segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

OUVIR DEUS


São muitos os que recorremos a Deus nas horas difíceis.

As dores que nos chegam, os desafios que a vida propõe, dificuldades que parecem intransponíveis.

Nenhum de nós se pode dizer imune a dias tempestuosos, isento de tribulações intensas, dessas capazes de tirar o chão que pisamos.

Para uns, é o amor que partiu de retorno ao mundo espiritual, deixando imensa e pungente ausência.

Para outros, a doença que se instala irreversível, minando a saúde, desmoronando planos futuros, obrigando a repensar as páginas próximas da vida.

E tantos que se desesperam pelas dificuldades financeiras, pelo emprego que não surge, pelas necessidades materiais que se avolumam.

Nessas horas, com o coração transbordando de desespero, as esperanças minguando e a mente atribulada, recordamos de buscar a Deus.

Alguns, através das orações repetidas incessantemente, quase como um mantra, convidando e provocando a concentração.

Outros nos despimos das fórmulas prontas, para fazer da oração a conversa com o Pai. Diálogo informal, livre, como um desabafo.

Outros ainda, mal conseguindo formular ou organizar o pensamento, apenas suplicamos ao Pai orientação, discernimento, roteiro ou rumo.

E assim mesmo devemos fazer. Nas dificuldades maiores, não há melhor refúgio do que a oração.

Não existe melhor conselheira do que a prece, não há melhor possibilidade do que a busca de inspiração junto ao Pai.

Porém, em nosso desespero, esperamos a resposta imediata.

À prece, muitas vezes se segue a ansiedade, na expectativa de que as respostas cheguem, explícitas, claras, palpáveis.

No transbordar de nossas necessidades, quando não desespero, ansiamos pela resposta rápida da Divindade.

Esquecemos de que Deus precisa do nosso silêncio a fim de Se fazer ouvir em nossos corações.

Dessa forma, após a rogativa ao Pai, guardemo-nos em silêncio interior.

Refugiemo-nos da balbúrdia externa. Busquemos diminuir o tumulto interno que carregamos.

Somente assim, no silêncio da alma, conseguiremos escutar a resposta de Deus.

Somente quando mergulharmos em nosso mundo íntimo, teremos a possibilidade de encontrar esse alimento básico, sustentador da vida, que provém de Deus.

Após as nossas preces, busquemos nos guardar em nosso mundo íntimo.

Refugiemo-nos na fé, na certeza de que o Pai nos oferecerá o melhor, no momento certo, na medida adequada.

E ali, em nossa intimidade, Deus nos trará as respostas e a tranquilidade para nossos anseios.

Mesmo Jesus, na Sua pureza incomparável, buscava o silêncio interior, após a jornada estafante junto à turba, a fim de reencontrar-Se com Deus.

Façamos o mesmo. Busquemos o silêncio íntimo a fim de que possamos ouvir Deus, e possamos entender a Sua resposta aos nossos pedidos e necessidades.
🌷🌿🌷
Por Redação do Momento Espírita, com base na mensagem Silêncio para ouvir Deus, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica de 9 de fevereiro de 2015, no Centro Espírita Caminho da Redenção. 
🌷🌿🌷

 

domingo, 11 de dezembro de 2016

INIMIGOS OCULTOS



Sofre de reumatismo,

Quem percorre os caminhos tortuosos;

Quem se destina aos escombros da tristeza;

Quem vive tropeçando no egoísmo.

*****

Sofre de artrite,

Quem jamais abre mão;

Quem sempre aponta os defeitos dos outros;

Quem nunca oferece uma rosa.

****

Sofre de bursite,

Quem não oferta seu ombro amigo;

Quem retesa, permanentemente, os músculos.

Quem cuida, excessivamente, das questões alheias.

****
Sofre da coluna,

Quem nunca se curva diante da vida;

Quem carrega o mundo nas costas;

Quem não anda com retidão.

****

Sofre dos rins,

Quem tem medo de enfrentar problemas;

Quem não filtra seus ideais;

Quem não separa o joio do trigo.

****
Sofre de gastrite,

Quem vive de paixões avassaladoras;

Quem costuma agir na emoção;

Quem reage somente com impulsos;

Quem sempre chora o leite derramado.

****

Sofre de prisão de ventre,

Quem aprisiona seus sentidos;

Quem detém suas mágoas;

Quem endurece em demasia.

****
Sofre dos pulmões,

Quem se intoxica de raiva e de ódio;

Quem sufoca, permanentemente, os outros;

Quem não respira aliviado pelo dever cumprido;

Quem não muda de ares;

Quem não expele os maus fluidos.

****

Sofre do coração,

Quem guarda ressentimentos;

Quem vive do passado;

Quem não segue as batidas do tempo;

Quem não se ama e, portanto, não tem coração para amar alguém.

****

Sofre da garganta;

Quem fala mal dos outros;

Quem vocifera;

Quem não solta o verbo

Quem repudia;

Quem omite;

Quem usa sua espada afiada para ferir outrem;

Quem subjuga;

Quem reclama o tempo todo;

Quem não fala com Deus.

****

Sofre do ouvido,

Quem prejulga os atos dos outros;

Quem não se escuta;

Quem costuma escutar a conversa dos outros;

Quem ensurdece ao chamado divino.

****

Sofre dos olhos,

Quem não se enxerga;

Quem distorce os fatos;

Quem não amplia sua visão;

Quem vê tudo em duplo sentido;

Quem não quer ver.

****

Sofre de distúrbios da mente,

Quem mente para si mesmo;

Quem não tem o mínimo de lucidez;

Quem preza a inconsciência;

Quem menospreza a intuição;

Quem não vigia seus pensamentos;

Quem embota seu canal com a Criação;

Quem não se volta para o Universo;

Quem vive no mundo da lua;

Quem não pensa na vida;

Quem vive sonhando;

Quem se ilude;

Quem alimenta a ilusão dos outros;

Quem mascara a realidade;

Quem não areja a cabeça;

Quem tem cabeça de vento.

****
Causa e efeito.

Ação e reação.

Tudo está intrinsecamente ligado.

Tudo se conecta o tempo todo.

E assim ,sucessivamente, passam os anos sem que o ser humano conheça a si mesmo.

Somos, certamente, o maior amor das nossas vidas!

Assim como o nosso maior inimigo é aquele que está oculto e que habita, inexoravelmente, no interior de nós mesmos.
************************
- Mauricio Santini -
São Paulo, abril de 2002.



sábado, 10 de dezembro de 2016

O que fazer para receber uma mensagem mediúnica de alguém que desencarnou?



Todas as pessoas têm um tempo possível a viver na Terra. Ao final dele o corpo físico, morada provisória do espírito, perece, mas o espírito imortal que ocupava aquele corpo para evoluir permanece vivo e retorna ao Mundo Espiritual.

Cabe aos que permanecem no Mundo Terreno enviar aos desencarnados vibrações de amor, paz e alegria. A fé no futuro e em Deus deve ser companheira da saudade, a fim de que o desencarnado possa sentir nosso afeto e beneficiar-se de nossas preces.

Não devemos, porém, evocar este ou aquele desencarnado para que se manifeste em sessões mediúnicas. Com a frase: “O telefone toca de lá para cá”, Chico Xavier nos esclarece que cabe à espiritualidade decidir qual o melhor momento para o intercâmbio mediúnico, pois, muitas vezes, após o desencarne há uma fase de perturbação do espírito, momento em que ele precisa de vibrações de amor e não de indagações. A espontaneidade da espiritualidade também pressupõe a veracidade da mensagem, tornando menos frequentes as mistificações.

Deus, Pai justo e bondoso, permite que encontremos as pessoas que amamos - encarnados ou desencarnados - durante o sono, com vibrações de alegria, paz e amor quando, então, o encontro é benéfico para ambos.

Além disso, não esqueçamos que durante nossa trajetória evolutiva rumo à perfeição, com certeza reencontraremos no plano espiritual os companheiros aos quais estamos ligados por laços de afinidade, solidariedade, respeito e amor.

Agir no bem, viver no bem, certamente nos proporcionará um desencarne (desenlace do espírito) mais tranquilo. 
**********************
Grupo Seara do Mestre

 

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

RECLAMAÇÕES



 Reclamas do horário matutino que precisas despertar para atender aos compromissos do trabalho. Porém, quantos são os que até aceitariam acordar ainda mais cedo para garantir o alimento na geladeira, a roupa nos armários e o teto sobre a cabeça.

Ainda sobre o trabalho, reclamas do quanto as funções te esgotam o corpo físico, porém, quantos são os que se esgotam até mais que tu, porém depois de um dia, talvez sem sucesso, à procura de uma colocação em ofício.

Reclamas dos cuidados que precisa ter na conservação do teu veículo, esquecendo-te, porém, que é ele quem te garante viagens confortáveis, enquanto irmãos teus enfrentam o sacrífício do transporte público.

Reclamas dos gastos com a manutenção física do teu lar, ao passo que tantos são os que gostariam de ter um casebre que fosse para proteger a si e aos seus contra as intempéries do clima.

Reclamas da escola, com as suas lições, provas, trabalhos e rigores de disciplina, ignorando que muitos são, no presente, obrigados a estudar tardiamente, já sem contar com a facilidade de raciocínio e nem com o vigor da juventude, em horários pós serviço, ainda que cansados da labuta.

Reclamas da mãe e do pai que julgas chatos por te cobrarem e ensinarem o que muitos não cobram e nem ensinam, transformando o jovem de hoje no delinquente irresponsável de amanhã.

Reclamas da comida à mesa que não está a seu gosto, esquecendo-te que muitos alimentam-se da areia histérica que condena povos inteiros a inanição.

Reclamas disso. Reclamas daquilo.

Expeles verbos mal ditos em nome, muitas das vezes, dos caprichos não atendidos, do sentimento desajustado de injustiça ou em atendimento ao comodismo, sem perceber que a sua volta são tantos que tanto desejam ter a metade das oportunidades que recebes.

Existem aqueles que, num ensaio de bom senso, clamam por melhorias cuja busca não é proibida, desde que não se dê por meio do abuso ao próximo e nem pela escravidão em prol da matéria, mas, não é através de queixumes que as melhorias são obtidas.

O que temos em nossas vidas são bênçãos.

Devemos, sim, agradecer pelo que nos é oferecido, mesmo que desejemos algo melhor, pois quantos que nem o pior possuem.

O desagrado está dentro de casa? A conversa franca e respeitosa sempre foi o caminho recomendado pelo Alto para se resolver diferenças domésticas. Se dentro da sua própria casa, junto aos seus próximos mais próximos, não és capaz de dialogar, com quem mais serás? Imporás o que achas a todos que te cercam ou engolirás a seco tudo que te impõem, enchendo-te de raiva e mágoa aprisionadas em teu corpo que, por sua vez, cobrará por essa insana estadia.

Que Jesus continue nos abençoando.
******************************
André Luiz Gadelha 

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Ora sempre



Quando estiveres a ponto de desistir de uma ação edificante, ora e continua até o fim.

Quando te encontrares no momento de cometer um erro, ora e desiste com tranquilidade.

Quando perceberes que as forças não te auxiliarão no trabalho do bem, ora e reanima-te, chegando ao termo planejado.

Quando fores aliciado para uma situação vexatória, ora e retoma o teu equilíbrio.

Quando te sentires abandonado pela pessoa em quem confias ou a quem amas, ora e tem paciência, permanecendo no teu posto.

Quando, desarvorado, desejes tombar, sem mais estímulo, ora e te serão concedidas as resistências para o triunfo.

Não deixes nunca de orar.
************************
Joanna de Ângelis 
Divaldo Franco
Obra: Vida feliz


quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Seja compreensivo



Não se esqueça de usar a bondade em circunstância nenhuma da sua vida.

Vença a violência, antes que ela o deixe vencido.

Sorria ante o ofensor e esqueça-lhe a ofensa.

Revidar mal por mal, a pretexto de ser verdadeiro, é aprimorar a maldade que predomina na sua natureza, fazendo-o mais infeliz.

Recorra à oração e confie no tempo, quando as coisas se apresentarem diferentes do que você espera.

Infeliz, realmente, é todo aquele que acredite ser hoje o tempo único, buscando resolver agora, o que só mais tarde será solucionado naturalmente.

Não duvide da justiça divina, apenas porque não a consegue entender, na precipitação dos seus raciocínios apaixonados.

Você não é o único que tem problemas no mundo.

O maior problema da atualidade é o homem em si mesmo, e somente quanto este se volte para os valores mais altos da vida se equacionará.

Não transfira, portanto, para os outros, a responsabilidade do que lhe sucede de errado ou desagradável.

Você é filho de Deus, e, como afirmou Jesus, nenhuma das criaturas que o Pai Lhe confiou Ele deixaria perder-se.

Acalme-se e avance com a luz da consciência tranquila, sem intentar fazer da sua claridade uma chama pronta a arder em volta, provocando devastação.
**************************
Marco Prisco
Divaldo Franco 
Obra: Luz viva
 

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Perigo



Cada vez que a irritação te assoma aos escaninhos da mente, segues renteando sinal de perigo.

Mesmo que tudo pareça conspirar em teu prejuízo, não convertas a emoção em bomba de cólera a explodir-te na boca.

Desequilíbrio que anotes é apelo da vida a que lhe prestes cooperação.

Quando as águas, em monte, investem furiosas sobre a faixa de solo que te serve de habitação, levantas o dique, capaz de governar-lhe os impulsos.

Diante do fogo que te ameaça, recorres, de pronto, aos extintores de incêndio.

Toda vez que o curto-circuito reponta na rede elétrica, desligas a tomada de força para que a energia descontrolada não opere a destruição.

Assim também, quando a prova te visite, não desfigures a língua em chicote dos semelhantes.

Se agressões verbais te espancam os ouvidos, ergue a muralha do dever fielmente executado, em que te defendas contra o assalto da injúria.

Se a calúnia te alanceia, guarda-te em paz, no refúgio da prece.

Se a dignidade ofendida, dentro de ti, surge transformada em aceso estopim para a deflagração da revolta, deixa que o silêncio te emudeça, até que a nuvem da crise te abandone a visão.

Sobretudo à frente de qualquer companheiro encolerizado, não lhe agraves a distonia.

Ninguém cura um louco, zurzindo-lhe o crânio.

Se alguém te lança em rosto o golpe da intemperança de espírito ou se te arroja a pedrada do insulto, desculpa irrestritamente, e, se volta a ferir-te, é indispensável te reconheças na presença de um enfermo em estado grave, a pedir-te o amparo do entendimento e o socorro da compaixão.

*********************
EMMANUEL 
CHICO XAVIER
Obra: O Espírito da Verdade