quarta-feira, 3 de abril de 2013

Ainda Hoje



Irritavas-te, ainda hoje, no justo momento da caridade.

E pensavas contigo mesmo: "valerá suportar a bílis do companheiro encolerizado, desculpar o insulto da ignorância, sofrer sem revolta aos golpes da violência e ajudar aos que me incomodam na via pública?"

Refletias a extensão do mal e confiavas- te ao desespero.

Entretanto, não se pode julgar o campo pelo talo de erva, nem avaliar espiritualmente a multidão pelo movimento da praça.

O amigo que te oferece o semblante áspero guarda provavelmente um espinho de aflição a espicaçar- lhe o peito, a pessoa que te injuria talvez padeça lastimável cegueira, a mão que te fere expõe o próprio desequilíbrio e esses rostos ulcerados que te pedem consolo trazem também consigo um coração suspirando por Deus.

Deixa que a bondade se externe por ti, estendendo a fonte da esperança e a melodia da bênção.

Silencia a palavra candente e apaga todo impulso de crueldade.

Ergue ainda hoje os que caíram.

Amanhã, é provável necessites escudar- te naqueles que levantas.

Reflitamos no Eterno Amigo que passou na Terra, compreendendo e servindo, sem descrer do amor, embora sozinho nos supremos testemunhos da própria fé.

Ampara, alivia, ilumina e socorre sempre.

Todo auxílio na obra do Bem é uma prece silenciosa.

E, toda vez que auxilias, o anjo da caridade está perto, orando também por ti.
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Meimei
Chico Xavier





terça-feira, 2 de abril de 2013

Pacifica Sempre



"Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de
  Deus." - Jesus

Por muitas sejam as dores que te aflijam a alma, asserena-te na oração e
pacifica os quadros da própria luta.

Se alguém te fere, pacifica desculpando.

Se alguém te calunia, pacifica servindo.

Se alguém te menospreza, pacifica entendendo.

Se alguém te irrita, pacifica silenciando.

O perdão e o trabalho, a compreensão e a humildade são as vozes
inarticuladas de tua própria defesa.

Golpes e golpes são feridas e mais feridas.

Violência com violência somam loucura.

Não ergas o braço para bater, nem abras o verbo para humilhar.

Diante de toda perturbação, cala e espera, ajudando sempre.

O tempo sazona o fruto verde, altera a feição do charco, amolece o rochedo
e cobre o ramo fanado de novas flores.

Censura é clima de fel.

Azedume é princípio de maldição.

Onde estiveres, pacifica.

Seja qual for a ofensa, pacifica.

E perceberás, por fim, que a paz do mundo é dom de Deus, começando de ti.

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Emmanuel
 Francisco Cândido Xavier
Livro: Palavras de Vida Eterna





 

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Sentenças da Vida


Cumpra os deveres desagradáveis. Buscar apenas o nosso deleite é comodismo crônico.
*
Vitalize os negócios com a fraternidade pura. O comércio não foge à ação da Providência Divina.
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Coloque o bem de todos acima do interesse partidário. A senda cristã nas atividades da vida será sempre “caridade”.
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Esqueça as narrativas que exaltem indiretamente o erro. A moral da história mal contada é sempre a invigilância.
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Liberte-se das frases de efeito. A palavra postiça sufoca o pensamento.
*
Evite o divertimento nocivo ou claramente desnecessário. Os pés incautos encontram a queda imprevista.
*
Resista à desonestidade. O critério do amor não se modifica.
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Valorize os empréstimos de Deus. Dar não significa abandonar.
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Prestigie a sabedoria da Lei, obedecendo-lhe. O auxílio espiritual não surge sem preço.
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André Luiz
   Chico Xavier 






domingo, 31 de março de 2013

Escuta e Age



Livra-te das amargas lembranças que te prendem aos escuros caminhos do passado.

Não te detenhas a examinar a própria aflição, imbuído de pessimismo e invalidade.

É inútil a água que repousa no lodo e ineficiente o trabalhador que não produz.

Vale-te do ensejo e tempo disponível para aprofundar considerações otimistas de renovação e atividade.

Não lamentes, afirmando: "Sou infeliz".

Não anules o apelo, dizendo: "Quem sou eu para ajudar".

Quem decreta a própria inutilidade se desconhece.

Estás no lugar certo, no momento exato e com os recursos exigíveis.

Movimenta o interesse paralisado e experimenta começar.

Recupera a alegria e deixa que a esperança ilumine o céu sombrio de tua alma.

Ninguém atingirá as Alturas Espirituais sem a movimentação do sacrifício, nem se justificará no fracasso apresentando a desculpa: "Eu não pude".
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 Joanna de Ângelis
 

sábado, 30 de março de 2013

Comece bem o seu dia





O dia que começa é bênção que se renova para você.
Ao despertar, saúde o seu dia com a melodia vibrante da prece, musicalizando suas aspirações.
Ocupe os minutos primeiros com a gratidão ao Senhor e formule os roteiros a executar nas horas diurnas com método e equilíbrio.
Reaja às impressões negativas retidas na memória, sobrepondo a elas os nobres ideais da oportunidade nova.
A leitura evangélica constituirá para você excelente motivação para o seu dia.
Cultive-a.
*
Paute suas atividades dentro do ritmo dos pensamentos superiores, fazendo sempre aos outros o que gostaria deles receber.
Tente conquistar uma amizade nova ou repare, sem delongas, um mal-entendido da véspera.
*
Trabalhe com amor, ganhando as horas.
Não esqueça, porém, de que o excesso de atividade conduzi-lo-á à estafa e, consequentemente, a pouco rendimento de produção, quando não o precipita na enfermidade.
A alegria ajudá-lo-á na execução das atividades, por isso motive-se com as lições vivas do otimismo cristão.
Quem decide vencer-se e produzir, em tudo encontra razões de vitória.
*
Economize palavras vãs.
 As águas espalhadas do rio não podem retroceder às nascentes.
Palavras são portas de acesso à comunicabilidade. 
Muitas delas são vias de aniquilamento.
 Fiscalize-as.
*
Não se aflija pelos múltiplos problemas, perdendo-se na solução deles de uma só vez.
Atenda as tarefas, uma após outra, sem precipitação.
Considere a possibilidade de desencarnar inesperadamente.
Arrume sua vida, tendo em vista esse evento.
O que não consiga agora evite transformar em agastamento.
O hoje é, também, o futuro já presente.
*
Elimine as mágoas do dia passado, no seu programa de ação.
Quem conserva queixas conduz acidez portadora de doenças soezes.
*
Se tiver ensejo faça o Bem; se não tiver ocasião de fazê-lo, crie as circunstâncias.
Um dia sem a prática de ações dignificadoras é um dia realmente perdido, embora você tenha conseguido armazenar títulos contábeis ou moedas fiduciárias.
Esses ficam com o corpo e aquelas seguem com você.
*
Atravesse o dia com tranquila vigilância espiritual.
Cada hora passada é parte dele que você não mais recuperará.
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Marco Prisco








quinta-feira, 28 de março de 2013

Mensagem do - "Morto" - jovem Kako



“As janelas se abrem para a vida, mas...” 

Sinto-me hoje como se estivesse transposto, após densas torturas e solidão, um túnel escuro1 cujo tempo parou numa dor enorme, sem nome para descrever como começou meu sofrimento. Eu sei passo a passo como me destruí, como me esfacelei no desespero maior.

Jovem ainda, tímido e inseguro, admirava as companheiras de turma que lideravam e organizavam festas. Família ajustada relativamente feliz, era apoiado por exemplos e conselhos e muita esperança no meu futuro.

Inteligente, era procurado por colegas para auxiliá-los, mas ao mesmo tempo, procuravam lançar-me a semente da dúvida, se valeria tanto esforço, quando tantos não estudavam, tantos eram ricos em troca de poucos esforços nos negócios. Não percebi como era dilapidado, solapado na alma ingênua e dócil.

Quando minhas companhias e minhas atitudes começaram a assustar meus pais, me revoltei, senti-me pressionado, sem razões que justificassem as atitudes deles. E teve início então, meu roteiro doloroso, minha via-crucis pelas quebradas da vida. Copos quebrados, pontapés em portas, agressões físicas; a mãe adorada e frágil tornou uma incômoda presença, me lancei de cabeça nas drogas que, pois cada vez mais, me pareciam um recurso, e mergulhei na decadência do sonho e do desrespeito.

Quando busquei os amigos, por não suportar mais, até a convivência comigo mesmo; eles se afastavam e riam. Muitas vezes fui deixado só nas portas dos bares noturnos, a dormir com os cães, repartindo a cama da sarjeta. Nenhuma mão, nenhum apoio daqueles que haviam me atirado no abismo da delinqüência e do vício. _Mas como esperar apoio das mãos que empurravam para a queda? Encontrava nos olhos marcados de pranto da minha mãe o carinho e a dor; nas mãos que comprimiam a fronte de meu pai, a angústia. Mas eu sentia-me fraco e não reagia e, num dia frio com minha alma e lodacento com meu caráter, uma overdose arrebatou-me para as trevas da morte.

Foi horrível; era como despencar num labirinto de gargalhadas e gritos zombeteiros que me acolhiam na morte não esperada, não programada, porque eu queria viver, queria libertar-me, ser como tantos jovens que passavam alegres e saudáveis, sem a obsessão daquela ideia fixa e maldita...

Como descrever meu pânico, meu temor, ao visualizar cenas dantescas de jovens que haviam partido como eu e que tais quais duendes enlouquecidos, arrastavam consigo as marcas indeléveis com que haviam ferido o próprio espírito.

Hoje o céu ainda é tenebroso, mas cintilam estrelas pequeninas de esperança. Parti tão jovem, com 25 anos. Poderia estar hoje na Terra, com uma família, passear com filhos, trabalhar, chegar em casa cansado, sonhar, viver, e o que tenho?

_Nada! Remorsos pelo tempo perdido, desespero por ter sido abraçado pela morte que, de forma inexorável, acolhe os imprevidentes e indiligentes.

Socorrido por piedade de Deus, espero nova programação terrena, onde segundo me afirmam, trarei um corpo enfermo e sem beleza das formas que eu não soube valorizar e respeitar. Terei uma família difícil, para aprender a valorizar o ninho de amor e apoio que eu perdi com minha insensatez. Meu testemunho não está sendo fácil, é como desnudar o espírito, mas é necessário para aqueles que caminham na Terra...

As janelas se abrem para a vida, mas nós escolhemos se deixamos entrar o sol ou as sombras do mal. Nas noites vazias de Deus e repletas da multidão de ociosos é que se esconde o vício, o crime, a solidão e a morte. Vivamos com paz na alma, dando graças pela benção da juventude e sabendo que amigos não nos empurrarão jamais para o vício e o desrespeito, mas para o aprimoramento dos nossos deveres, para o cumprimento dos nossos compromissos com a família, com a sociedade e com nós mesmos.

Que Deus nos guarde a todos!

Espírito de Marcos, Kako

Mensagem extraída do Livro “Unidos pela Saudade” recebido por psicofonia pela médium Shyrlene Soares Campos, do Núcleo Servos de Maria de Nazaré, que é uma Instituição Filantrópica reconhecida como Utilidade Pública: *Municipal (Lei no. 4362 de 11/07/86), *Estadual (no.12.877 de 17/06/98) e *Federal (no. 485 de 15/06/2000). Av. Dr. Arnaldo Godoy de Souza 2275 – Caixa Postal 320 – Fone (0xx34)3238-4551 CEP: 38412-970 Uberlândia – M.G.  



 

Mensagem de uma - "Morta" - Jovem Universitária da USP



Como aluna da USP, me sentia uma pessoa privilegiada e vencedora. Tinha um grupo grande de amigos que me incensava a vaidade, e que em festas sucessivas me levava às primeiras experiências com LSD.

Como eu passava longo tempo fora do lar, com justificativa de estudo em grupo, meus pais nunca se deram conta do meu vício. Mergulhei durante um ano em secretas viagens alucinatórias. Era usar o ácido e os rostos se deformavam. Via flores gigantes, pássaros coloridos de plumagens belas e, às vezes, caras tortas, deformadas e contorcidas. Era a pior face do vício.

Surgiu então, em meu caminho, um novo colega, o tipo careta, bonzinho, ajuizado. A atração que sentimos foi muito forte e, embora sabendo que eu era desajustada, apoiava-me e impedia-me, às vezes, de participar de cenas.

Como eu não me dispunha de mudar de vez, e a trocar de companhias, ele terminou o namoro às vésperas de um feriado longo. Chorei muito. Esperava que ele retornasse pela força do nosso amor. Viajei com a turma para Guarujá, mais para desforrar a viagem que ele fizera para o interior, onde morava antiga namorada dele.

Minha família se preocupou com minha depressão. Ignorava que o rompimento era por eu não romper com as drogas. Na praia mergulhei fundo em bebida alcoólicas e LSD.

Uma tarde, no apartamento, todos viajando, cada um a seu modo, vi um “anjo” que me chamava na janela. Comecei a gritar eufórica. Os amigos me seguravam, mas me desvencilhei deles e mergulhei solta no espaço. Não havia anjo, havia ácido no meu cérebro.

Tudo isso ocorreu em 1970. Meu namorado soube depois. Ele foi acusado de ser o culpado do meu suicídio. Todos queriam salvar a própria pele e diagnosticaram como forte depressão o que era alucinação.

Ele aceitou a situação sem se defender e manchar o meu nome. Fiquei como a pobre coitadinha e não como uma irresponsável que não soube agradecer tudo de grandioso que recebeu em oportunidades da vida.

Sofri muito no Plano Espiritual. Monstros me acompanhavam, seres em decomposição, cheiro fétido envolvia em gases peçonhentos tudo que me cercava.

Quando amparada pelo meu pai, que sofrera um enfarte e viera para o Plano Espiritual, oito anos depois da minha partida, me reajustei, e a grande verdade veio à tona.

Me dirijo aos jovens. Minha família está bem, mas muitos jovens como eu estão dando os primeiros passos na estrada do auto-extermínio.

Detenham-se enquanto podem recuar. A realidade da vida é bela, e vocês não terão como vive-la se drogando.

Detenham os passos nessa senda destruidora, nessa fogueira que queima nossa saúde, nossos sonhos, nossas vidas.

Vida, sempre!

Drogas, não!
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Espírito, V... M...

Psicografia Shyrlene Soares Campos
Fonte Jornal Arauto de Luz Número 16 de Junho 1999

Narrativa de um Viciado “Morto”



“Meu nome é Cláudio. Desencarnei em acidente, devido ao excessivo consumo de álcool e drogas. Tinha nas mãos todos os recursos para vencer, segundo os moldes da vida. Não vou afirmar que fui alucinado por más companhias. Todos nós buscamos as pessoas com as quais mais nos identificamos.

Se derrapei no mal e fui vampirizado por entidades que me torturaram o corpo e posteriormente o espírito, se desci à mais negra degradação, se entorpeci meus sentidos anulando-me fisicamente, só a mim cabe a culpa.

Fui aquinhoado com inteligência, pais amoráveis, segurança financeira. Nunca me faltou dinheiro, amigos, confiança. Essa excessiva confiança, talvez, tenha sido a causa maior de minha falência.

Quando comecei a trilhar os primeiros passos do vício, e pedir dinheiro e mais dinheiro, se meus pais tivessem me observado, me acompanhado, se tivessem sido mais vigilantes e menos pródigos, talvez meu caminho tivesse sido outro.

Mergulhei em sofrimentos inenarráveis. Sofri todas as torturas, conheci o “inferno” de perto. Eu que nasci talhado para vencer, conheci os abismos insondáveis das torpezas humanas e espirituais.

Jovens, sede prudentes!
Valorizem os tesouros da vida, se amparem nas leituras edificantes, fujam dos amigos da noite e das horas vazias.

Quando socorrido numa colônia abrigo para desintoxicação, rememorei meus dias passados, minha bola colorida, meu velocípede, meus livros, meus discos, meus pratos prediletos, meu bombom favorito. Chorei de desespero com saudade do menino que fui.

Ah! Se eu pudesse transformar num passe de mágica o tempo que vivi eu mudaria tudo. Mas, não tenho mais tempo... Perdi minha chance.

Me resta agora o arrependimento, a dor, a saudade.

Meu Deus, como sou infeliz! Mas queixas não transformam destino.

Agora é recomeço difícil. Quase nada conheci, nem pude realizar. Na próxima vida, muito menos farei. Renascerei num lar pobre com pessoas desconhecidas e que precisam da prova de um filho mongolóide. Difícil caminho, eu sei...

Mas pior seria permanecer como estou, anulado e sufocado de remorso.

Quando virem um jovem alegre e ele lhe parecer um vencedor, orem por ele. Quem sabe se no meio da multidão inconsciente e inconsequente não caminha apenas mais um vencido!”
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Shyrlene Soares Campo

Bilhete em resposta



O seu trabalho é a revelação de você mesmo.

Servir é a nossa melhor oportunidade.

Quando você age em favor de alguém, você está induzindo outros a agir em seu benefício.

Nunca se canse de auxiliar para o Bem.

Desculpe sempre porque todos temos algum dia em que necessitamos de perdão.

Não alegue defeitos para deixar de servir, porque o trabalho é a bênção de Deus que nos suprime as deficiências.

Dificuldade é um teste de paciência.

Desprezo da parte de alguém é a aula da vida para aquisição de humildade.

Você nem sempre terá o que deseja, mas enquanto estiver ajudando aos outros encontrará os recursos de que precise.

Depois de grande esforço para solucionar esse ou aquele problema, não se agite se outro problema aparecer requisitando-lhe novo esforço porque Deus renovará tuas forças para recomeçar.
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 André Luiz
Chico Xavier