quarta-feira, 6 de setembro de 2017

NO GRANDE CAMINHO




Não digas que os outros são maus quando todos os seres são bons para serem, um dia, perfeitamente bons.

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Se já consegues doar algo de ti, procurando entesourar a bondade, não acuses aquele que acumula os bens da vida, crendo assim enriquecer-se para unicamente entregar, mais tarde, por mãos alheias, as vantagens que ajuntou.
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A rigor, não existem espíritos absolutamente maus.
A vida nada cria para desequilíbrio ou delinquência.
A fonte é boa porque distribui generosamente os dons que lhe são próprios, entretanto, o solo não é ruim porque prenda a fonte a si mesmo.
A andorinha é um poema de beleza, volitando na altura, todavia, o batráquio não pode ser interpretado por monstro porque esteja colado ao charco.
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Não existe pomicultor capaz de condenar a planta recém-nata, na fraqueza em que se caracteriza, simplesmente porque a veja, assim débil, ao lado de árvore vigorosa em plena maturação. Protegerá uma e outra, considerando-lhes tempo e valor.
Assinala-se cada ser por determinada problemática na escala evolutiva.
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Observando os princípios que regem a natureza se alguém te injuria por não seres ainda um espírito tão bom quanto seria de desejar, não interrompas o trabalho a que te afeiçoas para te mostrares, no futuro, tão bom quanto precisas ser. Prossegue agindo e servindo, certificando-te de que ação e utilidades podem transformar qualquer deserto em jardim.
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Não reclames contra ninguém quando surjam aqueles que te não consigam compreender e procura compreender a quantos te reprovem.
Segue adiante, ama e abençoa, auxilia e constrói, que para isso todos fomos chamados a viver.
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As diretrizes do entendimento e da misericórdia te facilitarão a romagem no dia-a-dia e o dever cumprido falará por ti ao silêncio.
A força do Universo que mantém a floresta é a mesma que vitaliza a semente diminuta.
Aprendamos a servir e a esperar, a fim de que os tesouros da evolução se nos revelem no grande caminho da imortalidade.
Toda criatura é um fruto divino na árvore da vida, mas todo fruto pede tempo, a fim de amadurecer.
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(Francisco Cândido Xavier por Emmanuel. In: Encontro de Paz)
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MENSAGEM DO ESE:
A nova era (III)

Santo Agostinho é um dos maiores vulgarizadores do Espiritismo. Manifesta-se quase por toda parte. A razão disso, encontramo-la na vida desse grande filósofo cristão. Pertence ele à vigorosa falange do Pais da Igreja, aos quais deve a cristandade seus mais sólidos esteios. Como vários outros, foi arrancado ao paganismo, ou melhor, à impiedade mais profunda, pelo fulgor da verdade. Quando, entregue aos maiores excessos, sentiu em sua alma aquela singular vibração que o fez voltar a si e compreender que a felicidade estava alhures, que não nos prazeres enervantes e fugitivos; quando, afinal, no seu caminho de Damasco, também lhe foi dado ouvir a santa voz a clamar-lhe: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” exclamou: “Meu Deus! Meu Deus! perdoai-me, creio, sou cristão!” E desde então tornou-se um dos mais fortes sustentáculos do Evangelho. Podem ler-se, nas notáveis confissões que esse eminente espírito deixou, as características e, ao mesmo tempo, proféticas palavras que proferiu, depois da morte de Santa Mônica: Estou convencido de que minha mãe me virá visitar e dar conselhos, revelando-me o que nos espera na vida futura. Que ensinamento nessas palavras e que retumbante previsão da doutrina porvindoura! Essa a razão por que hoje, vendo chegada a hora de divulgar-se a verdade que ele outrora pressentira, se constituiu seu ardoroso disseminador e, por assim dizer, se multiplica para responder a todos os que o chamam.
— Erasto, discípulo de S. Paulo. (Paris, 1863.)

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. I, item 11.)

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