sexta-feira, 31 de julho de 2020

LUZ INTERIOR


Não perguntes demais
O que queres saber.

A Verdade prescinde
Do excesso de palavras.

Trabalha e ausculta a Vida
No silêncio das horas.

Todo conhecimento
É luz interior.

O sábio não consegue
Dizer tudo que sente.

Conhece-te e terás
As respostas que buscas.
🌿🌷🌿🌷🌿
Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Irmão José

🌿🌷🌿🌷🌿🌷🌿



MENSAGEM DO ESE:

O mandamento maior

Mas, os fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca aos saduceus, se reuniram; e um deles, que era doutor da lei, foi propor-lhe esta questão, para o tentar: — Mestre, qual o grande mandamento da lei? — Jesus lhe respondeu: Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito. — Esse o maior e o primeiro mandamento. — E aqui está o segundo, que é semelhante ao primeiro: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. — Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos. (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 34 a 40.)
Caridade e humildade, tal a senda única da salvação. Egoísmo e orgulho, tal a da perdição. Este princípio se acha formulado nos seguintes precisos termos: “Amarás a Deus de toda a tua alma e a teu próximo como a ti mesmo; toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.” E, para que não haja equívoco sobre a interpretação do amor de Deus e do próximo, acrescenta: “E aqui está o segundo mandamento que é semelhante ao primeiro” , isto é, que não se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar o próximo, nem amar o próximo sem amar a Deus. Logo, tudo o que se faça contra o próximo o mesmo é que fazê-lo contra Deus. Não podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se resumem nesta máxima: FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.
🌷🌿🌷
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XV, itens 4 e 5.)

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NO SUSTENTO DA PAZ


Tende para com eles amor especial, por causa do seu trabalho. Vivei em paz uns com os outros.
— Paulo I Tessalonicenses, 5:13


Costumamos referir-nos à guerra, qual se ela fosse um fenômeno de teratologia política, exclusivamente atribuível aos desmandos de ditadores cruéis, quando todos somos intimados pela vida ao sustento da paz.


Todos agimos uns sobre os outros e, ainda que a nossa influência pessoal se nos figure insignificante, ela não é menos viva na preservação da harmonia geral.


A floresta é um espetáculo imponente da natureza, mas não se agigantou sem o concurso de sementes pequeninas.


Nossa deficiência de análise, quanto à contribuição individual no equilíbrio comum, nasce, via de regra, da aflição doentia com que aguardamos ansiosamente os resultados de nossas ações, sequiosos de destaque pessoal no imediatismo da Terra; isso faz com que procedamos à maneira de alguém que se decidisse a levantar uma casa com total menosprezo pelas pedras, tijolos, parafusos e vigas, aparentemente sem importância, quando isoladamente considerados, mas indispensáveis à construção.


Habituamo-nos, frequentemente, a maldizer o irmão que se fez delinquente, com absoluta descaridade para com a debilitação de caráter a que chegou, depois de longo processo obsessivo que lhe corroeu a resistência moral, quase sempre após fugirmos da providência fraterna ou da simples conversação esclarecedora, capazes de induzi-lo à vitória sobre as tentações que o levaram à falta consumada.


Lideramos reclamações contra o estridor de buzinas na via pública e não nos pejamos das maneiras violentas que abalam os nervos de quem nos ouve.


Todos somos chamados à edificação da paz que, aliás, prescinde de qualquer impulso vinculado às atividades de guerra e que, paradoxalmente, depende de nossa luta por melhorar-nos e educar-nos, de vez que paz não é inércia e sim esforço, devotamento, trabalho e vigilância incessantes a serviço do bem. 


Nenhum de nós está dispensado de auxiliar-lhe a defesa e a sustentação, porquanto, muitas vezes, a tranquilidade coletiva jaz suspensa de um minuto de tolerância, de um gesto, de uma frase, de um olhar…


Não te digas, pois, inabilitado a contribuir na paz do mundo. Se não admites o poder e o valor dos recursos chamados menores no engrandecimento da vida, faze um palácio diante de vigorosa central elétrica e procura dotá-lo de luz e força sem a tomada.
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Livro: O Evangelho por Emmanuel – Comentários às Cartas de Paulo
Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel,
coordenação de Saulo Cesar Ribeiro da Silva
FEB – Federação Espírita Brasileira 


quinta-feira, 30 de julho de 2020

Jesus no Lar


O culto do Evangelho no Lar aperfeiçoa o homem.

O homem aperfeiçoado ilumina a família.

A família iluminada melhora a comunidade.

A comunidade melhorada eleva a nação.

O homem evangelizado adquire compreensão e amor.

A família iluminada conquista entendimento e harmonia.

A comunidade melhorada produz trabalho e fraternidade.

A nação elevada orienta-se no direito, na justiça e no bem.

Espiritismo sem Evangelho é fenômeno ou raciocínio.

O fenômeno deslumbra. O raciocínio indaga.

Descobrir novos campos de luta e pensar em torno deles não expressa tudo.

Imprescíndivel conhecer o próprio destino.

Não basta, pois, a certeza de que a vida continua infinita, além da morte.

É necessário clarear o caminho.

Do Evangelho no lar, depende o aprimoramento do homem.

Do homem edificado em Jesus Cristo depende a melhoria e a redenção do mundo.
🌿🌼🌿
Pelo Espírito Emmanuel
XAVIER, Francisco Cândido. Nosso Livro. Espíritos Diversos. LAKE.



MENSAGEM DO ESE:

Destinação da Terra. Causas das misérias humanas

Muitos se admiram de que na Terra haja tanta maldade e tantas paixões grosseiras, tantas misérias e enfermidades de toda natureza, e daí concluem que a espécie humana bem triste coisa é. Provém esse juízo do acanhado ponto de vista em que se colocam os que o emitem e que lhes dá uma falsa idéia do conjunto. Deve-se considerar que na Terra não está a Humanidade toda, mas apenas uma pequena fração da Humanidade. Com efeito, a espécie humana abrange todos os seres dotados de razão que povoam os inúmeros orbes do Universo. Ora, que é a população da Terra, em face da população total desses mundos? Muito menos que a de uma aldeia, em confronto com a de um grande império. A situação material e moral da Humanidade terrena nada tem que espante, desde que se leve em conta a destinação da Terra e a natureza dos que a habitam.

Faria dos habitantes de uma grande cidade falsíssima idéia quem os julgasse pela população dos seus quarteirões mais íntimos e sórdidos. Num hospital, ninguém vê senão doentes e estropiados; numa penitenciária, vêem-se reunidas todas as torpezas, todos os vícios; nas regiões insalubres, os habitantes, em sua maioria são pálidos, franzinos e enfermiços. Pois bem: figure-se a Terra como um subúrbio, um hospital, uma penitenciaria, um sítio malsão, e ela é simultaneamente tudo isso, e compreender-se-á por que as aflições sobrelevam aos gozos, porquanto não se mandam para o hospital os que se acham com saúde, nem para as casas de correção os que nenhum mal praticaram; nem os hospitais e as casas de correção se podem ter por lugares de deleite.

Ora, assim como, numa cidade, a população não se encontra toda nos hospitais ou nas prisões, também na Terra não está a Humanidade inteira. E, do mesmo modo que do hospital saem os que se curaram e da prisão os que cumpriram suas penas, o homem deixa a Terra, quando está curado de suas enfermidades morais.
🌼🌿🌼
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. III, itens 6 e 7.)

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Negócios Escusos



Os negócios escusos dão rendimentos venenosos.

Muitas pessoas justificam-nos e exaltam os lucros deles advindos, informando que são frutos da época e todos devem aproveitar a ocasião.

Como a moral está desgovernada, não te deixes conduzir por ela, antes controla os abusos e excessos que te cheguem, a fim de corrigires a situação caótica.

O erro nunca deve ser tomado como exemplo.

Numa época de epidemia gripal, o estado normal de saúde não passa a ser este, somente porque a maioria das pessoas está infectada.

Vacina-te contra os abusos e permanecerás com a vida em ordem, talvez sem os supérfluos, nunca, porém, com escassez ou falta.
🌼🌷🌼
FRANCO, Divaldo Pereira. Vida Feliz. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 18.ed. LEAL, 2015. Capítulo 158.



MENSAGEM DO ESE:

Dom de curar

Restituí a saúde aos doentes, ressuscitai os mortos, curai os leprosos, expulsai os demônios. Dai gratuitamente o que gratuitamente haveis recebido. (S. MATEUS, cap. X, v. 8.)

“Dai gratuitamente o que gratuitamente haveis recebido”, diz Jesus a seus discípulos. Com essa recomendação, prescreve que ninguém se faça pagar daquilo por que nada pagou. Ora, o que eles haviam recebido gratuitamente era a faculdade de curar os doentes e de expulsar os demônios, isto é, os maus Espíritos. Esse dom Deus lhes dera gratuitamente, para alívio dos que sofrem e como meio de propagação da fé; Jesus, pois, recomendava-lhes que não fizessem dele objeto de comércio, nem de especulação, nem meio de vida.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXVI, itens 1 e 2.)
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Se a porta não está abrindo, esse não é o caminho


Se a porta não abre, simplesmente não é a porta certa, muito menos o caminho. Em algumas ocasiões, no entanto, investimos muito tempo e esforço buscando chaves para abrir uma porta que não poderá nunca ser aberta. Às vezes nem há porta. Porque há destinos impossíveis, pessoas que não se encaixam em nossas fechaduras e caminhos pelos quais é melhor não transitar.


É certo, no entanto, que nenhum de nós acerta nosso destino pessoal logo no primeiro momento. Cabe dizer também que não é errado perder-se de vez em quando. Abrir portas que logo fechamos de novo é bom para adquirir experiência, para saber quem está e quem não está entre o que vale a pena o investimento. Nesses casos ganhamos experiência e devemos ir sem medo, mas com equilíbrio e uma atitude correta.


Quando uma porta que um dia nos deu felicidade se fecha, geralmente outra se abrirá. Mas nem sempre podemos vê-la de imediato, porque acabamos passando grande parte do tempo lamentando pela porta que não pode mais ser aberta, sendo que para essa não temos mais a chave, então de nada adianta…


Os psicólogos e sociólogos se perguntaram durante muito tempo o que faz com que nós escolhamos um determinado caminho e não outro. Costuma-se dizer que nossas escolhas nos definem muito bem, mas na realidade muitos dos mecanismos que nos fazem ir em uma determinada direção e não em outra seguem não sendo conscientes. Convidamos você a pensar sobre isso.


Voltar e recomeçar quando muitas portas se fecham para nós


Talvez, em algum momento de nosso ciclo vital, não tenhamos tomado as melhores decisões. Ou pode ser, inclusive, que isso aconteça durante um período de tempo longo. Tempo suficiente para nos fazer acreditar que é isso que temos para nós para sempre. Mas não se pode esquecer que por trás das portas fechadas fica conosco o vazio e a tristeza constantemente remoída. Talvez estejamos falando de uma relação, de um trabalho ou de uma amizade que não terminou muito bem.


O destino não é algo que deveríamos ver, o destino devemos criar por nós mesmos, com determinação e valentia, abrindo as portas mais adequadas.


Agora que já sabemos que nem sempre as portas que escolhemos se abrem de forma imediata, vamos falar das portas de emergência com as quais podemos encontrar uma nova saída em direção à verdadeira felicidade. Vale a pena refletir sobre essas questões para entendermos que a vida, na realidade, é um labirinto de portas pelas quais podemos transitar, cruzar, aproveitar, aprender e sem dúvida… fechar.


Chaves para encontrar o caminho mais adequado


Nenhum caminho escolhido ao longo de sua viagem existencial foi em vão. Longe de nos arrependermos por ter cruzado uma porta, por ter, por exemplo, mantido um relacionamento, por ter iniciado um projeto e não concluí-lo, simplesmente por termos frustrações no lugar de alegrias, é necessário assumir tudo que foi vivido como oportunidades de aprendizado. Porque toda cicatriz ensina, e todo caminho errado supõe também um convite ao recomeço.


- Entenda que quando algo termina, a felicidade não se reinicia sozinha automaticamente. É necessário passar por um tempo no qual reconstruímos a nós mesmos, nos conectamos conosco de novo e fechamos adequadamente as portas, as etapas.


- Chegará um momento em que nos sentiremos preparados. Longe de olhar pra trás, sentiremos de novo o convite de olhar para a frente, de voltar a imaginar e a caminhar agora com mais segurança e mais sabedoria.


- Entenda que além de não existir um caminho ideal, nenhuma porta tem a chave da felicidade eterna ou da solução de todos os nossos problemas. É a própria viagem que nos dá as respostas, e as alegrias vêm e vão. A única coisa que precisamos é ser mais receptivos e, antes de tudo, corajosos para cruzar os caminhos desconhecidos maravilhosos que estão aí para serem descobertos por nós…
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Fonte: O Segredo
Autor desconhecido
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FORMATAÇÃO E PESQUISA: MILTER - 28-07-2019


terça-feira, 28 de julho de 2020

Os ignorantes



Não descarregues o teu azedume, conflitos e recalques nos servidores da tua casa, do teu trabalho, da tua esfera social.

Eles já sofrem o suficiente, dispensando a carga de amargura e mal-estar que lhes destinas.

Coloca-te no lugar deles e verás quanto gostarias de receber gentilezas, ter atenuadas as humilhações que passasses, as dores que carpisses...

São teus irmãos carentes.

Se te fazem grosserias e são rudes, educa-os com o silêncio e a bondade.

Eles desconhecem as boas maneiras, necessitando do teu exemplo.
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FRANCO, Divaldo Pereira. Vida Feliz. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 18.ed. LEAL, 2015. Capítulo 109.





MENSAGEM DO ESE:

Caracteres da perfeição

Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam. — Porque, se somente amardes os que vos amam que recompensa tereis disso? Não fazem assim também os publicanos? — Se unicamente saudardes os vossos irmãos, que fazeis com isso mais do que outros? Não fazem o mesmo os pagãos? — Sede, pois, vós outros, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial. (S. MATEUS, cap. V, vv. 44, 46 a 48.)
Pois que Deus possui a perfeição infinita em todas as coisas, esta proposição: “Sede perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial”, tomada ao pé da letra, pressuporia a possibilidade de atingir-se a perfeição absoluta. Se à criatura fosse dado ser tão perfeita quanto o Criador, tornar-se-ia ela igual a este, o que é inadmissível. Mas, os homens a quem Jesus falava não compreenderiam essa nuança, pelo que ele se limitou a lhes apresentar um modelo e a dizer-lhes que se esforçassem pelo alcançar.
Aquelas palavras, portanto, devem entender-se no sentido da perfeição relativa, a de que a Humanidade é suscetível e que mais a aproxima da Divindade. Em que consiste essa perfeição? Jesus o diz: “Em amarmos os nossos inimigos, em fazermos o bem aos que nos odeiam, em orarmos pelos que nos perseguem.” Mostra ele desse modo que a essência da perfeição é a caridade na sua mais ampla acepção, porque implica a prática de todas as outras virtudes.


Com efeito, se se observam os resultados de todos os vícios e, mesmo, dos simples defeitos, reconhecer-se-á nenhum haver que não altere mais ou menos o sentimento da caridade, porque todos têm seu princípio no egoísmo e no orgulho, que lhes são a negação; e isso porque tudo o que sobreexcita o sentimento da personalidade destrói, ou, pelo menos, enfraquece os elementos da verdadeira caridade, que são: a benevolência, a indulgência, a abnegação e o devotamento. Não podendo o amor do próximo, levado até ao amor dos inimigos, aliar-se a nenhum defeito contrário à caridade, aquele amor é sempre, portanto, indício de maior ou menor superioridade moral, donde decorre que o grau da perfeição está na razão direta da sua extensão. Foi por isso que Jesus, depois de haver dado a seus discípulos as regras da caridade, no que tem de mais sublime, lhes disse: “Sede perfeitos, como perfeito é vosso Pai celestial.”
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVII, itens 1 e 2.)


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APEGO FAMILIAR E MORTE
(...)


— Tornando à questão do apego familiar...


— Qualquer espécie de apego impede que o espírito siga adiante em seus novos caminhos – “deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos” – exorta-nos o Cristo!


Um dos discípulos, cujo pai havia desencarnado, pedira ao Mestre que, primeiro, lhe consentisse enterrar o corpo de seu genitor... O exercício do desapego é dos mais importantes para que o espírito se adapte às suas novas condições de vida no Mundo Espiritual – sem que possamos compreender que tudo é nosso, mas que nada nos pertence em regime de exclusividade, teremos dificuldades imensas para caminhar à frente. Por tal motivo é que a maioria dos espíritos vive presa à retaguarda, respirando na atmosfera dos encarnados, esperando a primeira oportunidade de reencarnar – não consegue viver longe daquela que considera como sendo sua família – não quer abrir mão de seus bens, e somente não permanece de sentinela ao lado de seu corpo no esquife porque ele entra em estado de decomposição e faz com que ele empreenda fuga – se o corpo físico, pela Sabedoria da Lei, não se desintegrasse, muitos seriam os espíritos que, por séculos, permaneceriam a velá-lo, na expectativa de que, de hora para outra, pudesse se levantar do túmulo.
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Livro: Um Mundo Espiritual Chamado Terra
Carlos A. Baccelli, pelo Espírito Inácio Ferreira
LEEPP – Livraria Espírita Edições Pedro e Paulo

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Saúde Mental



A tristeza é mensageira de sofrimento.

Não te prendas a ela, nem te permitas contaminar pelos seus miasmas.

É certo, que nem todos os dias são claros e ricos de alegria.

Há ocasiões em que o sofrimento parece dominar os quadros da tua atividade. No entanto, examinadas as dificuldades e sentidas as dores, faze sol íntimo, afugentando a tristeza da tua mente, a fim de que mais facilmente superes os acontecimentos provacionais.

O cultivo da tristeza abre campo a várias enfermidades da mente, da emoção e do corpo.
🌿🌷🌿
FRANCO, Divaldo Pereira. Vida Feliz. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 18.ed. LEAL, 2015. Capítulo 106.




MENSAGEM DO ESE:

Dever-se-á pôr termo às provas do próximo?

– Deve alguém pôr termo às provas do seu próximo quando o possa, ou deve, para respeitar os desígnios de Deus, deixar que sigam seu curso?

Já vos temos dito e repetido muitíssimas vezes que estais nessa Terra de expiação para concluirdes as vossas provas e que tudo que vos sucede é conseqüência das vossas existências anteriores, são os juros da dívida que tendes de pagar. Esse pensamento, porém, provoca em certas pessoas reflexões que devem ser combatidas, devido aos funestos efeitos que poderiam determinar.

Pensam alguns que, estando-se na Terra para expiar, cumpre que as provas sigam seu curso. Outros há, mesmo, que vão até ao ponto de julgar que, não só nada devem fazer para as atenuar, mas que, ao contrário, devem contribuir para que elas sejam mais proveitosas, tornando-as mais vivas. Grande erro. É certo que as vossas provas têm de seguir o curso que lhes traçou Deus; dar-se-á, porém, conheçais esse curso? Sabeis até onde têm elas de ir e se o vosso Pai misericordioso não terá dito ao sofrimento de tal ou tal dos vossos irmãos: “Não irás mais longe?” Sabeis se a Providência não vos escolheu, não como instrumento de suplício para agravar os sofrimentos do culpado, mas como o bálsamo da consolação para fazer cicatrizar as chagas que a sua justiça abrira? Não digais, pois, quando virdes atingido um dos vossos irmãos: “É a justiça de Deus, importa que siga o seu curso.” Dizei antes: “Vejamos que meios o Pai misericordioso me pôs ao alcance para suavizar o sofrimento do meu irmão. Vejamos se as minhas consolações morais, o meu amparo material ou meus conselhos poderão ajudá-lo a vencer essa prova com mais energia, paciência e resignação. Vejamos mesmo se Deus não me pôs nas mãos os meios de fazer que cesse esse sofrimento; se não me deu a mim, também como prova, como expiação talvez, deter o mal e substituí-lo pela paz.”

Ajudai-vos, pois, sempre, mutuamente, nas vossas respectivas provações e nunca vos considereis instrumentos de tortura. Contra essa idéia deve revoltar-se todo homem de coração, principalmente todo espírita, porquanto este, melhor do que qualquer outro, deve compreender a extensão infinita da bondade de Deus. Deve o espírita estar compenetrado de que a sua vida toda tem de ser um ato de amor e de devotamento; que faça ele o que fizer para se opor às decisões do Senhor, estas se cumprirão. Pode, portanto, sem receio, empregar todos os esforços por atenuar o amargor da expiação, certo, porém, de que só a Deus cabe detê-la ou prolongá-la, conforme julgar conveniente.

Não haveria imenso orgulho, da parte do homem, em se considerar no direito de, por assim dizer, revirar a arma dentro da ferida? De aumentar a dose do veneno nas vísceras daquele que está sofrendo, sob o pretexto de que tal é a sua expiação? Oh! considerai-vos sempre como instrumento para fazê-la cessar. Resumindo: todos estais na Terra para expiar; mas, todos, sem exceção, deveis esforçar-vos por abrandar a expiação dos vossos semelhantes, de acordo com a lei de amor e caridade. 
🌿🌷🌿
— Bernardino, Espírito protetor. (Bordéus, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 27.)

domingo, 26 de julho de 2020

Pense


Você dominará sempre as palavras que não disse, entretanto, se subordinará àquelas que pronuncie.
*
Zele pela tranqüilidade de sua consciência, sem descurar de sua apresentação exterior.
*
No que se refere à alimentação, é importante recordar a afirmativa dos antigos romanos: "há homens que cavam a sepultura com a própria boca".
*
Tanto quanto possível, em qualquer obrigação a cumprir, esteja presente, pelo menos dez minutos antes, no lugar do compromisso a que você deve atender.
*
A inação entorpece qualquer faculdade.
*
O sorriso espontâneo é uma bênção atraindo outras bênçãos.
*
Servir, além do próprio dever, não é bajular e sim ganhar segurança.
*
Cada pessoa a quem você preste auxílio, é mais uma chave na solução de seus problemas.
*
É natural que você faça invejosos, mas não inimigos.
*
Cada boa ação que você pratica, é uma luz que você acende, em torno dos próprios passos.
*
Quem fala menos ouve melhor, e quem ouve melhor aprende mais.
🌸🌹🌸
XAVIER, Francisco Cândido. Sinal Verde. Pelo Espírito André Luiz. CEC. Capítulo 39.





MENSAGEM DO ESE:

Injúrias e violências

Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra. (S. MATEUS, cap. V, v. 4.)

Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus. (Id., v. 9.)
Sabeis que foi dito aos antigos: Não matareis e quem quer que mate merecerá condenação pelo juízo. — Eu, porém, vos digo que quem quer que se puser em cólera contra seu irmão merecerá condenado no juízo; que aquele que disser a seu irmão: Raca, merecerá condenado pelo conselho; e que aquele que lhe disser: És louco, merecerá condenado ao fogo do inferno. (Id., vv. 21 e 22.)

Por estas máximas, Jesus faz da brandura, da moderação, da mansuetude, da afabilidade e da paciência, uma lei. Condena, por conseguinte, a violência, a cólera e até toda expressão descortês de que alguém possa usar para com seus semelhantes. Raca, entre os hebreus, era um termo desdenhoso que significava homem que não vale nada, e se pronunciava cuspindo e virando para o lado a cabeça. Vai mesmo mais longe, pois que ameaça com o fogo do inferno aquele que disser a seu irmão: És louco.
Evidente se torna que aqui, como em todas as circunstâncias, a intenção agrava ou atenua a falta; mas, em que pode uma simples palavra revestir-se de tanta gravidade que mereça tão severa reprovação? É que toda palavra ofensiva exprime um sentimento contrário à lei do amor e da caridade que deve presidir às relações entre os homens e manter entre eles a concórdia e a união; é que constitui um golpe desferido na benevolência recíproca e na fraternidade que entretém o ódio e a animosidade; é, enfim, que, depois da humildade para com Deus, a caridade para com o próximo é a lei primeira de todo cristão.

Mas, que queria Jesus dizer por estas palavras: “Bem-aventurados os que são brandos, porque possuirão a Terra”, tendo recomendado aos homens que renunciassem aos bens deste mundo e havendo-lhes prometido os do céu?
Enquanto aguarda os bens do céu, tem o homem necessidade dos da Terra para viver. Apenas, o que ele lhe recomenda é que não ligue a estes últimos mais importância do que aos primeiros.
Por aquelas palavras quis dizer que até agora os bens da Terra são açambarcados pelos violentos, em prejuízo dos que são brandos e pacíficos; que a estes falta muitas vezes o necessário, ao passo que outros têm o supérfluo. Promete que justiça lhes será feita, assim na Terra como no céu, porque serão chamados filhos de Deus. Quando a Humanidade se submeter à lei de amor e de caridade, deixará de haver egoísmo; o fraco e o pacífico já não serão explorados, nem esmagados pelo forte e pelo violento. Tal a condição da Terra, quando, de acordo com a lei do progresso e a promessa de Jesus, se houver tornado mundo ditoso, por efeito do afastamento dos maus.
🌹🌸🌹
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. IX, itens 1 a 5.)

sábado, 25 de julho de 2020

Busca o Equilíbrio


Este teu cansaço contínuo, acompanhado de insatisfação e de mau humor, é um sinal vermelho de perigo em tua vida.

Resulta da maneira irregular de como vens aplicando os teus recursos e energias, sem o competente refazimento.

Não te bastará dormir, dar descanso ao corpo, se permaneceres emocionalmente inquieto, ansioso.

Assim, dá um balanço dos teus atos, medita em profundidade e perceberás que te está faltando o pão do espírito, que nutre e reconforta.

Reorganiza a vida e busca o equilíbrio, enquanto é tempo.
🌼🌿🌼
FRANCO, Divaldo Pereira. Vida Feliz. Pelo Espírito Joanna de Ângelis. 18.ed. LEAL, 2015. Capítulo 102.



MENSAGEM DO ESE:

Desprendimento dos bens terrenos (III)

O desapego aos bens terrenos consiste em apreciá-los no seu justo valor, em saber servir-se deles em benefício dos outros e não apenas em benefício próprio, em não sacrificar por eles os interesses da vida futura, em perdê-los sem murmurar, caso apraza a Deus retirá-los. Se, por efeito de imprevistos reveses, vos tornardes qual Job, dizei, como ele: “Senhor, tu mos havias dado e mos tiraste. Faça-se a tua vontade.” Eis aí o verdadeiro desprendimento. Sede, antes de tudo, submissos; confiai nAquele que, tendo-vos dado e tirado, pode novamente restituir-vos o que vos tirou. Resisti  animosos ao abatimento, ao desespero, que vos paralisam as forças. Quando Deus vos desferir um golpe, não esqueçais nunca que, ao lado da mais rude prova, coloca sempre uma consolação. Ponderai, sobretudo, que há bens infinitamente mais preciosos do que os da Terra e essa idéia vos ajudará a desprender-vos destes últimos. O pouco apreço que se ligue a uma coisa faz que menos sensível seja a sua perda. O homem que se aferra aos bens terrenos é como a criança que somente vê o momento que passa. O que deles se desprende é como o adulto que vê as coisas mais importantes, por compreender estas proféticas palavras do Salvador: “O meu reino não é deste mundo.”

A ninguém ordena o Senhor que se despoje do que possua, condenando-se a uma voluntária mendicidade, porquanto o que tal fizesse tornar-se-ia em carga para a sociedade. Proceder assim fora compreender mal o desprendimento dos bens terrenos. Fora egoísmo de outro gênero, porque seria o indivíduo eximir-se da responsabilidade que a riqueza faz pesar sobre aquele que a possui. Deus a concede a quem bem lhe parece, a fim de que a administre em proveito de todos. O rico tem, pois, uma missão, que ele pode embelezar e tornar proveitosa a si mesmo. Rejeitar a riqueza, quando Deus a outorga, é renunciar aos benefícios do bem que se pode fazer, gerindo-a com critério. Sabendo prescindir dela quando não a tem, sabendo empregá-la utilmente quando a possui, sabendo sacrificá-la quando necessário, procede a criatura de acordo com os desígnios do Senhor. Diga, pois, aquele a cujas mãos venha o que no mundo se chama uma boa fortuna: Meu Deus, tu me destinaste um novo encargo; dá-me a força de desempenhá-lo segundo a tua santa vontade.

Aí tendes, meus amigos, o que eu vos queria ensinar acerca do desprendimento dos bens terrenos. Resumirei o que expus, dizendo: Sabei contentar-vos com pouco. Se sois pobres, não invejeis os ricos, porquanto a riqueza não é necessária à felicidade. Se sois ricos, não esqueçais que os bens de que dispondes apenas vos estão confiados e que tendes de justificar o emprego que lhes derdes, como se prestásseis contas de uma tutela. Não sejais depositário infiel, utilizando-os unicamente em satisfação do vosso orgulho e da vossa sensualidade. Não vos julgueis com o direito de dispor em vosso exclusivo proveito daquilo que recebestes, não por doação, mas simplesmente como empréstimo. Se não sabeis restituir, não tendes o direito de pedir, e lembrai-vos de que aquele que dá aos pobres, salda a dívida que contraiu com Deus. 
🌿🌼🌿
— Lacordaire. (Constantina, 1863.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 14.)

🌼🌿🌼🌿🌼🌿🌼🌿🌼

POR CARÁTER


Excelso companheiro, não nos permita a leviandade de caráter...

Livra-nos de máscaras e disfarces que afivelemos à face.

Que sejamos o que somos, com a obrigação de sermos sempre mais.

Não nos deixes continuar na condição de "sepulcros caiados"...

Que busquemos a integridade moral!

Todavia, que não tornemos moralistas para com os irmãos ainda frágeis...

Que não nos esqueçamos de que caminhamos tangenciando o abismo de nossas imperfeições.

Que a ninguém acusemos ou atiremos pedras...

Somos frágeis, Senhor, e, sem o Teu amparo, a qualquer instante, poderemos cair.

Despoja-nos das exterioridades do eu e sê conosco, em nossos propósitos de melhorar.
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Preces e Orações 
Irmão José 
Carlos Baccelli

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Proteção


Duas horas de fria madrugada num hotel pequeno de rodovia.

O cavalheiro chegou apressado e pediu a chave do aposento em que se instalara durante o dia.

Inexplicavelmente, a chave desaparecera, e o interessado se confiou à exasperação.

Gritou. Acusou empregados.

A gerência interferiu com gentileza.

Outro quarto lhe foi entregue. O homem, porém, declarou que deixara junto ao leito grande soma de dinheiro e exigiu fosse a porta arrombada.

Depois de muita crítica, em que ameaçava a casa com denúncia à polícia, concordou em ocupar um aposento vizinho.

Somente pela manhã, ao sol muito alto, a fechadura foi quebrada. E só então o inconformado hóspede, ao retirar o dinheiro, verificou que sob o travesseiro se ocultava enorme escorpião.
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XAVIER, Francisco Cândido. Endereços de Paz. Pelo Espírito André Luiz. CEU.




MENSAGEM DO ESE:

O mandamento maior

Mas, os fariseus, tendo sabido que ele tapara a boca aos saduceus, se reuniram; e um deles, que era doutor da lei, foi propor-lhe esta questão, para o tentar: — Mestre, qual o grande mandamento da lei? — Jesus lhe respondeu: Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu espírito. — Esse o maior e o primeiro mandamento. — E aqui está o segundo, que é semelhante ao primeiro: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. — Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos. (S. MATEUS, cap. XXII, vv. 34 a 40.)

Caridade e humildade, tal a senda única da salvação. Egoísmo e orgulho, tal a da perdição. Este princípio se acha formulado nos seguintes precisos termos: “Amarás a Deus de toda a tua alma e a teu próximo como a ti mesmo; toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos.” E, para que não haja equívoco sobre a interpretação do amor de Deus e do próximo, acrescenta: “E aqui está o segundo mandamento que é semelhante ao primeiro” , isto é, que não se pode verdadeiramente amar a Deus sem amar o próximo, nem amar o próximo sem amar a Deus. Logo, tudo o que se faça contra o próximo o mesmo é que fazê-lo contra Deus. Não podendo amar a Deus sem praticar a caridade para com o próximo, todos os deveres do homem se resumem nesta máxima: FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO.
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XV, itens 4 e 5.)

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Sempre o Melhor


Em todos os caminhos da vida, encontrarás obstáculos a superar. Se assim não fosse, como provarias a ti mesmo a sinceridade de teus propósitos de renovação?
*
Aceita as dificuldades com paciência, procurando guardar contigo as lições de que se façam portadoras.
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Com todos temos algo de bom para aprender e em tudo temos alguma cousa de útil para assimilar.
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Nada acontece por acaso e, embora te pareca o contrário, até mesmo o mal permanece a serviço do bem.
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A resignação tem o poder de anular o impacto do sofrimento.
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Se recebes criticas ou injúrias, não te aflijas pela resposta verbal aos teus adversários. Muitas vezes, os que nos acusam desejam apenas distrair-nos a atenção do trabalho a que nos dedicamos, fazendo-nos perder preciosos minutos em contendas estéreis.
*
Centraliza-te no dever a cumprir, refletindo que toda semente exige tempo para germinar.
*
Toda vitória se fundamenta na perseverança e sem espirito de sacrifício ninguém concretiza os seus ideais.
*
Busca na oração coragem para superar os percalcos exteriores da marcha e humildade para vencer os entraves do teu mundo interior.
*
Aceita os outros como são a fim de que te aceitem como és, porquanto, de todos os patrimonios da vida, nenhum se compara a paz de quem procurar fazer sempre o melhor, embora consciente de que esse melhor ainda deixe muito a desejar.
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Pelo Espírito André Luiz
XAVIER, Francisco Cândido; BACCELLI, Carlos A.. Brilhe Vossa Luz. Espíritos Diversos. IDE.





MENSAGEM DO ESE:

Os tormentos voluntários

Vive o homem incessantemente em busca da felicidade, que também incessantemente lhe foge, porque felicidade sem mescla não se encontra na Terra. Entretanto, mau grado às vicissitudes que formam o cortejo inevitável da vida terrena, poderia ele, pelo menos, gozar de relativa felicidade, se não a procurasse nas coisas perecíveis e sujeitas às mesmas vicissitudes, isto é, nos gozos materiais em vez de a procurar nos gozos da alma, que são um prelibar dos gozos celestes, imperecíveis; em vez de procurar a paz do coração, única felicidade real neste mundo, ele se mostra ávido de tudo que o agitará e turbará, e, coisa singular! o homem, como que de intento, cria para si tormentos que está nas suas mãos evitar.
Haverá maiores do que os que derivam da inveja e do ciúme? Para o invejoso e o ciumento, não há repouso; estão perpetuamente febricitantes. O que não têm e os outros possuem lhes causa insônias. Dão-lhes vertigem os êxitos de seus rivais; toda a emulação, para eles, se resume em eclipsar os que lhes estão próximos, toda a alegria em excitar, nos que se lhes assemelham pela insensatez, a raiva do ciúme que os devora. Pobres insensatos, com efeito, que não imaginam sequer que, amanhã talvez, terão de largar todas essas frioleiras cuja cobiça lhes envenena a vida! Não é a eles, decerto, que se aplicam estas palavras: “Bem-aventurados os aflitos, pois que serão consolados”, visto que as suas preocupações não são aquelas que têm no céu as compensações merecidas.

Que de tormentos, ao contrário, se poupa aquele que sabe contentar-se com o que tem, que nota sem inveja o que não possui, que não procura parecer mais do que é. Esse é sempre rico, porquanto, se olha para baixo de si e não para, cima, vê sempre criaturas que têm menos do que ele. É calmo, porque não cria para si necessidades quiméricas. E não será uma felicidade a calma, em meio das tempestades da vida? 
🌼🌿🌼
— Fénelon. (Lião, 1860.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. V, item 23.)

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Antes Do Berço


Antes do berço, na Espiritualidade, examinando suas próprias necessidades de aperfeiçoamento terá você pedido:

A deficiência corpórea que induza à elevação de sentimentos;

a enfermidade de longa duração, capaz de educar-lhe os impulsos;

essa ou aquela lesão física que favoreça os exercícios de disciplina;

determinada mutilação que lhe iniba o arrastamento à agressividade exagerada;

o complexo psicológico que lhe renove as idéias;

o lar amargo onde possa aprender quanto vale a afeição;

o traço de prova que lhe impõe obstáculos no grupo social, a fim de esquecer inquietações de orgulho;

o reencontro com os adversários do passado, então na forma de parentes difíceis, atendendo resgate de antigos débitos;

a impossibilidade temporária para a obtenção de um título acadêmico, de modo a frenar-se contra desmandos intelectuais;

internação passageira em ambiente de pauperismo, de maneira a desenvolver a própria habilitação no trabalho pessoal.

Aceite as dificuldades e desafios da existência, porque, na maioria das circunstâncias, são respostas da Providência Divina aos nossos anseios de reajuste e sublimação.
🌿🌼🌿
XAVIER, Francisco Cândido. Respostas da Vida. Pelo Espírito André Luiz. IDEAL. Capítulo 14.





MENSAGEM DO ESE:

A ingratidão dos filhos e os laços de família (III)

Deus não dá prova superior às forças daquele que a pede; só permite as que podem ser cumpridas. Se tal não sucede, não é que falte possibilidade: falta a vontade. Com efeito, quantos há que, em vez de resistirem aos maus pendores, se comprazem neles. A esses ficam reservados o pranto e os gemidos em existências posteriores. Admirai, no entanto, a bondade de Deus, que nunca fecha a porta ao arrependimento. Vem um dia em que ao culpado, cansado de sofrer, com o orgulho afinal abatido, Deus abre os braços para receber o filho pródigo que se lhe lança aos pés. As provas rudes, ouvi-me bem, são quase sempre indício de um fim de sofrimento e de um aperfeiçoamento do Espírito, quando aceitas com o pensamento em Deus. É um momento supremo, no qual, sobretudo, cumpre ao Espírito não falir murmurando, se não quiser perder o fruto de tais provas e ter de recomeçar. Em vez de vos queixardes, agradecei a Deus o ensejo que vos proporciona de vencerdes, a fim de vos deferir o prêmio da vitória. Então, saindo do turbilhão do mundo terrestre, quando entrardes no mundo dos Espíritos, sereis aí aclamados como o soldado que sai triunfante da refrega.
De todas as provas, as mais duras são as que afetam o coração. Um, que suporta com coragem a miséria e as privações materiais, sucumbe ao peso das amarguras domésticas, pungido da ingratidão dos seus. Oh! que pungente angústia essa! Mas, em tais circunstâncias, que mais pode, eficazmente, restabelecer a coragem moral, do que o conhecimento das causas do mal e a certeza de que, se bem haja prolongados despedaçamentos dalma, não há desesperos eternos, porque não é possível seja da vontade de Deus que a sua criatura sofra indefinidamente? Que de mais reconfortante, de mais animador do que a idéia que de cada um dos seus esforços é que depende abreviar o sofrimento, mediante a destruição, em si, das causas do mal? Para isso, porém, preciso se faz que o homem não retenha na Terra o olhar e só veja uma existência; que se eleve, a pairar no infinito do passado e do futuro. Então, a justiça infinita de Deus se vos patenteia, e esperais com paciência, porque explicável se vos torna o que na Terra vos parecia verdadeiras monstruosidades. As feridas que aí se vos abrem, passais a considerá-las simples arranhaduras. Nesse golpe de vista lançado sobre o conjunto, os laços de família se vos apresentam sob seu aspecto real. Já não vedes, a ligar-lhes os membros, apenas os frágeis laços da matéria; vedes, sim, os laços duradouros do Espírito, que se perpetuam e consolidam com o depurarem-se, em vez de se quebrarem por efeito da reencarnação.
Formam famílias os Espíritos que a analogia dos gostos, a identidade do progresso moral e a afeição induzem a reunir-se. Esses mesmos Espíritos, em suas migrações terrenas, se buscam, para se gruparem, como o fazem no espaço, originando-se daí as famílias unidas e homogêneas. Se, nas suas peregrinações, acontece ficarem temporariamente separados, mais tarde tornam a encontrar-se, venturosos pelos novos progressos que realizaram. Mas, como não lhes cumpre trabalhar apenas para si, permite Deus que Espíritos menos adiantados encarnem entre eles, a fim de receberem conselhos e bons exemplos, a bem de seu progresso. Esses Espíritos se tornam, por vezes, causa de perturbação no meio daqueles outros, o que constitui para estes a prova e a tarefa a desempenhar.
Acolhei-os, portanto, como irmãos; auxiliai-os, e depois, no mundo dos Espíritos, a família se felicitará por haver salvo alguns náufragos que, a seu turno, poderão salvar outros.
🌼🌿🌼
 — Santo Agostinho. (Paris, 1862.)
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIV, item 9.)
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Apatia Espiritual


Se te sentes envolver por um processo de apatia espiritual que te consome as melhores energias, fazendo-te desalentar diante das obrigações cotidianas, não te entregues a semelhante estado d’alma na expectativa de que alguém possa subtrair-te a ele sem contar com o teu esforço.


Quem se rende à depressão sem lutar contra ela dificilmente conseguirá libertar-se de seus tentáculos.


Para que uma força se anule, é necessário que se lhe oponha uma força contrária, da mesma intensidade.


Se desejas combater a tristeza, alegra-te.


Se queres vencer os pensamentos sombrios que te povoam a mente, ocupa o teu cérebro com ideias nobres.


O único remédio de prescrição eficaz contra a apatia espiritual é o trabalho, especialmente o trabalho desinteressado em favor dos semelhantes.


Não esperes pelo fortalecimento físico a fim de te fortaleceres moralmente, porque, não raro, o abatimento orgânico é consequência de tua prostração espiritual diante da vida.


Levanta-te em espírito e, contigo, o teu corpo haverá de soerguer-se.


Os outros poderão sempre orientar-te e estender-te as mãos, mas, se não manejares a tua própria vontade no âmago do ser, permanecerás no chão a que, voluntariamente, te arrojaste, vencido pelo peso imaginário de tuas aflições.


Ora e confia em Deus mas, sobretudo, derrama o suor do trabalho digno, desentorpecendo a alma na alegria de ser útil à vida que espera, em toda parte, pelo concurso de tuas mãos.
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Irmão José
Carlos Baccelli


terça-feira, 21 de julho de 2020

Temas de Crítica


Procure silenciar onde você não possa prestar auxílio.
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A vida dos outros, qual se afirma na expressão, é realmente dos outros e não nossa.
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Devo compreender que o erro de outrem, hoje, talvez será o meu amanhã, já que nas trilhas evolutivas da Terra todos somos ainda portadores da natureza humana.
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O tempo que se emprega na crítica pode ser usado em construção.
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Toda vez que criticamos alguém, estamos moralmente na obrigação de fazer melhor que esse alguém a tarefa em pauta.
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Anote: em qualquer tempo e situação os pontos de vista e as oportunidades, os recursos e os interesses, o sentimento e a educação dos outros são sempre muito diversos dos seus.
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Criticar não resolve, porque o trabalho da criatura é que lhe determina o valor.
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Quem ama ajuda e desculpa sempre.
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Não condene, abençoe.
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Lembre-se: por vezes, basta apenas um martelo para arrasar aquilo que os séculos construíram.
🌹🙏🌹

XAVIER, Francisco Cândido. Sinal Verde. Pelo Espírito André Luiz. CEC. Capítulo 36.



MENSAGEM DO ESE:

Não são os que gozam saúde que precisam de médico

Estando Jesus à mesa em casa desse homem (Mateus), vieram aí ter muitos publicanos e gente de má vida, que se puseram à mesa com Jesus e seus discípulos; — o que fez que os fariseus, notando-o, disseram aos discípulos: Como é que o vosso Mestre come com publicanos e pessoas de má vida? — Tendo-os ouvido, disse-lhes Jesus: Não são os que gozam saúde que precisam de médico. (S. MATEUS, cap. IX, vv. 10 a 12.)
Jesus se acercava, principalmente, dos pobres e dos deserdados, porque são os que mais necessitam de consolações; dos cegos dóceis e de boa fé, porque pedem se lhes dê a vista, e não dos orgulhosos que julgam possuir toda a luz e de nada precisar. (Veja-se: “Introdução”, artigo: Publicanos, Portageiros.)

Essas palavras, como tantas outras, encontram no Espiritismo a aplicação que lhes cabe. Há quem se admire de que, por vezes, a mediunidade seja concedida a pessoas indignas, capazes de a usarem mal. Parece, dizem, que tão preciosa faculdade devera ser atributo exclusivo dos de maior merecimento.

Digamos, antes de tudo, que a mediunidade é inerente a uma disposição orgânica, de que qualquer homem pode ser dotado, como da de ver, de ouvir, de falar. Ora, nenhuma há de que o homem, por efeito do seu livre-arbítrio, não possa abusar, e se Deus não houvesse concedido, por exemplo, a palavra senão aos incapazes de proferirem coisas más, maior seria o número dos mudos do que o dos que falam. Deus outorgou faculdades ao homem e lhe dá a liberdade de usá-las, mas não deixa de punir o que delas abusa.

Se só aos mais dignos fosse concedida a faculdade de comunicar com os Espíritos, quem ousaria pretendê-la? Onde, ao demais, o limite entre a dignidade e a indignidade? A mediunidade é conferida sem distinção, a fim de que os Espíritos possam trazer a luz a todas as camadas, a todas as classes da sociedade, ao pobre como ao rico; aos retos, para os fortificar no bem, aos viciosos para os corrigir. Não são estes últimos os doentes que necessitam de médico? Por que Deus, que não quer a morte do pecador, o privaria do socorro que o pode arrancar ao lameiro? Os bons Espíritos lhe vêm em auxílio e seus conselhos, dados diretamente, são de natureza a impressioná-lo de modo mais vivo, do que se os recebesse indiretamente. Deus, em sua bondade, para lhe poupar o trabalho de ir buscá-la longe, nas mãos lhe coloca a luz. Não será ele bem mais culpado, se não a quiser ver? Poderá desculpar-se com a sua ignorância, quando ele mesmo haja escrito com suas mãos, visto com seus próprios olhos, ouvido com seus próprios ouvidos, e pronunciado com a própria boca a sua condenação? Se não aproveitar, será então punido pela perda ou pela perversão da faculdade que lhe fora outorgada e da qual, nesse caso, se aproveitam os maus Espíritos para o obsidiarem e enganarem, sem prejuízo das aflições reais com que Deus castiga os servidores indignos e os corações que o orgulho e o egoísmo endureceram.

A mediunidade não implica necessariamente relações habituais com os Espíritos superiores. É apenas uma aptidão para servir de instrumento mais ou menos dúctil aos Espíritos, em geral. O bom médium, pois, não é aquele que comunica facilmente, mas aquele que é simpático aos bons Espíritos e somente deles tem assistência. Unicamente neste sentido é que a excelência das qualidades morais se torna onipotente sobre a mediunidade.
🙏🌹🙏
(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XXIV, itens 11 e 12.)

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AS PROVAS RUDES



“As provas rudes, ouvi-me bem, são quase sempre indício de um fim de sofrimento e de um aperfeiçoamento do espírito, quando aceitas com o pensamento em Deus.” – (“O Evangelho Segundo o Espiritismo”, Cap. XIV – Honrai a vosso pai e a vossa mãe.)


A noite mais escura é o berço da alvorada.


Sob o calor do fogo, o barro se aprimora.


Na cova em que perece é que a semente germina.


Depois de forte canícula, desaba a tempestade.


O extremo de uma estrada é o começo de outra.


O abismo mais profundo termina em terra firme.


Atingindo o seu ápice, toda dor começa a decrescer.


Para o espírito, as provas mais rudes são as que lhe prenunciam o fim do sofrimento.


Está escrito: “Acaso tenho eu prazer na morte do perverso? diz o Senhor Deus; não desejo eu antes que ele se converta dos seus caminhos, e viva?”


Assim, se consideras que muito estejas sofrendo, não te desalentes.


Resigna-te e espera um pouco mais, que a extinção do mal que há muito te atormenta está prestes a se dar.


Forças invisíveis permanecem trabalhando o pensamento do teu algoz, e, logo, o ânimo com que ele te persegue haverá de arrefecer.


Os maiores obstáculos que te impedem seguir caminhada também estão sujeitos à lei do desgaste, e não resistirão à ação avassaladora do tempo.


Justo quando mais se agrava é que todo problema pede imediata solução.


É o quadro clínico do paciente que determina a conveniência, ou não, de uma intervenção cirúrgica.


Por sobre a Terra, onde até mesmo a alegria é transitória, não há ninguém que se esgote derramando lágrimas.


Carrega, pois, a tua cruz um pouco mais adiante.


Na véspera de vencer, não desistas de lutar.


Por mais intrincado seja, todo labirinto tem uma porta de saída.


Não há êxito algum que não tenha sido antecedido por alguma espécie de fracasso.


Confia que, entre um minuto e outro, Deus pode converter o universo de tua desdita em felicidade.
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Irmão José (psic. Carlos Baccelli – do livro “Vinde a Mim”)