domingo, 1 de setembro de 2013

Asseio Verbal



“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação.” – Paulo (Efésios, 4:29)

Quanto mais se adianta a civilização, mais se amplia o culto à higiene.

Reservatórios são tratados, salvaguardando-se o asseio das águas.

Mercados sofrem fiscalização rigorosa, com vistas à pureza das substâncias alimentícias.

Laboratórios são continuamente revistos, a fim de que não surjam medicamentos deteriorados.
Instalações sanitárias recebem, diariamente, cuidadosa assepsia.

Será que não devemos exercer cautela e diligência para evitar a palavra torpe, capaz de situar-nos em perturbação e ruína moral?

Nossa conversação, sem que percebamos, age por nós em todos aqueles que nos escutam.

Nossas frases são agentes de propaganda dos sentimentos que nos caracterizam o modo de ser; se respeitáveis, trazem-nos a atenção de criaturas respeitáveis; se menos dignas, carreiam em nossa direção o interesse dos que se fazem menos dignos; se indisciplinadas, nos sintonizam com representantes da indisciplina; se azedas, afinam-nos, de imediato, com os campeões do azedume.

Controlemos o verbo, para que não venhamos a libertar essa ou aquela palavra torpe. Por muito esmerada nos seja a educação, a expressão repulsiva articulada por nossa língua é sempre uma brecha perigosa e infeliz, pela qual perigo e infelicidade nos ameaçam com desequilíbrio e perversão. 
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Emmanuel
Chico Xavier






sábado, 31 de agosto de 2013

Ilusões do Amor


A falta de todos os amores é vantajosamente suprida pelo Amor sem limite do Mestre.

Formas belas são, pelo tempo, desfeitas em grúmulos de poeira.

Atitudes eretas são curvadas pelo peso dos anos.

Peles alvas ficam manchadas pelo esclerosamento das artérias e pelo depósito epitelial do colesterol.

Róseas faces empalidecem entre as rugas que o tempo sulca.

Flores túrgidas murcham, com o perpassar das invernias.

Sedosas cútis são crestadas pelo bochorno e ressequidas pelos quentes ventos estivais.

Lindos cabelos rareiam, ao cair cansados de viver pendurados.

Tudo passa.

Tudo se transforma.

Tudo acaba.

Por que, então, quer fixar-se no que é externo e transitório?

Aguarda que os corpos se desfaçam, e ama as almas!
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PASTORINO






sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Devolução


Queres felicidade.
Felicidade, porém, é uma construção a fazer.
O alicerce está em ti mesmo.
Recorda: terás sempre o que deres de ti.

O retorno é de lei.
Ainda mesmo que em migalha, distribui a esperança e a alegria.

Mesmo sofrendo, oferece um sorriso aos outros.

Tanto quanto puderes, faze os outros felizes.

Pouco a pouco, terás centuplicadamente aquilo que semeias.

Não te esqueças: felicidade é devolução.
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Emmanuel 
Chico Xavier






quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Reclamar Menos



“Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a lei e os profetas"- Jesus (Mateus, 7:12).

Para extinguir a cultura do ódio nas áreas do mundo, imaginemos como seria melhor a vida na terra se todos cumpríssemos fielmente o compromisso de reclamar menos.

Quantas vezes nos maltratamos, reciprocamente, tão só por exigir que se realize, de certa forma, aquilo que os outros só conseguem fazer de outra maneira! 
De atritos mínimos, então partimos para atitudes extremas. 
Nessas circunstâncias, costumamos recusar atenção e cortesia até mesmo àqueles a quem mais devemos consideração e amor; implantamos a animosidade onde a harmonia reinava antes; instalamos o pessimismo com a formulação de queixa desnecessária ou criamos obstáculos onde as grandes realizações poderiam ter sido tão fáceis. Tudo porque não desistimos de reclamar, - na maioria das ocasiões, - por simples bagatelas.

De modo geral, as reivindicações e desinteligências reportam, mais frequentemente, entre aqueles que a Sabedoria Divina reuniu com os mais altos objetivos na edificação do bem, seja no círculo doméstico, seja no grupo de serviço ou de ideal. Por isso mesmo, os conflitos e reprovações aparecem quase sempre no mundo, nas faixas de ação a que somos levados para ajudar e compreender. Censuras entre esposo e esposa, pais e filhos, irmãos e amigos. De pequenas brechas se desenvolvem os desastres morais que comprometem a vida comunitária desentendimentos, rixas, perturbações e acusações.

Dediquemos à solução do problema as nossas melhores forças, buscando esquecer-nos, de modo a sermos mais úteis aos que nos cercam, e estejamos convencidos de que a segurança e o êxito de quaisquer receitas de progresso e elevação solicitam de nós a justa fidelidade ao programa que a vida estabelece em toda parte, a favor de nós todos: reclamar menos e servir mais.
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Emmanuel
 Chico Xavier






quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Como Mudar


Todos os dias do aflito são maus, mas a alegria do coração é banquete contínuo. Pv. 15:15

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Toda aflição é uma advertência de que deveremos mudar de comportamento. 
Ela vem de alguma fonte, e removendo a causa, o efeito mudará.
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O sofrimento é passageiro, e quando alcançamos a compreensão, sofremos menos. A saúde é eterna, dentro da eternidade do amor.
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Despertemos alegria no coração, pois ela é o maior higienizador da mente, o melhor remédio para o corpo e harmonia para a Alma.
Mas lembra-te que o contentamento deve seguir as linhas do bem.
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Mudar de vida para melhor é sentir o Cristo transitando nas vias do coração, abençoando os nossos sentimentos e despertando em nós os valores da vida.
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Cultivar aflição é procurar o caminho da morte; estimular alegria no trabalho elevado é acertar o roteiro da esperança e conviver com a paz.
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O maior banquete da Alma é posto no coração pela consciência tranquila.
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Se queres livrar-te de todas as aflições, semeia a fraternidade.
Se queres libertar-te da tristeza, irradia a força da alegria.
Se queres libertar-te do ódio, não esqueças o amor.
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Alimenta a cordialidade com quem quer que seja, que o bem-estar será sempre teu hóspede.
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Convida os teus companheiros para te ajudar na tua própria corrigenda, que o teu lucro será muito grande, na pauta do teu aprimoramento.
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Ajuda os filhos nos seus infortúnios, que a tua aflição transmutar-se-á em paz e o teu íntimo em cântico de luz.

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 Carlos
 




 

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Perdão e Liberdade


Aprendamos a perdoar, conquistando a liberdade de servir.
E imprescindível esquecer o mal para que o Bem se efetue.
Onde trabalhas, exercita a tolerância construtiva para que a tarefa não se escravize a perturbações...
Em casa, guarda o entendimento fraterno, a fim de que a sombra não te algeme o espírito ao desespero...
Onde estiveres e onde fores, lembra-te do perdão incondicional, para que o auxílio dos outros te assegure paz à vida. É indispensável que a compreensão reine hoje entre nós, para que amanhã não estejamos encarcerados na rede das trevas.

A morte não é libertação pura e simples...

Desencarnar-se a alma do corpo não é exonerar-se dos sentimentos que lhe são próprios.
Muitos conduzem consigo, além-túmulo, uma taça de fel envenenado com que aniquilam os melhores sonhos dos que ficaram na Terra, e muitos dos que ficam na Terra conservam consigo no coração um vaso de fogo vivo com que destroem as melhores esperanças dos que demandam o cinzento portal do túmulo.

Não procures para tua alma o inferno invisível do ódio.

Acomoda-te com o adversário ainda hoje, procurando entendê-lo e servi-lo, para que amanhã não te matricules em aflitivas contendas com forças ocultas.
Transferir a reconciliação para o caminho da morte é atormentar o caminho da própria vida.

Desculpa sempre, reconhecendo que não prescindimos da paciência alheia.
Nem sempre somos nós a vítima real, de vez que, por atitudes imanifestas, induzimos o próximo a agir contra nós convertendo-nos, ante os tribunais da Justiça Divina, em autores, intelectuais dos delitos que passamos a lamentar indebitamente diante dos outros.

Toda intolerância é violência.

Toda dureza espiritual é crueldade.

Quase sempre, a crítica é corrosivo do Bem, tanto quanto a acusação habitualmente, é um chicote de brasas.
E sabendo que encontraremos na estrada a projeção de nós mesmos, conservemos o perdão por defensor de nossa liberdade, ajudando agora para que não sejamos desajudados depois.
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Emmanuel
Chico Xavier







segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Para Pensar