segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Discussões


Hora de aborrecimento ou desagrado — tempo de silêncio e de oração.

Esclarecer, analisar, observar, anotar, mas toda vez que o azedume apareça, mesmo de longe, deixar a conversação ou o entendimento para depois.

 Discutir, no sentido de questionar ou contentar, é o mesmo que atirar querosene à fogueira.

Sempre que nos adentramos na irritação, a tomada de nosso pensamento se liga, de imediato, para as áreas da perturbação ou da sombra. Então, a palavra se nos debita na conta do arrependimento, porque facilmente exageramos impressões, esposamos falsos julgamentos, provocamos reações negativas ou magoamos alguém sem querer. E o pior de tudo isso é que as rupturas nas relações harmoniosas do lar ou do grupo fraterno se principiam de bagatelas, semelhantes às brechas diminutas pelas quais se esbarrondam vigorosas represas, criando as calamidades da inundação.

Saibamos tolerar os dissabores e contratempos da vida, arredando-os do cotidiano, como quem alimpa um campo minado. 

Aceitemos a reclamação alheia, paguemos o prejuízo que nos seja possível resgatar sem maior sacrifício e esqueçamos a frase impensada ou o gesto de desconsideração tantas vezes involuntários com que nos hajam ferido.

Nunca valorizar ocorrências desagradáveis ou futilidades que pretendam tisnar-nos o otimismo.

Há quem diga que da discussão nasce a luz. É provável seja ela, em muitos casos, um fator de discernimento, quando manejada por Espíritos de elevada compreensão; no entanto, em muitos outros, nada mais faz que apoiar a discórdia e apagar a luz.

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Emmanuel
Chico Xavier
Obra: Alma e coração
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30 de dezembro

Você representa Minhas mãos e Meus pés.

Eu tenho que trabalhar em você e através de você para revelar Meus prodígios e Minhas glórias.

Eu tenho que usar você para trazer para o mundo o Meu reino, para realizar o novo céu e a nova Terra.

Enquanto você não perceber que Eu preciso de você, você continuará a ouvir falar sobre este maravilhoso novo céu e nova terra, mas você não os verá, não viverá neles e não será testemunha de como eles funcionam.

De que adianta sonhar com a Utopia?

É preciso concretizá-la e isso só será possível quando você parar de falar sobre ela e começar a vivê-la.

Se você vê uma pessoa se afogando, não adianta ficar em terra firme berrando instruções.

É preciso se jogar na água e fazer algo a respeito.

Portanto, não adianta nada ficar lendo como criar um novo céu e uma nova terra. Você tem que começar já a vivê-los para conseguir concretizá-los.

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Abrindo Portas Interiores
Eileen Caddy
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MENSAGEM DO ESE:

Bem-aventurados os aflitos. Justiça das aflições

Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados. — Bem-aventurados os famintos e os sequiosos de justiça, pois que serão saciados. — Bem-aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, pois que é deles o reino dos céus. (S. MATEUS, cap. V, vv. 5, 6 e 10.)

Bem-aventurados vós que sois pobres, porque vosso é o reino dos céus. — Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados. — Ditosos sois, vós que agora chorais, porque rireis. (S. LUCAS, cap. VI, vv. 20 e 21.)

Mas, ai de vós, ricos que tendes no mundo a vossa consolação. — Ai de vós que estais saciados, porque tereis fome. Ai de vós que agora rides, porque sereis constrangidos a gemer e a chorar. (S. LUCAS, cap. VI, vv. 24 e 25.)

Somente na vida futura podem efetivar-se as compensações que Jesus promete aos aflitos da Terra. Sem a certeza do futuro, estas máximas seriam um contra-senso; mais ainda: seriam um engodo. Mesmo com essa certeza, dificilmente se compreende a conveniência de sofrer para ser feliz.

É, dizem, para se ter maior mérito. Mas, então, pergunta-se: por que sofrem uns mais do que outros? Por que nascem uns na miséria e outros na opulência, sem coisa alguma haverem feito que justifique essas posições?

Por que uns nada conseguem, ao passo que a outros tudo parece sorrir? Todavia, o que ainda menos se compreende é que os bens e os males sejam tão desigualmente repartidos entre o vício e a virtude; e que os homens virtuosos sofram, ao lado dos maus que prosperam. A fé no futuro pode consolar e infundir paciência, mas não explica essas anomalias, que parecem desmentir a justiça de Deus. Entretanto, desde que admita a existência de Deus, ninguém o pode conceber sem o infinito das perfeições. Ele necessariamente tem todo o poder, toda a justiça, toda a bondade, sem o que não seria Deus. Se é soberanamente bom e justo, não pode agir caprichosamente, nem com parcialidade. Logo, as vicissitudes da vida derivam de uma causa e, pois que Deus é justo, justa há de ser essa causa. Isso o de que cada um deve bem compenetrar-se. Por meio dos ensinos de Jesus, Deus pôs os homens na direção dessa causa, e hoje, julgando-os suficientemente maduros para compreendê-la, lhes revela completamente a aludida causa, por meio do Espiritismo, isto é, pela palavra dos Espíritos.

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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, itens 1 a 3.)
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Comecemos hoje


Não diga que você pratica as Lições do Evangelho, simplesmente por debater-lhe os problemas.

A palavra edificante é uma bênção do Céu, mas, há sonâmbulos do verbo notável, sem serem loucos. Falam de maneira brilhante, embora dormindo. E todos podemos sofrer semelhante calamidade.

Em nosso testemunho de aplicação com Jesus, é preciso fazer algo.

Acorde, pois trabalhando.

Lembre-se de que o próximo espera por seu auxílio.

Mexa-se de algum modo, para ajudar.

Pinte, com o próprio esforço, a casa onde você mora, dando-lhe aspecto mais agradável.

Lave a louça da mesa que o serviu.

Limpe uma ferida que sangra.

Apare as unhas de um paralítico.

Guie um cego, na praça pública.

Garanta a higiene, onde você estiver.

Acomode o próprio corpo com atenção, de maneira a não incomodar o vizinho, no veículo de condução coletiva.

Carregue uma criança de colo para que essa ou aquela mãezinha fatigada descanse, por alguns minutos.

Costure para os necessitados.

Dê um café aos filhos do infortúnio.

Distribua, com alegria, as sobras da refeição.

Antes que apodreça, entregue a roupa supérflua ao companheiro andrajoso.

Reparta o pão com o menino infeliz que muitas vezes, lhe observa o conforto pela vidraça.

Plante uma árvore útil.

Enderece uma gentileza aos amigos, procurando ocultar-se.

Estenda braços fraternos, ainda mesmo por um simples momento, aos que forem surpreendidos pela enfermidade, na rua.

Adquira um comprimido balsamizante para o irmão que acuse dor de cabeça.

Faça o favor de transportar espontaneamente os pequeninos fardos que pesam nas mãos alheias.

Confie um livro nobre à circulação, no ambiente doméstico.

Ofereça uma flor ao enfermo.

Preste, com bondade, a informação que lhe solicitam.

Dê algum dinheiro, em favor das boas obras, sem a preocupação de fiscalizar.

Comecemos agora.

Não creia que o barulho de fora consiga despertar-nos. Ante a pressão externa, mais se esconde a tartaruga na carapaça. Entretanto, o ruído de nossas próprias mãos no trabalho construtivo renova-nos a mente.

Hoje, você enriquece o serviço do Senhor, com alguma coisa.

Amanhã, porém, o serviço do Senhor será tesouro crescente, em seu caminho.

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André Luiz
Chico Xavier
Obra: Mãos marcadas
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Um comentário:

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