Essa tristeza inexplicável que insiste em acompanhá-lo é um sinal de alarme exigindo pronta intervenção de nossa parte.
Talvez seja falta de contentamento com as bênçãos que a vida já lhe concedeu.
A ingratidão nos deixa freqüentemente prisioneiros do azedume e do mal-humor.
Se você insiste em ver o que lhe falta, e no mais das vezes o que lhe falta é o de que você não necessita, jamais terá tempo para agradecer o que Deus achou justo para você viver feliz hoje.
Se você não tem o que gosta, saiba que a alegria nasce quando aprendemos a gostar do que temos.
É possível também que esteja lhe faltando a alegria que vem do próximo.
Vivemos em regime de permutas constantes.
Da mesma forma que precisamos do trabalho alheio, carecemos também de experimentar o sorriso que alguém nos endereça, uma palavra de agradecimento por um favor prestado, uma oração que alguém faça por nossa intenção em razão de um simples gesto de carinho.
Quando enxugamos as lágrimas de alguém, Deus enxugará as nossas. Quando fazemos alguém sorrir, Deus sorrirá conosco.
Quando damos um simples passo com um irmão em dificuldade, Deus caminhará conosco por longas estradas.
Quando vamos ao encontro da dor alheia, a alegria de Deus nos arrancará a tristeza do peito.
Não é errado sentir tristeza. O problema é ficar triste pelo resto da vida.
A natureza se revela em ciclos que se renovam de tempos em tempos. As estações do ano também se revezam periodicamente.
Será que o seu inverno já não chegou ao fim? Será que já não secou a fonte das lágrimas que você insiste tanto em derramar?
Será que a primaverá não está batendo à sua porta?
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JOSÉ CARLOS DE LUCCA
MENSAGEM DO ESE:
A paciência
A dor é uma bênção que Deus envia a seus eleitos; não vos aflijais, pois, quando sofrerdes; antes, bendizei de Deus onipotente que, pela dor, neste mundo, vos marcou para a glória no céu.
Sede pacientes. A paciência também é uma caridade e deveis praticar a lei de caridade ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste na esmola dada aos pobres é a mais fácil de todas. Outra há, porém, muito mais penosa e, conseguintemente, muito mais meritória: a de perdoarmos aos que Deus colocou em nosso caminho para serem instrumentos do nosso sofrer e para nos porem à prova a paciência.
A vida é difícil, bem o sei. Compõe-se de mil nadas, que são outras tantas picadas de alfinetes, mas que acabam por ferir. Se, porém, atentarmos nos deveres que nos são impostos, nas consolações e compensações que, por outro lado, recebemos, havemos de reconhecer que são as bênçãos muito mais numerosas do que as dores. O fardo parece menos pesado, quando se olha para o alto, do que quando se curva para a terra a fronte.
Coragem, amigos! Tendes no Cristo o vosso modelo. Mais sofreu ele do que qualquer de vós e nada tinha de que se penitenciar, ao passo que vós tendes de expiar o vosso passado e de vos fortalecer para o futuro. Sede, pois, pacientes, sede cristãos. Essa palavra resume tudo.
— Um Espírito amigo. (Havre, 1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IX, item 7.)
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