quinta-feira, 19 de julho de 2018

VAMOS NOS MEXER?



Sempre que possível, procure exercitar-se.

Não se trata de uma questão de estética, mas de um aspecto essencial para a saúde integral.

A atividade física regular opera verdadeiros prodígios em nossa saúde: ajuda a manter o peso, melhora o sono, reduz a pressão sanguínea, fortalece o sistema imunológico, protege contra doenças cardíacas e até mesmo contra certos tipos de câncer. (Dr. David Servan-Schreiber, Curar - o stress, a ansiedade e a depressão sem medicamento nem psicanálise).

O corpo humano foi elaborado por Deus com muitos ossos e músculos exatamente para que você se movimente.

A doença adora corpos largados por muito tempo na inércia de uma cama ou de um sofá.

Você não precisa necessariamente se matricular em alguma academia de ginástica. Comece dando uma simples volta no quarteirão de sua casa.

Desça do ônibus um ponto antes de chegar ao trabalho e caminhe a pé por alguns minutos. Prefira escadas ao elevador.

Use menos o controle remoto. Dance mais, caminhe descontraído num parque; enfim, mexa-se de qualquer maneira.

Se você não for capaz dessas pequenas atitudes, é quase certo que sua permanência na academia não passará de uma semana.

Enquanto se exercita, seu corpo produz substâncias químicas que lhe proporcionarão uma agradável sensação de bem-estar físico e mental. Você já reparou que quanto mais se exercita mais disposto fica, e que, quanto mais sedentário está, mais cansado você se sente?

A atividade física também é capaz de interromper fluxo dos pensamentos negativos que habitualmente toma conta de nós, sobretudo nos períodos de grandes aflições. Não desconsidere o poder de uma caminhada no combate à depressão. O corpo também exerce influência sobre os nossos estados de humor.

Mas não queira se tornar um atleta do dia para é noite.

Use o bom senso. Respeite seus limites e mexa-se antes. A partir daí você poderá sacudir outras coisas em sua vida.
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JOSÉ CARLOS DE LUCCA 





MENSAGEM DO ESE:
Deve-se expor a vida por um malfeitor?

Acha-se em perigo de morte um homem; para o salvar tem um outro que expor a vida. Sabe-se, porém, que aquele é um malfeitor e que, se escapar, poderá cometer novos crimes. Deve, não obstante, o segundo arriscar-se para o salvar? 

Questão muito grave é esta e que naturalmente se pode apresentar ao espírito. Responderei, na conformidade do meu adiantamento moral, pois o de que se trata é de saber se se deve expor a vida, mesmo por um malfeitor. O devotamento é cego; socorre-se um inimigo; deve-se, portanto, socorrer o inimigo da sociedade, a um malfeitor, em suma. Julgais que será somente à morte que, em tal caso, se corre a arrancar o desgraçado? É, talvez, a toda a sua vida passada. Imaginai, com efeito, que, nos rápidos instantes que lhe arrebatam os derradeiros alentos de vida, o homem perdido volve ao seu passado, ou que, antes, este se ergue diante dele. A morte, quiçá, lhe chega cedo demais; a reencarnação poderá vir a ser-lhe terrível. Lançai-vos, então, ó homens; lançai-vos todos vós a quem a ciência espírita esclareceu; lançai-vos, arrancai-o à sua condenação e, talvez, esse homem, que teria morrido a blasfemar, se atirará nos vossos braços. Todavia, não tendes que indagar se o fará, ou não; socorrei-o, porquanto, salvando-o, obedeceis a essa voz do coração, que vos diz: “Podes salvá-lo, salva-o!”

 — Lamennais. (Paris, 1862.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XI, item 15.)



quarta-feira, 18 de julho de 2018

LUZ NO LAR




Não pense que o lar se constitui apenas das paredes e dos móveis que o compõem.

Ao lado do ambiente físico, coexiste uma esfera espiritual que também requer cuidados de asseio e higiene.

Esse ambiente tem um padrão de energia equivalente ao padrão moral dos seus moradores.

Não se interesse apenas pela conservação da sua casa, prime também por um clima espiritual positivo para que todos possam viver em paz.

Ao menos na hora da refeição evite gritarias e discussões, pois os alimentos ficarão impregnados de energias negativas oriundas das palavras pesadas dirigidas na mesa.

Muitas perturbações digestivas têm origem no destempero verbal no momento da alimentação.

Não seria invencionice dizer que, nesses casos, toda a família estará ingerindo alimentos deteriorados.

As críticas endereçadas aos nossos familiares, sobretudo quando marcadas por zombaria ou escárnio, bem como a agressividade dentro do lar, provocam descargas energéticas prejudiciais que intoxicam o ambiente doméstico e propiciam o surgimento de muitas doenças na família.

A exibição de filmes de terror e de noticiários sanguinolentos também irradia faixas vibratórias destrutivas, em especial na mente frágil de crianças, fixando na atmosfera psíquica do lar energias deprimentes e perturbadoras de nossa paz.

Se você aprecia andar na escuridão, não acuse as trevas.

A oração dentro do lar se traduz num dos mais eficientes meios de defesa espiritual da família.

Ao lado da prece, o diálogo, a troca de elogios entre os familiares, o bom humor e boa vontade e o amor respondem pela segurança espiritual e da moradia e pela alegria de viver entre quatro paredes.
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JOSÉ CARLOS DE LUCCA 

 


MENSAGEM DO ESE: 
A ingratidão dos filhos e os laços de família (II)

Ó espíritas! compreendei agora o grande papel da Humanidade; compreendei que, quando produzis um corpo, a alma que nele encarna vem do espaço para progredir; inteirai-vos dos vossos deveres e ponde todo o vosso amor em aproximar de Deus essa alma; tal a missão que vos está confiada e cuja recompensa recebereis, se fielmente a cumprirdes. Os vossos cuidados e a educação que lhe dareis auxiliarão o seu aperfeiçoamento e o seu bem-estar futuro. Lembrai-vos de que a cada pai e a cada mãe perguntará Deus: Que fizestes do filho confiado à vossa guarda? Se por culpa vossa ele se conservou atrasado, tereis como castigo vê-lo entre os Espíritos sofredores, quando de vós dependia que fosse ditoso. Então, vós mesmos, assediados de remorsos, pedireis vos seja concedido reparar a vossa falta; solicitareis, para vós e para ele, outra encarnação em que o cerqueis de melhores cuidados e em que ele, cheio de reconhecimento, vos retribuirá com o seu amor. 

Não escorraceis, pois, a criancinha que repele sua mãe, nem a que vos paga com a ingratidão; não foi o acaso que a fez assim e que vo-la deu. Imperfeita intuição do passado se revela, do qual podeis deduzir que um ou outro já odiou muito, ou foi muito ofendido; que um ou outro veio para perdoar ou para expiar. Mães! abraçai o filho que vos dá desgostos e dizei convosco mesmas: Um de nós dois é culpado. Fazei-vos merecedoras dos gozos divinos que Deus conjugou à maternidade, ensinando aos vossos filhos que eles estão na Terra para se aperfeiçoar, amar e bendizer. Mas oh! muitas dentre vós, em vez de eliminar por meio da educação os maus princípios inatos de existências anteriores, entretêm e desenvolvem esses princípios, por uma culposa fraqueza, ou por descuido, e, mais tarde, o vosso coração, ulcerado pela ingratidão dos vossos filhos, será para vós, já nesta vida, um começo de expiação. 

A tarefa não é tão difícil quanto vos possa parecer. Não exige o saber do mundo. Podem desempenhá-la assim o ignorante como o sábio, e o Espiritismo lhe facilita o desempenho, dando a conhecer a causa das imperfeições da alma humana.  

Desde pequenina, a criança manifesta os instintos bons ou maus que traz da sua existência anterior. A estudá-los devem os pais aplicar-se. Todos os males se originam do egoísmo e do orgulho. Espreitem, pois, os pais os menores indícios reveladores do gérmen de tais vícios e cuidem de combatê-los, sem esperar que lancem raízes profundas. Façam como o bom jardineiro, que corta os rebentos defeituosos à medida que os vê apontar na árvore. Se deixarem se desenvolvam o egoísmo e o orgulho, não se espantem de serem mais tarde pagos com a ingratidão. Quando os pais hão feito tudo o que devem pelo adiantamento moral de seus filhos, se não alcançam êxito, não têm de que se inculpar a si mesmos e podem conservar tranqüila a consciência. À amargura muito natural que então lhes advém da improdutividade de seus esforços, Deus reserva grande e imensa consolação, na certeza de que se trata apenas de um retardamento, que concedido lhes será concluir noutra existência a obra agora começada e que um dia o filho ingrato os recompensará com seu amor. 

(Cap. XIII, nº 19.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIV, item 9.)



terça-feira, 17 de julho de 2018

SUAS PALAVRAS, SEU DESTINO



Cuidado com as suas palavras, pois também escrevemos o destino com aquilo que sai da nossa boca. A palavra tem força energética capaz de materializar o conteúdo das suas afirmações. Não se esqueça de que Deus criou o mundo por meio das palavras.

O que propicia vida às palavras são as nossas intenções e sentimentos. A palavra carregada de ódio pode ser comparada a um tiro de revólver endereçado ao nosso desafeto. Já a bênção que a mãe concede ao filho estabelece um manto protetor sobre a criança.

Muitos lares estão em desarmonia porque os familiares não guardam serenidade no que dizem. O palavreado ofensivo dentro do lar equivale a uma agressão energética, atingindo aqueles a quem deveríamos tratar com carinho e respeito.

A crítica constante também produz um ambiente de acidez espiritual. Quanto mais sua língua estiver afiada, mais as pessoas desejarão distância de você.

Já o elogio sincero produz aconchego espiritual, pois a palavra de estímulo é como o algodão macio, produz bem-estar. Se você quer melhorar o ambiente em que vive, experimente trocar a crítica pelo elogio. Mesmo quando estiver incumbido de corrigir alguém, faça-o com carinho e respeito, jamais rebaixando o valor de qualquer pessoa.

Está no Evangelho: "os que lançarem mão da espada pela espada morrerão"'.

Jamais diga:

• "meu filho é um viciado", pois sua palavra o encarcerará cada vez mais no vício;

• "minha vida não tem jeito", pois assim você jamais sairá do labirinto das dores;

• "não tenho saúde", para que suas células não se convençam dessa mentira;

• "nada dá certo para mim", para que seu negativismo não feche de vez os seus caminhos;

• "ninguém me ama", para que sua carência não afaste em definitivo as pessoas do seu convívio.

Não esqueça que todo o processo de melhoria da vida, começa muitas vezes pelo que sai da nossa boca.
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José Carlos De Lucca





MENSAGEM DO ESE:
Maneira de orar

O dever primordial de toda criatura humana, o primeiro ato que deve assinalar a sua volta à vida ativa de cada dia, é a prece. Quase todos vós orais, mas quão poucos são os que sabem orar! Que importam ao Senhor as frases que maquinalmente articulais umas às outras, fazendo disso um hábito, um dever que cumpris e que vos pesa como qualquer dever? 

A prece do cristão, do espírita, seja qual for o seu culto, deve ele dizê-la logo que o Espírito haja retomado o jugo da carne; deve elevar-se aos pés da Majestade Divina com humildade, com profundeza, num ímpeto de reconhecimento por todos os benefícios recebidos até àquele dia; pela noite transcorrida e durante a qual lhe foi permitido, ainda que sem consciência disso, ir ter com os seus amigos, com os seus guias, para haurir, no contacto com eles, mais força e perseverança. Deve ela subir humilde aos pés do Senhor, para lhe recomendar a vossa fraqueza, para lhe suplicar amparo, indulgência e misericórdia. Deve ser profunda, porquanto é a vossa alma que tem de elevar-se para o Criador, de transfigurar-se, como Jesus no Tabor, a fim de lá chegar nívea e radiosa de esperança e de amor.

A vossa prece deve conter o pedido das graças de que necessitais, mas de que necessitais em realidade. Inútil, portanto, pedir ao Senhor que vos abrevie as provas, que vos dê alegrias e riquezas. Rogai-lhe que vos conceda os bens mais preciosos da paciência, da resignação e da fé. Não digais, como o fazem muitos: “Não vale a pena orar, porquanto Deus não me atende.” Que é o que, na maioria dos casos, pedis a Deus? Já vos tendes lembrado de pedir-lhe a vossa melhoria moral? Oh! não; bem poucas vezes o tendes feito. O que preferentemente vos lembrais de pedir é o bom êxito para os vossos empreendimentos terrenos e haveis com freqüência exclamado: “Deus não se ocupa conosco; se se ocupasse, não se verificariam tantas injustiças.” Insensatos! Ingratos! Se descêsseis ao fundo da vossa consciência, quase sempre depararíeis, em vós mesmos, com o ponto de partida dos males de que vos queixais. Pedi, pois, antes de tudo, que vos possais melhorar e vereis que torrente de graças e de consolações se derramará sobre vós. 

Deveis orar incessantemente, sem que, para isso, se faça mister vos recolhais ao vosso oratório, ou vos lanceis de joelhos nas praças públicas. A prece do dia é o cumprimento dos vossos deveres, sem exceção de nenhum, qualquer que seja a natureza deles. Não é ato de amor a Deus assistirdes os vossos irmãos numa necessidade, moral ou física? Não é ato de reconhecimento o elevardes a ele o vosso pensamento, quando uma felicidade vos advém, quando evitais um acidente, quando mesmo uma simples contrariedade apenas vos roça a alma, desde que vos não esqueçais de exclamar: Sede bendito, meu Pai?! Não é ato de contrição o vos humilhardes diante do supremo Juiz, quando sentis que falistes, ainda que somente por um pensamento fugaz, para lhe dizerdes: Perdoai-me, meu Deus, pois pequei (por orgulho, por egoísmo, ou por falta de caridade); dai-me forças para não falir de novo e coragem para a reparação da minha falta?!

Isso independe das preces regulares da manhã e da noite e dos dias consagrados. Como o vedes, a prece pode ser de todos os instantes, sem nenhuma interrupção acarretar aos vossos trabalhos. Dita assim, ela, ao contrário, os santifica. Tende como certo que um só desses pensamentos, se partir do coração, é mais ouvido pelo vosso Pai celestial do que as longas orações ditas por hábito, muitas vezes sem causa determinante e às quais apenas maquinalmente vos chama a hora convencional. 
— Monod. (Bordéus, 1862.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, item 22.)

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Supere-se! Vá além!




E se diante de suas adversidades você soubesse…
que pode olhar o mundo de uma forma diferente…
que pode desacelerar o tempo…
e apreciar com maior clareza a situação?

O que você faria?

Teria coragem para mergulhar dentro de si
e descobrir quão forte você é?

Então concentre-se, confie e enfrente.

Vá além!

Supere-se!

A adversidade faz você questionar suas limitações…
convidando-o a ultrapassar a fina camada
que impede de experimentarmos a intensidade da vida.

É possível transformar adversidades em conquista e realização humana…
dizendo sim à vida, apesar de tudo.

Então prepare-se!

Demonstre confiança!

E faça o que tem que ser feito!

Supere-se!

Ninguém vai muito longe sozinho…

Precisamos um do outro para voar.

Eleve-se.

Enfrente o desconhecido.

Encontre o silêncio.

Há sempre uma luz indicando uma nova possibilidade…
de se sobrepor e apreciar as condições da vida…
descobrindo assim que o potencial de realização está em nossas próprias mãos.

Fortaleça-se com a vida.

Vai mais longe quem tem um propósito…
e quem se prepara para o impossível.
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Não encontramos a autoria






 


MENSAGEM DO ESE:
A indulgência

Espíritas, queremos falar-vos hoje da indulgência, sentimento doce e fraternal que todo homem deve alimentar para com seus irmãos, mas do qual bem poucos fazem uso.

A indulgência não vê os defeitos de outrem, ou, se os vê, evita falar deles, divulgá-los. Ao contrário, oculta-os, a fim de que se não tornem conhecidos senão dela unicamente, e, se a malevolência os descobre, tem sempre pronta uma escusa para eles, escusa plausível, séria, não das que, com aparência de atenuar a falta, mais a evidenciam com pérfida intenção.

A indulgência jamais se ocupa com os maus atos de outrem, a menos que seja para prestar um serviço; mas, mesmo neste caso, tem o cuidado de os atenuar tanto quanto possível. Não faz observações chocantes, não tem nos lábios censuras; apenas conselhos e, as mais das vezes, velados.  

Quando criticais, que conseqüência se há de tirar das vossas palavras? A de que não tereis feito o que reprovais, visto que estais a censurar; que valeis mais do que o culpado. Ó homens! quando será que julgareis os vossos próprios corações, os vossos próprios pensamentos, os vossos próprios atos, sem vos ocupardes com o que fazem vossos irmãos? Quando só tereis olhares severos sobre vós mesmos? 

Sede, pois, severos para convosco, indulgentes para com os outros. Lembrai-vos daquele que julga em última instância, que vê os pensamentos íntimos de cada coração e que, por conseguinte, desculpa muitas vezes as faltas que censurais, ou condena o que relevais, porque conhece o móvel de todos os atos. Lembrai-vos de que vós, que clamais em altas vozes: anátema! tereis, quiçá, cometido faltas mais graves.

Sede indulgentes, meus amigos, porquanto a indulgência atrai, acalma, ergue, ao passo que o rigor desanima, afasta e irrita.
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 — José, Espírito protetor. (Bordéus, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 16.)




domingo, 15 de julho de 2018

Nossos maiores adversários



Os dez maiores obstáculos que dificultam nossa jornada diária:

1- A Língua 

- Quando dela se utiliza para apontar faltas alheias.

2- Os olhos

- Para medir os centímetros que a vaidade pode reparar nos semelhantes.

3- O Pensamento

- No instante que vagueia solto sem o cabresto da disciplina.

4- O Desânimo

- Congelador natural das melhores intenções.

5- A Vingança

- Arremessadora das farpas mentais de alcance e consequências imprevisíveis.

6- A Desconfiança

- Na razão que desconhece o semelhante que procura trabalhar incessantemente a favor dos outros.

7- O medo

- Se nos isolarmos no remorso sem procurar avançar apesar dos obstáculos.

8- A Fofoca

- Na medida que acreditamos e julgamos saber mais da vida alheia que da nossa.

9- O Orgulho

- Ao patrocinarmos a divisão entre as pessoas e colocarmos o personalismo acima da fraternidade.

10- O- Egoísmo

- Com a intenção de buscarmos o privilégio, acreditando que Deus nos elegeu como criatura superior às demais.

Analisando nossas maiores dificuldades íntimas, chegamos a conclusão que elas se encontram dominadas pelas próprias imperfeições e escondidas diante de nossa consciência.

Qualquer exame mais apurado à luz do Cristianismo Redivivo nos convidará a exercer a caridade do auto-aperfeiçoamento para a erradicação delas.
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**Lucio **








 

MENSAGEM DO ESE:
A porta estreita

Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta da perdição e espaçoso o caminho que a ela conduz, e muitos são os que por ela entram. — Quão pequena é a porta da vida! quão apertado o caminho que a ela conduz! e quão poucos a encontram! (S. MATEUS, cap. VII, vv. 13 e 14.)
Tendo-lhe alguém feito esta pergunta: Senhor, serão poucos os que se salvam? Respondeu-lhes ele: — Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois vos asseguro que muitos procurarão transpô-la e não o poderão. — E quando o pai de família houver entrado e fechado a porta, e vós, de fora, começardes a bater, dizendo: Senhor, abre-nos; ele vos responderá: não sei donde sois:
Pôr-vos-eis a dizer: Comemos e bebemos na tua presença e nos instruíste nas nossas praças públicas. — Ele vos responderá: Não sei donde sois; afastai-vos de mim, todos vós que praticais a iniquidade.
Então, haverá prantos e ranger de dentes, quando virdes que Abraão, Isaac, Jacob e todos os profetas estão no reino de Deus e que vós outros sois dele expelidos. — Virão muitos do Oriente e do Ocidente, do Setentrião e do Meio-Dia, que participarão do festim no reino de Deus. — Então, os que forem últimos serão os primeiros e os que forem primeiros serão os últimos. — (S. LUCAS, cap. XIII, vv. 23 a 30.)
Larga é a porta da perdição, porque são numerosas as paixões más e porque o maior número envereda pelo caminho do mal. É estreita a da salvação, porque a grandes esforços sobre si mesmo é obrigado o homem que a queira transpor, para vencer suas más tendências, coisa a que poucos se resignam. É o complemento da máxima: “Muitos são os chamados e poucos os escolhidos.” 
Tal o estado da Humanidade terrena, porque, sendo a Terra mundo de expiação, nela predomina o mal. Quando se achar transformada, a estrada do bem será a mais freqüentada. Aquelas palavras devem, pois, entender-se em sentido relativo e não em sentido absoluto. Se houvesse de ser esse o estado normal da Humanidade, teria Deus condenado à perdição a imensa maioria das suas criaturas, suposição inadmissível, desde que se reconheça que Deus é todo justiça e bondade.
Mas, de que delitos esta Humanidade se houvera feito culpada para merecer tão triste sorte, no presente e no futuro, se toda ela se achasse degredada na Terra e se a alma não tivesse tido outras existências? Por que tantos entraves postos diante de seus passos? Por que essa porta tão estreita que só a muito poucos é dado transpor, se a sorte da alma é determinada para sempre, logo após a morte? Assim é que, com a unicidade da existência, o homem está sempre em contradição consigo mesmo e com a justiça de Deus. Com a anterioridade da alma e a pluralidade dos mundos, o horizonte se alarga; faz-se luz sobre os pontos mais obscuros da fé; o presente e o futuro tornam-se solidários com o passado, e só então se pode compreender toda a profundeza, toda a verdade e toda a sabedoria das máximas do Cristo.



(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVIII, itens 3 a 5.)



sexta-feira, 13 de julho de 2018

DESEJA A CURA?



Se você está em busca da cura de alguma enfermidade, não esqueça que doenças não são apenas conseqüências do ataque de vírus e bactérias, de alguma deficiência genética em sua constituição ou então dos efeitos da poluição atmosférica. No mais das vezes, as enfermidades são indicações de conflitos não resolvidos da alma.

Você não é um corpo. Você é um espírito que veste um corpo. Quando o espírito adoece, o corpo sente o efeito. Trate, sim, dos efeitos de qualquer doença, porém jamais se julgue exonerado de curar a alma adoecida. Tudo o que está em sua mente e em seu coração tem o poder de impregnar cada célula do corpo.

Se você está feliz, as células também estão felizes.

Se você está melancólico, as células também se tornam apáticas. Se você está freqüentemente irritado, as células também se irritam. É por isso, afirmam os médicos espirituais, que toda cura é uma autocura.

Tenha tempo para escutar o templo do seu espírito.

Pare para ouvi-lo, pois assim estará no caminho da cura real; a que não apenas elimina sintomas, mas a que vai à origem da dor. Será justo ponderar, então:

• que a gastrite pode simbolizar nossa postura de "engolir" emoções básicas como medo, raiva e aversão a demonstrar que estamos com dificuldades em digerir determinada situação que atravessamos;

• que a diabetes pode significar falta de doçura, afeto e ternura, condições que tornam a vida agradável;

• que problemas cardíacos podem estar relacionados ao endurecimento do nosso coração;

• que distúrbios hepáticos podem derivar de raiva e explosões de ódio;

• que a artrite pode ter como causa a nossa rigidez mental e o excesso de crítica;

• que a urticária pode ter como raiz a nossa implicância sistemática com o próximo;

• que o câncer pode ter como gênese ressentimentos profundos devorando-nos interiormente.

Diante desses indicativos, será justo reconhecer que perdão, aceitação, alegria e amor são remédios essenciais a qualquer tentativa de prevenção de doenças ou de restabelecimento da saúde.

Se estivéssemos muito doentes, à beira da morte, e houvesse um médico que fosse capaz de nos curar, por certo não nos importaríamos em pagar qualquer soma em dinheiro para consultá-lo, por mais elevada fosse a quantia. Então, por que tanta resistência de nossa parte em utilizar os remédios prescritos por Jesus de Nazaré, à disposição na farmácia do nosso coração, e sem nenhum custo?

Quando enfermos, freqüentemente dirigimos constantes súplicas aos planos celestiais em favor da nossa cura. Esquecemos, porém, que no Evangelho já temos a receita:

"O amor cobre a multidão de pecados" (1 Pedro, 4:8); Doença é um estado de divisão interior; o amor promove a coesão. O egoísmo é a morte; o amor gera a vida.

Sem que tudo isso signifique desconsideração pela medicina terrena, pense que a verdadeira cura está muito além de um simples comprimido. O remédio pode nos curar por fora, todavia só o amor nos cura por dentro.
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JOSÉ CARLOS DE LUCCA




MENSAGEM DO ESE: 
A verdadeira propriedade

O homem só possui em plena propriedade aquilo que lhe é dado levar deste mundo. Do que encontra ao chegar e deixa ao partir goza ele enquanto aqui permanece. Forçado, porém, que é a abandonar tudo isso, não tem das suas riquezas a posse real, mas, simplesmente, o usufruto. Que é então o que ele possui? Nada do que é de uso do corpo; tudo o que é de uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais. Isso o que ele traz e leva consigo, o que ninguém lhe pode arrebatar, o que lhe será de muito mais utilidade no outro mundo do que neste. Depende dele ser mais rico ao partir do que ao chegar, visto como, do que tiver adquirido em bem, resultará a sua posição futura. Quando alguém vai a um país distante, constitui a sua bagagem de objetos utilizáveis nesse país; não se preocupa com os que ali lhe seriam inúteis. Procedei do mesmo modo com relação à vida futura; aprovisionai-vos de tudo o de que lá vos possais servir. 

Ao viajante que chega a um albergue, bom alojamento é dado, se o pode pagar. A outro, de parcos recursos, toca um menos agradável. Quanto ao que nada tenha de seu, vai dormir numa enxerga. O mesmo sucede ao homem, a sua chegada no mundo dos Espíritos: depende dos seus haveres o lugar para onde vá. Não será, todavia, com o seu ouro que ele o pagará. Ninguém lhe perguntará: Quanto tinhas na Terra? Que posição ocupavas? Eras príncipe ou operário? Perguntar-lhe-ão: Que trazes contigo? Não se lhe avaliarão os bens, nem os títulos, mas a soma das virtudes que possua. Ora, sob esse aspecto, pode o operário ser mais rico do que o príncipe. Em vão alegará que antes de partir da Terra pagou a peso de ouro a sua entrada no outro mundo. Responder-lhe-ão: Os lugares aqui não se compram: conquistam-se por meio da prática do bem. Com a moeda terrestre, hás podido comprar campos, casas, palácios; aqui, tudo se paga com as qualidades da alma. És rico dessas qualidades? Sê bem-vindo e vai para um dos lugares da primeira categoria, onde te esperam todas as venturas. És pobre delas? Vai para um dos da última, onde serás tratado de acordo com os teus haveres. — Pascal. (Genebra, 1860.)



(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 9.)