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O retorno à vida corporal proporciona ao reencarnante o fenômeno do esquecimento temporário das existências passadas. Esse esquecimento se dá devido às limitações físicas do corpo material e do cérebro, sendo, portanto, um benefício ao Espírito, a fim de que ele não prossiga nos mesmos erros passados. Com isso, poderá começar vida nova sem o ônus da culpa.
Principalmente na infância, esse esquecimento é acentuado, em razão da imaturidade neurológica da criança e para que receba novos elementos educativos através dos pais ou tutores. Logo mais, na adolescência, esses novos elementos educativos irão se mesclar com a verdadeira natureza do ser, por meio do amadurecimento da glândula pineal e a liberação do instinto.
O que se espera nesse momento é que os elementos educativos recebidos na infância sirvam de freio às perturbações instintivas do passado reencarnatório. Claro, nem sempre é possível receber uma boa educação por parte de pais e tutores. Mas se tal acontece é porque existem razões cármicas para isso.
Todavia, educadores e elementos educativos jamais faltam ou faltarão em nossas vidas, em tempo algum. Quanto a isso, é preciso que olhemos atentamente ao nosso redor e vejamos como, quando e onde eles estão a se manifestar, ofertando-nos a bênção de aprender.
Finda a experiência encarnatória, o Espírito volta ao mundo espiritual e, se o mesmo não tiver cometido outras faltas ou faltas ainda mais graves, é possível que chegue aí com forças renovadas, inteirando-se das razões de sua existência confrontada com o passado reencarnatório. Dessa forma, poderá enxergar a reencarnação como um processo educativo e não punitivo.
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Livro: A Transformação Moral do Homem Pela Renovação Interior
Elifas Alves
Editora Aliança
MENSAGEM DO ESE:
Beneficência exclusiva
É acertada a beneficência, quando praticada exclusivamente entre pessoas da mesma opinião, da mesma crença, ou do mesmo partido?
Não, porquanto precisamente o espírito de seita e de partido é que precisa ser abolido, visto que são irmãos todos os homens. O verdadeiro cristão vê somente irmãos em seus semelhantes e não procura saber, antes de socorrer o necessitado, qual a sua crença, ou a sua opinião, seja sobre o que for. Obedeceria o cristão, porventura, ao preceito de Jesus-Cristo, segundo o qual devemos amar os nossos inimigos, se repelisse o desgraçado, por professar uma crença diferente da sua? Socorra-o, portanto, sem lhe pedir contas à consciência, pois, se for um inimigo da religião, esse será o meio de conseguir que ele a ame; repelindo-o, faria que a odiasse.
— S. Luís. (Paris, 1860.)
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(Fonte: O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XIII, item 20.)
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