Se você está em busca da cura de alguma enfermidade, não esqueça que doenças não são apenas conseqüências do ataque de vírus e bactérias, de alguma deficiência genética em sua constituição ou então dos efeitos da poluição atmosférica. No mais das vezes, as enfermidades são indicações de conflitos não resolvidos da alma.
Você não é um corpo. Você é um espírito que veste um corpo. Quando o espírito adoece, o corpo sente o efeito. Trate, sim, dos efeitos de qualquer doença, porém jamais se julgue exonerado de curar a alma adoecida. Tudo o que está em sua mente e em seu coração tem o poder de impregnar cada célula do corpo.
Se você está feliz, as células também estão felizes.
Se você está melancólico, as células também se tornam apáticas. Se você está freqüentemente irritado, as células também se irritam. É por isso, afirmam os médicos espirituais, que toda cura é uma autocura.
Tenha tempo para escutar o templo do seu espírito.
Pare para ouvi-lo, pois assim estará no caminho da cura real; a que não apenas elimina sintomas, mas a que vai à origem da dor. Será justo ponderar, então:
• que a gastrite pode simbolizar nossa postura de "engolir" emoções básicas como medo, raiva e aversão a demonstrar que estamos com dificuldades em digerir determinada situação que atravessamos;
• que a diabetes pode significar falta de doçura, afeto e ternura, condições que tornam a vida agradável;
• que problemas cardíacos podem estar relacionados ao endurecimento do nosso coração;
• que distúrbios hepáticos podem derivar de raiva e explosões de ódio;
• que a artrite pode ter como causa a nossa rigidez mental e o excesso de crítica;
• que a urticária pode ter como raiz a nossa implicância sistemática com o próximo;
• que o câncer pode ter como gênese ressentimentos profundos devorando-nos interiormente.
Diante desses indicativos, será justo reconhecer que perdão, aceitação, alegria e amor são remédios essenciais a qualquer tentativa de prevenção de doenças ou de restabelecimento da saúde.
Se estivéssemos muito doentes, à beira da morte, e houvesse um médico que fosse capaz de nos curar, por certo não nos importaríamos em pagar qualquer soma em dinheiro para consultá-lo, por mais elevada fosse a quantia. Então, por que tanta resistência de nossa parte em utilizar os remédios prescritos por Jesus de Nazaré, à disposição na farmácia do nosso coração, e sem nenhum custo?
Quando enfermos, freqüentemente dirigimos constantes súplicas aos planos celestiais em favor da nossa cura. Esquecemos, porém, que no Evangelho já temos a receita:
"O amor cobre a multidão de pecados" (1 Pedro, 4:8); Doença é um estado de divisão interior; o amor promove a coesão. O egoísmo é a morte; o amor gera a vida.
Sem que tudo isso signifique desconsideração pela medicina terrena, pense que a verdadeira cura está muito além de um simples comprimido. O remédio pode nos curar por fora, todavia só o amor nos cura por dentro.
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JOSÉ CARLOS DE LUCCA
MENSAGEM DO ESE:
A verdadeira propriedade
O homem só possui em plena propriedade aquilo que lhe é dado levar deste mundo. Do que encontra ao chegar e deixa ao partir goza ele enquanto aqui permanece. Forçado, porém, que é a abandonar tudo isso, não tem das suas riquezas a posse real, mas, simplesmente, o usufruto. Que é então o que ele possui? Nada do que é de uso do corpo; tudo o que é de uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais. Isso o que ele traz e leva consigo, o que ninguém lhe pode arrebatar, o que lhe será de muito mais utilidade no outro mundo do que neste. Depende dele ser mais rico ao partir do que ao chegar, visto como, do que tiver adquirido em bem, resultará a sua posição futura. Quando alguém vai a um país distante, constitui a sua bagagem de objetos utilizáveis nesse país; não se preocupa com os que ali lhe seriam inúteis. Procedei do mesmo modo com relação à vida futura; aprovisionai-vos de tudo o de que lá vos possais servir.
Ao viajante que chega a um albergue, bom alojamento é dado, se o pode pagar. A outro, de parcos recursos, toca um menos agradável. Quanto ao que nada tenha de seu, vai dormir numa enxerga. O mesmo sucede ao homem, a sua chegada no mundo dos Espíritos: depende dos seus haveres o lugar para onde vá. Não será, todavia, com o seu ouro que ele o pagará. Ninguém lhe perguntará: Quanto tinhas na Terra? Que posição ocupavas? Eras príncipe ou operário? Perguntar-lhe-ão: Que trazes contigo? Não se lhe avaliarão os bens, nem os títulos, mas a soma das virtudes que possua. Ora, sob esse aspecto, pode o operário ser mais rico do que o príncipe. Em vão alegará que antes de partir da Terra pagou a peso de ouro a sua entrada no outro mundo. Responder-lhe-ão: Os lugares aqui não se compram: conquistam-se por meio da prática do bem. Com a moeda terrestre, hás podido comprar campos, casas, palácios; aqui, tudo se paga com as qualidades da alma. És rico dessas qualidades? Sê bem-vindo e vai para um dos lugares da primeira categoria, onde te esperam todas as venturas. És pobre delas? Vai para um dos da última, onde serás tratado de acordo com os teus haveres. — Pascal. (Genebra, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 9.)
O texto de hoje explica muito bem como os nossos pensamentos e intenções refletem diretamente no nosso organismo. Demos especial atenção a isso e sejamos melhores a cada dia e livres ou pelo menos com menos enfermidades.
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