a 30.)

Todos os sofrimentos: misérias, decepções, dores físicas, perda de seres amados, encontram consolação em a fé no futuro, em a confiança na justiça de Deus, que o Cristo veio ensinar aos homens. Sobre aquele que, ao contrário, nada espera após esta vida, ou que simplesmente duvida, as aflições caem com todo o seu peso e nenhuma esperança lhe mitiga o amargor. Foi isso que levou Jesus a dizer: “Vinde a mim todos vós que estais fatigados, que eu vos aliviarei.”
Entretanto, faz depender de uma condição a sua assistência e a felicidade que promete aos aflitos. Essa condição está na lei por ele ensinada. Seu jugo é a observância dessa lei; mas, esse jugo é leve e a lei é suave, pois que apenas impõe, como dever, o amor e a caridade.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. VI, itens 1 e 2.)

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APRENDIZADO DA CARIDADE


A prática da caridade sempre te ensejará as melhores lições.


Fornecerá material para as tuas reflexões em torno das bênçãos que normalmente ignoras em tua vida.


Possibilitar-te-ás enxergar o que não vês nos privilégios que desfrutas.


Abrandar-te-á o espírito de insatisfação, mostrando que em tua carência ainda existe excesso.


Que dispões em ti mesmo de infinitos recursos que simplesmente desconsideras.


Que a tua capacidade de ser útil é tão ampla quanto te parece ser a necessidade dos semelhantes.


A vivência na caridade te propiciará o amadurecimento espiritual de que só ela é capaz.


Colocará silêncio nos teus lábios, discernimento em teus ouvidos e alegria em tuas mãos.
🌻🌵🌻
Livro: Vigiai e Orai
Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Irmão José
Casa Editora Espírita Pierre-Paul Didier













sábado, 20 de março de 2021

Convite à coragem




“... O Senhor pondo-se ao lado dele (Paulo), disse: Tem bom ânimo.
(Atos: capítulo 23º, versículo 11.)


“Sorte madrasta!” — Desabafaste, após a dificuldade que te chegou de surpresa.
“Tudo de ruim me acontece!” — Proferiste, em desalinho mental, após o problema intrincado que tomou corpo sem que o esperasses.
“Não poderia ser pior!” — Reclamaste em pleno clima do desespero que te absorveu.


Todavia, relegas a plano de olvido todas as coisas boas que vens fruindo, que possuis.


Faze um giro pelos hospitais onde estão os rebotalhos do sofrimento.


Além daqueles ali albergados, há outros sofredores que experimentam maior soma de inquietações...


Multidões de mutilados estão lutando para se readaptarem à vida; cegos exercitam a memória e surdos-mudos aprendem leitura labial para saírem do isolamento em que se demoram; crianças retardadas se submetem a tratamentos técnicos, penosos; gagos corrigem a fala a duros penates; operados de intrincados problemas orgânicos deixam-se conduzir sob limitações coercitivas em difíceis processos para a sobrevivência física..


E as mães desassossegadas ante filhos inditosos, esposos traídos, irmãos malsinados, cujas dores passam ignoradas?


Sai da noite a que te recolhes em pessimismo, e tem coragem.


Insucesso é ocorrência perfeitamente natural, que acontece a toda e qualquer criatura.


Problemas são desafios à luta e dificuldades são testes de promoção espiritual.


Indispensável manter o bom ânimo em qualquer lugar e posição, recordando a necessidade de nobre aplicação dos valores de que dispões: visão, palavra, audição, movimento, lucidez e tantos outros, distribuindo bênçãos entre os que conduzem mais pesado fardo.


... E seja qual for a provação que te surpreenda, tem coragem!


O pior que pode acontecer a alguém é entregar-se à descrença, apagando a chama íntima da fé e caminhar em plena escuridão da estrada, sem arrimo.


Assim, confia em Deus, e, corajoso, prossegue de espírito tranquilo.
🌸🌿🌸
Joanna de Ângelis
Divaldo Franco
Convites da Vida
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MENSAGEM DO ESE:

Sacrifício da própria vida

– Aquele que se acha desgostoso da vida mas que não quer extingui-la por suas próprias mãos, será culpado se procurar a morte num campo de batalha, com o propósito de tornar útil sua morte?

Que o homem se mate ele próprio, ou faça que outrem o mate, seu propósito é sempre cortar o fio da existência: há, por conseguinte, suicídio intencional, se não de fato. É ilusória a idéia de que sua morte servirá para alguma coisa; isso não passa de pretexto para colorir o ato e escusá-lo aos seus próprios olhos. Se ele desejasse seriamente servir ao seu país, cuidaria de viver para defendê-lo; não procuraria morrer, pois que, morto, de nada mais lhe serviria. O verdadeiro devotamento consiste em não temer a morte, quando se trate de ser útil, em afrontar o perigo, em fazer, de antemão e sem pesar, o sacrifício da vida, se for necessário. Mas, buscar a morte com premeditada intenção, expondo-se a um perigo, ainda que para prestar serviço, anula o mérito da ação. 

— São Luís. (Paris, 1860)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 29.)

sexta-feira, 19 de março de 2021

Tópicos da ansiedade



Filhos, confiemos na proteção do Senhor em nossas dificuldades.

Atendamos à saúde, através da serenidade, e esperaremos a bênção de Jesus que nunca nos desampara. A postos, dedicados Benfeitores Espirituais cooperam em favor dos amigos encarnados, rogando ao Senhor nos guarde e ampare, hoje e sempre.
II
Quanto mais possamos acrescentar serenidade e paciência em nossas sólidas bases de fé, mais amplas se nos farão as melhoras gerais quanto ao necessário equilíbrio emocional.

Confiemos no amparo de Jesus, entregando a Ele, Nosso Senhor e Mestre, os problemas que nos pareçam sem solução acessível imediata ante o nosso esforço e confiemo-nos à Divina Providência que a todos nos protegerá, hoje como sempre.
III
Reergamos o ânimo abatido.

Reajustemo-nos, para corresponder à proteção que o Senhor nos tem dispensado.

A dificuldade é nosso degrau de ascensão.

Não nos faltará o amparo Divino.
IV
Guardemos a serenidade !

Nossa fé viva, nosso valor!
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Por: Bezerra de Menezes, 
Médium: Francisco Cândido Xavier 
Obra: Apelos Cristãos
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MENSAGEM DO ESE:

É permitido repreender os outros, notar as imperfeições de outrem, divulgar o mal de outrem?

Ninguém sendo perfeito, seguir-se-á que ninguém tem o direito de repreender o seu próximo?

Certamente que não é essa a conclusão a tirar-se, porquanto cada um de vós deve trabalhar pelo progresso de todos e, sobretudo, daqueles cuja tutela vos foi confiada. Mas, por isso mesmo, deveis fazê-lo com moderação, para um fim útil, e não, como as mais das vezes, pelo prazer de denegrir. Neste último caso, a repreensão é uma maldade; no primeiro, é um dever que a caridade manda seja cumprido com todo o cuidado possível. Ao demais, a censura que alguém faça a outrem deve ao mesmo tempo dirigi-la a si próprio, procurando saber se não a terá merecido. 

— S. Luís. (Paris, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 19.)

quinta-feira, 18 de março de 2021

NÃO DESFALECER



... “Orar sempre e nunca desfalecer.” 
– Lucas, 18:1.

Não permitas que o serviço do próprio corpo te inabilite para a solução dos problemas externos, inclusive os da tua própria iluminação espiritual.

Enquanto te encontras no plano de exercício, qual a Crosta da Terra, sempre serás defrontado pela dificuldade e pela dor.

A lição dada é caminho para novas lições.

Atrás do enigma resolvido, outros enigmas aparecem.

Outra não pode ser a função da escola, senão ensinar, exercitar e aperfeiçoar.

Enche-te, pois, de calma e bom ânimo, em todas as situações.

Foste colocado entre obstáculos mil de natureza estranha para que, vencendo inibições fora de ti, aprendas a superar as próprias limitações.

Enquanto a comunidade terrestre não se adaptar à nova luz, respirarás
cercado de lágrimas inquietantes, de gestos impensados e de sentimentos escuros.

Dispõe-te a desculpar e auxiliar sempre, a fim de que não percas a gloriosa oportunidade de crescimento espiritual.

Lembra-te de todas as aflições que rodearam o espírito cristão, no mundo, desde a vinda do Senhor.

Onde está o Sinédrio que condenou o Amigo Celeste à morte?

Onde os romanos vaidosos e dominadores?

Onde os verdugos da Boa Nova nascente?

Onde os guerreiros que desabotoaram, em torno do Evangelho, rios escuros de sangue e suor?

Onde os príncipes astutos que combateram e negociaram em nome do Renovador Crucificado?

Onde as trevas da Idade Média?

Onde os políticos e inquisidores de todos os matizes que feriram, em nome do Excelso Benfeitor?

Arrojados pelo tempo aos despenhadeiros de cinza, fortaleceram e consolidaram o pedestal de luz, em que a figura do Cristo resplandece, cada vez mais gloriosa, no governo dos séculos.

Centraliza-te no esforço de auxiliar no bem comum, seguindo com a tua cruz, ao encontro da ressurreição divina.

Nas surpresas constrangedoras da marcha, recorda que antes de tudo, importa orar sempre, trabalhando, servindo, aprendendo, amando e nunca desfalecer.

Ao longo de teus passos, aparece no mundo a sementeira do bem, que te pede renúncia e boa vontade, sacrifício e compreensão.

O mensageiro do Cristo é o braço do Evangelho.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Alvorada do Reino 
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MENSAGEM DO ESE:

Convidar os pobres e os estropiados. Dar sem esperar retribuição

Disse também àquele que o convidara: Quando derdes um jantar ou uma ceia, não convideis nem os vossos amigos, nem os vossos irmãos, nem os vossos parentes, nem os vossos vizinhos que forem ricos, para que em seguida não vos convidem a seu turno e assim retribuam o que de vós receberam. — Quando derdes um festim, convidai para ele os pobres, os estropiados, os coxos e os cegos. — E sereis ditosos por não terem eles meios de vo-lo retribuir, pois isso será retribuído na ressurreição dos justos.

Um dos que se achavam à mesa, ouvindo essas palavras, disse-lhe: Feliz do que comer do pão no reino de Deus! (S. LUCAS, cap. XIV, vv. 12 a 15.)

“Quando derdes um festim, disse Jesus, não convideis para ele os vossos amigos, mas os pobres e os estropiados.” Estas palavras, absurdas, se tomadas ao pé da letra, são sublimes, se lhes buscarmos o espírito. Não é possível que Jesus haja pretendido que, em vez de seus amigos, alguém reúna à sua mesa os mendigos da rua. Sua linguagem era quase sempre figurada e, para os homens incapazes de apanhar os delicados matizes do pensamento, precisava servir-se de imagens fortes, que produzissem o efeito de um colorido vivo. O âmago do seu pensamento se revela nesta proposição: “E sereis ditosos por não terem eles meios de vo-lo retribuir.” Quer dizer que não se deve fazer o bem tendo em vista uma retribuição, mas tão-só pelo prazer de o praticar. Usando de uma comparação vibrante, disse: Convidai para os vossos festins os pobres, pois sabeis que eles nada vos podem retribuir. Por festins deveis entender, não os repastos propriamente ditos, mas a participação na abundância de que desfrutais.

Todavia, aquela advertência também pode ser aplicada em sentido mais literal. Quantos não convidam para suas mesas apenas os que podem, como eles dizem, fazer-lhes honra, ou, a seu turno, convidá-los! Outros, ao contrário, encontram satisfação em receber os parentes e amigos menos felizes. Ora, quem não os conta entre os seus? Dessa forma, grande serviço, às vezes, se lhes presta, sem que o pareça. 

Aqueles, sem irem recrutar os cegos e os estropiados, praticam a máxima de Jesus, se o fazem por benevolência, sem ostentação, e sabem dissimular o benefício, por meio de uma sincera cordialidade.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, itens 7 e 8.)

quarta-feira, 17 de março de 2021

Alguém dirá




Alguém dirá que estás em erro.

A Lei de Deus, porém, considera que te encontras na experiência que se te faz necessária.


Alguém dirá que segues, no mundo, de fracasso em fracasso.

A Lei de Deus, no entanto, sabe que caminhas, de estrada em estrada, à procura do êxito.


Alguém dirá que os teus planos de felicidade se reduzem a enganos e ilusões.

A Lei de Deus, contudo, assevera que se prosseguires trabalhando e servindo, muito em breve, os teus sonhos se farão realidade.


Alguém dirá que perdeste oportunidades e vantagens nos empreendimentos a que te dedicas.

A Lei de Deus, entretanto, observa que te aconteceu o melhor.


Alguém dirá que não tens saúde e nem forças para a execução das tarefas a que te propões.

Mas, a Lei de Deus te assegura energias renovadas, sempre que te movimentas para o bem do próximo.


Alguém dirá que te enlameaste, através das existências passadas e que, por isso, te afundas agora no charco do sofrimento.

A Lei de Deus, porém, te garante a própria renovação, através do tempo, e que, um dia, te erguerás do pântano para a imensidão dos Céus, na condição de filho da Luz.
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Emmanuel
Chico Xavier 
Obra: Palavras da Coragem
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MENSAGEM DO ESE:

Destinação da Terra. Causas das misérias humanas

Muitos se admiram de que na Terra haja tanta maldade e tantas paixões grosseiras, tantas misérias e enfermidades de toda natureza, e daí concluem que a espécie humana bem triste coisa é. Provém esse juízo do acanhado ponto de vista em que se colocam os que o emitem e que lhes dá uma falsa idéia do conjunto. Deve-se considerar que na Terra não está a Humanidade toda, mas apenas uma pequena fração da Humanidade. Com efeito, a espécie humana abrange todos os seres dotados de razão que povoam os inúmeros orbes do Universo. Ora, que é a população da Terra, em face da população total desses mundos? Muito menos que a de uma aldeia, em confronto com a de um grande império. A situação material e moral da Humanidade terrena nada tem que espante, desde que se leve em conta a destinação da Terra e a natureza dos que a habitam.

Faria dos habitantes de uma grande cidade falsíssima idéia quem os julgasse pela população dos seus quarteirões mais íntimos e sórdidos. Num hospital, ninguém vê senão doentes e estropiados; numa penitenciária, vêem-se reunidas todas as torpezas, todos os vícios; nas regiões insalubres, os habitantes, em sua maioria são pálidos, franzinos e enfermiços. Pois bem: figure-se a Terra como um subúrbio, um hospital, uma penitenciaria, um sítio malsão, e ela é simultaneamente tudo isso, e compreender-se-á por que as aflições sobrelevam aos gozos, porquanto não se mandam para o hospital os que se acham com saúde, nem para as casas de correção os que nenhum mal praticaram; nem os hospitais e as casas de correção se podem ter por lugares de deleite.

Ora, assim como, numa cidade, a população não se encontra toda nos hospitais ou nas prisões, também na Terra não está a Humanidade inteira. E, do mesmo modo que do hospital saem os que se curaram e da prisão os que cumpriram suas penas, o homem deixa a Terra, quando está curado de suas enfermidades morais.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. III, itens 6 e 7.)