sexta-feira, 3 de setembro de 2021

MENSAGEM FRATERNA


Guarde-se do mal e defenda-se dele com a realização do bem operante. O mal não merece consideração.
Há muito que fazer, valorizando a oportunidade de serviço que surge inesperada.
A intriga não merece a atenção dos seus ouvidos.
A injúria não merece o respeito da sua preocupação.
A ingratidão não merece o zelo da sua aflição.
O ultraje não merece o seu revide verbalista.
A mentira não merece a interrupção das suas nobres tarefas.
A exasperação não merece o seu sofrimento.
A perseguição gratuita não merece a sua solicitude.
A maledicência não merece o alto-falante da sua garganta.
A inveja não merece o tempo de que você necessita para o trabalho nobre.

Os maus não merecem a sua inquietação.
Entregue-os ao tempo benfazejo.

Abra os braços ao dever, firme-se no solo do serviço, abrace-se à cruz da responsabilidade, recordando o madeiro onde expirou o Cristo e, em perfeita magnitude, desafie a fúria do mal.
O lídimo cristão é fiel servidor.

Você tem somente um amo a quem prestará contas: Jesus!

Preocupado com o que deve fazer, não pare a escutar os que não têm o que fazer ou nada querem fazer.
Transformando-se em antena viva da inspiração superior, registre o ensinamento evangélico do amor, no coração, viva-o na ação e prossiga sem medo.

Você sabe que em toda seara existem abelhas diligentes e marimbondos destruidores. Também, não ignora “que os maus por si mesmos se destroem”, como afirma a sabedoria popular.

Identifique no obstáculo o ensejo iluminativo e não se detenha.

Por essa razão, enquanto a ventania açoita, guarde a sua fé robusta e, sem dar atenção ao mal, esteja acautelado, porque, não descendo às ondas mentais dos maus, você paira inatingível nas vibrações superiores das Altas Potências da Vida. Doe amor e, assim, faça o bem, para que não venha “a responder por todo mal que haja resultado de não haver praticado o bem”.
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Autor: Marco Prisco
Psicografia de Divaldo Franco
Livro: Legado Kardequiano









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MENSAGEM DO ESE:

Mercadores expulsos do templo

Eles vieram em seguida a Jerusalém, e Jesus, entrando no templo, começou por expulsar dali os que vendiam e compravam; derrubou as mesas dos cambistas e os bancos dos que vendiam pombos: — e não permitiu que alguém transportasse qualquer utensílio pelo templo. — Ao mesmo tempo os instruía, dizendo: Não está escrito: Minha casa será chamada casa de oração por todas as nações? Entretanto, fizestes dela um covil de ladrões! — Os príncipes dos sacerdotes, ouvindo isso, procuravam meio de o prenderem, pois o temiam, visto que todo o povo era tomado de admiração pela sua doutrina. (S. MARCOS, cap. XI, vv. 15 a 18; — S. MATEUS, cap. XXI, vv. 12 e 13.)


Jesus expulsou do templo os mercadores. Condenou assim o tráfico das coisas santas sob qualquer forma. Deus não vende a sua bênção, nem o seu perdão, nem a entrada no reino dos céus. Não tem, pois, o homem, o direito de lhes estipular preço.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVI, itens 5 e 6.)

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Desafio e resposta


Compadece-te, pede a vida. Compadece-te, pede a lei.

A vida é amor e a lei é justiça, no entanto, por marco de interação, a Divina Providência colocou entre ambas a fonte da misericórdia, assegurando o equilíbrio.

O amor sabe que, sem justiça, a estrada mergulharia no caos, e a justiça reconhece que, sem amor, a meta se perderia nas tramas do ódio.

Acende, pois, a lâmpada de tua compaixão e clareia a marcha.

Quando a névoa obscureça algum trecho da senda, aponta o rumo certo e, conquanto não percas a prioridade do raciocínio, estende o pão da bondade com o metro da lógica.

Se alguém te escorraça, recorda que ninguém altearia os punhos contra o próximo se estivesse convencido de que, um dia, no Plano Superior, seremos inquiridos sobre aquilo que estamos fazendo aos nossos irmãos;

se alguém te menospreza, reflete que ninguém depreciaria um companheiro se soubesse que, amanhã, talvez renasça no lar daqueles mesmos a quem haja fustigada com o látego da aversão;

se alguém te injuria, lembra-te de que ninguém ergueria o verbo, em louvor da crueldade, se realmente acreditasse que responderemos por todos os espinhos que estivermos semeando nos caminhos alheios;

se alguém te prejudica pelo abuso de autoridade, pensa que ninguém se desmandaria no poder se meditasse na hora inevitável em que será compelido a fundir todas as vanglórias humanas num punhado de cinzas!…

Serve, reconhecendo que o trabalho é nossa herança comum, na jornada evolutiva, e ora, aceitando no firmamento o teto abençoado que a todos nos acolhe como filhos de Deus.

À frente de quem se aproxime, compadece-te. Todos somos alunos na escola da experiência.

Cada lição conquistada resulta de esforço. Esforço, muitas vezes, encontra dificuldade. Toda dificuldade é um desafio. E, diante de qualquer desafio, antes de tudo, compaixão é a resposta.
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Emmanuel
Chico Xavier 
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No dia da incerteza


“Nós, porém, temos a mente do Cristo.” — PAULO (1 Coríntios 2.16)

Para qualquer de nós, chega o minuto das grandes hesitações.

Trabalhamos, por tempo enorme, no encalço de determinada realização e eis que, de chofre, todo o nosso esforço parece perdido…

Buscávamos diretrizes no exemplo de alguém, que aceitávamos como possuindo bastante virtude para guiar-nos a vida e esse alguém falha desastradamente no instante preciso em que mais lhe requisitamos as luzes…

Contávamos com certos recursos para o atendimento a compromissos diversos e esses recursos como que se evaporam, deixando-nos amarguradamente frustrados…

Retínhamos elementos valiosos que nos garantiam segurança e tranquilidade e, por circunstâncias inelutáveis, nos vemos privados deles, largados à prova, sem alegria e sem direção…

Todos somos surpreendidos pelo dia nublado de incerteza em que nos reconhecemos perplexos.

Por dentro, ansiedade; por fora, consternação…

Não nos sintamos, porém, sozinhos. Dispomos da mente de Cristo, o Divino Mestre da Alma.

Roguemos a Jesus caminho e sustento.

A hora da incerteza é, sobretudo, a hora da prece. Quando a sombra chega é o momento de fazer luz.
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Emmanuel
Chico Xavier

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Solução natural


 Os Espíritos benfeitores já não sabiam como atender à pobre senhora obsidiada.

 Perseguidor e perseguida estavam mentalmente associados à maneira de polpa e casca no fruto.

 Os amigos desencarnados tentaram afastar o obsessor, induzindo a jovem senhora a esquecê-lo, mas debalde.

 Se tropeçava na rua, a moça pensava nele…

 Se alfinetava um dedo em serviço, atribuía-lhe o golpe…

 Se o marido estivesse irritado, dizia-se vítima do verdugo invisível…

 Se a cabeça doía, acusava-o…

 Se uma xícara se espatifasse, no trabalho doméstico, imaginava-se atacada por ele…

 Se aparecesse leve dificuldade econômica, transformava a prece em crítica ao desencarnado infeliz…

 Reconhecendo que a interessada não encontrava libertação por teimosia, os instrutores espirituais, ligaram os dois — a doente e o acompanhante invisível — em laços fluídicos mais profundos, até que ele renasceu dela mesma, por filho necessitado de carinho e de compaixão.

 Os benfeitores descansaram.

 O obsessor descansou.

 A obsidiada descansou.

O esposo dela descansou.

 Transformar obsessores em filhos, com a bênção da Providência Divina, para que haja paz nos corações e equilíbrio nos lares, muita vez, é a única solução.
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Hilário Silva 
Chico Xavier
Obra: Caminho espírita
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MENSAGEM DO ESE:

De que precisa o Espírito para ser salvo. Parábola do bom samaritano.

Ora, quando o filho do homem vier em sua majestade, acompanhado de todos os anjos, sentar-se-á no trono de sua glória; — reunidas diante dele todas as nações, separará uns dos outros, como o pastor separa dos bodes as ovelhas, — e colocará as ovelhas à sua direita e os bodes à sua esquerda. Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do reino que vos foi preparado desde o princípio do mundo; — porquanto, tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; careci de teto e me hospedastes; — estive nu e me vestistes; achei-me doente e me visitastes; estive preso e me fostes ver.


Então, responder-lhe-ão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? — Quando foi que te vimos sem teto e te hospedamos; ou despido e te vestimos? — E quando foi que te soubemos doente ou preso e fomos visitar-te? — O Rei lhes responderá:


Em verdade vos digo, todas as vezes que isso fizestes a um destes mais pequeninos dos meus irmãos, foi a mim mesmo que o fizestes.


Dirá em seguida aos que estiverem à sua esquerda: Afastai-vos de mim, malditos; ide para o fogo eterno, que foi preparado para o diabo e seus anjos; — porquanto, tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber; precisei de teto e não me agasalhastes; estive sem roupa e não me vestistes; estive doente e no cárcere e não me visitastes.


Também eles replicarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome e não te demos de comer, com sede e não te demos de beber, sem teto ou sem roupa, doente ou preso e não te assistimos? — Ele então lhes responderá: Em verdade vos digo: todas a vezes que faltastes com a assistência a um destes mais pequenos, deixastes de tê-la para comigo mesmo. E esses irão para o suplício eterno, e os justos para a vida eterna. (S. MATEUS, cap. XXV, vv. 31 a 46.)
Então, levantando-se, disse-lhe um doutor da lei, para o tentar: Mestre, que preciso fazer para possuir a vida eterna? — Respondeu-lhe Jesus: Que é o que está escrito na lei? Que é o que lês nela? — Ele respondeu: Amarás o Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a tua alma, com todas as tuas forças e de todo o teu espírito, e a teu próximo como a ti mesmo. — Disse-lhe Jesus: Respondeste muito bem; faze isso e viverás. Mas, o homem, querendo parecer que era um justo, diz a Jesus: Quem é o meu próximo?


Jesus, tomando a palavra, lhe diz: Um homem, que descia de Jerusalém para Jericó, caiu em poder de ladrões, que o despojaram, cobriram de ferimentos e se foram, deixando-o semimorto. — Aconteceu em seguida que um sacerdote, descendo pelo mesmo caminho, o viu e passou adiante. — Um levita, que também veio àquele lugar, tendo-o observado, passou igualmente adiante. — Mas, um samaritano que viajava, chegando ao lugar onde jazia aquele homem e tendo-o visto, foi tocado de compaixão. — Aproximou-se dele, deitou-lhe óleo e vinho nas feridas e as pensou; depois, pondo-o no seu cavalo, levou-o a uma hospedaria e cuidou dele. — No dia seguinte tirou dois denários e os deu ao hospedeiro, dizendo: Trata muito bem deste homem e tudo o que despenderes a mais, eu te pagarei quando regressar.
Qual desses três te parece ter sido o próximo daquele que caíra em poder dos ladrões? — O doutor respondeu: Aquele que usou de misericórdia para com ele. — Então, vai, diz Jesus, e faze o mesmo. (S. LUCAS, cap. X, vv. 25 a 37.)


Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, isto é, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho. Em todos os seus ensinos, ele aponta essas duas virtudes como sendo as que conduzem à eterna felicidade:
Bem-aventurados, disse, os pobres de espírito, isto é, os humildes, porque deles é o reino dos céus; bem-aventurados os que têm puro o coração; bem-aventurados os que são brandos e pacíficos; bem-aventurados os que são misericordiosos; amai o vosso próximo como a vós mesmos; fazei aos outros o que quereríeis vos fizessem; amai os vossos inimigos; perdoai as ofensas, se quiserdes ser perdoados; praticai o bem sem ostentação; julgai-vos a vós mesmos, antes de julgardes os outros. Humildade e caridade, eis o que não cessa de recomendar e o de que dá, ele próprio, o exemplo. Orgulho e egoísmo, eis o que não se cansa de combater. E não se limita a recomendar a caridade; põe-na claramente e em termos explícitos como condição absoluta da felicidade futura.


No quadro que traçou do juízo final, deve-se, como em muitas outras coisas, separar o que é apenas figura, alegoria. A homens como os a quem falava, ainda incapazes de compreender as questões puramente espirituais, tinha ele de apresentar imagens materiais chocantes e próprias a impressionar. Para melhor apreenderem o que dizia, tinha mesmo de não se afastar muito das idéias correntes, quanto à forma, reservando sempre ao porvir a verdadeira interpretação de suas palavras e dos pontos sobre os quais não podia explicar-se claramente. Mas, ao lado da parte acessória ou figurada do quadro, há uma idéia dominante: a da felicidade reservada ao justo e da infelicidade que espera o mau.
Naquele julgamento supremo, quais os considerandos da sentença? Sobre que se baseia o libelo? Pergunta, porventura, o juiz se o inquirido preencheu tal ou qual formalidade, se observou mais ou menos tal ou qual prática exterior? Não; inquire tão-somente de uma coisa: se a caridade foi praticada, e se pronuncia assim: Passai à direita, vós que assististes os vossos irmãos; passai à esquerda, vós que fostes duros para com eles. Informa-se, por acaso, da ortodoxia da fé? Faz qualquer distinção entre o que crê de um modo e o que crê de outro? Não, pois Jesus coloca o samaritano, considerado herético, mas que pratica o amor do próximo, acima do ortodoxo que falta com a caridade. Não considera, portanto, a caridade apenas como uma das condições para a salvação, mas como a condição única. Se outras houvesse a serem preenchidas, ele as teria declinado. Desde que coloca a caridade em primeiro lugar, é que ela implicitamente abrange todas as outras: a humildade, a brandura, a benevolência, a indulgência, a justiça, etc., e porque é a negação absoluta do orgulho e do egoísmo.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XV, itens 1 a 3.)

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COMO SOFRES?


“Mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus nesta parte.”
– Pedro. (I Pedro, 4:16.)

Não basta sofrer simplesmente para ascender à glória espiritual. Indispensável é saber sofrer, extraindo as bênçãos de luz que a dor oferece ao coração sequioso de paz.

Muita gente padece, mas quantas criaturas se complicam, angustiadamente, por não saberem aproveitar as provas retificadoras e santificantes?

Vemos os que recebem a calúnia, transmitindo-a aos vizinhos; os que são atormentados por acusações, arrastando companheiros às perturbações que os assaltam; e os que pretendem eliminar enfermidades reparadoras, com a desesperação.

Quantos corações se transformam em poços envenenados de ódio e amargura, porque pequenos sofrimentos lhes invadiram o circulo pessoal? Não são poucos os que batem à porta da desilusão, da descrença, da desconfiança ou da revolta injustificáveis, em razão de alguns caprichos desatendidos.

Seria útil sofrer com a volúpia de estender o sofrimento aos outros? não será agravar a dívida o ato de agressão ao credor, somente porque resolveu ele chamar-nos a contas?

Raros homens aprendem a encontrar o proveito das tribulações. A maioria menospreza a oportunidade de edificação e, sobretudo, agrava os próprios débitos, confundindo o próximo e precipitando companheiros em zonas perturbadas do caminho evolutivo.

Todas as criaturas sofrem no cadinho das experiências necessárias, mas bem poucos espíritos sabem padecer como cristãos, glorificando a Deus.
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EMMANUEL
(do livro “Vinha de Luz” 
– psic. Chico Xavier)
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Continuar firme


Surgem determinadas situações das quais, por mais te debatas, não conseguirás desvencilhar-te de pronto.

Todavia, se te conservares sereno, poderás evitar que elas se compliquem atirando-te a prejuízos mais graves.

Refletindo assim, concluirás que, diante de qualquer luta que te surpreenda no cotidiano, a tua reação inicial é fator decisivo no desenrolar dos acontecimentos.

É possível que não sejas diretamente responsável pelo aparecimento desse ou daquele problema, que a invigilância de alguém haja criado, mas exclusivamente de tua capacidade de perdoar e de esquecer, de aceitar e de continuar firme na fé em Deus, dependerá a solução desejada, facultando-te retornar a paz e a alegria.
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Irmão José
Carlos Baccelli

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Desgosto


Referimo-nos habitualmente aos desgostos da vida como se nada mais tivéssemos que pensar.

Tal ocorrência sobrevém, de vez em que, em nossas atuais condições evolutivas, somos ainda propensos a fixar o coração nos fenômenos do mal, extremamente desmemoriados quanto ao bem, à feição de pessoa que preferisse morar dentro de uma nuvem, à frente do sol.
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Ligeiro mal-estar obscurece-nos a harmonia interior e adotamos regime de aflição que acaba por atrair-nos moléstia grave...

Isso porque apagamos da lembrança as milhares de horas felizes que lhe antecederam o aparecimento, sem perceber que o incômodo diminuto é aviso da natureza a que retomemos posição de equilíbrio.
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Breve desajuste no lar interrompe-nos a alegria e desvairamo-nos em revolta, instalando, às vezes, perigosos quistos de malquerença, no organismo familiar...


Isso porque quase nunca relacionamos os tesouros de estabilidade e euforia com que somos favorecidos em casa, longe de observar que o problema imprevisto expressa bendita oportunidade de consolidarmos o amor e a tranquilidade no instituto doméstico.
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Um companheiro nos deixa a convivência e deitamos longas teorias, acerca da ingratidão, estabelecendo complicações de profundidade...

Isso porque olvidamos as afeições preciosas que nos enriquecem os dias, incompetentes que nos achamos para concluir que o amigo, tangido pelas forças espirituais com que se afina, terá buscado o tipo de experiência mais adequada aos próprios impulsos com vantagem para ele e proveito nosso.
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Insignificante desentendimento reponta na esfera profissional e exageramos o acontecido, lançando perturbação ou incrementando a desordem...

Isso porque muito dificilmente ligamos justa importância aos dotes inúmeros que recolhemos do nosso campo de trabalho, inábeis para reconhecer que o destempero havido é o ensejo de proteger e prestigiar a organização a que fomos chamados, em favor de nós mesmos.
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Desgosto até efetivamente para o coração, como a poda para a árvore.

Se dissabores nos visitam, recordemos que a vida está cortando o prejudicial e o supérfluo, em nossas plantas de ideal e realização, a fim de que possamos nos renovar e melhor produzir.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Caminho Espírita
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MENSAGEM DO ESE:

A parentela corporal e a parentela espiritual

Os laços do sangue não criam forçosamente os liames entre os Espíritos. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porquanto o Espírito já existia antes da formação do corpo. Não é o pai quem cria o Espírito de seu filho; ele mais não faz do que lhe fornecer o invólucro corpóreo, cumprindo-lhe, no entanto, auxiliar o desenvolvimento intelectual e moral do filho, para fazê-lo progredir.


Os que encarnam numa família, sobretudo como parentes próximos, são, as mais das vezes, Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena. Mas, também pode acontecer sejam completamente estranhos uns aos outros esses Espíritos, afastados entre si por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem na Terra por um mútuo antagonismo, que aí lhes serve de provação. Não são os da consangüinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de idéias, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações. Segue-se que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue. Podem então atrair-se, buscar-se, sentir prazer quando juntos, ao passo que dois irmãos consangüíneos podem repelir-se, conforme se observa todos os dias: problema moral que só o Espiritismo podia resolver pela pluralidade das existências. (Cap. IV, nº 13.)


Há, pois, duas espécies de famílias: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços corporais. Duráveis, as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das várias migrações da alma; as segundas, frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e muitas vezes se dissolvem moralmente, já na existência atual. Foi o que Jesus quis tornar compreensível, dizendo de seus discípulos: Aqui estão minha mãe e meus irmãos, isto é, minha família pelos laços do Espírito, pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus é meu irmão, minha irmã e minha mãe.


A hostilidade que lhe moviam seus irmãos se acha claramente expressa em a narração de São Marcos, que diz terem eles o propósito de se apoderarem do Mestre, sob o pretexto de que este perdera o espírito. Informado da chegada deles, conhecendo os sentimentos que nutriam a seu respeito, era natural que Jesus dissesse, referindo-se a seus discípulos, do ponto de vista espiritual: “Eis aqui meus verdadeiros irmãos.” Embora na companhia daqueles estivesse sua mãe, ele generaliza o ensino que de maneira alguma implica haja pretendido declarar que sua mãe segundo o corpo nada lhe era como Espírito, que só indiferença lhe merecia. Provou suficientemente o contrário em várias outras circunstâncias.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIV, item 8.)

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O LADO FRACO



Reunião
pública de 5 de agosto de 1960
Questão nº 226 - § 10º de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec


Não apenas os médiuns.


Viste, muita vez, os melhores amigos iludidos na boa-fé.


Muitos que se acreditavam resguardados pelo dinheiro caíram em miserabilidade pela exaltação da própria cobiça.


Outros, que se supunham inacessíveis à tentação, desceram para as furnas do vício, arrastados pela fraqueza do sentimento.


Grandes inteligências, categorizadas por infalíveis, rolaram na lama, por se haverem levantado em pedestais de orgulho.


Criaturas que consideravas como sendo poemas de beleza sublime desfiguraram-se à pressa, mostrando máscaras de agonia, pelo abuso do prazer.


Pregadores do heroísmo social e doméstico acabaram no suicídio, escorregando na vaidade.


Nobres tarefeiros do progresso pararam a máquina da própria ação, em meio do caminho, corroídos pelo desânimo.


*


Ninguém existe, no mundo, invulnerável ao erro.


Todos nós, encarnados e desencarnados, em aprimoramento na Terra, somos sujeitos à ilusão, através dos pontos frágeis que apresentemos na construção dos próprios valores para a Vida Maior.


Em várias circunstâncias, enganamo-nos, todos, em matéria de posse, em problemas de família, em questões de influência, em convites do sexo, em apelos a honrarias ou em assuntos que se referem à preservação de nosso conforto...


Se surpreendes, assim, o companheiro em posição de queda, ajuda-o a reerguer-se para o trabalho digno, sem perda de tempo em comentários inúteis.


Se a natureza da falta te parece tão grave que te sentes inclinado à condenação dele, entra no mundo de ti mesmo e pede a Deus te ilumine a alma.


E, através da oração, a Bênção Divina te fará perceber onde guardas também contigo a brecha triste do lado fraco.
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Livro: Seara dos Médiuns – Estudos e Dissertações em Torno da
Substância Religiosa de "O Livro dos Médiuns", de Allan Kardec
Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel
FEB – Federação Espírita Brasileira
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Acharás


Seguindo com Jesus,

Nada temas. Trabalha.

Não te omitas. Ajuda.

Não te perturbes. Ama.

Não condenes. Ampara.

Não te ofendas. Esquece.

Não te queixes. Caminha.

Não depredes. Constrói.

Não critiques. Instrui. 

Não pares. Serve sempre.

Se o mal te desafia.
Com Jesus, vencerás.
🌿🌷🌿
Autor: Emmanuel
Psicografia de Chico Xavier.
Livro: Hora Certa

terça-feira, 31 de agosto de 2021

CHICO: MÉDIUM NO ESPAÇO E NO TEMPO


Chico [Xavier] situava-se no espaço e no tempo de um modo muito característico: vivia no presente, lembrava do passado e previa o futuro como poucos. Herculano Pires disse que ele era um espírito interexistente, recebia comunicações de espíritos desencarnados e, ao mesmo tempo, projetava-se no mundo espiritual, em atendimento aos trabalhos de auxílio.

É compreensível que Chico soubesse aconselhar diferentemente as pessoas que o procuravam, uma vez que conhecia o passado de cada uma e sua capacidade de assimilar uma verdade, só revelava o que a pessoa pudesse assimilar. Um verdadeiro médico de almas. Fazia o diagnóstico do passado, receitava o remédio para o presente e desse modo preparava as pessoas para um futuro espiritual melhor.

O Espiritismo é o Consolador prometido, mas também deve ser a bússola para nossa caminhada na vida!
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Livro: Chico Xavier – Luz em Nossas Vidas
Nena Galves
CEU – Cultura Espírita União
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MENSAGEM DO ESE: 

A indulgência (III)

Caros amigos, sede severos convosco, indulgentes para as fraquezas dos outros. É esta uma prática da santa caridade, que bem poucas pessoas observam. Todos vós tendes maus pendores a vencer, defeitos a corrigir, hábitos a modificar; todos tendes um fardo mais ou menos pesado a alijar, para poderdes galgar o cume da montanha do progresso. Por que, então, haveis de mostrar-vos tão clarividentes com relação ao próximo e tão cegos com relação a vós mesmos? Quando deixareis de perceber, nos olhos de vossos irmãos, o pequenino argueiro que os incomoda, sem atentardes na trave que, nos vossos olhos, vos cega, fazendo-vos ir de queda em queda? Crede nos vossos irmãos, os Espíritos. Todo homem, bastante orgulhoso para se julgar superior, em virtude e mérito, aos seus irmãos encarnados, é insensato e culpado: Deus o castigará no dia da sua justiça. O verdadeiro caráter da caridade é a modéstia e a humildade, que consistem em ver cada um apenas superficialmente os defeitos de outrem e esforçar-se por fazer que prevaleça o que há nele de bom e virtuoso, porquanto, embora o coração humano seja um abismo de corrupção, sempre há, nalgumas de suas dobras mais ocultas, o gérmen de bons sentimentos, centelha vivaz da essência espiritual.

Espiritismo! doutrina consoladora e bendita! felizes dos que te conhecem e tiram proveito dos salutares ensinamentos dos Espíritos do Senhor! Para esses, iluminado está o caminho, ao longo do qual podem ler estas palavras que lhes indicam o meio de chegarem ao termo da jornada: caridade prática, caridade do coração, caridade para com o próximo, como para si mesmo; numa palavra: caridade para com todos e amor a Deus acima de todas as coisas, porque o amor a Deus resume todos os deveres e porque impossível é amar realmente a Deus, sem praticar a caridade, da qual fez ele uma lei para todas as criaturas.

— Dufêtre, bispo de Nevers. (Bordéus.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. X, item 18.)

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Felicidade 


... A felicidade depende da perfeição moral.

Enquanto viger distonia em relação às Leis Soberanas, haverá tormento e aflição.

No entanto, cada vez que se consiga superar uma ou mais imperfeições do caráter, mais próxima estará a felicidade.
🌷🌱🌷
Joanna de Ângelis
Divaldo Franco
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VACINAS DA ALMA E NO REINO DAS PALAVRAS


- Não grite.
Não permita que o seu modo de falar se transforme em agressão.

- Conserve a calma.
Ao falar, evite comentários ou imagens contrárias ao bem.

- Evite a maledicência.
Trazer assuntos infelizes à conversação, lamentando ocorrências que já se foram, é requisitar a poeira de caminhos já superados, complicando paisagens alheias.

- Abstenha-se de todo adjetivo desagradável para pessoas, coisas e circunstâncias.
Atacar alguém será destruir hoje o nosso provável benfeitor de amanhã.

- Use a imaginação sem excesso.
Não exageres sintomas ou deficiências com os fracos ou doentes, porque isso viria fazê-los mais doentes e mais fracos.

- Responda serenamente em toda questão difícil.
Na base da esperança e bondade, não existe quem não possa ajudar conversando.

- Guarde uma frase sorridente e amiga para toda situação inevitável.
Da mente aos lábios, temos um trajeto controlável para as nossas manifestações.

- Fuja a comparações, a fim de que seu verbo não venha a ferir.
Por isso, tão logo a idéia negativa nos alcance a cabeça, arredemo-la, porque um pensamento pode ser substituído, de imediato, no silêncio do espírito, mas a palavra solta é sempre um instrumento ativo em circulação.

Recorde que Jesus legou o Evangelho, exemplificando,
mas conversando também.
🌷🌱🌷
ANDRÉ LUIZ
União das mensagens:
"Vacinas da Alma" e "No Reino da Palavra"
Dos livros "Busca e Acharás" e “Aulas da Vida”

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

PARODIANDO SÃO FRANCISCO


O homem se deve preocupar quando:

esteja guindado às posições relevantes;

sob a bajulação dos frívolos;

diante dos êxitos embriagadores;

desfrutando de saúde e regalias;

usufruindo júbilos e planificando novas alegrias;

assessorado pelo gozo;

beneficiado pela fortuna;

cercado por apaniguados do triunfo;

sorvendo os capitosos vinhos da ilusão;

alimentando-se das iguarias seletas;

em repouso remunerado;

acarinhado por todos;

deslizando sobre os tapetes da fama;

regiamente amparado;

conhecido e comentado;

no topo da glória...



...Pois que muito será pedido àquele a quem muito foi dado.

A vida pede retribuição aos investimentos que realiza.

A tranquilidade e a alegria perfeita são resultados da luta sem quartel a que se entrega, em consciência, o homem que pensa.


Ela advém quando:

abraçando o ideal do bem, sofre;

buscando amparo, é desconsiderado;

necessitado de repouso, é expulso da enxerga em que se deita;

o próprio lar se converte em campo de batalha;

a enfermidade ronda e domina;

a solidão se torna o clima de toda hora;

a ingratidão se converte em supliciadora.

o Sol arde-lhe na pele;

o inverno cresta-lhe o entusiasmo.

e sentindo-se sem apoio nem amizade, pode cantar e bendizer.

A alegria perfeita é o poema de paz que o coração amoroso expressa quando, no mundo, tudo são desafios e sofrimentos, mas a certeza do reino de Deus plenifica e liberta.

Assim responderia hoje São Francisco a Frei Leão, atualizando o memorável diálogo na estrada poeirenta entre Assis e Santa Maria dos Anjos.

Oitocentos anos depois, certamente se interrogado, dessa forma teria o Santo definido o que é a alegria perfeita.
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Livro: Paz Íntima
Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito Eros
LEAL – Livraria Espírita Alvorada Editora
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MENSAGEM DO ESE:

Nem todos os que dizem: Senhor! Senhor! entrarão no reino dos céus

Nem todos os que me dizem: Senhor! Senhor! entrarão no reino dos céus; apenas entrará aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. — Muitos, nesse dia, me dirão: Senhor! Senhor! não profetizamos em teu nome? Não expulsamos em teu nome o demônio? Não fizemos muitos milagres em teu nome? — Eu então lhes direi em altas vozes: Afastai-vos de mim, vós que fazeis obras de iniqüidade. (S. MATEUS, cap. VII, vv. 21 a 23.)

Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica, será comparado a um homem prudente que construiu sobre a rocha a sua casa. — Quando caiu a chuva, os rios transbordaram, sopraram os ventos sobre a casa; ela não ruiu, por estar edificada na rocha. — Mas, aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica, se assemelha a um homem insensato que construiu sua casa na areia. Quando a chuva caiu, os rios transbordaram, os ventos sopraram e a vieram açoitar, ela foi derrubada; grande foi a sua ruína. (S. MATEUS, cap. VII, vv. 24 a 27. — S. LUCAS, cap. VI, vv. 46 a 49.)

Aquele que violar um destes menores mandamentos e que ensinar os homens a violá-los, será considerado como último no reino dos céus; mas, será grande no reino dos céus aquele que os cumprir e ensinar. — (S. MATEUS, cap. V, v.19.)

Todos os que reconhecem a missão de Jesus dizem: Senhor! Senhor! — Mas, de que serve lhe chamarem Mestre ou Senhor, se não lhe seguem os preceitos? Serão cristãos os que o honram com exteriores atos de devoção e, ao mesmo tempo, sacrificam ao orgulho, ao egoísmo, à cupidez e a todas as suas paixões? Serão seus discípulos os que passam os dias em oração e não se mostram nem melhores, nem mais caridosos, nem mais indulgentes para com seus semelhantes? Não, porquanto, do mesmo modo que os fariseus, eles têm a prece nos lábios e não no coração. Pela forma poderão impor-se aos homens; não, porém, a Deus. Em vão dirão eles a Jesus: “Senhor! não profetizamos, isto é, não ensinamos em teu nome; não expulsamos em teu nome os demônios; não comemos e bebemos contigo?” Ele lhes responderá: “Não sei quem sois; afastai-vos de mim, vós que cometeis iniqüidades, vós que desmentis com os atos o que dizeis com os lábios, que caluniais o vosso próximo, que espoliais as viúvas e cometeis adultério. Afastai-vos de mim, vós cujo coração destila ódio e fel, que derramais o sangue dos vossos irmãos em meu nome, que fazeis corram lágrimas, em vez de secá-las. Para vós, haverá prantos e ranger de dentes, porquanto o reino de Deus é para os que são brandos, humildes e caridosos. Não espereis dobrar a justiça do Senhor pela multiplicidade das vossas palavras e das vossas genuflexões. O caminho único que vos está aberto, para achardes graça perante ele, é o da prática sincera da lei de amor e de caridade.”
São eternas as palavras de Jesus, porque são a verdade. Constituem não só a salvaguarda da vida celeste, mas também o penhor da paz, da tranqüilidade e da estabilidade nas coisas da vida terrestre. Eis por que todas as instituições humanas, políticas, sociais e religiosas, que se apoiarem nessas palavras, serão estáveis como a casa construída sobre a rocha. Os homens as conservarão, porque se sentirão felizes nelas. As que, porém, forem uma violação daquelas palavras, serão como a casa edificada na areia: o vento das renovações e o rio do progresso as arrastarão.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVIII, itens 6 a 9.)

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Teu tijolo de amor


És uma parcela do Infinito Amor, no rumo da Perfeição Infinita; e o primeiro sinal de que reconheces a excelsitude do teu destino é o esquecimento de ti mesmo, a benefício dos outros.

Por mais áspero seja o caminho, segue, pois, amando e servindo.

Não enumeres sacrifícios, nem contes dificuldades. A glória da vida é doação permanente.

A estrela te envia luz, varando os empeços da sombra, e a raiz da planta que te estende a bênção do fruto é constrangida a morar no limo do solo, a fim de sobreviver.

Não faltes ao amor que nunca te falta.

O objetivo fundamental de nossa presença, em qualquer estância do Universo, é o serviço que possamos prestar.

Paixões e ilusões que nos conturbem as horas, e mágoas ou provas que nos calcinem os sentimentos, afiguram-se convulsões necessárias no mundo de nossa alma em transformação e burilamento. 8 Pairando muito além de semelhantes calamidades, permanece imperecível o bem que distribuíste, como sendo a tua riqueza eterna.

Raciocina e enternece-te. Pensa e auxilia.

Registrarás o verbo equívoco dos que se transviam temporariamente, asseverando que o mundo pertence aos que se façam bastante fortes na astúcia ou na opressão, que a bondade é um conceito perdido no trabalho da moderna civilização, mas seguirás adiante, compreendendo que ninguém confunde a justiça, ainda que se creia sob o manto ilusório da impunidade, e que o progresso material, sem amor que lhe garanta o equilíbrio, mais não é que uma exibição de poder, endereçada ao campo de cinza.

Vive em tua época. Esforça-te e realiza, alegra-te e sofre com os teus contemporâneos; todavia, de quando em quando, recolhe-te ao abrigo da consciência e escuta as antigas verdades sempre novas que te anunciam o Reino de Deus!… Para reformulá-las, os Espíritos do Senhor se espalham presentemente no planeta, constituindo legiões… Eles nos ensinam — a nós, os tarefeiros encarnados e desencarnados da seara enorme — que o ódio será banido das nações, que o egoísmo desaparecerá da Terra, que a ciência instruirá a ignorância, que a compaixão converterá todos os cárceres em sanatórios e que a educação espiritual extinguirá todos os focos de delinquência!… Para isso, no entanto, eles te rogam o tijolo de trabalho e de amor que possas oferecer à sublime edificação.

Ama e serve sempre.

Tudo o que te aflige ou te espanta, nas conquistas da inteligência de hoje, representa ensaio da supercultura de que o mundo amanhã aproveitará o que seja melhor, e, acima de todas as legendas que gritam ainda agora por fraternidade e reivindicação, ouviremos como proclamação mais alta a palavra de Jesus, no apelo inesquecível: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.”
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Encontro Marcado
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Ideias para Hoje


Ninguém foge aos seus princípios de causa e efeito, mas ninguém está privado da liberdade de renovar o próprio caminho, renovando a si mesmo.

Cada um de nós, onde se encontre agora, permanece em meio da colheita daquilo que plantou, com a possibilidade de efetuar novas sementeiras.

Em nossas próprias tendências de hoje será possível entrar no conhecimento do que fazíamos ontem.

Achamo-nos todos presentemente no lugar certo, com as criaturas certas e com as obrigações exatas, a fim de realizarmos o melhor ao nosso alcance.

Dizem os sábios que Deus dá o frio, conforme o cobertor, para que o homem saiba dar o cobertor, conforme o frio.
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Do Livro “Endereços da Paz”, de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito André Luiz.
Obra: Encontro Marcado

domingo, 29 de agosto de 2021

Amparo Oculto


Não lamentes, alma boa,
Contratempo que aconteça,
Que a luta não te esmoreça,
Nada existe sem valor;
Aquilo que te parece
Um desencanto de vulto
É sempre socorro oculto
Que desponta em teu favor.

Uma viagem frustrada,
Uma festa que se adia,
Uma palavra sombria
Que encerra uma diversão;
O desajuste num carro,
Um desgosto pequenino,
Alteram qualquer destino
Em forma de salvação.

Não chores por bagatelas,
Guarda a fé por agasalho,
Deus te defende o trabalho,
Atuando em derredor;
Contrariedades no tempo,
Quase sempre, em maioria,
É amparo que o Céu te envia
Por bênção do mal menor.
🌷🌿🌷
Por: Maria Dolores
Do livro: Somente Amor
Médium: Francisco Cândido Xavier
🌷🌿🌷









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MENSAGEM DO ESE:

Felicidade que a prece proporciona

Vinde, vós que desejais crer. Os Espíritos celestes acorrem a vos anunciar grandes coisas. Deus, meus filhos, abre os seus tesouros, para vos outorgar todos os benefícios. Homens incrédulos! Se soubésseis quão grande bem faz a fé ao coração e como induz a alma ao arrependimento e à prece! A prece! ah! como são tocantes as palavras que saem da boca daquele que ora! A prece é o orvalho divino que aplaca o calor excessivo das paixões. Filha primogênita da fé, ela nos encaminha para a senda que conduz a Deus. No recolhimento e na solidão, estais com Deus. Para vós, já não há mistérios; eles se vos desvendam. Apóstolos do pensamento, é para vós a vida. Vossa alma se desprende da matéria e rola por esses mundos infinitos e etéreos, que os pobres humanos desconhecem.

Avançai, avançai pelas veredas da prece e ouvireis as vozes dos anjos. Que harmonia! Já não são o ruído confuso e os sons estrídulos da Terra; são as liras dos arcanjos; são as vozes brandas e suaves dos serafins, mais delicadas do que as brisas matinais, quando brincam na folhagem dos vossos bosques. Por entre que delícias não caminhareis! A vossa linguagem não poderá exprimir essa ventura, tão rápida entra ela por todos os vossos poros, tão vivo e refrigerante é o manancial em que, orando, se bebe. Dulçurosas vozes, inebriantes perfumes, que a alma ouve e aspira, quando se lança a essas esferas desconhecidas e habitadas pela prece! Sem mescla de desejos carnais, são divinas todas as aspirações. Também vós, orai como o Cristo, levando a sua cruz ao Gólgota, ao Calvário. Carregai a vossa cruz e sentireis as doces emoções que lhe perpassavam nalma, se bem que vergado ao peso de um madeiro infamante. Ele ia morrer, mas para viver a vida celestial na morada de seu Pai.

— Santo Agostinho. (Paris, 1861.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVII, item 23.)

🌷🌿🌷

O Lado Bom


Exila das províncias da tua vida a maldade.


Rebate o pensamento doentio com o saudável;
corta a rede perniciosa das suspeitas
injustificáveis com a tesoura da
confiança no teu próximo.


É tormentoso viver armado contra os outros, ver primeiro o lado negativo,
detectar a imperfeição.


Ninguém há, na Terra, sem defeitos, como não existe uma só pessoa que não possua também virtude, por pior que este indivíduo seja.


Procura o lado bom de todos
e te descobrirás bem,
renovado e afável.
🌷🌿🌷
Joanna de Ângelis
Divaldo Franco
🌷🌿🌷

O FLAGELO SOCIAL DO SUICÍDIO


O suicídio é um grande flagelo social. Já são conhecidos seus efeitos sociais, na família que fica e nos desdobramentos sofridos pelos que a ele se entregam.

As descrições mediúnicas, pela psicografia ou pela psicofonia, notadamente após o lançamento do grande livro Memórias de Um Suicida(1), trazido pela mediunidade de Yvonne do Amaral Pereira, que se traduz num verdadeiro tratado sobre o tema, o suicídio é uma grande preocupação e motivo de aflição, com necessidade de que busquemos estudá-lo e compreendê-lo – até para poder ajudar em sua prevenção.

Pela quantidade diária de ocorrências no Planeta, deve merecer nossa atenção para providências que atenuem essa tendência, despertando a mentalidade humana para o valor da vida, de sua preservação.

Estudiosos espíritas, escritores e palestrantes, médiuns e grupos de estudo estão sempre às voltas com o tema, trazendo explicações bem estruturadas e argumentos sólidos que projetem mais reflexão junto às variadas classes sociais, para que esse mal seja banido da sociedade. 

E Chico [Xavier], em diferentes ocasiões, respondeu sobre o tema. Tanto a pergunta quanto a resposta selecionadas do livro Encontros no Tempo(2) para o presente trabalho são bem compactas, mas merecem ser trazidas para ampliar essa reflexão. O médium foi indagado desta forma:

— Se você dispusesse de alguns breves instantes para falar a uma pessoa prestes a suicidar-se, que diria a essa pessoa?

A própria pergunta está muito bem elaborada e desperta atenção pela objetividade de uma situação a que todos podemos enfrentar: estar diante de alguém que ameaça suicidar-se. Imagine o leitor dispor de alguns breves instantes para tentar ajudar alguém nessa situação.

E Chico respondeu com sabedoria. Note o leitor a conclusão da resposta:

— Diria imediatamente, qual já tenho feito em diversas ocasiões, que a morte não existe como extinção da vida e que convém a essa pessoa uma pausa para pensar nas próprias intenções, e revisá-las.

Note a sabedoria do final: “que convém a essa pessoa uma pausa para pensar nas próprias intenções, e revisá-las.”

Essa é uma necessidade geral, de todos nós, nas diferentes situações da vida.

Todos nós precisamos de uma pausa para pensar e revisar as próprias intenções. A recomendação amplia-se para diferentes situações e não se restringe a alguém prestes a suicidar-se. Mas, é claro, que o peso diante de uma pessoa com essa intenção é muito maior.

Farto material de estudo está disponível em O Livro dos Espíritos(3), questões 943 a 957. Busque-se, contudo, O Evangelho Segundo o Espiritismo(4), capítulo V, item 16, e encontrará: “(...) A propagação das ideias materialistas é, pois, o veneno que inocula, em um grande número de pessoas, o pensamento do suicídio (...)”, razão pela qual todos nós estamos conclamados a divulgar a noção geral da imortalidade da alma e da responsabilidade que trazemos perante a vida.
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Livro: Diante da Vida Com Chico Xavier
Orson Peter Carrara
IDE – Instituto de Difusão Espírita
Notas de Fernando Peron (junho de 2019):
(1) Memórias de Um Suicida. Yvonne A. Pereira (obra mediúnica). FEB – Federação Espírita Brasileira. Riquíssima de conteúdo sobre o Plano Espiritual e as Leis de Ação e Reação, é considerada uma das dez melhores obras espíritas do século XX.
(2) Encontros no Tempo. Francisco Cândido Xavier, por Espíritos Diversos, Hércio Marcos Cintra Arantes. IDE – Instituto de Difusão Espírita.




(3) O Livro dos Espíritos. Allan Kardec. Várias editoras.




(4) O Evangelho Segundo o Espiritismo. Allan Kardec. Várias editoras.
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sábado, 28 de agosto de 2021

Programa espírita


 Reconhecer no berço um livro que se abriu para uma conta nova.

 Aceitar cada dia por página, ante o Céu, que nos grave o melhor.

 Escriturar valor, benevolência, fé, bondade e compreensão sobre as linhas das horas.

 Observar que a dor é o remédio da vida para retificar os nossos próprios erros.

 Viver e trabalhar pelo câmbio do amor.

 Dar tudo o que há de bom por tudo o que há de mau.

 Usar a caridade a começar de casa.

 Ser socorro tranquilo onde lavrem paixões.

 Enfeitar cada espinho em rosas de esperança.

Ajudar sem pedir compensação nenhuma.

 Jamais perder na estrada a visão do otimismo.

 Esquecer toda ofensa e envolver o ofensor nas vibrações da paz que a oração entretece.

Valer-se do presente e elevar o porvir.

 Eis o programa do espírita que tem, na forja do trabalho, a divisa do bem: estudar, renovar-se, aprender e servir.
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Albino Teixeira
Chico Xavier
Obra: Caminho Espírita
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MENSAGEM DO ESE: 

A ingratidão dos filhos e os laços de família (III)

Deus não dá prova superior às forças daquele que a pede; só permite as que podem ser cumpridas. Se tal não sucede, não é que falte possibilidade: falta a vontade. Com efeito, quantos há que, em vez de resistirem aos maus pendores, se comprazem neles. A esses ficam reservados o pranto e os gemidos em existências posteriores. Admirai, no entanto, a bondade de Deus, que nunca fecha a porta ao arrependimento. Vem um dia em que ao culpado, cansado de sofrer, com o orgulho afinal abatido, Deus abre os braços para receber o filho pródigo que se lhe lança aos pés. As provas rudes, ouvi-me bem, são quase sempre indício de um fim de sofrimento e de um aperfeiçoamento do Espírito, quando aceitas com o pensamento em Deus. É um momento supremo, no qual, sobretudo, cumpre ao Espírito não falir murmurando, se não quiser perder o fruto de tais provas e ter de recomeçar. Em vez de vos queixardes, agradecei a Deus o ensejo que vos proporciona de vencerdes, a fim de vos deferir o prêmio da vitória. Então, saindo do turbilhão do mundo terrestre, quando entrardes no mundo dos Espíritos, sereis aí aclamados como o soldado que sai triunfante da refrega.

De todas as provas, as mais duras são as que afetam o coração. Um, que suporta com coragem a miséria e as privações materiais, sucumbe ao peso das amarguras domésticas, pungido da ingratidão dos seus. Oh! que pungente angústia essa! Mas, em tais circunstâncias, que mais pode, eficazmente, restabelecer a coragem moral, do que o conhecimento das causas do mal e a certeza de que, se bem haja prolongados despedaçamentos dalma, não há desesperos eternos, porque não é possível seja da vontade de Deus que a sua criatura sofra indefinidamente? 

Que de mais reconfortante, de mais animador do que a idéia que de cada um dos seus esforços é que depende abreviar o sofrimento, mediante a destruição, em si, das causas do mal? Para isso, porém, preciso se faz que o homem não retenha na Terra o olhar e só veja uma existência; que se eleve, a pairar no infinito do passado e do futuro. 

Então, a justiça infinita de Deus se vos patenteia, e esperais com paciência, porque explicável se vos torna o que na Terra vos parecia verdadeiras monstruosidades. As feridas que aí se vos abrem, passais a considerá-las simples arranhaduras. Nesse golpe de vista lançado sobre o conjunto, os laços de família se vos apresentam sob seu aspecto real. Já não vedes, a ligar-lhes os membros, apenas os frágeis laços da matéria; vedes, sim, os laços duradouros do Espírito, que se perpetuam e consolidam com o depurarem-se, em vez de se quebrarem por efeito da reencarnação.

Formam famílias os Espíritos que a analogia dos gostos, a identidade do progresso moral e a afeição induzem a reunir-se. Esses mesmos Espíritos, em suas migrações terrenas, se buscam, para se gruparem, como o fazem no espaço, originando-se daí as famílias unidas e homogêneas. Se, nas suas peregrinações, acontece ficarem temporariamente separados, mais tarde tornam a encontrar-se, venturosos pelos novos progressos que realizaram. Mas, como não lhes cumpre trabalhar apenas para si, permite Deus que Espíritos menos adiantados encarnem entre eles, a fim de receberem conselhos e bons exemplos, a bem de seu progresso. Esses Espíritos se tornam, por vezes, causa de perturbação no meio daqueles outros, o que constitui para estes a prova e a tarefa a desempenhar.

Acolhei-os, portanto, como irmãos; auxiliai-os, e depois, no mundo dos Espíritos, a família se felicitará por haver salvo alguns náufragos que, a seu turno, poderão salvar outros. 

— Santo Agostinho. (Paris, 1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIV, item 9.)

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CAPACIDADE DE DESAPEGO


O que verdadeiramente revela a tua capacidade de desprendimento não é doação material que faças aos mais necessitados…

Tampouco o que fores capaz de deixar em testamento a obras de benemerência social…

Nem a generosidade espontânea em auxiliar a quem te estender a mão na via pública…

Ou, ainda, o montante de tuas doações ao longo de toda a existência…

Além de todas as tuas importantes demonstrações de renúncia aos bens transitórios da vida, o que haverá de mostrar a tua real inclinação à difícil virtude do desapego sobre o que tens e o que és será a tua capacidade de perdoar.
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Irmão José (psic. Carlos Baccelli – do livro “Pai, Perdoa-lhes!”)
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Familiares Problemas



Desposaste alguém que não mais te parece a criatura ideal que conheceste. A convivência te arrancou aos olhos as cores diferentes com que o noivado te resguardava o futuro que hoje se fez presente.


Em torno, provações, encargos renascentes, familiares que te pedem apoio, obstáculos por vencer. E sofres.


Entretanto, recorda que antes da união falavas de amor e te mostravas na firme disposição em que assumiste os deveres que te assinalam agora os dias, e não recues da frente de trabalho a que o mundo te conduziu.


Se a criatura que te compartilha transitoriamente o destino não é aquela que imaginaste e sim alguém que te impõe difícil tarefa a realizar, observa que a união de ambos não se efetuaria sem fins justos e dá de ti quanto possível para que essa mesma criatura venha a ser como desejas.


Diante de filhos ou parentes outros que se valem de títulos domésticos para menosprezar- te ou ferir-te, nem por isso deixes de amá-los. São eles, presentemente na Terra, quais os fizemos em outras épocas, e os defeitos que mostrem não passam de resultados das lesões espirituais causadas por nós mesmos, em tempos outros, quando lhes orientávamos a existência nas trilhas da evolução.


É provável tenhamos dado um passo à frente. Talvez o contato deles agora nos desagrade pela tisna de sombra que já deixamos de ter ou de ser. Isso, porém, é motivação para auxílio, não para fuga.


Atentos ao princípio de livre arbítrio que nos rege a vida espiritual, é claro que ninguém te impede de cortar laços, sustar realizações, agravar dívidas ou delongar compromissos.


Divórcio é medida perfeitamente compreensível e humana, toda vez que os cônjuges se confessam à beira da delinqüência, conquanto se erija em moratória de débito para resgate em novo nível. E o afastamento de certas ligações é recurso necessário em determinadas circunstâncias, a fim de que possamos voltar a elas, algum dia, com o proveito preciso.


Reflete, porém, que a existência na Terra é um estágio educativo ou reeducativo e tão só pelo amor com que amamos, mas não pelo amor com que esperamos ser amados, ser-nos-á possível trabalhar para redimir e, por vezes, saber perder para realmente vencer.
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Pelo Espírito Emmanuel
XAVIER, Francisco Cândido; PIRES, José Herculano. Na Era do Espírito. Espíritos Diversos. GEEM. Capítulo 2.