quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Uma Boa Palavra



No teu relacionamento diário com as pessoas, não te esqueças de endereçar-lhes sempre uma boa palavra.

A palavra de esperança é uma luz que se acende no caminho dos companheiros que se revelam vacilantes na luta.

A palavra de coragem é um apoio para os que necessitam seguir adiante no desempenho das próprias obrigações.

A palavra de compreensão não raro, é mais eficaz que o medicamento prescrito pela medicina convencional aos que se queixam de amargura e desalento.

A palavra de incentivo aos que se dedicam às boas obras, pode ser comparada a preciosa alavanca que guarda consigo o poder de remover as pedras de tropeço.

Não olvides, assim, os prodígios de amor que podes realizar através de uma boa palavra e promova, desde agora, rigorosa triagem nos assuntos ventilados por teu verbo.

Falando, construirás a felicidade ou , ainda falando, arrasarás com os ideais de muita gente.

Fala como se trouxesses Jesus no entendimento e no coração e a tua palavra, em todas as ocasiões, brilhará em teus lábios à feição de uma estrela engastada no céu de tua boca.
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Pelo Espírito Irmão José
XAVIER, Francisco Cândido; BACCELLI, Carlos A.. Brilhe Vossa Luz. Espíritos Diversos. IDE.
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MENSAGEM DO ESE:
Bem e Mal Sofrer

Quando o Cristo disse: "Bem-aventurados os aflitos, o reino dos céus lhes pertence", não se referia de modo geral aos que sofrem, visto que sofrem todos os que se encontram na Terra, quer ocupem tronos, quer jazam sobre a palha. Mas, ah! poucos sofrem bem; poucos compreendem que somente as provas bem suportadas podem conduzi-los ao reino de Deus. O desânimo é uma falta. 

Deus vos recusa consolações, desde que vos falte coragem. A prece é um apoio para a alma; contudo, não basta: é preciso tenha por base uma fé viva na bondade de Deus. Ele já muitas vezes vos disse que não coloca fardos pesados em ombros fracos. O fardo é proporcionado às forças, como a recompensa o será à resignação e à coragem. 

Mais opulenta será a recompensa, do que penosa a aflição. Cumpre, porém, merecê-la, e é para isso que a vida se apresenta cheia de tribulações.

O militar que não é mandado para as linhas de fogo fica descontente, porque o repouso no campo nenhuma ascensão de posto lhe faculta. Sede, pois, como o militar e não desejeis um repouso em que o vosso corpo se enervaria e se entorpeceria a vossa alma. 

Alegrai-vos, quando Deus vos enviar para a luta. Não consiste esta no fogo da batalha, mas nos amargores da vida, onde, às vezes, de mais coragem se há mister do que num combate sangrento, porquanto não é raro que aquele que se mantém firme em presença do inimigo fraqueje nas tenazes de uma pena moral. Nenhuma recompensa obtém o homem por essa espécie de coragem; mas, Deus lhe reserva palmas de vitória e uma situação gloriosa. Quando vos advenha uma causa de sofrimento ou de contrariedade, sobreponde-vos a ela, e, quando houverdes conseguido dominar os ímpetos da impaciência, da cólera, ou do desespero, dizei, de vós para convosco, cheio de justa satisfação: "Fui o mais forte."

Bem-aventurados os aflitos pode então traduzir-se assim: Bem-aventurados os que têm ocasião de provar sua fé, sua firmeza, sua perseverança e sua submissão à vontade de Deus, porque terão centuplicada a alegria que lhes falta na Terra, porque depois do labor virá o repouso. 

- Lacordaire. (Havre, 1863.)
KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. FEB. Capítulo 5. Item 18.

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SABEDORIA E VIDA



Quando Jesus nos recomendou retribuir o mal com o bem, Ele tencionava ensinar-nos a viver com sabedoria.


O mal que combate o mal é combustível lançado sobre o incêndio.


Se alguém te injuria e condena, em vez de responder no mesmo tom, fala bem desse alguém, destacando-lhe as virtudes com sinceridade.


Não percas ocasião de exaltar as qualidades de teus adversários gratuitos e, a pouco e pouco, eles haverão de modificar as suas concepções a teu respeito.


Não te preocupes em defender-te com palavras, porque o silêncio aliado ao trabalho é o mais eloquente e poderoso dos argumentos em teu favor.


Quem, inadvertidamente, aceita a provocação das trevas, faz o jogo em que as trevas sempre terminarão por vencer.
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Irmão José (psic. Carlos Baccelli - do livro "Ajuda-te e o Céu te Ajudará")


quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021

Coronavírus


Segundo o grande orador e médium espírita Divaldo Pereira Franco, estamos vivendo "um momento grave na história da humanidade. Periodicamente a sociedade é sacudida por um clamor de sofrimento. Desta vez, o coronavírus chega no auge de nossas conquistas intelectuais, morais, do infinito, do micro e macro cosmo. A Terra estremece”. 


Palavras tão significativas como essas convida-nos a fazermos uma reflexão mais aprofundada sobre a conduta adotada como seres humanos, seres sociais, cujo interesse deve ser o progresso individual e coletivo. 

O Espiritismo nos faz compreender que não somos vítimas das dolorosas ocorrências, mas que devemos aproveitar para ampliar a visão sobre a imortalidade da alma a fim de apreender, com responsabilidade, a lição desse momento tão singular. 

A dor sensibiliza-nos! Nossos sentimentos vibram gerando ondas de solidariedade, compaixão, fraternidade; nossa inteligência busca encontrar respostas para aliviar ou sanar o grande desconforto. Assim, percebemos que fazemos parte de uma grande família chamada humanidade. Logo, o que acontece com o outro afeta a todos. 

E, então, podemos orar sentindo o "Pai Nosso" que Jesus nos ensinou, Pai de todos, sem distinção. Compreendendo e sentindo o Olhar Divino que vela e ampara cada filho Seu.

Atualmente, as casas de todos os segmentos religiosos foram constrangidas, pela necessidade de evitar o contágio da doença, a fecharem suas portas; contudo, estimulam a todos para não cerrarem os templos sagrados do coração e exortam a união de pensamentos em prece, em favor de cada irmão do nosso planeta. Esse episódio mundial conclama a união das mentes no intuito de fortalecer, revigorar a fé, laço de união com o poder supremo do Nosso Senhor.

Nós, espíritas, temos o hábito contínuo da oração, elevando a alma a Deus, enaltecendo Seus desígnios e aceitando-os; rogamos Seus recursos para alcançarmos equilíbrio, discernimento e coragem para domarmos as nossas más inclinações a fim de que não sejamos obstáculos à harmonia universal e agradecemos as inúmeras bênçãos das oportunidades concedidas de servir ao bem, a família, os amigos, a todos, a dádiva da vida.

A Doutrina Espírita orienta à reeducação da alma através da prática do Evangelho, roteiro seguro. Orar, vigiar a si mesmo, desenvolvendo a benevolência, a indulgência e o perdão. Estudar, amar e ser útil na obra de Deus são atitudes que dão o real sentido à existência.

Maria, a Mãe Santíssima, disse "Tudo passa e isso, também, passará".

Muita paz!
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POR CENTRO ESPÍRITA 
CAMINHEIROS DO BEM
avozdaserra.com.br/noticias/mensagem-espirita
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MENSAGEM DO ESE:

O argueiro e a trave no olho

Como é que vedes um argueiro no olho do vosso irmão, quando não vedes uma trave no vosso olho? — Ou, como é que dizeis ao vosso irmão: Deixa-me tirar um argueiro ao teu olho, vós que tendes no vosso uma trave? — Hipócritas, tirai primeiro a trave ao vosso olho e depois, então, vede como podereis tirar o argueiro do olho do vosso irmão. (S. MATEUS, cap. VII, vv. 3 a 5.)

Uma das insensatezes da Humanidade consiste em vermos o mal de outrem, antes de vermos o mal que está em nós. Para julgar-se a si mesmo, fora preciso que o homem pudesse ver seu interior num espelho, pudesse, de certo modo, transportar-se para fora de si próprio, considerar-se como outra pessoa e perguntar: Que pensaria eu, se visse alguém fazer o que faço? Incontestavelmente, é o orgulho que induz o homem a dissimular, para si mesmo, os seus defeitos, tanto morais, quanto físicos. Semelhante insensatez é essencialmente contrária à caridade, porquanto a verdadeira caridade é modesta, simples e indulgente. Caridade orgulhosa é um contra-senso, visto que esses dois sentimentos se neutralizam um ao outro. Com efeito, como poderá um homem, bastante presunçoso para acreditar na importância da sua personalidade e na supremacia das suas qualidades, possuir ao mesmo tempo abnegação bastante para fazer ressaltar em outrem o bem que o eclipsaria, em vez do mal que o exalçaria? Por isso mesmo, porque é o pai de muitos vícios, o orgulho é também a negação de muitas virtudes. Ele se encontra na base e como móvel de quase todas as ações humanas. Essa a razão por que Jesus se empenhou tanto em combatê-lo, como principal obstáculo ao progresso.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, itens 9 e 10.)

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Aflições da alma


É natural, neste mundo, com suas necessidades e peculiaridades, que as preocupações com o nosso entorno consumam boa parte de nossas energias.

São os compromissos financeiros a serem pagos, as atividades profissionais a realizar, a educação própria e a dos filhos a se construir.

Enfim, são muitos e os mais variados os compromissos com o dia a dia do mundo.
Somados a esses, os que efetivamente fazem nosso compromisso para conosco mesmo, assumimos outros, que são trazidos pelo barco da ilusão, e consentimos seu atracar nas praias de nossas vidas.

Assim, permitimo-nos ocupar o tempo na luta inglória contra os anos, na ilusão do não envelhecimento, esquecidos de que cuidar do corpo se faz necessário, sendo supérfluos os exageros.

Na busca do bem-estar físico, do salário que nos permita a vida confortável, deixamo-nos levar pelo exagero da ganância, pelo excesso da cobiça, usando as horas para amealhar, juntar moedas, ter fortunas.

E, quando percebemos, toda nossa vida está voltada para as coisas puramente materiais. Vivemos todas as horas de nossos dias para o mundo exterior, e só para ele.

Deixamo-nos lentamente esquecer da alma que somos, do Espírito que habita um corpo e passamos a viver como se fôssemos um corpo somente, sem alma.

Como decorrência desse comportamento, as aflições da alma surgem avassaladoras.
Descuidada e quase sempre esquecida, ela adoece por abandono e descaso, logo surgindo as aflições como consequência.
Irrompem assim as distonias mentais, a depressão, a melancolia profunda, o desinteresse pela vida.

Muitos afirmam que isso tudo surge do nada, de repente, sem causa externa ou aparente que possa ser identificada.

Porém, as aflições que nos tomam a alma são apenas o resultado do longo período de descuido a que nos entregamos.

Carentes de valores e estruturas nobres para enfrentar os desafios do mundo moderno, aturdimo-nos e nos afligimos.

Como os momentos de reflexão, meditação, autoanálise não se fazem presentes e, ainda, o comportamento generoso, de solidariedade e gratidão à vida não se tornou hábito, a alma ressequida do investimento no amor, facilmente se perturba.

Desse modo, se a alma se apresenta aflita é porque clama mudanças em suas paragens íntimas.

Se a mente, reflexo da alma, perturba-se, é porque carece do investimento inadiável de valores nobres.

Portanto, antecipar-se aos momentos de desassossego, buscando evitá-los, através das atitudes nobres, do bom pensamento e da autoanálise, é atitude de sabedoria e maturidade perante a vida.
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Redação do Momento Espírita.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 28, ed. FEP.
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FORMATAÇÃO E PESQUISA: MILTER - 23-02-2020

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Ação de Tratamento


Tristeza vazia?
O trabalho te alegrará.

Depressões?
Serviço aos semelhantes te livrará da angústia.

Afeições que te abandonaram?
Segue adiante agindo no bem ao próximo e acharás corações outros que te compartilhem os ideais.

Mágoas?
Fácil olvida-las na atividade em que nos esqueçamos em benefício dos outros.

Inquietações?
Sejamos pontuais no melhor que possamos fazer e a vida, em nome de Deus, resolverá os problemas que nos cercam, muitas vezes, sem nossa interferência.

Erros alheios?
Reflitamos nos nossos e a paz nos abençoará o caminho.

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Emmanuel
Chico Xavier 
Obra: Recados do além 
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MENSAGEM DO ESE:

O ponto de vista (II)

Se toda a gente pensasse dessa maneira – ou seja, e desse reduzida importância aos bens terrenos –, dir-se-ia, tudo na Terra periclitaria, porquanto ninguém mais se iria ocupar com as coisas terrenas. Não; o homem, instintivamente, procura o seu bem-estar e, embora certo de que só por pouco tempo permanecerá no lugar em que se encontra, cuida de estar aí o melhor ou o menos mal que lhe seja possível. Ninguém há que, dando com um espinho debaixo de sua mão, não a retire, para se não picar. Ora, o desejo do bem-estar força o homem a tudo melhorar, impelido que é pelo instinto do progresso e da conservação, que está nas leis da Natureza. Ele, pois, trabalha por necessidade, por gosto e por dever, obedecendo, desse modo, aos desígnios da Providência que, para tal fim, o pôs na Terra. Simplesmente, aquele que se preocupa com o futuro não liga ao presente mais do que relativa importância e facilmente se consola dos seus insucessos, pensando no destino que o aguarda.

Deus, conseguintemente, não condena os gozos terrenos; condena, sim, o abuso desses gozos em detrimento das coisas da alma. Contra tais abusos é que se premunem os que a si próprios aplicam estas palavras de Jesus: Meu reino não é deste mundo.

Aquele que se identifica com a vida futura assemelha-se ao rico que perde sem emoção uma pequena soma. Aquele cujos pensamentos se concentram na vida terrestre assemelha-se ao pobre que perde tudo o que possui e se desespera.

O Espiritismo dilata o pensamento e lhe rasga horizontes novos. Em vez dessa visão, acanhada e mesquinha, que o concentra na vida atual, que faz do instante que vivemos na Terra único e frágil eixo do porvir eterno, ele, o Espiritismo, mostra que essa vida não passa de um elo no harmonioso e magnífico conjunto da obra do Criador. 

Mostra a solidariedade que conjuga todas as existências de um mesmo ser, todos os seres de um mesmo mundo e os seres de todos os mundos. Faculta assim uma base e uma razão de ser à fraternidade universal, enquanto a doutrina da criação da alma por ocasião do nascimento de cada corpo torna estranhos uns aos outros todos os seres. Essa solidariedade entre as partes de um mesmo todo explica o que inexplicável se apresenta, desde que se considere apenas um ponto. 

Esse conjunto, ao tempo do Cristo, os homens não o teriam podido compreender, motivo por que ele reservou para outros tempos o fazê-lo conhecido.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. II, itens 6 e 7.)
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VIRTUDE DA GRATIDÃO


Francisco de Assis, o grande homem que se fez pequeno, em sua nobre humildade, para vivenciar o amor a Jesus, afirmou, certa feita, que a gratidão é das mais difíceis moedas de se ofertar na vida.


Por isso, o pobrezinho de Assis preocupava-se sempre em ser grato a tudo e a todos.


Agradecia ao Irmão Sol por aquecê-lo e proporcionar vida à Terra; ao Irmão Vento por acariciá-lo nos dias de calor; à Irmã Lua por enfeitar as noites de céu claro; ao Irmão Sofrimento, que lhe permitia reflexões e aprendizados sob o seu guante.


O exemplo de Francisco de Assis nos remete a profundas reflexões, nesses dias em que prepondera o egoísmo, com o que estamos vivendo, quando não agindo de igual forma.


Na irrefreada busca pelo sucesso, pela sobrevivência, pelos compromissos cotidianos, vivemos fechados em concha, envoltos nas próprias dificuldades, problemas e desafios.


Nesse tumultuar de compromissos, dificuldades, pouco paramos para perceber as coisas que a vida nos oferece e, egoisticamente, esquecemos de agradecer.


Os amores dos filhos que, aconchegados em nossos braços, parecem diluir as dores da alma, quem no-los ofertou?


A possibilidade do progresso profissional, os desafios de crescimento pessoal, as chances de desenvolvimento intelectual, quem nos oportunizou?


O corpo, que nos é instrumento de expressão, trabalho, convivência, emoções, quem no-lo deu?


Perguntemos a um doente com enfisema pulmonar, qual seu maior sonho e ele, certamente, responderá que seria poder respirar profunda e longamente.


E nós, mal nos damos conta da bênção da saúde. Ou do corpo que, mesmo com alguma avaria ou dificuldade, oferece oportunidades riquíssimas na vida.


Algumas vezes lembramos de agradecer à vida e ao Senhor da vida pelas nossas conquistas e alegrias.


Mas, por que não agradecer também pelo mal que não nos acometeu, pelas dificuldades que não ocorreram, pelas dores que não precisamos enfrentar?


E mesmo que os dias difíceis nos cheguem à jornada terrestre, agradeçamos a dor, que lapida a alma imperfeita, provocando o brotar de virtudes que ainda dormem latentes em nossa intimidade.


Ser grato à vida é virtude daqueles que conseguem sair do casulo do egoísmo e do autocentrismo, e reconhecem que a vida padece sem a ajuda e apoio que chegam a toda hora.


Para pregar Seu Evangelho de luz, Jesus escolheu doze homens para o auxiliar. E lhes foi grato, acompanhando-lhes a existência e recebendo-os em Suas bênçãos, um a um, no retorno à pátria espiritual.


Dessa forma, que sejamos nós também, a cada dia que se inicia, gratos à vida, com a mente e com o coração.


Assim, lembrando sempre de que somos devedores da bondade e misericórdia celestes, que nos acompanham e sustentam-nos na caminhada, a gratidão será o sentimento que nos inundará a alma de peregrina e suave luz.
💐💐💐💐💐💐💐
por Redação do Momento Espírita, com base em palestra de Divaldo Pereira Franco, proferida na Praia do Forte, BA, em 16.9.2011

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

O que valerá!



“Sobre a Terra, tudo é ilusão, tudo passa, tudo se transforma de um instante para outro. 

O que conta é o que guardamos dentro de nós; tudo mais há de ficar com o corpo, que se desfará em pó… 

Não vale a pena tanta luta por nada! 

Precisamos crescer interiormente, adquirir valores que sejam eternos… 

Uma simples célula cancerígena que nos apareça no corpo joga tudo no chão. 

Vamos partir para o Além com os tesouros da alma. 

Como é que haveremos de nos apresentar aos que nos endossaram a reencarnação, de mãos vazias?! … 

Precisamos ser alegres, ter confiança em Deus, amar os nossos semelhantes. 

No momento da morte, nada nos valerá tanto quanto a consciência tranquila!”
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Chico Xavier
Carlos Baccelli
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MENSAGEM DO ESE: 

O egoísmo

O egoísmo, chaga da Humanidade, tem que desaparecer da Terra, a cujo progresso moral obsta. Ao Espiritismo está reservada a tarefa de fazê-la ascender na hierarquia dos mundos. O egoísmo é, pois, o alvo para o qual todos os verdadeiros crentes devem apontar suas armas, dirigir suas forças, sua coragem. Digo: coragem, porque dela muito mais necessita cada um para vencer-se a si mesmo, do que para vencer os outros. Que cada um, portanto, empregue todos os esforços a combatê-lo em si, certo de que esse monstro devorador de todas as inteligências, esse filho do orgulho é o causador de todas as misérias do mundo terreno. É a negação da caridade e, por conseguinte, o maior obstáculo à felicidade dos homens.

Jesus vos deu o exemplo da caridade e Pôncio Pilatos o do egoísmo, pois, quando o primeiro, o Justo, vai percorrer as santas estações do seu martírio, o outro lava as mãos, dizendo: Que me importa! Animou-se a dizer aos judeus: Este homem é justo, por que o quereis crucificar? E, entretanto, deixa que o conduzam ao suplício.

É a esse antagonismo entre a caridade e o egoísmo, à invasão do coração humano por essa lepra que se deve atribuir o fato de não haver ainda o Cristianismo desempenhado por completo a sua missão. 

Cabem-vos a vós, novos apóstolos da fé, que os Espíritos superiores esclarecem, o encargo e o dever de extirpar esse mal, a fim de dar ao Cristianismo toda a sua força e desobstruir o caminho dos pedrouços que lhe embaraçam a marcha. Expulsai da Terra o egoísmo para que ela possa subir na escala dos mundos, porquanto já é tempo de a Humanidade envergar sua veste viril, para o que cumpre que primeiramente o expilais dos vossos corações. 

— Emmanuel. (Paris, 1861.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XI, item 11.)

domingo, 21 de fevereiro de 2021

Não pense em morrer!


“A depressão pede o remédio do trabalho; a pessoa triste necessita ser motivada para as pequeninas tarefas que consiga executar… 

Na depressão, o médico pode ajudar muito, mas, se o deprimido não estiver disposto a se ajudar… 

Quem sofre de depressão deve fugir da cama, do sofá… 

Faça qualquer coisa, ore, tenha confiança em Deus. 

Não pense em morrer! 

A vida está em toda parte.

 Somos filhos de Deus e estamos melhorando. 

Às vezes, a alegria que está nos faltando é justamente a alegria que devemos aos outros… 

Não sei dizer quantas vezes eu vim para a reunião com uma certa tristeza… 

Ouvindo a dor de tanta gente, a minha era insignificante. 

Quantos pais perdem os filhos e tem que continuar, não é mesmo?… 

Eu não posso ficar parado. 

Felicidade completa ninguém precisa esperar, paz definitiva eu nunca pude ver, nem os espíritos que se comunicam conosco… 

Ora, vamos nos aceitar como somos e prosseguir com muita fé em Deus”.
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CHICO XAVIER
Carlos Baccelli
O Evangelho de Chico Xavier
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MENSAGEM DO ESE: 

Desigualdade das riquezas

A desigualdade das riquezas é um dos problemas que inutilmente se procurará resolver, desde que se considere apenas a vida atual. A primeira questão que se apresenta é esta: Por que não são igualmente ricos todos os homens? 

Não o são por uma razão muito simples: por não serem igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar. É, alias, ponto matematicamente demonstrado que a riqueza, repartida com igualdade, a cada um daria uma parcela mínima e insuficiente; que, supondo efetuada essa repartição, o equilíbrio em pouco tempo estaria desfeito, pela diversidade dos caracteres e das aptidões; que, supondo-a possível e durável, tendo cada um somente com que viver, o resultado seria o aniquilamento de todos os grandes trabalhos que concorrem para o progresso e para o bem-estar da Humanidade; que, admitido desse ela a cada um o necessário, já não haveria o aguilhão que impele os homens às grandes descobertas e aos empreendimentos úteis. Se Deus a concentra em certos pontos, é para que daí se expanda em quantidade suficiente, de acordo com as necessidades.

Admitido isso, pergunta-se por que Deus a concede a pessoas incapazes de fazê-la frutificar para o bem de todos. Ainda aí está uma prova da sabedoria e da bondade de Deus. 

Dando-lhe o livre-arbítrio, quis ele que o homem chegasse, por experiência própria, a distinguir o bem do mal e que a prática do primeiro resultasse de seus esforços e da sua vontade. Não deve o homem ser conduzido fatalmente ao bem, nem ao mal, sem o que não mais fora senão instrumento passivo e irresponsável como os animais. A riqueza é um meio de o experimentar moralmente. 

Mas, como, ao mesmo tempo, é poderoso meio de ação para o progresso, não quer Deus que ela permaneça longo tempo improdutiva, pelo que incessantemente a desloca. Cada um tem de possuí-la, para se exercitar em utilizá-la e demonstrar que uso sabe fazer dela. Sendo, no entanto, materialmente impossível que todos a possuam ao mesmo tempo, e acontecendo, além disso, que, se todos a possuíssem, ninguém trabalharia, com o que o melhoramento do planeta ficaria comprometido, cada um a possui por sua vez. Assim, um que não na tem hoje, já a teve ou terá noutra existência; outro, que agora a tem, talvez não na tenha amanhã. 

Há ricos e pobres, porque sendo Deus justo, como é, a cada um prescreve trabalhar a seu turno. A pobreza é, para os que a sofrem, a prova da paciência e da resignação; a riqueza é, para os outros, a prova da caridade e da abnegação.

Deploram-se, com razão, o péssimo uso que alguns fazem das suas riquezas, as ignóbeis paixões que a cobiça provoca, e pergunta-se: Deus será justo, dando-as a tais criaturas? E exato que, se o homem só tivesse uma única existência, nada justificaria semelhante repartição dos bens da Terra; se, entretanto, não tivermos em vista apenas a vida atual e, ao contrário, considerarmos o conjunto das existências, veremos que tudo se equilibra com justiça. 

Carece, pois, o pobre de motivo assim para acusar a Providência, como para invejar os ricos e estes para se glorificarem do que possuem. Se abusam, não será com decretos ou leis suntuárias que se remediará o mal. 

As leis podem, de momento, mudar o exterior, mas não logram mudar o coração; daí vem serem elas de duração efêmera e quase sempre seguidas de uma reação mais desenfreada. A origem do mal reside no egoísmo e no orgulho: os abusos de toda espécie cessarão quando os homens se regerem pela lei da caridade.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 8.)

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TER MUITO


O dinheiro não traz real felicidade.


O poder não confere a paz interior.


A ambição acarreta angústias para a alma.


O ter muito é pior do que a necessidade.


Só a carência motiva o homem para a fé...


O excesso, quase sempre, de Deus o distancia.
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Irmão José (psic. Carlos Baccelli)

sábado, 20 de fevereiro de 2021

Ah! Se Eu Soubesse…..



Quando chegamos ao plano espiritual, a maioria dos espíritos pensa algo muito parecido:

– Ah se eu soubesse…


Se eu soubesse que a vida real não era na matéria… se eu soubesse que a realidade não é de sofrimento, mas de paz e liberdade… se eu soubesse que nada que existia na matéria é permanente, que lá é tudo passageiro, eu não teria brigado no trânsito, batido nos meus filhos, me apegado a tantas coisas efêmeras…


Ah se eu soubesse…. teria ajudado muito mais gente, teria me enriquecido com amor e luz, teria deixado de lado esses problemas pequenininhos, teria feito caridade aos necessitados, teria deixado o amor fluir, teria me atirado no bem sem nenhuma preocupação, teria sido mais humilde, teria vivido em paz…


Ah se eu soubesse… teria passado mais tempo com aqueles que amo, teria me preocupado menos, teria tido mais paciência, teria me soltado mais, me desprendido mais, teria vivido mais livre, de forma mais espontânea, mais natural, teria visto o lado bom de tudo, teria valorizado as coisas simples da vida.


Ah se eu soubesse… se soubesse que a vida na Terra vai e vem, que tudo se esvai, que nada é permanente, que não existe algo fixo, imutável. Se eu soubesse que tudo começa e termina, que os relacionamentos começam e terminam, que a dor lateja e depois vem o alívio.


Se soubesse que as diferenças sociais se extinguem, que na morte todos somos filhos do universo, que a fome é saciada, que a sede é aliviada, que a violência só traz mais violência, que os injustiçados são compensados, que os perdidos sempre se encontram, e quem está demasiadamente seguro de si acaba se perdendo.


Ah se eu soubesse… que a vida espiritual é a vida real, que as mágoas corroem o espirito, que a cobiça gera insatisfação, que a lisonja só cria humilhação, que a preguiça gera estagnação. Se eu soubesse que o medo é sempre maior do que a mente engendrou eu teria me arriscado mais, teria ousado, teria tido a coragem de ser o que eu sou, teria retirado essa máscara que encobria minha verdade, teria desatado o compromisso com o logro, com a burla, teria assumido minha integridade sem divisões, sem fragmentos.


Se eu soubesse que o mundo é uma doce miragem eu rejeitaria a pueril busca pela sensualidade. Largaria com afinco os prazeres e vícios da juventude. Se soubesse que tudo muda e nada se encerra, teria posto de lado as moléstias da nostalgia.


Ah se eu soubesse, teria menos pressa, olharia mais para a vida, veria mais o nascer do dia, comeria com calma o pão de cada manhã, teria plantado uma árvore, corrido no jardim, deitado no chão e rolado na grama. Teria mergulhado e me perdido no tempo, solto em reflexões sobre os mistérios da vida. Teria me desimpedido de autocobranças, teria me aceitado como sou e aceitado o milagre da vida como ele é.


Se eu soubesse… que o mar espiritual é infinito de bençãos, não teria digladiado por um copo de água ao lado do grandioso oceano da plenitude. Teria deixado todas as quimeras de lado, e vivido mais a vida, a existência, o cosmos, a liberdade, o eterno presente e a eterna aurora.


Ah se eu soubesse… teria renunciado aos hábitos arraigados, as discussões estéreis, a especulação teórica. Se eu soubesse, teria permanecido mais na natureza, observando os pássaros, molhando as mãos no rio, sentindo o vento, me aquecendo ao sol da manhã, sujado as mãos na lama e sentido o frescor da chuva. Se eu soubesse que sou um ser em desenvolvimento na essência inesgotável e eterna da vida, teria sido infinitamente mais livre e feliz.
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Hugo Lapa

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MENSAGEM DO ESE:

O ódio

Amai-vos uns aos outros e sereis felizes. Tomai sobretudo a peito amar os que vos inspiram indiferença, ódio, ou desprezo. O Cristo, que deveis considerar modelo, deu-vos o exemplo desse devotamento. Missionário do amor, ele amou até dar o sangue e a vida por amor. Penoso vos é o sacrifício de amardes os que vos ultrajam e perseguem; mas, precisamente, esse sacrifício é que vos torna superiores a eles. Se os odiásseis, como vos odeiam, não valeríeis mais do que eles. Amá-los é a hóstia imácula que ofereceis a Deus na ara dos vossos corações, hóstia de agradável aroma e cujo perfume lhe sobe até o seio. Se bem a lei de amor mande que cada um ame indistintamente a todos os seus irmãos, ela não couraça o coração contra os maus procederes; esta é, ao contrário, a prova mais angustiosa, e eu o sei bem, porquanto, durante a minha última existência terrena, experimentei essa tortura. Mas Deus lá está e pune nesta vida e na outra os que violam a lei de amor. Não esqueçais, meus queridos filhos, que o amor aproxima de Deus a criatura e o ódio a distancia dele.

 — Fénelon, (Bordéus, 1861.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XII, item 10.)

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ILUMINA


Busca manter a calma nas lutas que faceias.

A descrença é fator agravante da prova.

O desespero aumenta a carga de aflição.

A revolta provoca dores mais lancinantes.

O desânimo induz a piores processos.

Quem compreende ilumina a vida ao derredor.
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Irmão José (psic. Carlos Baccelli)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Alegrias e Paixões, Amor e felicidade


Qual é o objetivo da sua vida?

Atrás de que você anda?

Geralmente, a resposta pronta a estas perguntas é:

- Quero ser feliz

Mas o que é felicidade? Será que sabemos o que ela significa? Caso contrário, estaremos vagando, perdidos e, na maioria das vezes, confundindo felicidade com a alegria.

Sem a pretensão de ser o dono da verdade, vamos dar uma “versão” daquilo que acreditamos, seja a verdade.

A alegria é algo fugaz e intenso, tanto que nos faz rir, gargalhar, eleva nossa pressão arterial, provoca uma vasodilatação cutânea e chacoalhamos todo o nosso corpo em uma sensação de bem estar que passa logo em seguida. A alegria depende dos outros, pois algo, ou alguém, precisa provocá-la em nós, mas mesmo assim, só a gozamos se nos permitirmos, se nosso mau humor não bloquear estas pequenas bênçãos, estes pequenos agrados que recebemos de quando em vez. Porém, alegria não é felicidade, a felicidade é algo duradouro, construído aos poucos por cada um de nós, cultivado e cuidado todos os dias e que pode existir independente de estarmos alegres ou tristes; explico melhor: Você pode estar sentindo uma dor, como a dor da perda de um ente querido, por exemplo, e ainda assim ser feliz; você pode estar preocupado com a falta de recursos para tratar um enfermo de sua família, e ainda assim ser feliz, o que não acontece com a alegria, pois você pode dar uma gargalhada e estar profundamente infeliz, e o motivo para isso é que a felicidade não depende de ninguém a não ser de você mesmo, pois tudo de bom ou de ruim que você possa estar vivendo, terá influência, mas não será determinante para que você seja feliz, pois o fator fundamental é como você lida com estas coisas, portanto, só depende de você.

É por isso que encontramos pessoas felizes em locais desprovidos de qualquer recurso e pessoas infelizes cercadas de todas as possibilidades e apoio, posto que a felicidade é construída por você, com você e para você.

O que observamos é que grande parte de nós gasta seu tempo e energia para conquistar alegrias e esquece-se de ser feliz, o problema é que, além de ser fugaz e, por isso, trazer grande carga de desapontamento e frustração se vier sozinha, a alegria não depende só de nós, sendo, portanto, algo que não controlamos. Por isso querer enriquecer para ser feliz é um esforço inútil, mesmo porque, cada milhão conquistado será seguido de uma sensação de vazio que leva o indivíduo a buscar outro milhão e assim sucessivamente (você já havia se perguntado por que os corruptos roubam sempre muito mais do que podem gastar em uma única vida?).

Já a felicidade traz bem estar permanente e nos apóia nos momentos de dor e dificuldade, não nos frustra e não nos angustia diante de esforços vãos.

Este assunto me lembra de outro, homólogo, sobre a diferença de paixão e amor, e ai vamos, na mesma toada, percebendo que a paixão é muito intensa, porém curta, e que para ser realmente e completamente, uma paixão, precisa encontrar seu objeto de desejo, e que, ou se transforma em amor, ou traz frustração e desapontamento.

Já o amor, é calmo, constantate e, duradouro e só depende de nós, pois o verdadeiro amor não exige ser correspondido, apenas ama, não procura compensação, pois ele é a compensação, e por isso não cansa, não dói, não frustra.

Onde você anda gastando sua energia e seu tempo?

Você, por acaso tem se sentido injustiçado tem sido vítima da ingratidão, ou crê que a vida não tem sido muito boa com você?

Se assim for, acho que você está procurando alegrias e paixões, e desafortunadamente, sua busca não vai terminar nunca.

Mude o foco, deixe de esperar o que os outros “deveriam fazer por você” e comece a trabalhar para fazer alguma coisa em você. Deixe de buscar fora, aquilo que esta dentro de você e passe a construir a tolerância, a paciência, diminua suas expectativas e cultive sua espiritualidade, para então, iniciar sua jornada para um objetivo possível, a felicidade, já que não vai depender de mais ninguém, a não ser você mesmo.

Exclua a palavra ingratidão do seu vocabulário e a palavra mágoa irá embora com ela, para então, você poder ser feliz. 
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Décio Iandoli Júnior 
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MENSAGEM DO ESE:

A nova era (II)

Um dia, Deus, em sua inesgotável caridade, permitiu que o homem visse a verdade varar as trevas. Esse dia foi o do advento do Cristo. Depois da luz viva, voltaram as trevas. Após alternativas de verdade e obscuridade, o mundo novamente se perdia. Então, semelhantemente aos profetas do Antigo Testamento, os Espíritos se puseram a falar e a vos advertir. O mundo está abalado em seus fundamentos; reboará o trovão. Sede firmes!
O Espiritismo é de ordem divina, pois que se assenta nas próprias leis da Natureza, e estai certos de que tudo o que é de ordem divina tem grande e útil objetivo. O vosso mundo se perdia; a Ciência, desenvolvida à custa do que é de ordem moral, mas conduzindo-vos ao bem-estar material, redundava em proveito do espírito das trevas. Como sabeis, cristãos, o coração e o amor têm de caminhar unidos à Ciência. O reino do Cristo, ah! passados que são dezoito séculos e apesar do sangue de tantos mártires, ainda não veio. Cristãos, voltai para o Mestre, que vos quer salvar. Tudo é fácil àquele que crê e ama; o amor o enche de inefável alegria. Sim, meus filhos, o mundo está abalado; os bons Espíritos vo-lo dizem sobejamente; dobrai-vos à rajada que anuncia a tempestade, a fim de não serdes derribados, isto é, preparai-vos e não imiteis as virgens loucas, que foram apanhadas desprevenidas à chegada do esposo.
A revolução que se apresta é antes moral do que material. Os grandes Espíritos, mensageiros divinos, sopram a fé, para que todos vós, obreiros esclarecidos e ardorosos, façais ouvir a vossa voz humilde, porquanto sois o grão de areia; mas, sem grãos de areia, não existiriam as montanhas.
Assim, pois, que estas palavras — “Somos pequenos” — careçam para vós de significação. A cada um a sua missão, a cada um o seu trabalho. Não constrói a formiga o edifício de sua república e imperceptíveis animálculos não elevam continentes? Começou a nova cruzada. Apóstolos da paz universal, que não de uma guerra, modernos São Bernardos, olhai e marchai para frente; a lei dos mundos é a do progresso. 

– Fénelon. (Poitiers, 1861.)

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. I, item 10.)

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PEDIDO DE SOCORRO



Talvez, ainda não tenhas conseguido reparar que, não raro, aquele que se habituou a te perturbar pode estar te enviando um pedido de socorro às avessas.


Existem pessoas que não têm coragem de expor, com clareza, o estado de necessidade em que se encontram, e muitas outras que sequer puderam identificá-lo em si.


As constantes provocações que alguém te faça, esperando a tua benéfica reação, é comportamento semelhante ao de uma criança que se aproxima dos pais e, simplesmente, choraminga, esperando que os genitores consigam atinar com a causa de seu sofrimento.


Assim, não interpretes quem te incomoda de maneira sistemática, apenas por empecilho à tua paz.


Todos os que se aproximavam de Jesus, principalmente os que Dele se abeiravam com o propósito de criar-Lhe embaraços, eram espíritos extremamente doentes que, ignorando a própria situação, permaneciam na expectativa de que fossem curados.
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Amor e Sabedoria - Irmão José