Emaranhas-te, algumas vezes, no cipoal da incompreensão de seres queridos.
Aqui, é um filho que se te afigura inacessível às diretrizes de renovação; mais além, é um coração amado que parece não mais te suportar os convites ao bom senso.
Não insistas com intimações palavrosas.
Ameaças e desafios assemelham-se a marteladas sobre pregos de fixação.
Oferece-lhes bondade e simpatia, quando te não consigam entender, mas não os encarceres nas linhas de teus pensamentos.
Se pessoas queridas fogem de ti, inconformadas com a vida em tua casa mental, abençoa-as com serenidade e continua agindo e servido na execução dos ideais superiores que abraças.
E se, um dia, te retornarem à convivência, buscando trabalhar perto de ti, quanto se te faça possível, abre-lhes os braços; e se te solicitam a intercessão para que venham a servir noutros caminhos, não vaciles ajudá-las, afim de que retomem o esforço de elevação do qual se afastaram transitoriamente.
Perdão não é apenas uma joia na boca e sim a aceitação dos outros, na condição em que ainda se encontrem, com a sincera disposição de colocar-nos em lugar deles, não somente para avaliar-lhes a situação, mas também para sabermos quanto estimaríamos recolher, na situação dos que erram, a tolerância da generosidade alheia.
Sigamos o próprio caminho, sem impedir que os semelhantes escolham estradas diferentes das nossas.
Certa feita, recomendou Jesus ao Apóstolo:
- “Perdoarás não apenas uma vez, mas setenta vezes sete”. Isso quer dizer também que à frente dos nossos irmãos que nos firam ou nos ofendam, cabe-nos abençoá-los e auxiliá-los, tantas vezes quantas se fizerem necessárias.
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Meimei
Chico Xavier
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