quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Não te Desfaças do teu Companheiro



Quem mora, anda ou trabalha contigo é peça importante em tua vida. 

Não deves esquecer a tua cooperação na manutenção do mútuo entendimento espiritual. Se desejas quebrar o vínculo com as pessoas, simplesmente por meras distrações do respeito delas para contigo, estás deixando de aplicar a lei do perdão, de que tanto Jesus nos falava, em relação àqueles que nos ofendem. 
Quantos irmãos se aproximam de nós bem intencionados e, por vezes, acabam nos criando problemas? Mas, no impulso do revide, aniquilamos ou tentamos aniquilar a nossa amizade para com eles.
 A ponderação passa desapercebida e vamos, cada vez mais, ficando distantes dos companheiros.

Quantas vezes durante o ano, durante uma semana, ou um mês, não recebes ofensas do cônjuge, filhos e outros parentes e, ao passar algum tempo, já te esqueceste de tudo, pela intervenção dos laços sanguíneos? Por que não fazes o mesmo com os outros que te cercam e te ajudam a viver nas lutas de cada dia?

A justiça nos manda perdoar sem distinção de classes. Ela é o amor na feição do equilíbrio emocional, que funciona como terapia nos distúrbios das irritações morais.

Jamais desfaças as amizades por simples contrariedades. Mesmo distantes um do outro, ora por todos que te ofendem e caluniam. Isso é regra cristã que não caiu em desuso, permanecendo límpida e vibrante, desafiando tempo e espaço, para ajudar os que dormem na ignorância das leis. Nunca deves invalidar os direitos dos outros. As tentativas do aprendizado são numerosas, a fixação do ensino é demorada. É como que um despertar da luz no coração e na consciência e não se faz de um dia para outro. Se ignoras essa demora, e o teu passado?

Quantos não te toleraram para que pudesses conquistar o que já granjeaste nas tuas andanças pelo mundo? Existe escala até para o Amor. Vê e compara o homem das cavernas e a vida de um santo: as manifestações de amor de um e de outro são diferentes, como diferentes são os estados evolutivos de cada posição espiritual.

O homem alimenta o amor próprio, achando que isso é um dever; nutre o amor de família, como sendo compromisso e, com isso, deixa surgir o egoísmo e o orgulho, que têm as falsas aparências de manutenção da tranquilidade e da honra. 


Já a vida de um místico é completamente diferente: o seu amor é universal, semelhante aos braços da luz solar, acolhendo a todos com o mesmo calor; imita a água, saciando a sede de quem a toma, sem distinção; copia a terra que aceita quem nela pisa, do animal ao anjo.

Estamos caminhando para esse comportamento do amor sem fronteiras, que se torna luz no coração de quem ama no verdadeiro sentido da palavra Amor. Não tentes quebrar teu relacionamento com as pessoas em virtude de simples distrações delas para contigo.

 Quantas vezes não fizeste o mesmo com os outros? 

Cada perdão que a tua conduta fizer figurar em tua vida é um raio de luz que acendes em favor da harmonia universal e essa claridade te servirá nos caminhos que haverás de percorrer. Aproveita as oportunidades de desfazer incompreensões, criando entendimento por onde passares, que a tua consciência marcará a tua vitória no reino que escolheste para viver.

Quem destrói amizades, está desligando fios divinos que conduzem vida para o seu próprio coração.
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Lancellin


Vício



O vício pode ser um “erro de cálculo” na procura de paz e serenidade, porque todos queremos ser felizes e ninguém, conscientemente, busca de propósito viver com desprazer, aflição e infelicidade.

Precisamos revisar nossas concepções sobre os vícios.

Não podemos entendê-los como uma problemática que abrange, exclusivamente, delinquentes e vadios.

Em verdade, viciados são todos aqueles que se enfraqueceram diante da vida e se refugiaram na dependência de pessoas ou substâncias.

Hábitos preferidos se formam através do tempo e se sedimentam com repetidas manobras mentais.

O que funcionou muito bem em situações importantes de nossa vida, mantendo nossa ansiedade controlada e sob domínio, provavelmente será reproduzido em outras ocasiões.

Por exemplo:se na fase infantil descobrimos que, “quando chorávamos, logo em seguida mamávamos”, essa atitude mental poderá ser perpetuada através de um hábito inconsciente que julgamos irresistível.

A estratégia psíquica passa a ser: “quando tenho um problema, preciso comer algo para resolvê-lo”.

O que a princípio foi uma descoberta compensadora e benéfica, mais tarde pode ser um mecanismo desnecessário, tornando-se um impulso neurótico e desagradável em nosso dia-a-dia.

Existem diversos casos de obesidade que surgiram no clima de lares onde a mãe era super exigente, perfeccionista e dominadora, forçando constantemente a criança a se alimentar, não levando em conta as suas necessidades naturais.

Pela insistência materna, ela desenvolve o hábito de comer exageradamente, prejudicando o desenvolvimento do senso interior, que lhe dá a medida de quando começar e de quando parar de comer.

A bulimia, cria para seus dependentes uma barreira que os separa da realidade e funciona como uma falsa proteção e segurança, pois eles constroem seu mundo de explicações falsas por não perceberem os fatos verdadeiros. 

Por outro lado, alguns podem argumentar sobre a ação dos distúrbios glandulares ou genéticos, mas, mesmo assim, a causa fundamental dos problemas se encontra no psiquismo humano que, em realidade, é quem comanda todo o cosmo orgânico.

Geralmente a obesidade nasce da falta de coragem para enfrentar novas experiências; é a compensação que a “criança carente”, existente no adulto, encontra para sentir-se protegida. 

Paralelamente, encontramos também na dependência da comida, um vício alicerçado no “medo de viver”.

O temor das provas e dos perigos naturais da vida, pode nos levar a uma suposta fuga.

No caso das drogas, os indivíduos com dependência química são criaturas de caráter oscilante, que não desenvolveram a autonomia; vivem envolvidos em uma aura energética de indecisão e imobilização, por consequência da própria reação emocional em desajuste.

Protelam as coisas para um dia que, talvez, nunca chegará.

Fixam-se ao consumo cada vez maior de narcóticos, enquanto desenvolvem atitudes emocionais que os levam à subjugação a pessoas e situações.

Os dependentes negam seu medo e se escondem à beira do caminho.

Não são inúteis deliberadamente,mas se utilizam, sem perceber, do desânimo que sentem, para fugirem à decisão de “arregaçar as mangas” e enfrentar a parte que lhes cabe realizar na vida.

Adiam sistematicamente seus compromissos, vivem de uma maneira no presente e dizem que vão viver de outra no futuro.

Os vícios ou hábitos destrutivos são, em síntese, métodos defensivos que as pessoas assumem, como uma forma inadequada de promover segurança e proteção.

Assim considerando e a fim de nos aprofundar no assunto, para saber lidar melhor com as chamadas viciações humanas, devemos perguntar a nós mesmos:

- Como organizamos nossa personalidade?
- Como eram as crenças dos adultos com os quais convivemos na infância?
- Que tipo de atos permitimos ou proibimos entrar nesse processo?
- Quais as linhas de conduta que nos foram fechadas, ou quais os modelos de vida que priorizamos em nossa organização mental?

Somente aí, avaliando demoradamente os antecedentes de nossa vida, é que estaremos promovendo uma auto-análise proveitosa, para identificarmos nossos padrões de pensamentos deficitários, diferenciando aqueles que nos são úteis, daqueles que não nos servem mais.

Dessa forma, libertamo-nos das compulsões desgastantes e dos hábitos infelizes.
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 Hammed 
  Francisco do Espírito Santo Neto
 






quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

As Forças do Amanhã



Ninguém vive só.

Nossa alma é sempre núcleo de influência para os demais.

Nossos atos possuem linguagem positiva.

Nossas palavras influenciam à distância.

Achamo-nos magneticamente associados uns aos outros.

Ações e reações caracterizam-nos a marcha.

Assim, é necessário saber que espécie de forças projetamos naqueles que nos cercam.

Nossa conduta é um livro aberto que denuncia nossa condição interior.

Muitos de nossos gestos insignificantes alcançam o próximo, gerando inesperadas resoluções.

Quantas frases, aparentemente inexpressivas, que saem da nossa boca e estabelecem grandes acontecimentos.

A cada dia emitimos sugestões para o bem ou para o mal.

Dirigentes arrastam dirigidos.

Administrados inspiram administradores.

Qual caminho nossa atitude está indicando?

Um pouco de fermento leveda toda a massa.

Não dispomos de recursos para analisar a extensão de nossa influência, mas podemos examinar-lhe a qualidade essencial.

Cuidado, pois, com o alimento invisível que você fornece às vidas que o rodeiam.

Em momentos de indignação, uma palavra mal colocada pode ser o estopim para induzir o próximo ao cometimento de desatinos de consequências irreversíveis.

Um comentário maldoso talvez se multiplique ao infinito, causando na vida alheia dores e humilhações intensas.

O pai que não cumpre os compromissos assumidos com os filhos pode suscitar nestes a ideia de que não é importante manter a palavra dada.

Esse exemplo negativo pode multiplicar-se por gerações.

O chefe que não assume a responsabilidade pela orientação que dá aos subordinados instala a desconfiança em sua equipe.

Em momentos de crise, a ausência de coesão no ambiente de trabalho pode levar uma empresa à falência em prejuízo de toda a coletividade.

Por outro lado, comentar as virtudes de alguém que cometeu um pequeno deslize talvez faça cessar a maledicência.

Em momentos de distúrbio, quem consegue manter o equilíbrio e a paz, exteriorizando isso mediante atos e palavras, faz murchar a insânia dos demais.

Não raro tal conduta provoca um generalizado constrangimento, pela imediata e coletiva percepção do equívoco em que se incidia.

Não há nada como a grandeza alheia para fazer o homem perceber sua própria pequenez.

Defender corajosamente os mais fracos quiçá tenha o condão de motivar outras pessoas a também protegerem os desvalidos.

Manter-se honesto e íntegro, mesmo em face das maiores tentações, talvez seduza outros para a causa do Bem.

A visão da generosidade em franca atividade é um grande consolo, em um mundo onde o egoísmo grassa.

Por se afigurar admirável a prática de virtudes, há tendência de alguém genuinamente virtuoso ser admirado e imitado.

Nosso destino se desdobra em correntes de fluxo e refluxo.

As forças que exteriorizamos hoje, potencializadas pelos atos que inspiramos, voltarão a nossa vida amanhã.

Desse modo, nunca é demais prestar atenção no testemunho que damos.

Será nossa presença um fator de equilíbrio no mundo? Por força da lei de causa e efeito, que opera no universo, recebemos o que damos.

Se desejamos paz, compreensão e conforto, devemos oferecê-los ao próximo, por meio de nossos sentimentos, atos e palavras.
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Emmanuel
Chico Xavier









terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Atire a Primeira Flor



Quando tudo for pedra, atire a primeira flor.

Quando tudo parecer caminhar errado, seja você a tentar o primeiro passo certo.

Se tudo parecer escuro, se nada puder ser visto, acenda você a primeira luz, traga para a treva, você primeiro, a pequena lâmpada.

Quando todos estiverem chorando, tente você o primeiro sorriso; talvez não na forma de lábios sorridentes, mas na de um coração que compreenda, de braços que confortem.

Se a vida inteira for um imenso não, não pare você na busca do primeiro sim, ao qual tudo de positivo deverá seguir-se.

Quando ninguém souber coisa alguma, e você souber um pouquinho, seja o primeiro a ensinar, começando por aprender você mesmo, corrigindo-se a si mesmo.

Quando alguém estiver angustiado à procura, consulte bem o que se passa, talvez seja em busca de você mesmo que este seu irmão esteja.

Daí, portanto, o seu deve ser o primeiro a aparecer, o primeiro a mostrar-se, primeiro que pode ser o único e, mais sério ainda, talvez o último.

Quando a terra estiver seca, que sua mão seja a primeira a regá-la.

Quando a flor se sufocar na urze e no espinho, que sua mão seja a primeira a separar o joio, a arrancar a praga, a afagar a pétala, a acariciar a flor.

Se a porta estiver fechada, de você venha a primeira chave.

Se o vento sopra frio, que o calor de sua lareira seja a primeira proteção e primeiro abrigo.

Se o pão for apenas massa e não estiver cozido, seja você o primeiro forno para transformá-lo em alimento.

Não atire a primeira pedra em quem erra.

De acusadores o mundo está cheio; nem, por outro lado, aplauda o erro; dentro em pouco, a ovação será ensurdecedora.

Ofereça sua mão primeiro para levantar quem caiu; sua atenção primeiro para aquele que foi esquecido; seja você o primeiro para aquele que não tem ninguém.

Quando tudo for espinho, atire a primeira flor; seja o primeiro a mostrar que há caminho de volta, compreendendo que o perdão regenera, que a compreensão edifica, que o auxílio possibilita, que o entendimento reconstrói.

Atire você, quando tudo for pedra, a primeira e decisiva flor.
 


 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Incompreensões


Não reclames do filho aquilo que ele ainda não te pode dar.
Ele é filho do Criador, quanto nós mesmos. 
Ninguém se faz amado através da exigência.

Aqueles que desejamos ajudar ou salvar nem sempre conseguem compreender, de pronto, o sentido de nossas palavras, mas podem ser inclinados ou arrastados à renovação por nossos atos e exemplos.

Em muitas ocasiões, na Terra, somos esquecidos e humilhados por aqueles a quem nos devotamos, mas, se soubermos perseverar na abnegação, acendemos no próprio espírito o abençoado lume com que clareamos a estrada, além do sepulcro!...
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Tudo passa no mundo...
 Os gritos da mocidade menos construtiva transformam-se em música de meditação na velhice!

Ampara teu filho que é também teu irmão na Eternidade, mas não te proponhas escravizá-lo ao teu modo de ser!

Monstruosa seria a árvore que se pusesse a devorar o próprio fruto; condenável seria a fonte que tragasse as próprias águas!

Os que amam, sustentam a vida e nela transitam como heróis, mas os que desejam ser amados não passam muitas vezes de tiranos cruéis...
* * * * *
Levanta-te!
 Ainda não sorvestes todo o cálice. 
Além disso, Jesus espera por ti...

Os que lhe batem à porta, consternados e desiludidos, são teus familiares igualmente... 
Esses velhos abandonados que te procuram tiveram também pais que os adoravam e filhos que lhes dilaceraram o coração...

Esses doentes que apelam para a tua capacidade de auxiliar conheceram, de perto a meninice e a graça, a beleza e a juventude!...
* * * * *
Tuas dores, não são únicas.
 E o sofrimento é a forja purificadora, onde iras perder o peso das paixões inferiores, a fim de te alçar à vida mais alta... 
Quase sempre é na câmara escura da adversidade que percebemos os raios da Inspiração Divina, porque a sociedade terrestre costuma anestesiar-nos o espírito...

Procura teu filho, com a lâmpada acesa do amor, nos filhos alheios, e o Senhor abençoar-te-á, convertendo-te a amargura em paz do coração... 
Ergue-te e aguarda de pé a luta dentro da qual reeducarás aqueles que mais amas...

Não te rendas ao sopro frio do infortúnio, nem creias no poder do cansaço...

Que seria de nós se Jesus, entediado de nossos erros, se entregasse à fadiga inútil?

Ainda que o corpo se recolha às transformações da morte, mantém-te firme na fé e no otimismo...
 O túmulo é a penetração na luz de novo dia para quantos lhe atravessam a noite com a visão da esperança e do trabalho.

Não aguardes por agora, senão renúncia e sacrifício... 
Jesus até hoje não foi compreendido, mesmo por muitos que se dizem seus seguidores.

Auxilia, perdoa e espera!... 
As vitórias supremas do espírito brilham além da carne. 
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Joanna de Ângelis 




domingo, 20 de janeiro de 2013

Pão do amor



Fatores limitantes: 
 
Sou homossexual. Esse foi meu segredo desde criança. Até algum tempo, não ousava mencioná-lo a ninguém. Desde cedo aprendi como lição vital que minha sobrevivência dependia de um bom disfarce. A pressão social levou-me, contudo, a fazer drama de minha própria situação - vivia confuso acerca de mim. Algumas vezes, cheguei a me considerar uma má pessoa, quando não ridícula. A sociedade, de modo geral, é cruel e sarcástica em relação à minha identidade sexual. Aprecio muito a leitura espiritual. Gostaria de me­lhorar-me interiormente trabalhando na Casa Espírita, porém receio ser discriminado. Busco ser feliz, isso será possível?

Expandindo nossos horizontes:


Não se preocupe com o que os outros pensam de você. Busque alimento em sua essência divina; isso é o que verdadeira­mente importa.

Quanto mais você se sentir um espírito imortal, filho de Deus em busca de ascensão evolutiva; quanto mais se sentir uma pessoa digna de ser feliz como outra qualquer, ocupando uma provisória roupagem física na Terra, mais estará perto do autêntico conheci­mento existencial.

Algumas pessoas podem ser comparadas às flores silves­tres. Sua sensibilidade e ternura nem sempre são percebidas, muito menos valorizadas. Mas se essas flores forem colhidas e examinadas com atenção e carinho, é quase certo que serão notadas suas propor­ções e combinações harmônicas e especiais - elas têm uma beleza incomum.

Os que aprenderam a amar realmente olham para além das aparências e das limitações corpóreas e buscam o conhecimento da verdade, o qual muitos nem se preocuparam ainda em procurar.

Há beleza nas flores silvestres que crescem casualmente em meio dos imensos campos de cereais.
Se você ama a verdade, ocupe-se em buscá-la cada vez mais, e não só nas palavras e pensamentos alheios. O que os de­mais acham é unicamente isso: o entendimento deles.

Viver dependendo de como os outros analisam nossa vida é viver em uma insegurança constante.
Gostam de mim? Estimam-me? Então estou feliz. Não gos­tam de mim? Desprezam-me? Nesse caso, tudo vai mal. Depender da inconstância do julgamento alheio é viver em contínuo estado de ânimo heterogêneo.

É possível ser feliz? Obviamente que sim, porém não se esqueça de que quanto mais você se respeitar, mais sua felicidade dependerá de você e menos dos outros, apesar dos murmúrios irônicos e da incompreensão das pessoas.

Não existe bem-estar sem liberdade de pensar e de agir. O Criador não quer escravos, quer filhos livres. Portanto, nossa feli­cidade é o resultado da maneira pela qual vivenciamos aquilo que somos. O importante não é a "etiqueta" que usamos, mas é o que faço "da" vida, "com" a vida e "pela" vida. A felicidade não é simplesmente uma meta a ser alcançada, mas uma consequência: a colheita de nossos atos e atitudes diante da existência.

Se você quer melhorar-se é um bom sintoma. Quem acha que em si não há nada para mudar e se sente perfeito está imaturo espiritualmente. A vida é dinâmica; é mudança ininterrupta. A procura interior é prenúncio de progresso.

Lembre-se de que as mudanças devem ser feitas natural­mente, sem forçá-las; devem representar um ato espontâneo, devem ser desejadas.

Sentindo amor e respeito por si mesmo, sentirá igualmente respeito e amor por quem está a seu lado.

A pior tristeza é viver toda uma existência sem amar. Como seria lamentável, atravessar uma encarnação sem nunca ter falado de seu amor a todos aqueles que você ama!..
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Tudo é efêmero na vida, menos você, alma imortal, pois o acompanhará como consequência: aonde você for e, para sempre, sua consciência amorosa.

O ser humano faz parte dos seres vivos, porém todos são instrumentos transitórios pelos quais a Vida Maior se manifesta.

Tenho a certeza de que você não será discriminado na Casa Espírita, visto que todo cristão compreende que quem mais agra­da ao Senhor não é aquele que dá o pão de trigo, mas aquele que dá o pão do amor.
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Lourdes Catherine
  Francisco do Espírito Santo Neto

Raoul Follereau, o amigo dos leprosos


Raoul Follereau nasceu a 17 de Agosto de 1903, em Nevers, França, numa família de industriais. Jovem jornalista e poeta, anti-nazi e defensor de uma França livre, viu-se perseguido, como tantos outros, pela polícia militar nazi.

Em 1936, tinha então 33 anos, Follereau toma contato com os leprosos durante um safari em África. A partir desse momento, a sua vida mudou. No entanto, não foi fácil começar a manifestar essa amizade pelos leprosos e a curá-los, pois logo surgiu a II Guerra Mundial e teve de se esconder num convento de religiosas em Lyon, onde fazia de jardineiro, embora não soubesse nada de jardinagem.

Um dia, a Madre Maria Eugénia, superiora do convento, visitou uma ilha de leprosos na Costa do Marfim e, impressionada com o que acabava de ver, pensou em construir uma pequena cidade, onde os leprosos pudessem viver e ser curados. Mas era preciso dinheiro. Então Raoul disse à religiosa: «Avance com o projecto, que no dinheiro penso eu».

Decidiu percorrer o mundo inteiro a fazer conferências para sensibilizar as pessoas para o problema da lepra. O sonho das religiosas tornou-se realidade. Em 1953 era inaugurada em Adzopé uma cidade onde os leprosos podiam ser tratados e curados. Quando Raoul se aproximava dos leprosos, estes ficavam inicialmente um pouco desconfiados. Mas depois compreendiam que era apenas o amor dele que o levava junto deles. Então gritavam de alegria: “Pai Raoul”.

Durante as suas viagens, contou sempre com o apoio da sua mulher Madalena, para construir aquilo a que ele chamava “ A civilização do Amor”. Raoul Follereau morreu, em Paris, a 16 de Dezembro de 1977. Dizia muitas vezes:

"Ser feliz é fazer os outros felizes.
O tesouro que eu vos deixo é o bem que não fiz, que teria querido fazer e que vós fareis depois de mim".

No último domingo de Janeiro de cada ano celebra-se o Dia Mundial dos Leprosos, instituído pela ONU em 1954, a pedido de Raoul Follereau. É que a lepra, sendo hoje em dia uma doença curável, nem por isso deixou de ser perigosa já que há largos milhares de doentes que, por falta de recursos materiais e humanos, não têm acesso aos tratamentos necessários.

A extrema pobreza e miséria em que muitos vivem justifica que, por dia, surjam ainda 2.000 novos casos de pessoas infectadas pela doença.

O Mundo - Nossa Escola



O mundo, em todos os seus ângulos, é a Escola de Jesus Cristo, em que fomos situados para aprender.

O educandário, porém, subdivide-se em classes numerosas e a prova é, invariavelmente, o processo de aferição dos aprendizes.

Há quem, na escassez de todos os recursos, é convidado a demonstrar paciência e resignação.

Há quem, de luz acesa no templo da alma, é convocado a clarear o caminho de quem vagueia nas trevas.

Há quem, detendo a graça da consciência tranquila, é visitado pela calúnia ou pela incompreensão a fim de revelar humildade e amor.

Dentro do enorme estabelecimento de ensino existem disciplinas variadas nos mais diversos cursos de erguimento e sublimação da alma imperecível.

Aceitemos a posição em que a Divina Vontade nos localizou na Escola da Vida.

Jesus é o nosso Mestre Infatigável.

E quem hoje aprende a lição do dia, amanhã receberá d´Ele e com Ele nova oportunidade na estrada luminosa da Sublime Ascensão...
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Nina
Chico Xavier




sábado, 19 de janeiro de 2013

Manual das famílias felizes





EFE Reportagens, 05/dez/2007 

- Lar, doce lar? 

Às vezes as relações de convivência estão mais próximas do vinagre que do açúcar e do afeto. Nenhuma família é um recôndito de paz as 24 horas do dia. De fato, nenhum ambiente onde convivam estreitamente dois ou mais seres humanos pode sê-lo, pelas diferentes formas de se encarar a vida.

No entanto, existem algumas formas de se preservar o afeto, a alegria e a satisfação nas relações mais intensas e ao mesmo tempo mais difíceis, mas também gratificantes e enriquecedoras que mantemos em nossa existência: as que temos com nossos parentes mais próximos.

Na família convém não haver "vencedores ou vencidos", porque, segundo um velho provérbio, "a melhor vitória é aquela na qual ganham todos".
 A "chave mágica" para consegui-la tem três pilares: 
harmonia, equilíbrio e comunicação.


- Trate seus parentes como amigos. 



Evite reservar sua parte mais sombria - suas queixas, cansaço, impaciência, maus momentos - para dedicá-la àqueles que mais ama.

As relações familiares, assim como as existentes entre amigos, devem ser cultivadas e regadas com respeito, tolerância, demonstrações de afeto e alegria compartilhada.
No início pode parecer um pouco difícil dizer o quanto se gosta de uma pessoa, com palavras ou por meio de pequenos gestos.


- Desligue a televisão enquanto come. 
 A telinha desempenha uma atração quase hipnótica, que em algumas ocasiões faz com que a vejamos como marionetes, sem nos importar com a programação.

A menos que se trate de um programa interessante, é importante apagá-la e aproveitar esses momentos para brincar com seus filhos e o marido e mostrar ainda mais envolvimento na vida familiar.

Não é melhor aproveitar quando todos estão à mesa para falar e compartilhar experiências ou sobre o que aconteceu ao longo do dia, em vez de todos assistirem à televisão como marionetes?


- Preveja os momentos de irritação e mantenha a calma 


Em vez de deixar-se levar pela ira, pelo ego ferido ou outras justificativas mesquinhas, que te afastam da real importância de um determinado assunto, procure manter-se centrado na solução, com serenidade e firmeza.

Se você percebe que está sendo levado pela impulsividade, pise no freio, respire profundamente e volta a buscar soluções e saídas, em vez de ficar obsessivo com o problema.

Discutir "em família" as diferentes opções para se sair do atoleiro, é um exercício que dá resultados surpreendentes.


- Peça perdão e tente entender 


Em todas as relações próximas e contínuas é fácil "ferir o outro", sem que depois desculpas ou pedidos de perdão bastem. É preciso colocar-se no lugar da outra pessoa para compreendê-la.


- Alguns erros que todos devem evitar:


Recorrer a agressões ou ameaças;
 revirar o passado;
fazer promessas que não podem ser cumpridas;
tentar solucionar a vida dos demais;
falar em vez de ouvir;
dizer as coisas por meio de terceiros;
punir alguém por dizer a verdade;
querer ter sempre a razão.

 Se você evitar esses comportamentos e atitudes, sua vida familiar começará a funcionar com menos conflitos e atritos.
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Por María Jesús Ribas. E F E - REPORTAGENS
Publicado em Yahoo! Notícias
http://br.noticias.yahoo.com/s/071205/48/gjhtbt.html

Na Hora do Perigo




Quando aparece o momento de fracasso, na esfera das boas obras, ouve-se comumente a repetição de afirmativas feitas:

- Eu bem disse...

- Avisei muito...

- Ninguém esperava por essa...

- Se a responsabilidade estivesse em minhas mãos, isso nunca sucederia...

- Foi muita imprevidência...

- Se eu soubesse antes, agiria de outra forma...

Depois de cada frase, alinham-se os comentários. Interpretações deprimentes, versos fesceninas, maldições, boatos.

Convençamo-nos, porém, de que advertências ou queixas tardias não adiantam. Não vale reclamar à frente dos escombros de casa caída. Urge verificar a extensão do desastre e socorrer as vítimas. Suar na remoção dos destroços e rearticular possibilidades. Estabelecer a calma e selecionar o que se faça útil.

Nas crises das boas obras, é preciso atender igualmente a isso. Aprender a recomeçar vezes e vezes. Sofrer e seguir adiante. Contar com dificuldade, censura, impedimento, solidão.

Em se tratando de ti mesmo, não percas tempo, chorando ou lastimando quando é justamente a hora de agir. Perante as complicações inevitáveis, é imperioso te disponhas a colaborar com mais segurança na vitória do bem. Se surge o problema da deserção nas fileiras, abençoa os companheiros que não puderam prosseguir em ação e, tanto quanto seja possível, coloca nos próprios ombros a carga de responsabilidade que te deixaram aos pés. Eles retornarão quando as forças lhe permitirem e saberão agradecer-te o concurso.

Quando às dúvidas prováveis que possas manter em relação às próprias energias para a sustentação dos deveres em marcha, convence-te de que nenhum de nós possui recursos suficiente para executar plenamente as realizações do Evangelho; entretanto, acima de tudo, crê no amor e no poder de Jesus, que te aceitou a cooperação.

Nele encontramos luz na obscuridade e complementação na fraqueza.

Ele te fará superar todos os empeços.

 E se te entregas fielmente à proteção Dele, sem que saibas definir ou sequer imaginar, quando te reconheças em meio de perigos supremos, na onda revolta das tentações e dos problemas, e nada mais esperes senão soçobrar, sentir-lhe-ás a vigorosa mão sobre a tua e aprenderás, por fim, no grande silêncio da alma, que Ele, o Senhor, em teu coração e em tua fé, pode realizar tudo aquilo que te parece impossível.

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Emmanuel
Chico Xavier





sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Merecimento


Não há tanto mérito em que domines essa ou  aquela ciência e sim em que lhe utilizes os recursos a fim de ajudar os companheiros da Humanidade a se desvencilharem da insipiência e da ignorância. 

Não há tanto mérito em tua pureza de coração, mas sim no esforço que desenvolvas em benefício dos irmãos chafurdados no erro, de modo a soerguê-los para a restauração necessária.

Não há tanto mérito em tua fé ardente e sim no trabalho a que te apliques com ela no apoio àqueles que ainda não lhe entesouraram a luz, para que não lhes falte à mesa o pão da esperança.

Não há tanto mérito na posse que detenhas, mas sim no emprego que lhe dês em socorro aos que te cercam ou no auxílio aos sofredores e menos felizes, dos quais te vês defrontado na experiência comum.

Não há tanto mérito em teu nome, por mais nobre seja ele, e sim no uso do prestígio que desfrutes amparando a jornada de quantos te compartilhem o esforço do dia-a-dia.

Virtude sem proveito é brilhante no deserto.

Inteligência sem boas obras é tesouro enterrado.

Fita o sol acalentando a lama da Terra e compreenderás o ensino claro da natureza que nos determina, sabiamente, entender e servir, abençoar e auxiliar.

Em qualquer parte a vida te conhece pelo que és, mas apenas te valoriza pelo que fazes de ti.
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Emmanuel
Chico Xavier