quarta-feira, 8 de novembro de 2023

Esmola



“Dai antes esmola do que tiverdes.” — Jesus. (LUCAS, 11.41)

A palavra do Senhor está sempre estruturada em luminosa beleza que não podemos perder de vista.

No capítulo da esmola, a recomendação do Mestre, dentro da narrativa de Lucas, merece apontamentos especiais.

“Dai antes esmola do que tiverdes.”

Dar o que temos é diferente de dar o que detemos.

A caridade é sublime em todos os aspectos sob os quais se nos revele e em circunstância alguma devemos esquecer a abnegação admirável daqueles que distribuem pão e agasalho, remédio e socorro para o corpo, aprendendo a solidariedade e ensinando-a.

É justo, porém, salientar que a fortuna ou a autoridade são bens que detemos provisoriamente na marcha comum e que, nos fundamentos substanciais da vida, não nos pertencem.

O dono de todo o poder e de toda a riqueza no Universo é Deus, nosso Criador e Pai, que empresta recursos aos homens, segundo os méritos ou as necessidades de cada um.

Não olvidemos, assim, as doações de nossa esfera íntima e perguntemos a nós mesmos:

Que temos de nós próprios para dar?
Que espécie de emoção estamos comunicando aos outros?
Que reações provocamos no próximo?
Que distribuímos com os nossos companheiros de luta diária?
Qual é o estoque de nossos sentimentos?
Que tipo de vibrações espalhamos?

Para difundir a bondade, ninguém precisa cultivar riso estridente ou sorrisos baratos, mas, para não darmos pedras de indiferença aos corações famintos de pão da fraternidade, é indispensável amealhar em nosso Espírito as reservas da boa compreensão, emitindo o tesouro de amizade e entendimento que o Mestre nos confiou em serviço ao bem de quantos nos rodeiam, perto ou longe.

É sempre reduzida a caridade que alimenta o estômago, mas que não esquece a ofensa, que não se dispõe a servir diretamente ou que não acende luz para a ignorância.

O aviso do Instrutor Divino nas anotações de Lucas significa: — Dai esmola de vossa vida íntima, ajudai por vós mesmos, espalhai alegria e bom ânimo, oportunidade de crescimento e elevação com os vossos semelhantes, sede irmãos dedicados ao próximo, porque, em verdade, o amor que se irradia em bênçãos de felicidade e trabalho, paz e confiança, é sempre a dádiva maior de todas.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Fonte Viva
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08 de novembro

Por que aceitar limitações em sua vida?

Sinta sua consciência se expandindo dia a dia.

Espere que o novo se desdobre em você e à sua frente e, se para isso for necessário mudar, esteja disposto a fazer as mudanças sem hesitação.

Para mudar de programa no rádio só é preciso mexer num botão até achar uma nova estação.

Daí é preciso sintonizar cuidadosamente até que a recepção fique clara e não haja distorções para atrapalhar o programa.

Quando seu desejo de deixar o que é velho para trás for suficientemente forte, você não deixará pedra sobre pedra até conseguir o que quer.

Você mexerá em todos os botões até conseguir se sintonizar com o novo e poder receber a transmissão em som alto e forte.

Quando a transmissão estiver clara, você terá que se aquietar e escutar; e quando você tiver absorvido o que está sendo transmitido, você tomará a iniciativa de fazer algo a respeito. Por que esperar mais um dia?

Sintonize-se agora.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

A cólera

O orgulho vos induz a julgar-vos mais do que sois; a não suportardes uma comparação que vos possa rebaixar; a vos considerardes, ao contrário, tão acima dos vossos irmãos, quer em espírito, quer em posição social, quer mesmo em vantagens pessoais, que o menor paralelo vos irrita e aborrece.

Que sucede então?

— Entregais-vos à cólera.

Pesquisai a origem desses acessos de demência passageira que vos assemelham ao bruto, fazendo-vos perder o sangue-frio e a razão; pesquisai e, quase sempre, deparareis com o orgulho ferido. Que é o que vos faz repelir, coléricos, os mais ponderados conselhos, senão o orgulho ferido por uma contradição? Até mesmo as impaciências, que se originam de contrariedades muitas vezes pueris, decorrem da importância que cada um liga à sua personalidade, diante da qual entende que todos se devem dobrar.

Em seu frenesi, o homem colérico a tudo se atira: à natureza bruta, aos objetos inanimados, quebrando-os porque lhe não obedecem. Ah! se nesses momentos pudesse ele observar-se a sangue-frio, ou teria medo de si próprio, ou bem ridículo se acharia! Imagine ele por aí que impressão produzirá nos outros. Quando não fosse pelo respeito que deve a si mesmo, cumpria-lhe esforçar-se por vencer um pendor que o torna objeto de piedade.
Se ponderasse que a cólera a nada remedeia, que lhe altera a saúde e compromete até a vida, reconheceria ser ele próprio a sua primeira vítima.

Mas, outra consideração, sobretudo, devera contê-lo, a de que torna infelizes todos os que o cercam. Se tem coração, não lhe será motivo de remorso fazer que sofram os entes a quem mais ama? E que pesar mortal se, num acesso de fúria, praticasse um ato que houvesse de deplorar toda a sua vida!

Em suma, a cólera não exclui certas qualidades do coração, mas impede se faça muito bem e pode levar à prática de muito mal. Isto deve bastar para induzir o homem a esforçar-se pela dominar. O espírita, ao demais, é concitado a isso por outro motivo: o de que a cólera é contrária à caridade e à humildade cristãs.

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— Um Espírito protetor. (Bordéus, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IX, item 9.)
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Auxiliar e servir


"... E amarás o teu próximo como a ti mesmo". - Jesus (Lucas, 10:27)

Irmãos!

Quando estiverdes à beira do desânimo porque alfinetadas do mundo vos hajam ferido o coração; quando o desespero vos ameace, à vista das provações que se vos abatem na senda, reflitamos naqueles companheiros outros que se agoniam, junto de nós, em meio dos espinheiros que nos marginam a estrada;

nos que foram relegados à solidão sem voz de amigo que os reconforte;

nos que tateiam, a pleno dia, ansiando por fio de luz que lhes atenue a cegueira;

nos que perderam o lume da razão e se despencaram na vala da loucura;

nos que foram arrojados à orfandade quando a existência na Terra se lhes esboça em começo;

naqueles que estão terminando a romagem no mundo atirados à ventania;

nos que desistiram do refúgio na fé e se
encaminham, desorientados, para as trevas do suicídio;

nos que se largaram à delinquência comprando arrependimentos e lágrimas na segregação em que expiam as próprias faltas;

nos que choram escravizados à penúria, a definharem de inanição!...

Façamos isso e aprenderemos a agradecer a Bondade de Deus que a todos nos reúne em sua bênção de amor, de vez que a melancolia se nos transformará, no ser, em clarão de piedade, ensinando-nos a observar que por mais necessitados ou sofredores estejamos dispomos ainda do privilégio de colaborar com Jesus na edificação do Mundo Melhor, pela felicidade de auxiliar e pelo dom de servir.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Segue-me
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O CAPACETE


“Tomai também o capacete da salvação” – Paulo. (Efésios, 6:17.)

Se é justa a salvaguarda de membros importantes do corpo, com muito mais propriedade é imprescindível defender a cabeça, nos momentos de luta.

Aliás, é razoável considerar que os braços e as pernas nem sempre são requisitados a maiores dispêndios de energia.

A cabeça, porém, não descansa.

A sede do pensamento é um viveiro de trabalho incessante.

Necessário se faz resguardá-la, defendê-la.

Nos movimentos bélicos, o soldado preserva-a, através de recursos especiais.

Na luta diária mantida pelo discípulo de Jesus, igualmente não podemos esquecer o conselho do apóstolo aos gentios.

É indispensável que todo aprendiz do Evangelho tome o capacete da salvação, simbolizado na cobertura mental de ideias sólidas e atitudes cristãs, estruturadas nas concepções do bem, da confiança e do otimismo sincero.

Teçamos, pois, o nosso capacete espiritual com os fios da coragem inquebrantável, da fé pura e do espírito de serviço. De posse dele enfrentaremos qualquer combate moral de grandes proporções.

Nenhum discípulo da Boa Nova olvide a sua condição de lutador.

As forças contrárias ao bem, meu amigo, alvejar-te-ão o mundo íntimo, através de todos os flancos. Defende a tua moradia interior. Examina o revestimento defensivo que vens usando, em matéria de desejos e crenças, de propósitos e ideias, para que os projéteis da maldade não te alcancem por dentro.

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EMMANUEL
(do livro “Vinha de Luz” – psic. Chico Xavier)
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Liberdade e proveito


São muitos os companheiros que requisitam liberdade e mais liberdade.

Entretanto, a maioria se esquece de que a independência de alguém vale pela disciplina que esse alguém apresente na execução dos deveres que a vida lhe preceitue.

A Natureza mostra isso em lições claras e simples.

O Sol é um gigante de força no Espaço Cósmico, no entanto, se não aceitasse os impositivos da gravitação, não sustentaria a sua imensa colmeia de mundos.

A cachoeira assemelha-se a uma explosão de energias desatadas, mas sem a represa que lhe condiciona o poder das águas, o homem não usufruiria muitos dos valiosos benefícios da Civilização.

Sem controle dos implementos que lhe são próprios, o avião não se levantaria.

Sem leis que presidam o relacionamento entre as criaturas, a ordem seria uma ilusão.

Reflitamos nisso e saibamos cumprir as obrigações que nos cabem.

A criatura se destaca pelo que saiba, mas vale pelo bem que se decida a fazer.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Convivência
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