sexta-feira, 2 de julho de 2021

Afugenta o melindre



Afugenta o melindre da área do teu comportamento pessoal.

Sempre encontrarás pessoas simpáticas como inamistosas pelo caminho por onde segues.

Não vale a pena melindrar-se, remoendo insatisfação.

Toda marcha está sujeita a tropeços e dificuldades, que constituem desafio e emulação para o avanço.

Uma jornada sem problemas torna-se monótona e desmotivadora.

Tu cresces em razão das lutas que enfrentas.

Permanece, pois, de bom humor sempre, mesmo diante das pessoas "congeladoras" ou agastantes.
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Joanna de Ângelis
Divaldo P Franco
Obra: Vida Feliz
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MENSAGEM DO ESE:

Sacrifício da própria vida (II)

– Se um homem se expõe a um perigo iminente para salvar a vida a um de seus semelhantes, sabendo de antemão que sucumbirá, pode o seu ato ser considerado suicídio?

Desde que no ato não entre a intenção de buscar a morte, não há suicídio e, sim, apenas, devotamento e abnegação, embora também haja a certeza de que morrera. Mas, quem pode ter essa certeza? Quem poderá dizer que a Providência não reserva um inesperado meio de salvação para o momento mais crítico? Não poderia ela salvar mesmo aquele que se achasse diante da boca de um canhão? Pode muitas vezes dar-se que ela queira levar ao extremo limite a prova da resignação e, nesse caso, uma circunstância inopinada desvia o golpe fatal.

— São Luís. (Paris, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 30.)

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Paz


Se acreditas no bem
E busca praticá-lo ...

Se não guardas rancor
Contra ninguém ...

Se amas o próximo
Sem nada exigir ...

Se anseias corrigir
Os teus próprios defeitos ...

Se procuras trilhar
Nas pegadas do Cristo ...

É provável que sofras,
No entanto, a paz, será sempre contigo.
🕊️🌼🕊️
XAVIER, Francisco Cândido; BACCELLI, Carlos A.. Crer e Agir. Pelos Espíritos Emmanuel e Irmão José. IDEAL

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Opositores


Inegavelmente, se respeitamos os dotes e compromissos do próximo, por que lhe menosprezar as opiniões?

De maneira geral, solicitamos dos outros as qualidades perfeitas que ainda não possuímos e, nesse pressuposto, é natural que os adversários nos dirijam advertências e nos apontem caminhos no intuito de emendar-nos ou combater-nos.

Se os nossos opositores fossem unicamente aqueles que nunca nos desfrutaram a intimidade e que tão só nos hostilizam, em razão dos pontos de vista que abraçam, fácil seria ignorá-los ou esquecê-los.

Entretanto, eles são também e, bastas vezes, aqueles mesmos companheiros que nos comungavam a faixa de ideal, que respiravam conosco debaixo do mesmo teto, que nos asseguravam confiança e ternura ou que nos hasteavam a bandeira de esperança e harmonia.

Modificados superficialmente pelas circunstâncias da vida, quase sempre não mais compartilham conosco objetivos e anseios e, se emitem apontamentos ao redor das atividades em que nos deixaram, muitas vezes expressam-se contrariamente aos propósitos em que procuramos perseverar nas tarefas, cuja execução nos oferece paz e equilíbrio, encorajamento e alegria.

Quando isso ocorrer, que haja de nós para eles o respeito preciso.

O que vemos de um ponto determinado do caminho nem sempre guarda os mesmos característicos se trocamos de posição.

As opiniões dos outros são patrimônios dos outros a reclamar-nos apreço.

Se trazem censuras cabíveis, saibamos acolhê-las, aproveitando-lhes o valor nas corrigendas que se nos façam necessárias; se lavram condenações, respondamos com a bênção; se encerram inverdades, compadeçamo-nos daqueles que as pronunciam; e se exigem de nós atitudes e alterações incompatíveis com a nossa consciência, permaneçamos fiéis aos deveres que esposamos perante o Senhor, formulando votos para que eles — os nossos adversários e irmãos do coração —, quando trazidos ao nosso lugar, possam efetivamente realizar todo o bem que não conseguimos fazer.
🌷🌾🌷
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Alma e Coração
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MENSAGEM DO ESE:

Fora da caridade não há salvação

Meus filhos, na máxima: Fora da caridade não há salvação, estão encerrados os destinos dos homens, na Terra e no céu; na Terra, porque à sombra desse estandarte eles viverão em paz; no céu, porque os que a houverem praticado acharão graças diante do Senhor. Essa divisa é o facho celeste, a luminosa coluna que guia o homem no deserto da vida, encaminhando-o para a Terra da Promissão. Ela brilha no céu, como auréola santa, na fronte dos eleitos, e, na Terra, se acha gravada no coração daqueles a quem Jesus dirá: Passai à direita, benditos de meu Pai. Reconhecê-los-eis pelo perfume de caridade que espalham em torno de si. Nada exprime com mais exatidão o pensamento de Jesus, nada resume tão bem os deveres do homem, como essa máxima de ordem divina. Não poderia o Espiritismo provar melhor a sua origem, do que apresentando-a como regra, por isso que é um reflexo do mais puro Cristianismo. Levando-a por guia, nunca o homem se transviará. Dedicai-vos, assim, meus amigos, a perscrutar-lhe o sentido profundo e as conseqüências, a descobrir-lhe, por vós mesmos, todas as aplicações. Submetei todas as vossas ações ao governo da caridade e a consciência vos responderá. Não só ela evitará que pratiqueis o mal, como também fará que pratiqueis o bem, porquanto uma virtude negativa não basta: é necessária uma virtude ativa. Para fazer-se o bem, mister sempre se torna a ação da vontade; para se não praticar o mal, basta as mais das vezes a inércia e a despreocupação.

Meus amigos, agradecei a Deus o haver permitido que pudésseis gozar a luz do Espiritismo. Não é que somente os que a possuem hajam de ser salvos; é que, ajudando-vos a compreender os ensinos do Cristo, ela vos faz melhores cristãos. Esforçai-vos, pois, para que os vossos irmãos, observando-vos, sejam induzidos a reconhecer que verdadeiro espírita e verdadeiro cristão são uma só e a mesma coisa, dado que todos quantos praticam a caridade são discípulos de Jesus, sem embargo da seita a que pertençam.

— Paulo, o apóstolo. (Paris, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XV, item 10.)

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Nas Horas Mais Difíceis


Ainda quando te encontres caído sob o peso de grandes provações, levanta-te e caminha para a frente, cumprindo os teus deveres com fidelidade.

Ainda mesmo te sintas sozinho nas lutas de cada dia, não desertes do campo de batalha em que a vida te situa, atendendo às tuas necessidades evolutivas.

Ainda quando te percebas à beira do fracasso, semelhante a abismo que se escancare aos teus pés, não te creias sem forças para continuar, porquanto a Misericórdia Divina a ninguém desampara.

Ainda mesmo te vejas mergulhado em tristeza, qual se a própria existência carecesse de sentido aos teus olhos, deixa que a esperança prossiga te embalando os sonhos de felicidade.

Ainda quando te observes incompreendido pelos afetos mais queridos da alma, silencia e espera, aprendendo a renunciar agora para conquistar depois.

Ainda mesmo te consideres perdido no estranho labirinto dos problemas engendrados pela tua invigilância, não te entregues ao desespero, pedindo aos Céus que te auxiliem a solucioná-los com dignidade.

Haja o que houver e estejas como estiveres, não te precipites em tuas decisões, de vez que é nas horas mais difíceis que tens oportunidade de provar a ti mesmo o valor da própria fé.
🌷🌾🌷
Pelo Espírito Irmão José
XAVIER, Francisco Cândido; BACCELLI, Carlos A.. Confia e Serve. Espíritos Diversos. IDE.

quarta-feira, 30 de junho de 2021

Perdas e Ganhos


Convém que não espereis por ilimitada compreensão alheia em relação às vossas atitudes.

Por vezes, não podereis contar com maior entendimento para as vossas decisões nem mesmo da parte daqueles que vos são mais próximos.

Quase sempre, enquanto não tenham os seus interesses contrariados, as pessoas vos aplaudem, mas, desde que vos colocais em rota de colisão com eles, velhos amigos costumam transformar-se em novos e ferrenhos adversários.

Seja como for, porém, a fim de agradar a esse ou àquele, não tergiverseis com a própria consciência, que, em hipótese alguma, se permite corromper.

Não nos esqueçamos de que ao Senhor a defesa incondicional da Verdade teve por custo a Sua crucificação e, nos primeiros momentos da perseguição implacável, a sumária deserção dos companheiros.

Em vossas escolhas, procurai avaliar as perdas e os ganhos, e sempre que o menor de vossos ganhos possa representar a menor perda para o vosso espírito, não reluteis em perder agora para ganhar depois.

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Livro: Cristo em Nós
Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Bezerra de Menezes
LEEPP – Livraria Espírita Edições Pedro e Paulo
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MENSAGEM DO ESE:

A melancolia

Sabeis por que, às vezes, uma vaga tristeza se apodera dos vossos corações e vos leva a considerar amarga a vida? É que vosso Espírito, aspirando à felicidade e à liberdade, se esgota, jungido ao corpo que lhe serve de prisão, em vãos esforços para sair dele. Reconhecendo inúteis esses esforços, cai no desânimo e, como o corpo lhe sofre a influência, toma-vos a lassidão, o abatimento, uma espécie de apatia, e vos julgais infelizes.

Crede-me, resisti com energia a essas impressões que vos enfraquecem a vontade. São inatas no espírito de todos os homens as aspirações por uma vida melhor; mas, não as busqueis neste mundo e, agora, quando Deus vos envia os Espíritos que lhe pertencem, para vos instruírem acerca da felicidade que Ele vos reserva, aguardai pacientemente o anjo da libertação, para vos ajudar a romper os liames que vos mantêm cativo o Espírito. Lembrai-vos de que, durante o vosso degredo na Terra, tendes de desempenhar uma missão de que não suspeitais, quer dedicando-vos à vossa família, quer cumprindo as diversas obrigações que Deus vos confiou.

Se, no curso desse degredo-provação, exonerando-vos dos vossos encargos, sobre vós desabarem os cuidados, as inquietações e tribulações, sede fortes e corajosos para os suportar. Afrontai-os resolutos. Duram pouco e vos conduzirão à companhia dos amigos por quem chorais e que, jubilosos por ver-vos de novo entre eles, vos estenderão os braços, a fim de guiar-vos a uma região inacessível às aflições da Terra.

— François de Genève. (Bordéus.)
Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 25.)

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POR PAZ


Senhor; tranquiliza o nosso espírito…

Que os nossos pensamentos se acalmem dentro de nós.

Sabemos que, no momento justo, solucionarás todos os nossos problemas.

Que façamos silêncio em nós para escutarmos o que nos aconselhas.

Ouvindo-Te, nada de mal nos sucederá…

Não nos deixes agir precipitadamente.

Que a nossa decisão seja o reflexo da Tua vontade.

Acalma-nos, Senhor, para que tudo se acalme à nossa volta.

Para que emudeçam as vozes agressivas e a tormenta pare de soprar…

Que a Tua paz invada o nosso coração e que, nela, nos deixemos estar, sem que coisa alguma dela nos afaste!
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Irmão José (psic. Carlos Baccelli – do livro “Preces e Orações”)

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Na Vida


Não te queixes de ninguém.

Todos estamos lutando.

Esse enfrenta problemas afetivos.

Aquele sofre limitações.

Outro caminha vacilante.

Na vida, quem compreende sabe mais.

Faze o melhor que possas, esquecendo ingratidões.

Serve, perdoa e avança, olvidando injúrias.

Elege o bem por teu escudo e deixa que as pedras da maledicência caiam à tua volta.

Se procuras Jesus, não tens tempo a perder com os acontecimentos marginais da estrada.
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Pelo Espírito Irmão José
XAVIER, Francisco Cândido; BACCELLI, Carlos A.. Brilhe Vossa Luz. Espíritos Diversos. IDE.

terça-feira, 29 de junho de 2021

HÁ SÉCULOS


A cura não é um processo imediato.

 Muita gente que procura o centro espírita quer sarar depressa... 

Ora, às vezes o problema que queremos resolver se arrasta conosco há séculos – não será através de um único passe que o solucionaremos. 

Precisamos ter paciência e esperar – esperar trabalhando, sem que o nosso desânimo complique ainda mais a situação.
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Chico Xavier
Livro: Orações de Chico Xavier
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MENSAGEM DO ESE:

A lei de amor

O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos. E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobre-humanas. A lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres; extingue as misérias sociais. Ditoso aquele que, ultrapassando a sua humanidade, ama com amplo amor os seus irmãos em sofrimento! ditoso aquele que ama, pois não conhece a miséria da alma, nem a do corpo. Tem ligeiros os pés e vive como que transportado, fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou a divina palavra — amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.

O Espiritismo a seu turno vem pronunciar uma segunda palavra do alfabeto divino. Estai atentos, pois que essa palavra ergue a lápide dos túmulos vazios, e a reencarnação, triunfando da morte, revela às criaturas deslumbradas o seu patrimônio intelectual. Já não é ao suplício que ela conduz o homem: condu-lo à conquista do seu ser, elevado e transfigurado. O sangue resgatou o Espírito e o Espírito tem hoje que resgatar da matéria o homem.

Disse eu que em seus começos o homem só instintos possuía. Mais próximo, portanto, ainda se acha do ponto de partida, do que da meta, aquele em quem predominam os instintos. A fim de avançar para a meta, tem a criatura que vencer os instintos, em proveito dos sentimentos, isto é, que aperfeiçoar estes últimos, sufocando os germes latentes da matéria. Os instintos são a germinação e os embriões do sentimento; trazem consigo o progresso, como a glande encerra em si o carvalho, e os seres menos adiantados são os que, emergindo pouco a pouco de suas crisálidas, se conservam escravizados aos instintos. O Espírito precisa ser cultivado, como um campo.

Toda a riqueza futura depende do labor atual, que vos granjeará muito mais do que bens terrenos: a elevação gloriosa. É então que, compreendendo a lei de amor que liga todos os seres, buscareis nela os gozos suavíssimos da alma, prelúdios das alegrias celestes.

— Lázaro. (Paris, 1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XI, item 8.)

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Busca o equilíbrio


Este teu cansaço contínuo, acompanhado de insatisfação e de mau humor, é um sinal vermelho de perigo em tua vida.

Resulta da maneira irregular de como vens aplicando os teus recursos e energias, sem o competente refazimento.

Não te bastará dormir, dar descanso ao corpo, se permaneceres emocionalmente
inquieto, ansioso.

Assim, dá um balanço dos teus atos, medita em profundidade e perceberás que te está faltando o "pão do espírito", que nutre e reconforta.

Reorganiza vida e busca o equilíbrio,
enquanto é tempo.
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Joanna de Ângelis

segunda-feira, 28 de junho de 2021

Prazer de Viver


(...)

Cuidemos melhor de nossas vidas. Olhar para os pendores e tendências, entrar em contato com o que sentimos, admitir o que gostaríamos da vida, essas são três das muitas ações a que somos chamados na trilha solitária do autodescobrimento. Após essas iniciativas, perguntemos a nós mesmos: o que fazer com todo o patrimônio que identifica meu ser espiritual? Logo a seguir, adote um projeto de vida que contenha os seguintes ingredientes morais: paciência, humildade para pedir ajuda, oração para visualizar o futuro, coragem para fazer escolhas.

A tormenta na vida espiritual depois da morte não tem raízes apenas nas ações que são registradas nos sagrados fóruns da consciência, mas, igualmente, na sensação infeliz de vazio em razão de não fazer o que já tínhamos condições para fazer, de descobrir o que já estamos prontos para descobrir e de sondar o lado oculto de nós mesmos que, inevitavelmente, há de ser revelado algum dia.

Coragem! O Pai não permitirá carregarmos fardos mais pesados do que possamos suportar.

A esperança de meu coração repousa na intenção de ser útil e consolidar ainda mais a amizade sincera com os amigos e leitores na vida física.
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Ermance Dufaux
Prefácio da Obra: Prazer de Viver
  Wanderley S. Oliveiral
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MENSAGEM DO ESE:

Causas atuais das aflições (II)

A lei humana atinge certas faltas e as pune. Pode, então, o condenado reconhecer que sofre a conseqüência do que fez. Mas a lei não atinge, nem pode atingir todas as faltas; incide especialmente sobre as que trazem prejuízo à sociedade e não sobre as que só prejudicam os que as cometem, Deus, porém, quer que todas as suas criaturas progridam e, portanto, não deixa impune qualquer desvio do caminho reto. Não há falta alguma, por mais leve que seja, nenhuma infração da sua lei, que não acarrete forçosas e inevitáveis conseqüências, mais ou menos deploráveis.

Daí se segue que, nas pequenas coisas, como nas grandes, o homem é sempre punido por aquilo em que pecou. Os sofrimentos que decorrem do pecado são-lhe uma advertência de que procedeu mal.

Dão-lhe experiência, fazem-lhe sentir a diferença existente entre o bem e o mal e a necessidade de se melhorar para, de futuro, evitar o que lhe originou uma fonte de amarguras; sem o que, motivo não haveria para que se emendasse. Confiante na impunidade, retardaria seu avanço e, conseqüentemente, a sua felicidade futura.

Entretanto, a experiência, algumas vezes, chega um pouco tarde: quando a vida já foi desperdiçada e turbada; quando as forças já estão gastas e sem remédio o mal. Põe-se então o homem a dizer: “Se no começo dos meus dias eu soubera o que sei hoje, quantos passos em falso teria evitado! Se houvesse de recomeçar, conduzir-me-ia de outra maneira. No entanto, já não há mais tempo!” Como o obreiro preguiçoso, que diz: “Perdi o meu dia”, também ele diz: “Perdi a minha vida”. Contudo, assim como para o obreiro o Sol se levanta no dia seguinte, permitindo-lhe neste reparar o tempo perdido, também para o homem, após a noite do túmulo, brilhará o Sol de uma nova vida, em que lhe será possível aproveitar a experiência do passado e suas boas resoluções para o futuro.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 5.)

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RENOVEMO-NOS NO DIA A DIA


“Transformai-vos pela renovação de vossa mente, para que proveis qual é a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” – Paulo. (Romanos, 12:2.)

Não adianta a transformação aparente da nossa personalidade na feição exterior.

Mais títulos, mais recursos financeiros, mais possibilidades de conforto e maiores considerações sociais podem ser simples agravo de responsabilidade.

Renovemo-nos por dentro.

É preciso avançar no conhecimento superior, ainda mesmo que a marcha nos custe suor e lágrimas.

Aceitar os problemas do mundo e superá-los, à força de nosso trabalho e de nossa serenidade, é a fórmula justa de aquisição do discernimento.

Dor e sacrifício, aflição e amargura, são processos de sublimação que o Mundo Maior nos oferece, a fim de que a nossa visão espiritual seja acrescentada.

Facilidades materiais costumam estagnar-nos a mente, quando não sabemos vencer os perigos fascinantes das vantagens terrestres.

Renovemos nossa alma, dia a dia, estudando as lições dos vanguardeiros do progresso e vivendo a nossa existência sob a inspiração do serviço incessante.

Apliquemo-nos à construção da vida equilibrada, onde estivermos, mas não nos esqueçamos de que somente pela execução de nossos deveres, na concretização do bem, alcançaremos a compreensão da vida e, com ela, o conhecimento da “perfeita vontade de Deus”, a nosso respeito.
🙏🌾🙏
Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Fonte Viva 
🙏🌾🙏

domingo, 27 de junho de 2021

SUPORTAR OS DIFERENTES - EXERCÍCIO DE AMOR



(...)

O amor para com esses corações exige um enorme gosto pelo ser humano, uma sensibilidade muito apurada de lidar com diferentes e suas loucas diferenças.

(...)

Minha recomendação ao seu coração bondoso é que comece a cuidar mais das pessoas no mundo físico, aquelas que o senhor pode abraçar e sentir. Evite esse afastamento estéril e que pode ser uma fuga de suas próprias necessidades de ajustamento com seus sentimentos sombrios. Comece por uma ação social em favor do semelhante. Tome contato com a dor alheia, exercite sua afetividade com os encarnados, aprenda a amá-los nas suas diferenças e suporte os diferentes.
🌹🙏🌹
Livro: 1/3 da Vida
Wanderley Oliveira, pelo Espírito Ermance Dufaux
Editora Dufaux
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MENSAGEM DO ESE:

Parábola do mau rico

Havia um homem rico, que vestia púrpura e linho e se tratava magnificamente todos os dias. — Havia também um pobre, chamado Lázaro, deitado à sua porta, todo coberto de úlceras, — que muito estimaria poder mitigar a fome com as migalhas que caíam da mesa do rico; mas ,ninguém lhas dava e os cães lhe viam lamber as chagas.
Ora, aconteceu que esse pobre morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão. O rico também morreu e teve por sepulcro o inferno. — Quando se achava nos tormentos, levantou os olhos e via de longe Abraão e Lázaro em seu seio — e, exclamando, disse estas palavras: Pai Abraão, tem piedade de mim e manda-me Lázaro, a fim de que molhe a ponta do dedo na água para me refrescar a língua, pois sofro horrível tormento nestas chamas.
Mas Abraão lhe respondeu: Meu filho, lembra-te de que recebeste em vida teus bens e de que Lázaro só teve males; por isso, ele agora esta na consolação e tu nos tormentos.

Ao demais, existe para sempre um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que queiram passar daqui para aí não o podem, como também ninguém pode passar do lugar onde estás para aqui.

Disse o rico: Eu então te suplico, pai Abraão, que o mandes à casa de meu pai, — onde tenho cinco irmãos, a dar-lhes testemunho destas coisas, a fim de que não venham também eles para este lugar de tormento. — Abraão lhe retrucou: Eles têm Moisés e os profetas; que os escutem. — Não, meu pai Abraão, disse o rico: se algum dos mortos for ter com eles, farão penitência. — Respondeu-lhe Abraão: Se eles não ouvem a Moisés, nem aos profetas, também não acreditarão, ainda mesmo que algum dos mortos ressuscite.

(S. LUCAS, cap. XVI, vv. 19 a 31.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 5.).

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IGNORÂNCIA EM MASSA



A luz interior é um estado da alma. Muitos andam permanentemente em trevas. A ignorância é cultivada em massa, quando se evita o esclarecimento íntimo. Ante a grandeza da vida, poucos avançam para a lucidez espiritual, que produz a iluminação do ser.


A fase infantil da escalada humana rumo ao infinito ainda não foi superada por muitos. Como crianças na escola da vida, os homens ainda se ocupam com futilidades e brincam de viver. As questões efêmeras permanecem como centro de atenção, e poucos se esforçam por se tornar conscientes ou lúcidos no que se refere à realidade do Universo.


Alguns, que tentam superar os limites estreitos da fase infantil, começam a despertar a luz bruxuleante da consciência de humanidade. Mas, com as imposições da sociedade contemporânea, demoram-se demasiado na fase da adolescência espiritual.


Aí é que se manifestam os conflitos conscienciais e psicológicos, os traumas, medos e ansiedades que emergem do passado espiritual por imposição da lei do carma. O homem encontra-se dividido entre a possibilidade do crescimento espiritual e os apelos do mundo, produto de uma sociedade que submerge nas vagas da mendicância moral.


Aqueles que ousam desafiar o sistema e o estado de coisas reinante logram atingir a iluminação interior. Mas isso não se dá sem os conflitos que são gerados pelo avanço espiritual.


Paulo de Tarso classificou esse estado de conflito íntimo como sendo a batalha da lei do pecado e da morte contra a lei da vida, o homem velho e o homem novo.


Ninguém se engane quanto às condições em que se darão a ascese espiritual. Não há elevação sem lutas, e luz alguma se acende sem incomodar as trevas.


É preciso fazer luz na escuridão de todas as almas que ainda se mantém prisioneiras do passado sombrio. A luz verdadeira é iluminação da consciência e a sensibilização do coração, que produz o equilíbrio íntimo.
🌹🙏🌹
Livro: Serenidade – Uma Terapia Para a Alma
Robson Pinheiro, pelo Espírito Alex Zarthú
Casa dos Espíritos Editora

sábado, 26 de junho de 2021

Comportamento e Vida


O fatalismo biológico, estabelecido mediante as conquistas pessoais de cada indivíduo, não é definitivo em relação à data da sua morte.

A longevidade como a brevidade da existência corporal, embora façam parte do programa adrede estabelecido para cada homem, alteram-se para menos ou para mais, de acordo com o seu comportamento e do contributo que oferece à aparelhagem orgânica para a sua preservação ou desgaste.

Necessitando de um período de tempo em cada existência física para realizar a aprendizagem evolutiva em cujo curso está inscrito, o Espírito tem meio para abreviar-lhe ou ampliar-lhe o ciclo, mediante os recursos de que dispõe e são facultados a todos.

É óbvio que o estróina desperdiça maior quota de energias, impondo sobrecargas desnecessárias aos equipamentos fisiológicos, do que o indivíduo prudente.

As ocorrências que lhes sucedem têm as suas causas no comportamento que se permitem.

Igualmente, a forma de desencarnar, sem fugir ao impositivo do destino que é de construção pessoal, resulta das experiências que são vividas. O homem imprevidente e precipitado, desrespeitador dos códigos de lei estabelecidos, torna-se fácil presa de infaustos acontecimentos, que ele mesmo se propicia como efeito da conduta arbitrária a que se entrega.

Acidentes, homicídios, intoxicações, desastres de vários tipos que arrebatam vidas, resultam da imprevidência, da irresponsabilidade, do orgulho dos que lhes são vítimas, na maioria das vezes e no maior número de acontecimentos.

Devendo aplicar a inteligência e a bondade como norma de conduta habitual, grande parte das criaturas prefere a arrogância, a discussão acesa, o desrespeito ao dever, a negligência, tornando-se, afinal, vítimas de si mesmas, suicidas indiretas.

Nos autocídios de ação prolongada ou imediata, a responsabilidade é total daqueles que tomam a decisão infeliz e a levam a cabo, inspirados ou não por Entidades perversas com as quais sintonizam.

Derrapando em comportamentos pessimistas a que se aferram, a atitudes agressivas nas quais se comprazem, na fixação de ideias tormentosas em que se demoram, em ambições desenfreadas e rebeldia sistemática, a etapa final, infelizmente, não pode ser outra. Com o gesto que supõem de libertação, tombam, por largos anos de dor, em mais cruel processo de recuperação e desespero, para que aprendam disciplina e submissão contra as quais antes se rebelaram.

Depreende-se, portanto, que o comportamento do homem a todo instante contribui de maneira rigorosa para a programação da sua vida.

São de duas classes as causas que influem na sua existência, dentro do determinismo da evolução humana: as próximas, desta reencarnação, na qual se movimenta, e as remotas, que procedem das ações pretéritas. Estas últimas estabeleceram já os impositivos de reparação a que o indivíduo não pode fugir, amenizando-os ou vencendo-os através de atuais ações do amor, que promovem quem as vitaliza e aquele a quem são dedicadas. As primeiras, no entanto, as da presente existência, vão gerando novos compromissos que, se negativos, podem ser atenuados de imediato por meio de atitudes opostas, e, se positivos, ampliados na sua aplicação.

O tabagismo, o alcoolismo, a toxicomania, a sexolatria, a glutoneria, entre outros fatores dissolventes e destrutivos, são de livre opção atual, não incursos no processo educativo de ninguém. Quem a qualquer deles se vincula, padecer-lhe-á, inexoravelmente, o efeito prejudicial, não se podendo queixar ou aguardar solução de emergência.

O tabagismo responde por cânceres de várias procedências, na língua, na boca, na laringe, por inúmeras afecções e enfermidades respiratórias, destacando-se o terrível enfisema pulmonar. Todo aquele que se lhe submete à dependência viciosa, está incurso, espontaneamente, nessa fatalidade destruidora, que não estava no seu programa e foi colocada por imprevidência ou presunção.

O alcoolismo é gerador de distúrbios orgânicos e psíquicos de inomináveis consequências, gerando desgraças que, de forma nenhuma, deveriam suceder. É ele o desencadeador da loucura, da depressão ou da agressividade, na área psíquica, sendo o responsável por distúrbios gástricos, renais e, principalmente, pela irreversível cirrose hepática. Seja através da aguardente popular ou do whisky elegante, a alcoolofilia dizima multidões que se lhe entregam espontaneamente.

A toxicomania desarticula as sutis engrenagens da mente e desagrega as moléculas do metabolismo orgânico, lesando vários órgãos e alucinando todos quantos se comprazem nas ilusões mórbidas que dizem viver, não obstante de breve duração. Iniciada a dependência que se fez espontânea, desdobram-se à frente longos anos, numa e noutra reencarnação, para que sejam reparados todos os danos que poderiam ter sido evitados quase sem esforço.

A sexolatria gera distonias emocionais, por conduzir o indivíduo ao reduto das sensações primitivas, retendo-o nas áreas do gozo insaciável, que o leva à exaustão, a terríveis frustrações na terceira idade, se a alcança, e a depressões sem conta pelo descalabro que desorganiza o corpo e perturba a mente. Além desses, são criados campos de dificuldade afetiva, de responsabilidade emocional com os parceiros utilizados, estabelecendo-se compromissos desditosos para o futuro.

A glutoneria, além de deformar a organização física, é agente de males que sobrecarregam o corpo produzindo contínuas disfunções gastrointestinais, dispepsias, acidez, ulcerações, alienando o homem que vive para comer, quando deveria, com equilíbrio, comer para viver.

São muitos os agentes dos infortúnios para o homem, que ele aceita no seu comportamento, afetando-lhe a vida. Entretanto, através de outras atitudes e conduta poderia preservá-la, prolongá-la, dar-lhe beleza, propiciando-lhe harmonia e felicidade.

Além de atingir aquele que elege esta ou aquela maneira de agir, os resultados alcançam os descendentes que, através das heranças transmissíveis, conforme as suas necessidades evolutivas, as experimentarão.

O comportamento do Espírito, no corpo ou fora dele, é responsável pela vida, contribuindo de maneira eficaz na sua programática, igualmente interferindo na conduta do grupo em que se movimenta e onde atua, como dos descendentes que de alguma forma se lhe vinculam.

As ações corretas prolongam a existência do corpo e promovem o equilíbrio da mente, enquanto as atribuladas e agressivas produzem o inverso.

Nunca será demasiado repetir-se que, assim como o homem pensa e age, edificará a sua existência, vivendo-a de conformidade com o comportamento elegido.
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Livro: Temas da Vida e da Morte
Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda
FEB – Federação Espírita Brasileira
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MENSAGEM DO ESE:

A paciência

A dor é uma bênção que Deus envia a seus eleitos; não vos aflijais, pois, quando sofrerdes; antes, bendizei de Deus onipotente que, pela dor, neste mundo, vos marcou para a glória no céu.

Sede pacientes. A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais meritória: a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência.

A vida é difícil, bem o sei. Compõe-se de mil nadas, que são outras tantas picadas de alfinetes, mas que acabam por ferir. Se, porém, atentarmos nos deveres que nos são impostos, nas consolações e compensações que, por outro lado, recebemos, havemos de reconhecer que são as bênçãos muito mais numerosas do que as dores. O fardo parece menos pesado, quando se olha para o alto, do que quando se curva para a terra a fronte.

Coragem, amigos! Tendes no Cristo o vosso modelo. Mais sofreu ele do que qualquer de vós e nada tinha de que se penitenciar, ao passo que vós tendes de expiar o vosso passado e de vos fortalecer para o futuro. Sede, pois, pacientes, sede cristãos. Essa palavra resume tudo.

— Um Espírito amigo. (Havre, 1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IX, item 7.)

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Ingratidão


Dentre os muitos inimigos morais do homem, a ingratidão assoma, relevante, na condição de filha dileta do egoísmo, que se nutre com as vérminas do orgulho.

A ingratidão estabelece síndromas de distúrbios comportamentais, que degeneram, a curto ou longo prazo, em problemas de alienação mental.

Nos dias hodiernos, a ingratidão toma corpo com muita facilidade, tornando-se elemento normal nas relações sociais, em lamentável agressão aos postulados éticos, quando não se tenha em conta a moral evangélica.

Filhos ingratos e genitores desleixados dos seus deveres, irmãos insensatos e cônjuges levianos, amigos desassisados pululam nas avenidas do mundo moderno, envergando roupagens de alto custo ou andrajos de miséria, igualados na mesma indigência espiritual.

Abençoa a mão que um dia se distendeu, generosa, no teu rumo, socorrendo-te e amparando-te.

Mesmo que ela, por acaso, se haja convertido em instrumento que te oferta o fel da amargura, recorda-te de quando te abençoou com a dádiva sem preço da misericórdia e da compreensão em que te apoiaste.

Da mesma forma que não é meritório fazer o bem e aguardar retribuição, não é justificável que se mutile a generosidade com as lâminas da ingratidão, em quem espalhou benefício.

Há pessoas que se acreditam somente credoras de receber ajuda, supondo-se privilegiados ante a vida, empanturradas de empáfia, fingindo ignorar a própria fragilidade.

Sorriem ante os que lhes estimulam as paixões dissolventes, demorando-se como belas flores de estufa, de vida breve, a nutrir-se do clima em que se consumirão.

São gentis, enquanto se locupletam, no entanto, afastam-se amargas e maledicentes da presença generosa de quem lhes foi devotado...

Censuram o benfeitor mediante alegações mesquinhas, justificando, com acusações, a própria enfermidade.

Aqueles por quem ora se entusiasmam, serão abandonados amanhã, com o mesmo ardor, logo não lhes posam ser úteis ou atendê-las nas suas exigências.

Não as censures, nem lhes concedas as tuas preocupações aumentando as dores que te ferem a alma.

Ora por elas, envolvendo-as de ternura. Elas estão equivocadas e despertarão um dia.

Prossegue ajudando quem te cruze o caminho, sem a preocupação de reter ninguém no teu círculo de afetividade.

O cristão autêntico não se faz compreender, ainda hoje, porém compreende sempre.

Seus pés sangram continuamente, porque a vida que escolheu é lição de progresso e libertação.

Mantém, na mente e no coração, o sentimento de gratidão por quem te auxilie. Desde que é dever socorrer e perdoar o inimigo, é muito mais justo permanecer fiel ao benfeitor e ao amigo.

Ninguém consegue o topo da subida, sem o primeiro passo, tanto quanto jamais alguém penetrará no insondável das realidades divinas sem a bênção do conhecimento haurido através da singeleza do alfabeto.

Por melhor que ora te encontres, por maiores que sejam os sinais do teu aparente progresso material, ignoras o amanhã...

E mesmo que sigas em contínua ascensão econômica e social, o crescimento moral tem regime de urgência e em todos estes campos não poderás negar a gratidão a quem, na tua hora de aspereza, concedeu-te o primeiro impulso, ofereceu-te mão generosa para que continuasses.

Não apenas os adversários, os invejosos e os políticos-religiosos infelizes fizeram-se os crucificadores de Jesus.

Foram, também, os amigos ingratos, os beneficiários reticentes, os companheiros moralmente dúbios...

Judas, que aparentava amá-lO, deixou-se enredar nos problemas que o perturbavam e, ingrato, O entregou...

Pedro, que Lhe era devotado, porém invigilante, tombando nas malhas de cruéis perturbações espirituais obsessivas O negou...

...E outros tantos que desapareceram, não Lhe ofertando amor ou fidelidade, carinho ou gratidão.

Muitos haviam sido aqueles a quem Ele ajudou; iluminou-os com a verdade e libertou-os dos males de vária procedência que os afligiam.

Sê grato, sempre, em qualquer circunstância, principalmente quando o teu companheiro gentil, se te apresente turbado ou triste, enfermo ou solitário, porquanto nesta fase é que ele necessita de amizade e não nos momentos em que pode doar, oferecer-se e amparar.

A gratidão, nascida da seiva do amor, é estrela que assinala cada alma na marcha da evolução, deixando sinais luminosos pelo caminho.
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FRANCO, Divaldo Pereira. Otimismo. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. LEAL