domingo, 22 de abril de 2018

A DÁDIVA DIFÍCIL

Não avançarás ao longo do caminho, sem doar algo de ti mesmo. 

Aqui, é o companheiro que te roga assistência fraterna. 

Além, é o desconhecido que te pede arrimo e esperança. 

Agora, é o amparo aos desvalidos. 

Depois, é o socorro aos enfermos. 

À maneira da embarcação que distribui os valores de que se enriquece, espalharás, seja onde fores, os bens que o Senhor te confia. 

O pão, a moeda e o agasalho são recursos da Terra em tuas mãos. 

Fácil será sempre mobilizá-los e estendê-los. 

Atenta, contudo, para a dádiva difícil que sai do coração. 

O próprio sacrifício, em favor dos outros, é plantação de felicidade no ambiente em que respiramos. 

Aprende a calar para que teu irmão fale mais alto.

Esquece as ofensas alheias, compreendendo que poderiam ter sido perpetradas por ti próprio. 

Apaga-te para que a luz do próximo seja vista. 

Dá em ti mesmo em humildade, paciência, brandura, abnegação e amor...  

Jesus, transmitindo as bênçãos do Céu de que se fazia portador, era o Médico Providencial dos
sofredores na região em que se mantinha, mas aceitando o supremo sacrifício de si mesmo, na cruz,
converteu-se em Divino Benfeitor da Humanidade inteira. 

Não olvides que a renunciação aos próprios caprichos, na exaltação do bem de todos, será sempre
no mundo a tua dádiva maior.  
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Emmanuel
Livro: Mais Perto
 Psicografia:
  Francisco Cândido Xavier 
 

 MENSAGEM DO ESE:
Sacrifício da própria vida


– Aquele que se acha desgostoso da vida mas que não quer extingui-la por suas próprias mãos, será culpado se procurar a morte num campo de batalha, com o propósito de tornar útil sua morte?

Que o homem se mate ele próprio, ou faça que outrem o mate, seu propósito é sempre cortar o fio da existência: há, por conseguinte, suicídio intencional, se não de fato. É ilusória a idEia de que sua morte servirá para alguma coisa; isso não passa de pretexto para colorir o ato e escusá-lo aos seus próprios olhos. Se ele desejasse seriamente servir ao seu país, cuidaria de viver para defendê-lo; não procuraria morrer, pois que, morto, de nada mais lhe serviria. O verdadeiro devotamento consiste em não temer a morte, quando se trate de ser útil, em afrontar o perigo, em fazer, de antemão e sem pesar, o sacrifício da vida, se for necessário. Mas, buscar a morte com premeditada intenção, expondo-se a um perigo, ainda que para prestar serviço, anula o mérito da ação. 
— São Luís. (Paris, 1860)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 29.)

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