quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Desgosto


Referimo-nos habitualmente aos desgostos da vida como se nada mais tivéssemos que pensar.

Tal ocorrência sobrevém, de vez em que, em nossas atuais condições evolutivas, somos ainda propensos a fixar o coração nos fenômenos do mal, extremamente desmemoriados quanto ao bem, à feição de pessoa que preferisse morar dentro de uma nuvem, à frente do sol.
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Ligeiro mal-estar obscurece-nos a harmonia interior e adotamos regime de aflição que acaba por atrair-nos moléstia grave...

Isso porque apagamos da lembrança as milhares de horas felizes que lhe antecederam o aparecimento, sem perceber que o incômodo diminuto é aviso da natureza a que retomemos posição de equilíbrio.
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Breve desajuste no lar interrompe-nos a alegria e desvairamo-nos em revolta, instalando, às vezes, perigosos quistos de malquerença, no organismo familiar...


Isso porque quase nunca relacionamos os tesouros de estabilidade e euforia com que somos favorecidos em casa, longe de observar que o problema imprevisto expressa bendita oportunidade de consolidarmos o amor e a tranquilidade no instituto doméstico.
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Um companheiro nos deixa a convivência e deitamos longas teorias, acerca da ingratidão, estabelecendo complicações de profundidade...

Isso porque olvidamos as afeições preciosas que nos enriquecem os dias, incompetentes que nos achamos para concluir que o amigo, tangido pelas forças espirituais com que se afina, terá buscado o tipo de experiência mais adequada aos próprios impulsos com vantagem para ele e proveito nosso.
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Insignificante desentendimento reponta na esfera profissional e exageramos o acontecido, lançando perturbação ou incrementando a desordem...

Isso porque muito dificilmente ligamos justa importância aos dotes inúmeros que recolhemos do nosso campo de trabalho, inábeis para reconhecer que o destempero havido é o ensejo de proteger e prestigiar a organização a que fomos chamados, em favor de nós mesmos.
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Desgosto até efetivamente para o coração, como a poda para a árvore.

Se dissabores nos visitam, recordemos que a vida está cortando o prejudicial e o supérfluo, em nossas plantas de ideal e realização, a fim de que possamos nos renovar e melhor produzir.
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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Caminho Espírita
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MENSAGEM DO ESE:

A parentela corporal e a parentela espiritual

Os laços do sangue não criam forçosamente os liames entre os Espíritos. O corpo procede do corpo, mas o Espírito não procede do Espírito, porquanto o Espírito já existia antes da formação do corpo. Não é o pai quem cria o Espírito de seu filho; ele mais não faz do que lhe fornecer o invólucro corpóreo, cumprindo-lhe, no entanto, auxiliar o desenvolvimento intelectual e moral do filho, para fazê-lo progredir.


Os que encarnam numa família, sobretudo como parentes próximos, são, as mais das vezes, Espíritos simpáticos, ligados por anteriores relações, que se expressam por uma afeição recíproca na vida terrena. Mas, também pode acontecer sejam completamente estranhos uns aos outros esses Espíritos, afastados entre si por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem na Terra por um mútuo antagonismo, que aí lhes serve de provação. Não são os da consangüinidade os verdadeiros laços de família e sim os da simpatia e da comunhão de idéias, os quais prendem os Espíritos antes, durante e depois de suas encarnações. Segue-se que dois seres nascidos de pais diferentes podem ser mais irmãos pelo Espírito, do que se o fossem pelo sangue. Podem então atrair-se, buscar-se, sentir prazer quando juntos, ao passo que dois irmãos consangüíneos podem repelir-se, conforme se observa todos os dias: problema moral que só o Espiritismo podia resolver pela pluralidade das existências. (Cap. IV, nº 13.)


Há, pois, duas espécies de famílias: as famílias pelos laços espirituais e as famílias pelos laços corporais. Duráveis, as primeiras se fortalecem pela purificação e se perpetuam no mundo dos Espíritos, através das várias migrações da alma; as segundas, frágeis como a matéria, se extinguem com o tempo e muitas vezes se dissolvem moralmente, já na existência atual. Foi o que Jesus quis tornar compreensível, dizendo de seus discípulos: Aqui estão minha mãe e meus irmãos, isto é, minha família pelos laços do Espírito, pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus é meu irmão, minha irmã e minha mãe.


A hostilidade que lhe moviam seus irmãos se acha claramente expressa em a narração de São Marcos, que diz terem eles o propósito de se apoderarem do Mestre, sob o pretexto de que este perdera o espírito. Informado da chegada deles, conhecendo os sentimentos que nutriam a seu respeito, era natural que Jesus dissesse, referindo-se a seus discípulos, do ponto de vista espiritual: “Eis aqui meus verdadeiros irmãos.” Embora na companhia daqueles estivesse sua mãe, ele generaliza o ensino que de maneira alguma implica haja pretendido declarar que sua mãe segundo o corpo nada lhe era como Espírito, que só indiferença lhe merecia. Provou suficientemente o contrário em várias outras circunstâncias.

(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIV, item 8.)

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O LADO FRACO



Reunião
pública de 5 de agosto de 1960
Questão nº 226 - § 10º de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec


Não apenas os médiuns.


Viste, muita vez, os melhores amigos iludidos na boa-fé.


Muitos que se acreditavam resguardados pelo dinheiro caíram em miserabilidade pela exaltação da própria cobiça.


Outros, que se supunham inacessíveis à tentação, desceram para as furnas do vício, arrastados pela fraqueza do sentimento.


Grandes inteligências, categorizadas por infalíveis, rolaram na lama, por se haverem levantado em pedestais de orgulho.


Criaturas que consideravas como sendo poemas de beleza sublime desfiguraram-se à pressa, mostrando máscaras de agonia, pelo abuso do prazer.


Pregadores do heroísmo social e doméstico acabaram no suicídio, escorregando na vaidade.


Nobres tarefeiros do progresso pararam a máquina da própria ação, em meio do caminho, corroídos pelo desânimo.


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Ninguém existe, no mundo, invulnerável ao erro.


Todos nós, encarnados e desencarnados, em aprimoramento na Terra, somos sujeitos à ilusão, através dos pontos frágeis que apresentemos na construção dos próprios valores para a Vida Maior.


Em várias circunstâncias, enganamo-nos, todos, em matéria de posse, em problemas de família, em questões de influência, em convites do sexo, em apelos a honrarias ou em assuntos que se referem à preservação de nosso conforto...


Se surpreendes, assim, o companheiro em posição de queda, ajuda-o a reerguer-se para o trabalho digno, sem perda de tempo em comentários inúteis.


Se a natureza da falta te parece tão grave que te sentes inclinado à condenação dele, entra no mundo de ti mesmo e pede a Deus te ilumine a alma.


E, através da oração, a Bênção Divina te fará perceber onde guardas também contigo a brecha triste do lado fraco.
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Livro: Seara dos Médiuns – Estudos e Dissertações em Torno da
Substância Religiosa de "O Livro dos Médiuns", de Allan Kardec
Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel
FEB – Federação Espírita Brasileira
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Acharás


Seguindo com Jesus,

Nada temas. Trabalha.

Não te omitas. Ajuda.

Não te perturbes. Ama.

Não condenes. Ampara.

Não te ofendas. Esquece.

Não te queixes. Caminha.

Não depredes. Constrói.

Não critiques. Instrui. 

Não pares. Serve sempre.

Se o mal te desafia.
Com Jesus, vencerás.
🌿🌷🌿
Autor: Emmanuel
Psicografia de Chico Xavier.
Livro: Hora Certa

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